Por que o RUF não avalia turismo, ciências sociais ou veterinária?
Uma das perguntas que recebemos aqui na redação sobre o RUF (Ranking Universitário Folha), lançado há quase um mês, é: “por que tal curso não foi avaliado?”
Explico.
Nós nos debruçamos sobre os 30 cursos com mais matriculados no país, como administração de empresas, direito e medicina. Esses cursos representam cerca de 70% de quem está no ensino superior do país.
Os 30% restantes são alunos de cursos menores, mais específicos e mais novos, como turismo, gastronomia, design de games, ciências sociais e outros.
Obviamente esses cursos são muito importantes. Mas a escolha por avaliar os cursos com mais matriculados é estratégica. Garantimos, assim, que mais gente fosse contemplada na nossa avaliação.
COMO FOI CALCULADO
A avaliação de cursos do RUF teve base em três indicadores: nota do Enade (exame nacional feitos pelos alunos de graduação), quantidade de docentes com doutorado e opinião dos avaliadores do MEC em uma pesquisa que fizemos pelo DataFolha.
Nessa avaliação, foram considerados os cursos de todas as 2,3 mil instituições de ensino superior do país: faculdades, centros universitários e universidades.
Dados de produção científica (como quantidade de trabalhos científicos publicados por professor) não foram contabilizados.
Afinal, faculdades e centros universitários não podem ser avaliados por atividades que não fazem parte da sua missão, mas que integram a missão apenas das universidades, que é o caso da produção científica.
Já no Ranking Universitário, que avalia as 192 universidades do país, há indicadores de produção científica e de patentes (inovações solicitadas pelas universidades). É uma análise bem mais ampla.
Agora estamos pensando em como ampliar o número de cursos avaliados na 3a edição do RUF.
Agradeço se tiverem ideias.
Analisando os dois RUFs, vi uma discrepância de algumas universidades que estavam entre as lideres no primeiro e no segundo caíram drasticamente e vice-versa àquelas que estavam em posição inferior. A questão é a seguinte: Quando fosse fazer as pesquisas, questionados aqueles que respondem o quesitos, deveriam sim o mesmo informar qual universidade ele se formou, seria a primeira pergunta, depois disso deveria existir a seguinte pergunta: – Excluindo a universidade na qual o senhor se formou, qual dentre as demais você indicaria para este quesito? Estatisticamente falando isso é fundamental, pois teríamos surpresas e o saudosismo e a afinidade pessoal não entrariam em questão, pois estatisticamente não resta dúvida que isto ocorreu, o lado pessoal entrou em jogo analisando os dois RUFs. Trabalhei numa empresa em que a diretora, formada no Mackenzie dizia que lá em citada universidade o ensino era melhor, até mesmo que da USP. Quando algo saia errado ela dizia. Não estudaram no Mackenzie olha, veja no que deu. Ela achava que o Mackenzie era melhor que a USP, que a Unicamp, que qualquer Federal, que da FEI, que das PUCs. Isto é psicológico, cada um puxa a sardinha para seu lado, o ego se sobrepõe à razão e até mesmo, às vezes à lógica. E assim estatísticas perdem seus valores ou mesmo confiabilidade.
Rene, obrigada pelo comentário. Pesquisas de opinião têm, sim, um alto grau de subjetividade. É preciso levar isso em conta. Quais universidades mudaram de posição drasticamente do primeiro ao segundo RUF? abs e obrigada pelo comentário, Sabine.
Sabine, Obrigado pela resposta, antes de lhe enviar quais universidades mudaram drasticamente de posição nos RUFs, cito primeiramente o ranking de 2013, onde a Fundação Universidade Federal do ABC, consta que o curso de Administração de Empresas ficou na 135ª colocação, contudo, não poderia ficar nesta posição, ou qualquer outra, pois citado curso não existe na UFABC
De longe meus comentários não são críticas ao RUF, que isto fique bem claro, no meu ponto de vista o RUF foi a melhor coisa que poderia acontecer para as instituições de ensino, pois muitas delas vão notar os pontos em que precisam melhorar. Sem sombra de dúvidas o RUF contribuíra para a melhoria do ensino, pois criara uma competição entres as instituições. Até penso que por causa do RUF, no futuro cursos na língua inglesa serão ofertados, pois isto é primordial, mas as universidades são contra isso e enquanto agirem assim somente cairão nos rankings mundiais
Sabine. Na avaliação do mercado, no Curso de Engenharia em 2012 a Fei, a Mauá, e o ITA, respectivamente estavam nas posições 2ª, 3º e 7º, as mesmas em 2013, no curso de engenharia civil estão nas posições 54º, 61º e 55º, levando a ordem cronológica das posições do ranking. Pelo indicador usado pelo RUF elas saem da 2ª e 4ª posições e vão para a 11ª