Bolsistas no exterior não falam inglês porque ninguém fala inglês
Está todo mundo comentando sobre a falta de inglês dos bolsistas do Ciência sem Fronteiras, programa federal que tem o objetivo de enviar 101.000 estudantes brasileiros ao exterior até o próximo ano.
De acordo com uma matéria da Folha que saiu neste domingo, há um número considerável de bolsistas que corre o risco de ter de voltar ao Brasil sem ter feito o curso pretendido porque não conseguiu proficiência na língua.
Isso acontece principalmente com os bolsistas que estavam em Portugal e Espanha e foram realocados para países como Estados Unidos, Canadá e Austrália. Eles correspondem a 15% do total de bolsistas.
Portugal, que nem tem universidades boas como as nossas, era o preferido dos bolsistas. Foi excluído da lista de países que receberiam estudantes no programa de internacionalização.
Dos bolsistas realocados que estão nos EUA, o pais que mais recebe estudantes, 43% correm risco de não conseguir aceite acadêmico por falta de inglês. Preocupante.
Por que os bolsistas não falam inglês?
Simples: porque no Brasil não há inglês no ensino universitário.
Inglês não tem chance nem entre as melhores
Não temos aulas em inglês, não lemos em inglês, não escrevemos artigos acadêmicos em inglês.
Por essas e por outras, nossas universidades são tão pouco internacionalizadas.
Em números otimistas, 0,5% dos nossos estudantes vieram de outros países (e não necessariamente de países de língua inglesa).
A ideia do Ciência sem Fronteiras é boa. É preciso internacionalizar o ensino superior, fazer intercâmbio, trocar conhecimento.
Mas, antes da política, nossos estudantes precisariam ter pelo menos um mínimo contato com a língua.
E meu filho, quintanista de engenharia, com diplomas internacionais de alemão e inglês não foi…
Marcos, ele não foi aprovado? abraços, Sabine
Caro Marcos, seu filho não é um floquinho de neve. Se já possui “diplomas” internacionais, pode abdicar tranquilamente desta porta que está sendo aberta a outros estudantes que, talvez, não tiveram os mesmos acertos e também os mesmos erros.
Não é demérito do programa.
Caro Gustavo,
Não há razão no plano das formas para você ser tão ofensivo com o colega. Ninguém é um floquinho de neve, nem o senhor, que de forma tão mal-educada se referiu a outrem.
Ele não foi aceito justamente por ter pessoas que ainda não tiveram experiências fora do país.
Aqui em Berlin tem varios brasileiros com bolsa,Aqui para ir para universidade tem que ser fluente em duas linguas estrangeiras,na cidade do meu marido as criancas aprendem tres linguas alemao,ingles e sorbo que é uma lingua eslava e uma grande parte da populacao so se comunica nessa lingua.Estudei aqui com pessoal da Usp,eles so tomavam cursos em portugues,e nao queriam nem aprender alemao ou inglespor preguisa.
Ele fez o ENEM? É dos critérios para exclusão de candidatos…
O Ciência sem Fronteiras leva em consideração o desempenho do aluno na carreira acadêmica. Para ser selecionado o aluno deve ter tirado mais de 600 pontos no Enem, pontuação que só é possível de ser atingida a partir de 2009, e possuir excelente desempenho acadêmico. Ter feito iniciação científica, participado de programas da CAPES ou CNPQ também contam pontos.
Beto, é isso mesmo. Mas o aluno não é avaliado enquanto está no período da bolsa, diferentemente do que acontece em outras bolsas da Capes e do CNPq. abraços, Sabine
Se esses jovens e todos os demais do Brasil tivessem feito Kids Early Advantage, isso não aconteceria! http://www.faebook.com/kidsearlyadvantage
O curioso é verificar a quantidade de currículos em que candidatos a um estágio ou emprego dizem possuir domínio intermediário ou mesmo avançado da língua inglesa… alguns chegam a dizer que leem e escutam bem, mas escrevem e falam mal. Ou seja, na hora de mostrar se sabem ou não, refugam.
Te garanto que a maioria que diz isso não teve oportunidade de estudar inglês e muito menos fazer um intercâmbio como ocorre com a maioria dos filhos de pai.
Mais um exemplo de como esse governo opera. Tudo na base do marketing, sem nenhum planejamento. O resultado não podia ser outro. O Brasil criou o curso de Inglês mais caro do mundo. A internacionalização não é prioridade para o Brasil mas sim a formação de recursos humanos com qualidade.
Desculpa aí, mas “não há inglês no ensino universitário”? E os quase 15 ANOS (!!!) que nossos estudantes passam tendo aulas de inglês no ensino fundamental? E ninguém nesse país se pergunta COMO quase nenhum aprende minimamente o idioma!
porque a maioria dos(as) professores(as) não tem qualificação adequada pra sala de aula, eu estudo Inglês a 3 anos, e sim falo bem, escrevo bem, e daqui a alguns anos posso fazer intercâmbio e até dar aula
Ohh… vai ficar rica. Desculpa…….. rich!!!
Mas esses 15 tantos anos que passamos “recebendo” aulas de inglês não acrescenta em nada. Sem mentiras, estudei o verbo To Be desde a quinta série até o último ano do ensino médio. O meu ensino médio foi todo em escola pública e me arrependi. O governo te chama com promessas de benefícios, mas você não recebe muitas das coisas prometidas. E, sejamos franco, se você quer ter ensino de qualidade aqui no Brasil: pague.
Ingles nas escolas? Só se for nas particulares! Eu por exemplo estudei a vida toda em publicas e a unica coisa que aprendi foi Verbo To Be! Agora estou na Irlanda e posso garantir: aprendi mais em 6 meses do que os 7 ANOS que tive ingles, afinal só temos a partir da quinta série, portanto nao sao 15. O governo realmente nao teve estrutura pra suportar o proprio projeto, mas o fato das pessoas nao saberem ingles é por propria culpa do sistema de Educacao Mesmo.
Ingles nas escolas? Só se for nas particulares! Eu por exemplo estudei a vida toda em publicas e a unica coisa que aprendi foi Verbo To Be! Agora estou na Irlanda e posso garantir: aprendi mais em 6 meses do que os 7 ANOS que tive ingles, afinal só temos a partir da quinta série, portanto nao sao 15. O governo realmente nao teve estrutura pra suportar o proprio projeto, mas o fato das pessoas nao saberem ingles é por propria culpa do sistema de Educacao Mesmo.
