Nova universidade dos EUA é oportunidade para estudar de graça fora

Sabine Righetti

Quem quiser fazer graduação fora do Brasil tem uma nova — e inovadora — oportunidade.

Começam hoje as inscrições para o processo seletivo da Universidade Minerva, que vai selecionar até 19 alunos (sortudos) para a primeira turma. As aulas começam no segundo semestre de 2014.

O grupo terá aulas interdisciplinares em quatro escolas de artes e ciências (ciências naturais, ciências da computação, ciências sociais e artes e humanidades) e uma escola de negócios.

A novidade? Não há formatos e nem currículos fechados: cada aula será construída com base no que foi aprendido na aula anterior. E os alunos da primeira turma serão os tutores das turmas seguintes – e assim por diante.

A proposta é que os alunos, que devem vir de várias partes do mundo, não fiquem restritos às aulas em São Francisco, nos EUA, mas que viajem para sete diferentes países antes de se graduarem.

Outra diferença da Minerva é o preço: a anuidade custa cerca de US$ 10 mil, abaixo da média americana. Nesta primeira turma, os custos serão todos subsidiados.

De acordo com Bob Kerrey, presidente executivo do Instituto Minerva e ex-senador e ex-governador dos EUA, a ideia é oferecer assistência financeira disponível ao alunos. “Atualmente, os estudantes internacionais são incapazes de obter empréstimos por meio de programas de empréstimos estudantis nacionais.”

Pagar a universidade é uma dor de cabeça nacional nos EUA. Tanto que os pais costumam fazer poupança assim que os filhos nascem. Alguns chegam até a vender a casa para pagar a universidade dos filhos, como relata a jornalista Anne Matthews no livro “Bright College Years” (que é muito bom, por sinal).

DE HARVARD

A proposta da Minerva ganhou credibilidade porque veio de Dean Stephen Kosslyn, ex-reitor da Universidade Harvard, a melhor universidade do mundo.

A ideia parece maluca, mas faz sentido. Interdisciplinaridade, flexibilidade e internacionalização são as palavras do momento no ensino superior. Ao que parece, um curso nesse formato tende a ser mais atual e a formar profissionais mais empreendedores.

A ideia da Universidade Minerva deve pegar.

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