Cursos novatos podem ser melhores do que os ‘tradicionais’

Sabine Righetti

Quando se trata de uma instituição de ensino superior, idade costuma ser documento. Harvard, nos EUA, considerada uma das melhores universidades do mundo em rankings como o THE, é do século 17. No Brasil, a melhor é a USP, de 1934.

A mesma regra, no entanto, não vale para cursos. O RUF mostra que uma série de cursos novos, com menos de dez anos, estão entre os melhores do país (leia aqui).

O que motiva esses resultados? Especialistas em educação acreditam que alguns cursos novos são mais conectados a tendências do mercado e a novas metodologias de ensino.

Boa parte dos cursos jovens bem avaliados no RUF têm aulas com base em resolução de problemas. Isso significa que no lugar de dar uma aula expositiva, o docente lança uma questão e deixa os alunos responderem lado a lado com a teoria. Os cursos da USP Leste, cujo campus foi criado em 2005, por exemplo, seguem essa metodologia.

Direito da FGV, que está em 2o lugar no indicador de ensino da avaliação de cursos do RUF (perde para a UFMG), também se baseia em resolução de problemas, funciona em período integral e tem aulas em inglês. A mensalidade gira em torno de R$ 4 mil.

Isso não significa que todo curso novo é inovador e nem que cursos antigos estão se saindo mal. O RUF também mostra que cursos antigos e “tradicionais” se saem melhor em engenharias, por exemplo (veja aqui). É preciso analisar caso a caso.

Além de verificar o desempenho da instituição de ensino superior, vale a pena conhecer a metodologia do curso pretendido antes de escolher onde estudar. O RUF pode te ajudar nisso.

Alguém aí já fez esse tipo de análise?