Eu sou professora de inglês em uma escola pública no interior da Bahia e eu mesma já disse várias vezes que o ensino de inglês em escola pública não existe, não porque eu não tenha qualificação, porque eu tenho qualificação sim, mas porque o governo não dá os instrumentos necessários para esse objetivo.
Ensino de idiomas só é feito de modo satisfatório se o aluno é imergido no idioma e não existe como fazer isso com duas aulas semanais, em salas de 35+ alunos, quentes e sem recursos audiovisuais.
Esse ano estou alterando minha prática pedagógica para aulas in ‘full English’ e adotando meu próprio material, deixando de lado o que o governo envia. Isso será suficiente? Em absoluto… uma das turmas na qual aplicarei essa metodologia tem 35 alunos. A outra que tem 15 já é o 3° ano do Ensino Médio e um ano nessas circunstâncias não é suficiente para ganhar segurança. Mas estou fazendo minha parte porque tenho vergonha quando leio comentários do tipo ‘Vi só o verbo to be da quinta ao terceiro ano’, porque eu não faço isso… mas é só o que os alunos lembram.
É isso mesmo, Lanny! Nós bem sabemos que há bons professores de inglês nas escolas públicas, mas com salas superlotadas e sem nenhum conforto, alunos mal-educados, desinteressados e barulhentos não dá para fazer um bom trabalho! É muito fácil todo mundo ficar jogando a culpa só nos professores como o governo ensina!
Abração!
Vergonhoso, gastam $ p se formar e nao aprendem o ingles, talvez seja porque o pais nao tenha intencao de mandar os formandos para o Mundo!
Como se o inglês fosse fundamental para uma pessoa fazer uma pesquisa, ou mesmo pensar. Essas bichas tem que parar de querer fazer hello e estudar matemática.
Não se faz gênios com um curso de idiomas. Educação boa não é aquela em que se fala inglês, mas sim aquela que forma pesquisadores.
Detalhe: mendigos nos EUA falam inglês. (sucesso não está relacionado a falar outro idioma)
me diz uma coisa, qual é a língua mais ”falada” quando se trata de empresas e cara se liga, não é porque tu fala ”hello” como tu disse que tu se torna ”bicha” preconceito é isso, e porque se aprende Inglês?pra ti, pro teu filho, pros teus amigos e outros, poderem ir morar fora do Brasil, então pensa antes de reclamar quando as pessoas vem aqui e dizem que Inglês é uma língua importante
importante deve ser para você que é analfabeta e não sabe fazer uma simples operação matemática. Só responda então, você desenvolve um país gastando recursos com cursos de inglês ou com investimento em ciências? Para ser um empresário, sem dúvida nenhuma é necessário inglês. Mas para inventar, criar, pensar, pesquisar, o que você quiser, não é necessário inglês,. Isso é fato.
Todos sabem que dominar outro idioma nos enriquece culturalmente, mas não cientificamente.
Pelo jeito você deve ser uma administradora de empresas.
Sensei, você afirma uma inverdade. Conhecer línguas é essencial na pesquisa. Você não evolui em ciências exatas sem inglês ( ex. medicina e eletrônica) e em direito ( sou professora USP) necessito ler em, no mínimo, em três línguas, para aprofundar minha pesquisa inovando conceitos e institutos. O direito comparado é essencial. Assim, pergunto-me, na realidade quem é analfabeto aqui. Será que você tem ideia do que é pesquisa científica?
Você deve ter muita merda na cabeça para falar que inglês é fundamental para pesquisa. Outra tenho certeza absoluta que você não é professora. Muito menos da USP. Pois os pesquisadores tem que fazer o trabalho cientifico em língua vernácula. A língua estrangeira é somente para fazer o resumo.
Outra: o médico vai ser melhor porque fala heart ou coração?. Animal………..
Vera Helena, não vale à pena discutir com sensei. Eu sou dermatologista e sei que é muito necessário o conhecimento do inglês para se estudar medicina, dermatologia e para pesquisas.
Não percamos nosso tempo discutindo com essa pessoa que se intitula “Sensei”. Deve ser um revoltadinho sem causa e muito ignorante!
Irônico o nick dele ser “sensei” ,porque um professor não poderia desencorajar você a aprender algo.
De fato inglês tem importância sim ,tudo vai depender de quais são seus exatos objetivos.
Outra.. Se não está satisfeita com o Brasil, faça CCAA e suma para os Estados Unidos. Lá você vai falar inglês o dia inteiro e trabalhar como um balconista do WalMart. Bem sua cara. Vai até enjoar.
Comentário medíocre e que emana pobreza de espírito.
Cheguei na Alemanha para fazer meu mestrado e não estão satisfeitos com o meu inglês e alemão, eles exigem outra língua moderna e Latim. O que faço? Ao invés de chorar “sou uma pobre coitada latino-americana que não teve oportunidades na vida”? Não. Eu estudo francês e latim.
Pensamento medíocre.
Parabéns Daiane!
Esse for o comentário mais sem sentido que eu li. Sim, os mendigos falam inglês aqui nos EUA mas eles SÓ falam Inglês. Eu dou aula de Espanhol em uma escula intermediária aqui e os alunos têm muitas dificuldades para aprender sabem que o segundo idioma será importante caso aprendam.
Bom, eu devia parar de comentar por aqui né? Eu falo três idiomas, estudei a VIDA INTEIRA em escola publica no Brasil, e fui favorecido por ter participado de um intercâmbio cultural aos 19 anos que abriu várias portas. Sou formaso em jornalismo, tenho pós em ensino fundamental, e estou fazendo mestrado em educação. Em inglês.
Não sei se vc sabe, mas pesquisa na área de ciências exatas, tecnológicas, biológicas e médicas requer inglês. Os artigos científicos são todos em inglês e, caso vc queira participar de algum congresso científico, as palestras são todas em inglês.
Sensei, o fato é que muita documentação interessante, livros, obras, vídeos, estão em inglês. Ao se comunicar com pessoas de outras nacionalidades sabem o idioma nativo e o inglês, pois se você não souber falar árabe, japonês, chinês o jeito é conversar em inglês, e se não souberes este idioma eles tentam conversar com conversar em português do pouco que eles se esforçaram em aprender. É incrível a mentalidade de certas pessoas, a educação no Brasil não vai para frente mesmo com gente assim.
O Brasil sempre tentando tapar um buraco, quando todos os outros estão desmoronando. Sim, o projeto é bom, mas do que adianta investir milhões em estudantes, que teve o ensino fundamental e médio defasado? Porque não dar ensino de lingua estrangeira DECENTE na educação básica? O Brasil é o único pais do mercosul que não fala espanhol, tudo bem, os argentinos também não falam português, mas qual é a lingua mais utilizada lá fora português ou espanhol? O inglês, é algo que deveria ser natural no nosso dia a dia, ou pelo menos familiar, e no entanto nos deparamos com pessoas de alta aquisição financeira e cultural que não sabe sair do How are you ? Difícil.
Brasil é um país subdesenvolvido em todos os sentidos. Há uma verdadeira quantidade de escolas que acham que ensinam o idioma inglês ,as pessoas que estudam nestas escolas acham que aprendem e aí quando se deparam com uma situação destas acabam sendo excluídas. Bom seria se os interessados no programa ciências sem fronteiras antes de qualquer coisa passassem por uma prova de proficiência do idioma.
Estranho esse estágio. Meus dois filhos falam, escrevem e pensam em inglês. Será que eles seriam aprovados!!!
Se o governo abrisse o CSF para os alunos de ciências humanas, acredito que o quadro seria outro. Alunos de humanidades precisam falar inglês estão mais habituados a textos complexos em ingles. Mesmo porque nossas editoras nem sempre traduzem tudo o precisamos estudar.
Meu filho nunca frequentou um curso regular de Língua Inglesa, e no entanto nos testes de proficiência ele passou com sobra, tanto nos dois feitos aqui quanto nos feitos lá. Resultado: tá lá fazendo o curso acadêmico, sem nenhum problema. Eu acho que com o advento da internet, os jovens de hoje têm acesso fácil a outras línguas. O que não dá é achar que computador é só pra facebook e jogos.
Ingles? Pra que? Tivemos um ministro do exterior que queria dispensar a língua inglesa nos cursos diplomáticos.
Pera ai, voce disse que Portugal não tem Universidades boas como as nossas???
Essa frase está correta?
Eu fiz Pós Graduação na Universidade de Coimbra, e ela é considerada uma das melhores da Europa.
Portugal não tem universidades boas como as nossas, deve estar faltando uma Faculdade Radial lá, ou qualquer outra de esquina que existe no Brasil.
Sabine, voce perdeu uma grande oportunidade de ficar quieta….
Leandro, eu me baseio em rankings universitários internacionais como o THE. Em nenhum deles há universidades portuguesas na frente das brasileiras. Claro que varia por área, mas estou falando da posição da universidade. Abraços, Sabine
No Brasil, não há aprendizado de Inglês em qualquer nível.
Esse governo deveria investir esse dinheiro todo gerando bons cursos com ensino obrigatório de inglês antes de mandar esses bolsistas passarem vergonha por não entenderem nada do que se fala e não serem aceitos nas universidades .
Que governinho amador esse aí ,não acertam uma !
Enxada para esse pessoal do governo é exigência intelectual excessiva !
Olhe, não faca da excecão uma regra. Há alunos que tem se destacado nestes cursos do ciência sem fronteiras.E a maioria destes alunos fizeram cursos particulares de inglês.
O PT sempre começa a casa pelo telhado. Uma típica falta de planejamento com caráter demagógico e populista.
Não creio que somente isso faça uma universidade ser internacionalizada. Na França os alunos escrevem artigos científicos em inglês, as aulas desde a graduação até a pós graduação são em francês, e ainda assim as universidades são altamente internacionalizadas. Internacionalização é feito com pesquisa de ponta, a língua ajuda mas não é o fator decisivo. Quando estava no Brasil Richard Feyman fazia questão em dar aulas em português no CBPF, numa época que as aulas e seminários proferidos por brasileiros eram na língua inglesa. Ele dizia que a ciência tem a obrigação de servir o povo do seu país, nada mais justo que as aulas sejam proferidas na língua pátria.
Infelizmente no Brasil existe carência de muitas coisas em muitas áreas, na área da Educação não fica de fora. Possui um camada da população que com o somatório de salário de toda família é o suficiente para sobreviver (alimentação, moradia e vestuário) praticamente não sobra dinheiro para se investir na educação dos filhos; ter condições de pagar um curso de inglês hoje no Brasil é mérito de poucos chefes de família, motivo pelo qual a maioria dos estudantes não tem domínio sobre a língua inglesa. O governo do ESt SPaulo vem investindo em cursos de línguas fora do currículo escolar, para alunos que estejam matriculados na rede pública de ensino, sendo que as aulas são ministradas em horários diferentes aos da frequência dos alunos e em muitos escola que estão habilitadas estes cursos muitas vezes são aos sábados; é um avanço, mas ainda deficitário pelo atraso que estamos, necessita de mais iniciativas. Uma sugestão seria implantação de cursos de inglês integrado ao ensino médio nas ETECs, assim como já possui de informática, nutrição, administração etc… Tenho certeza de que haveria interesse
de muitos alunos.
Permita-me fazer algumas observações discordantes.
Primeiramente, penso que a universidade não é o local onde se deve aprender inglês (ou qualquer outra língua estrangeira). Testemunhei, durante a graduação – há mais de dez anos –, alunos de um curso de letras com especialização em inglês/ português sem o mínimo conhecimento do idioma que, em tese, eles já deveriam dominar (ou ter conhecimentos avançados). Há uma diferença entre uma faculdade de engenharia, onde se aprende o básico antes de trabalhar em projetos, e um curso de letras, voltado para a formação de professores e pesquisadores. A alfabetização em uma língua estrangeira deve ocorrer no mesmo nível da língua portuguesa, que não é o acadêmico.
Se os brasileiros, de modo geral, não falam inglês (ou qualquer outra língua estrangeira), isso se de deve, em primeiro lugar, ao descaso das instituições de ensino (públicas e privadas), mais interessadas em desenvolver programas voltados para a aprovação no vestibular (e o inglês aqui não é a única disciplina afetada). Inclua-se aí, aliás, a maioria das escolas de idiomas, atuantes no mercado também como uma espécie de “creche” para crianças e adolescentes passarem o tempo enquanto os pais trabalham. Quase como um complemento à natação, ao futebol ou ao balé…
Além disso, há, por parte do brasileiro, um enorme desinteresse em falar inglês (as razões são várias e históricas e estão diretamente relacionadas ao fato de quem nem o espanhol dos nossos vizinhos nos é familiar. Ou seja, cremo-nos autossuficientes no mundo). Não por acaso, como você nota, Portugal foi um dos destinos dos bolsistas. Como se fossem norte-americanos – desinteressados em falar outra língua que não a sua –, os brasileiros preferem filmes dublados e as soluções “rápidas e fáceis” para comunicação em viagens ao exterior. Se é verdade que “Não temos aulas em inglês, não lemos em inglês, não escrevemos artigos acadêmicos em inglês”, isso ocorre porque há uma recusa comodista, mesmo por parte de professores e pesquisadores, em sair da zona de conforto propiciada por bibliografias consideravelmente ultrapassadas, em português (ou francês – herança de um tempo em que uma segunda língua era menos estranha ao brasileiro). O ambiente acadêmico no Brasil, de modo geral, divide-se entre a velha guarda, acomodada no português e apegada ao francês, as novas gerações, que se atrapalham mesmo no vernáculo, e aqueles que entendem que ter domínio da língua inglesa é um fator imprescindível para o diálogo e o crescimento em sua área de atuação.
O Ciência sem Fronteiras simplesmente expôs uma ferida que surgiu há décadas no país e que, infelizmente, não dá mostras de ser cauterizada.
Disse tudo!!!
Exposição perfeita!
Tal como as demais disciplinas, o inglês é muito mal ensinado nas nossas escolas de ensino fundamental e médio.
Vcs tem certeza que querem culpar os professores porque a criatura passa todo o ensino fundamental e médio com preguiça de estudar, achando que nunca precisará do Inglês na vida, maltratando os professores que querem ensinar alguma coisa?????? A culpa é mesmo dos professores??????? Eu sou professora de Língua Inglesa, vim de uma família humilde e estudei a vida toda em escolas públicas, através do vestibular entrei na Federal e estou formando em Letras – Língua e Literatura Inglesa, quando cheguei à Universidade meu Inglês era Intermediário, não fiz cursinho.. eu ESTUDEI SOZINHA. O problema dessas crianças de hj é que acham que só devem estudar alguma coisa na escola. Não pesquisam, estudam ou lêm fora dela. Hoje sou professora da rede pública e da rede privada, meus alunos do 6º ano da rede privada dão de dez a zero nos alunos da 3ª série do Médio público. Qual é a diferença??? eles têm a mesma professora e o mesmo tipo de aula, todos têm acesso à internet e a bibliotecas com bons livros. Agora pergunto? como nós PROFESSORES DE INGLÊS ensinaremos alunos que sabem que não importa a nota vão passar de ano porque o governo nos obriga à isso? e se assim não fizermos seremos perseguidos… Então me desculpem os que acham que a culpa é nossa, mas acredito que enquanto não houver uma maior cobrança do governo aos pais que são pessoas fundamentais para o desenvolvimento acadêmico dos filhos, e a implantação da visão de que os professores são de extrema importância para o bom desenvolvimento e funcionamento da sociedade, o ensino das línguas estrangeiras continuará sendo deficiente como é hoje. Tem muita coisa errada no sistema de ensino público brasileiro, e tudo coopera para a má formação dos alunos.
Entre as 500 melhores Universidades do Mundo apenas a Unicamp, USP e UFRJ figuram, Já em Portugal as Universidades Do Porto, Lisboa, Minho e Aveiro estão entre as 500 melhores, então não generalize. Quem credencia o nível do aluno é o Toefl e IELTs, caso não saiba o que é isso pesquise.
Os cursos de Inglês estão muito ruins! São caros e vendem o material didático! a chamada venda casada. Eu fui para os USA falando Inglês. Estudei em cursos bons e baratos, comprava o material em qualquer livraria.
Também pudera, em nossas escolas o inglês é de-mentirinha, nas faculdade idem, e depois, no mercado brasileiro não há curso algum de inglês que ensine em tempo razoável. Há muita propaganda enganosa. Entendo por razoável o prazo de um ou dois anos pra se ter um domínio mínimo da língua inglesa, saber formar frases, pensar em inglês, etc. Claro que pra falar um inglês de primeira se precisa praticar a vida toda. Mas ficar cinco anos ou mais num curso pago pra aprender inglês nunca me pareceu coerente, exceto se eu fosse dono do curso. É o que ocorre no país e o Ministério da (des-)Educação nunca olhou pra isso. Vergonhoso pra nós e nosso país!
O inglês ou qualquer segunda língua não se estuda na universidade.Começa antes como é comum em Portugal. by the way, as universidades portuguesas estão há frente das brasileiras em todos os rankings…
Realmente é muito ruim para o país este nível dos cursos universitários. Porém tenho que discordar, quando diz, que Portugal não tem boas Universidades. Por favor informem-se, e avaliem a Universidade do Porto e a Técnica de Lisboa, sao universidades muito bem conceituadas.
Para diversas áreas a proficiência em língua inglesa é completamente dispensável, em áreas como o Direito saber espanhol, alemão, italiano ou francês é muito mais interessante.
Resolve-se isso incluindo à bolsa um curso e uma prova de ingles ja no pais. Senão cairemos sempre no dilema “Ahhhh…não temos estudantes qualificados o suficiente” Lóooogico, não damos chance de qualificação. NO “BRAZIL” NÃO FALAMOS INGLES, nem espanhol que somos rodeados de paises com este idioma. Alguém pode explicar melhor ????
Já existe a oferta de cursos online voltados para candidatos ao CSF. O problema é que o brasileiro médio não tem vontade de aprender uma segunda lingua de verdade. Basta conseguir comprar um big mac e o resto se resolve. Alunos de graduação e até mestrado evitam ler livros em inglês, sempre perguntando se não tem tradução do livro que você indica. Isso mesmo numa área técnica como ciência da computação. O resultado é esse que estamos vendo.
O desperdício de dinheiro público com este programa é preocupante. O nível de inglês de muitos do alunos que vieram pelo programa aqui para a University of Alberta é sofrível e não sei como eles vão terminar as disciplinas. Como é possível mandar alunos para o exterior sem ter o IELTS (ou TOEFL) Acadêmico (tem que ser o acadêmico, não a prova comum) com nota de no mínimo 6.5? Esta é nota mínima exigida para se inscrever em programas de mestrado ou doutorado aqui na U of A.
E quem vai pagar pelo desperdício de mais dinheiro público?
Inglês? Ora, eles têm dificuldade em português.
Boa Alcides. Não somos nós que temos dificuldade com o inglês é eles que tem dificuldade com o português.
Eu sou contra o ensino de um idioma estrangeiro na universidade, como as universidades brasileiras, vão ensinar um idioma estrangeiro, quando mau conseguem ensinar o seu idioma pátrio.
E me questiono , porque eu tenho que aprender a falar inglês, para receber um estrangeiro no meu país^ Afinal de contas serio o justo, tendo em vista o fato de que para eu ir a um país estrangeiro eu tenho que saber falar o seu idioma. Exemplo, quando eu vou aos estados unidos, tenho que falar em ingles, mas se um americano vem para o Brasil, ele não tem a obrigação de falar em português, porque^…
É por esse tipo de raciocínio que tão poucos conseguem falar inglês.
Edjeferson: Realmente, pela sua resposta , vê-se que as universidades brasileiras **mal** sabem ensinar português.
Fazer intercâmbio e internacionalizar as universidades brasileiras são duas coisas necessárias, mas a internacionalização não virá apenas através do intercâmbio. Troca de conhecimento depende de programas complexos, de iniciativas sólidas que levarão anos para dar resultados (se é que alguém quer resultados e não apenas posar de salvador).
Ser capaz de pedir sanduíche no Subway não é prova de inglês acadêmico. É preciso IELTS ou TOEFL Acadêmicos antes de estudar no exterior. É preciso ter ingles desde o primário para se chegar na universidade sabendo o idioma. Mas mal se ensina o Português, não é verdade?
Inglês deveria ser prova eliminatória em universidades públicas. Se o aluno quer estudar de graça, ele deveria ser capaz de se comunicar em inglês para poder captar conhecimento no exterior e trazer soluções novas para a sala de aula e para a sua prática profissional. O país precisa de gente capacitada e não de fazer caridade, chega de dar diploma a três por quatro para quem sairá mal formado e quase sem chance de beneficar o país.
O país não precisa de quantidade de diplomados, mas sim de qualidade. Mas quem é que vai mexer neste vespeiro, não é verdade?
Sabine, existem sim excelentes universidades em Portugal. Deveria ter pesquisado. Inglês não se aprende na universidade e sim na escola! Como um pais com ensino fundamental e médio reprováveis quer ter um nível superior internacionalizado? Certamente, não e só no inglês que nossos estudantes estão defasados…
Boa! Essa informação (ninguém fala inglês no Brasil) é óbvia mas de algum modo não “parece” óbvia, então é muito bom que você diga isso e repita isso muitas vezes na Folha, porque parece que o óbvio precisa ser escancarado para que nós o percebamos! Outro dia li em algum lugar o dado que informava o número de brasileiros que faz compras na Amazon (uma indicação de quantos brasileiros lêem em inglês) e o número é incrivelmente pequeno. Algo como 20 mil ou 200 mil, não me lembro. Num país de 200 milhões? O que me deixa mais incrédulo é que nossos políticos ainda insistem na aprovação continuada, e existem pedagogos e estudiosos que apoiam essa infâmia, e os pais e mães de filhos que estudam nesse sistema parecem não reclamar e não fazer nada para mudar as coisas! Agora pergunta para os políticos se os FILHOS deles estudam em colégios com aprovação continuada? Claro que não. Os filhos deles estudam nos melhores colégios particulares, que funcionam no “pólo oposto” da aprovação continuada. Lá a aprovação é conquistada, a muito custo. E isso garante que os filhos deles saibam, em sua maioria, falar inglês. O que garante, a eles, a possibilidade de fazer rolezinho em Miami. Bra-sil-sil-sil!!
nossas crianças deveriam ser alfabetizadas também em inglês e outras línguas.
Esta matéria é realmente tendenciosa e “pré-conceituosa”. Eu fui estudante do CsF em Portugal e dizer que as universidades de lá não são tão ou melhores que as daqui é um erro. Se compararmos em termos de publicações acadêmicas, sim, as daqui ganham, mas se compararmos estrutura (física) e ensino, não há uma mínima comparação. Dizer que os alunos não terão aulas em inglês em Portugal é não conhecer Bolonha ou o programa Erasmus Network. Em uma sala de aula onde há alunos estrangeiros Erasmus as aulas são completamente em inglês, eu não sabia disso e me ferrei (tive que aprender), tinha várias aulas em inglês, vários professores estrangeiros (Finlandia, Itália e UK), por isso antes de falar o que não se sabe, convém pesquisar!
Wallace, não é erro e muito menos preconceito. Eu me baseio em rankings universitários internacionais, como o THE. Em nenhum deles há universidades portuguesas na frente das brasileiras. Claro que varia por área, mas estou me referindo à posição da universidade. Abraços, Sabine
O pessoal de Brasília de suas magnificas salas climatizadas, acarpetadas e com água geladinha “bolam” planos miraculosos como p.ex. o CSF mas esqueceram de analisar que o EM é sofrível com aulas de 23/30min e que nem professor de línguas tem. Assim, a história vai se repetindo pois faz-se o depois sem pensar no antes, como é o caso da educação especial cuja lei antecede a oferta de formação de professores e adequação/construção de escolas e quanto ao material especializado não se tem nem notícias.
Mudei para a Austrália há quatro anos com intuito de melhorar meu inglês. Hoje trabalho aqui em uma universidade que é uma das melhores do mundo. Não faço ainda o que sou qualificada para fazer mas estou tendo uma chance.
Sim, o inglês de brasileiros que tem vindo para cá estudar é precário e a dificuldade de sobreviver em outro país é imensa mesmo com o suporte financeiro do governo. Supostamente ter condições de acompanhar aulas em uma universidade daqui é complicado.
O que fazer para melhor o nível de inglês no Brasil? Não seria o caso de investir no ensino local nas escolas/universidades primeiro? Penso que o Brasil anda internacionalizando informações a respeito de suas próprias limitações.
Olá Sabine! Primeiro, eu juro que fiquei desvendando esse título que você escolheu: “mas onde ninguém fala inglês, no Brasil ou nos EUA?” rsrs… Se os bolsistas saem juntos para o exterior, é fácil pensar que entre eles o diálogo será em português (embora eu acredite em raras exceções!). Um problema central dessa história é que no Brasil o inglês ensinado de forma equivocada, desmotivante e sempre focado na robótica gramatical. Dessa forma, acredito que institucionalizar o inglês nas universidades seria uma boa opção sim, mas que fosse antes calcado numa forma mais correta e eficaz – Abs, Ronaldo
A maioria dos brasileiros não domina nem o próprio idioma quanto mais um estrangeiro…O que se vê em provas de Redação, por exemplo, é surreal. Há uma total falta de coerência, coesão, dialética e conhecimento gramatical. E o que esperar de um país onde uma estudante do curso de Letras achava que Clarice Lispector foi uma estilista de moda londrina? E a Educação cada vez mais sucateada por aqui (em todos os âmbitos do vocábulo)…
Vivendo na Turquia ha 15 anos, temos observado o interesse dos governantes em incentivar professores estrangeiros para lecionar nas Universidades do pais. Na Ege University alunos Turcos tambem podem optar por fazer o curso em Ingles. alguns cursos de mestrado e doutorado sao feitos em Ingles. Nosso Brasil esta adormecido…
Acho que sua frase deveria ser mudada para: “Simples: porque no Brasil não há inglês no ensino MÉDIO”, uma vez que a maioria do programa ciencia sem fronteiras está na graduação. Logo, não é possível aprender em tão pouco tempo, durante a própria graduação. A qualidade do inglês no Ensino Médio, principalmente na rede pública, é o que vai preparar os alunos para a internacionalização que vc tanto defende. Eu já acho que os esforços deveriam ser a expansão, qualificada, já que o Acesso ao ES público é ainda muito restrito. A internacionalização será garantia de qualidade?
Discordo da sua resposta quanto a questão:
Por que os bolsistas não falam inglês?
Acredito que a importância da língua inglesa deveria ser levada a sério muito antes da Universidade, pois exceto em casos excepcionais, a maioria dos alunos passam todo o ensino básico fazendo de conta que aprendem língua inglesa(2 horas por semana, sem maiores cobranças por parte das escolas). Um ditado que diz: quanto antes melhor.
Por outro lado, tem aumentado a produtividade de pesquisadores de Universidades Brasileiras escrevendo artigos acadêmicos em inglês, inclusive bolsistas financiados pelo Ciência sem Fronteiras.
Marcelo, concordo. Nesse caso, os alunos chegariam falando inglês na universidade. Abraços, Sabine
Sou bolsista do CSF e falo ingles fluentemente resultado de 10 anos de Cultura Inglesa. Discordo da frase “Simples: porque no Brasil não há inglês no ensino universitário.” Ainda que o USO do ingles seja importante na universidade o aluno deve chegar la ja falando, ou seja, aprendeu antes. O ingles devia ser ensinado na escola, mas considerando que nao ensinam nem o portugues direito, imagine o ingles.
PS: desculpe a falta de acentos infelizmente meu teclado nao tem acento ja que uso no dia a dia apenas o ingles.
Oooooooia……….. que chique………
Desculpem os meus erros de portugues o meu teclado nao é com alfabeto latino.E meu computador nao tem programa em portugues.
Os teclados podem ter varias linguas ao mesmo tempo
Ele fez o ENEM? É um dos critérios de exclusão dos candidatos…
esse programa não é brasileiro, isso é uma grande bobagem. É um programa inglês, e atende a vários países. Não tem essa de programa do governo federal. Por que não se procura saber das coisa antes de sai falando bobagem?
O meu teclado é russo.Tenho que aprender russo.Meu marido vai ter que trabalhar 1 ano em Moscou.Acho que teria que investir nas escolas.Meu filho de 7 anos estuda em uma escola publica em Berlin,tem portgues e alemao,em agosto tera ingles,ele tambem fala japones,aprende tambem em cursinho publico.
Falha na seleção . Deveria ser condição primordial o domínio da língua estrangeira do país a que se destina o candidato.
Gostaria de saber qual foi o parâmetro que a jornalista utilizou para a frase: “Portugal que nem tem universidades boas como as nossas”. Não só tem Universidades melhores, como estão a anos luz a frente em pesquisas atuais na área da Educação.
Perkus, o parâmetro foram os rankings internacionais de universidades como o THE. Em nenhum deles há universidades brasileiras na frente do Brasil. Abraços, Sabine
Ainda bem que não há universidades brasileiras em frente do Brasil…
Será que a gente não tem aulas em inglês, não fala inglês e não dá aula em inglês porque no Brasil se fala português???
Mas na Holanda também não se fala inglês mas as aulas nas universidades são todas em inglês. Não é porque no Brasil se fala português que não podemos ter outras línguas no convívio diário, incluindo espanhol e inglês.
O Pensamento e a Ciência se constroem em língua vernácula. Raras pessoas dominam línguas estrangeiras, seja inglês, árabe, russo, mandarim… Quanto mais tempo (e dinheiro) gastarmos tentando “dominar” uma língua estrangeira menos tempo (e dinheiro) utilizaremos para produção de Ciência e de Pensamento. Aqueles, como os estadunidenses, que “não precisam” ocupar-se com essa questão de língua estrangeira sempre levam vantagem – e que vantagem! Solução: Língua Internacional neutra, como segunda língua para todos. A humanidade ainda vai descobrir o ESPERANTO, que os esperantistas já descobriram e utilizam há 126 anos.
Como já indicaram, não é na universidade que se deveria ensinar a lĩngua. Na minha graduação tive dois semestres de inglês instrumental, que não ajudaram em nada pois basicamente era um treinamento para leitura e isso eu já fazia mesmo tendo estudado inglês apenas três anos em escola pública.
O importante seria convencer a população de que uma segunda língua é necessária (até os americanos estão fazendo isso) e dar oportunidade de aprendizado real.
Meus dois filhos estudaram apenas aquele “inglesinho” da escola antes de irem para os EUA. Lá tiveram que aprender dentro da sala de aula e hoje falam muito bem, porque aprenderam da forma correta, com ênfase na comunicação e não na gramática.
Lendo alguns comentários, é impressionante como a xenofobia é persistente em nosso meio. Décadas de doutrinação “antiestadunidense” não poderia dar noutra coisa mesmo.
Sem muita elocubração: fluência num segundo idioma dobra o universo cultural de quem o fala, um terceiro triplica e assim por diante. Claro que a pessoa também tem que tirar proveito disso. Ou continuar falando bobagens em 2,3,4… idiomas.
Retificando a informação da colunista, os brasileiros escrevem artigos acadêmicos em inglês sim. No ranking da Scimago, somos o 15o país em número de artigos, ver :
http://www.scimagojr.com/countryrank.php
Marcelo, somos 15o país em quantidade de produção científica em qualquer idioma no Scimago (ou 13o se excluirmos os países nanicos) e caímos para 40o no impacto dessa pesquisa — justamente porque a maioria dos trabalhos está em português. Sobre isso, ler: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/04/1266521-brasil-cresce-em-producao-cientifica-mas-indice-de-qualidade-cai.shtml
Nos cursos de Letras – Inglês das universidades, onde são (ou deveriam ser) formados os professores de nível médio, ninguém aprende inglês. Inglês é pre-requisito. Se não for muito bom na língua, não tem como aprender literatura e outras coisas — sempre em inglês. É no nível médio, que é preciso trabalhar.
Capes/CNPq paga pesquisador uma bolsa extra para que ele pague quem coloque o seu artigo em inglês. De fato, não existe artigo científico em português, essa língua já torna em burrice cavalar qualquer coisa escrita nessa
Juro que estou assombrado com esse nacionalismo barato (e por isso mesmo estúpido) de alguns dos “comentaristas”, propugnando que não é necessário inglês para se faer boa pesquisa científica, e que basta o português. É coisa de gente que ou não pôs o pé numa universidade, ou se graduou numa uniesquina da vida – o que, no fim das contas, dá no mesmo.
A melhor literatura científica, infelizmente, ainda vem, em sua avassaladora maioria, em inglês. E não falo de artigos, porque estes são 100% em inglês. Falo de livros didáticos. Boa parte ainda está em inglês. Os que são traduzidos para o português são poucos, e sem saber inglês, o aluno fica muito, mas muito restrito.
Isso, sem contar com o fato que os melhores congressos, aqueles que apresentam as últimas descobertas, de ponta, são todos falados em inglês, que é a lingua franca da ciência e da tecnologia. Ir a um congresso desses sem saber inglês é perda de tempo e de dinheiro. Uma vez que as idas a estes congressos, que incluem passagens de US$ 1000, inscrições oscilando entre US$400 a US$800 e hospedagens girando em cerca de US$100 por dia, são pagas com recursos públicos das agências de fomento estaduais e federais, é desperdício de dinheiro do contribuinte.
Impressionante como tem gente que não somente acha que o “burro is beautiful” é algo bom, como ainda tem a coragem – ou seria melhor chamar de estupidez? – de sair relinchando essas baboseiras por aí. Melhor seria se ficassem calados. Ou melhor, if they kept their damn mouths shut tight.
Falar inglês?! No Brasil não se ensina nem o português! Agora, o pessoal é muito engraçado: estudei na UFF no tempo do FHC. Os alunos tinham que fazer vaquinha para comprar papel para imprimir as provas. Nos banheiros não tinha nem papel pra limpar o fiofó. E hoje tem gente reclamando que a Dilma criou programas de intercâmbio?!
Concordo Fabiano! Todos os programas que são criados hoje em dia justamente pra ajudar a alavancar a educação brasileira são crucificados, seja o PROUNI,FIES,CIÊNCIAS SEM FRONTEIRAS e tudo o mais. Infelizmente essa defasagem na educação vem de séculos e pra mudar esse sistema é necessário um trabalho conjunto de TODOS pois até mesmo a educação básica de instituições privadas no Brasil comparada a outros países é considerada péssima, então a mudança se faz necessária em todo o sistema educacional brasileiro e não somente em escolas públicas e etc. isso é um problema que vem de séculos. Só acredito que o povo reclama muito e super valorizam o lado negativo da coisa. Aprendizado em outra língua é questão de dedicação, foco e vontade!! se temos a consciência de que a nossa educação é defasada, cabe a nós corremos atrás da nossa qualificação, enquanto essa triste realidade não muda. Enquanto a culpa só recair pra cima de governos, governos e governos nosso país não sairá do lugar. Infelizmente pra problemas que vem desde o descobrimento do país, medidas imediatas como essas pelo meu entender são mais positivas do que negativas, pois algo está sendo feito, por mais que não seja o modelo ideal. Cabe ao beneficiado fazer a sua parte e abraçar as oportunidades.
fugindo um pouco do tema central da notícia e focando na afirmação “Portugal, que nem tem universidades boas como as nossas” digo que a autora não sabe a verdade e não tem argumentos para afirmar isso… eles sabem dar uma lição em nós sobre internacionalização dentro da universidade com um ótimo ensino e pesquisa. Um grande exemplo disso é a UPorto, cheia de estudantes (graduação e pós-graduação) de muitos lugares do mundo, com várias disciplinas ministradas em inglês. A falta de inglês dos estudantes brasileiros é fato, mas não se deve afirmar coisas falsas (ou que não se tem tanto conhecimento) para dar respaldo a essa fato.
O programa tem muitos defeitos, como todo bom começo de projeto. No entanto, é importante lembrar que o governo está oferecendo cursos online gratuitos de inglês por meio do My English Online, muito bons por sinal e aulas presenciais nas universidades. Eu faço, presencio as aulas e sei que, para os allunos que estão interessados em aprender a lingua, é muito bom! O problema é que muitos querem ir para o ciencias sem fronteiras só pra viajar, curtir, conhecer a europa. Aí já é uma questão de valores, quem abusa de uma ótima oportunidade como está pra fazer o que não deve é que merece ser punido.
Estou aqui na Australia, fiz o curso de ingles em 6 meses sem nunca anter ter aprendido o minimo de ingles (detalhe, entrei no curso que ja estava na metade). Hoje conclui o meu curso, converso naturalmente entendo perfeitamente o ingles e sou totalmente grato ao programa.
E aos invejosos que nao vieram, restam apenas reclamar e apontar falahas das quais nao sabem nem de onde vem e para onde vao, haja vista que, nao fazem parte do programa nao sendo assim aptos para tal.
Sem mais,
sds
O país é estruturalmente muito ruim, e o brasileiro já cresce “bobo”… gasta fortunas com faculdade e não sabe se quer falar uma palavra em outro idioma, não precisa ser necessariamente inglês. Você nem precisa sair do país, pois muito conteúdo útil você só encontra em livros ou websites em outros idiomas. Mas pensar grande para o brasileiro é: fazer engenharia/medicina em “faculdade renomada”… Por isso o nosso mercado está saturado de gente com formação superior trabalhando fora da área de formação, ou até mesmo desempregado…
Trabalho em um banco internacional e tivemos que trazer pessoas de fora do Brasil (um brasileiro e um chileno que estudaram na França) pois não encontramos profissionais que conseguissem se comunicar em inglês bem o suficiente. A maior parte dos CVs que indicavam “inglês fluente” na verdade era intermediário avançado.
É muita falta de conhecimento dizer que Portugal não tem universidades boas. Infelizmente, nem as universidades brasileiras nem as portuguesas ou as de outro país serão universidades top se o aluno for medíocre. De alunos medíocres saem especialistas medíocres, que muitas vezes acham q falam inglês e não falam nem português corretamente. Como esses especialistas não estudam história, não sabem q o brasil foi colonizado por Portugal e por isso há um entendimento cultural para procura desse país e não um relaxo linguístico.
Giulia, não é falta de conhecimento, não. Eu me baseei nos rankings internacionais de universidades, como o THE. Nele, as universidades brasileiras estão na frente das portuguesas. abraços, Sabine
certamente na unicamp se aprende a criticar a metodologia do THE, seus aspectos políticos e ideológicos. A mídia deve deixar isso bem claro. No mais, no THE eles distinguem áreas gerais mas não distinguem as especificidades das áreas e isso é um problema. Quanto ao ensino europeu, que não é pragmático e neoliberal ao extremo como o norte americano, há o processo de bolonha q homogeneiza, em vários aspectos o ensino, da graduação ao doutorado. Há uma valorização do acesso, fato q não há nem nos eua nem no br.
Giullia, é claro que rankings tem problemas e que universidades têm especificidades, mas em todos – THE, ARWU, QS, Leiden, etc – as universidades brasileiras estão na frente das portuguesas. E esses rankings são, por enquanto, o único critério de comparação internacional de universidades, usados inclusive para delinear políticas públicas de internacionalização. Abraços, Sabine
A Universidade do Minho e a Universidade do Porto aparecem no ranking, do Brasil nem uma.
http://www.novasbe.unl.pt/pt/news-articles/news/361-mestrado-em-financas-da-nova-avanca-para-21-lugar-no-ranking-mundial
http://www.dinheirovivo.pt/buzz/interior.aspx?content_id=3860865
http://www.dinheirovivo.pt/emprego/interior.aspx?content_id=3854403
http://www.unl.pt/destaques/Dois_Mestrados_em_Gestao_da_Nova_SBE_no_top_50_mundial/id=45/
Sabiene, sou professora de história brasileira há 10 anos. Sempre recomendo para meus alunos fazerem pesquisa em Portugal. Simplesmente porque há arquivos históricos fantásticos, com uma base documental intacta. Te dou o exemplo da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra ou a Torre do Tombo da Universidade de Lisboa. Elas entram no ranking?
Mas o problema é que, mesmo quem está indo para fazer o curso da língua antes, não está sabendo falar nada. Passam 6 meses ‘estudando’ a língua, no respectivo país, mas não sabem formular uma frase. Ou seja, passam 6 meses curtindo a vida no país como se não tivesse nenhuma obrigação. Não generalizem, não estou falando que todos são assim, mas grande parte sim!
Então deve ser por isto que estão sendo interrompidas as bolsas.
Eu já pesquiso muito sobre aprender ingles e já fiz varios cursos gratuitos e pagos e agora conheci um curso muito bom, aprendi bastante, pra quem quiser conhecer o curso esse é o link:http://bit.ly/aprenderinglesagora
Não é papel da universidade promover o contato dos estudantes com a língua inglesa, este contato deve ser realizado por vontade do estudante e, de preferência, na adolescência. Ou seja, o contato com a língua deve ser realizado para todos nas escolas, nos níveis fundamental e médio (e um ensino de qualidade). Os estudantes estão voltando por erro dos órgãos competentes e não do já precário ensino universitário brasileiro.
Muitos fazem cursos e cursos de ingles, alemao, frances, mas qtos praticam a lingua ?
Tem que praticar senao atrofia. E dificil mesmo, a preguiça e paralisante. E errando que se aprende e errando que se chega a perfeiçao e se vai criando novas conexoes no cerebro. Se for facil como o cerebro vai procurar um caminho diferente, construir uma nova conexao ?
Tem grana vai pro exterior fazer intercambio, viajar e se virar na lingua que ta aprendendo.
Sem conversar com outra pessoa nao da pra aprender nem portugues direito. Por isso, que a lingua abarca a gramatica. Mas tem gente que da muito valor a gramatica e pouco a lingua. Fica so na gramatica, so lendo, lendo e lendo.
Sei que tem uns tontos que gostam de rir dos outros, mas nao podemos ter vergonha de perguntar, errar uma conjugaçao de um verbo, do branco etc.
Nao tem colegio de boyzinho que ensina 2 linguas estrangeiras … e pq nao aprende.
Aprender inglês é uma questão de neurociência. Na Idiomos Aprendizagem Acelerada, usa-se um método científico reconhecido pela UNESCO, e pode-se alcançar o nível avançado entre 6 meses a 1 ano. Lógico que o aprendizado de um idioma leva a vida toda, pois a lingua é viva, e sempre tem de estar sendo exposto, mas NÃO para falar com fluência. Sou diretor e treinado em Suggestopedia/Neuropedia. Sei o que estou falando (www.idiomos.com)
obrigado por esta publicação!!