Por que as universidades brasileiras vão tão mal nos rankings internacionais?
USP e Unicamp despencaram no ranking universitário internacional lançado hoje pelo THE (Times Higher Education), o principal da atualidade.
A USP, única do Brasil que figurava entre as 200 melhores do mundo, passou de 158º lugar em 2012 para o grupo de 226º a 250º.
A Unicamp também caiu e passou de 251º a 275º (em 2012) para 301º a 350º (leia matéria sobre o assunto e mais no Dinheiro Público & Cia.: ensino superior público privilegiou inclusão à competição).
Quem era bom continua bom. Os EUA continuam dominando o ranking. A melhor universidade do mundo, Caltech, é norte-americana. Além disso, 77 das 200 melhores do mundo estão em solo dos EUA.
Reino Unido também vai bem. A Universidade de Oxford ganhou casas e empatou com Harvard, considerada a melhor do mundo por muito tempo, em 2º lugar na lista. Os britânicos têm mais duas universidades no ‘top ten’ (Cambridge e Imperial College).
O Brasil foi o único país que saiu do grupo de países com universidades entre as 200 melhores do mundo. Noruega, Espanha e Turquia entraram para o grupo de elite.
Por que estamos indo tão mal?
Não dá para colocar a culpa na metodologia, que não mudou do ano passado para a atual edição. A base de periódicos científicos analisados continua sendo a Web of Science.
O problema, ao que parece, é a falta de inglês nos corredores acadêmicos.
Como publicamos trabalhos científicos essencialmente em português, quem não fala a nossa língua não consegue nos ler e nem nos citar – algo essencial na atividade científica. E assim, despencamos.
Para piorar o cenário, recentemente foram incluídos na base Web of Science livros e capítulos de livros — que, no caso da produção brasileira, são em português na sua quase totalidade.
Essa inclusão foi destacada pelo cienciometrista Rogério Meneghini, responsável pela coleta de dados do RUF (Ranking Universitário Folha).
“Citações” é justamente um dos indicadores que fez a USP cair (caiu de 30,2% para 29,4%), ao lado de “ensino” e “pesquisa”.
POUCOS ESTRANGEIROS
Não falar inglês prejudicou também outros indicadores, como “internacionalização”. Temos poucas aulas em inglês e, consequentemente, temos poucos alunos e poucos professores estrangeiros — um dos indicadores em avaliações como o THE.
Na Unicamp, a queda do indicador “internacionalização” de 20,9% para 19% foi um dos motivos que levaram a universidade para o fim da fila.
Há quem diga que o problema está no fornecimento de dados pelas universidades brasileiras.
Como não temos uma cultura de avaliação, não passamos dados corretamente aos elaboradores de rankings. Outras universidades fazem isso com profissionalismo. É outra hipótese.
A USP alegou que vai bem em outros rankings, como no também britânico QS, em que ficou em 127º no mundo. E que está investindo em internacionalização.
Qual é a sua opinião?
No geral, a educação no Brasil vai de mal a pior em todas as esferas, desde as séries iniciais até as mais altas.
Falta competência, falta dedicação, falta seriedade, falta comprometimento, sobra politicagem, nepotismo, indicações e favorecimentos nas universidades brasileiras.
Ninguém quer admitir, mas a verdade é que as instituições brasileiras são muito mal vistas lá fora.
Quem é o maluco que vai deixar de fazer um doutorado em Harvard, Princeton ou Stanford pra fazer na USP?
Vamos deixar de arrogância e reconhecer que tem muita coisa errada nesse país, aliás não só na educação mas em todas as áreas.
A tragédia da educação brasileira começa com a chamada “privatização” no final da década dos 60 e implementada vigorosamente a partir dos anos 70, pela Revolução Redentora. Antigos motoristas de lotação, caso do Sr. Veiga de Almeida, viraram, de maneira prodigiosa donos de faculdades, depois dono da Universidade Veiga de Almeida. Acho que o Brasil é o único país do mundo onde se pode ser dono e senhor de universidade, assim como se é dono de um botequim ou de um bordel ou de um motel. No Rio, além do antigo chofer de lotação, tivemos o caso da Universidade Gama Filho, que emergiu de pequeno colégio secundário, de péssima reputação.
Agora está surgindo um monstro com mais de um milhão de alunos, com ações a serem lançadas na bolsa, que coroará de maneira grandiosa o grande sonho de transformar o ensino brasileiro no mais degradado e prostituído do mundo, e o mais lucrativo. Vamos comprar ações do empreendimento e lucrar com a imbecilização da juventude brasileira.
O ensino privado é culpa da má qualidade do ensino público?
Quanto ao ensino privado, que não foi mencionado no post e não diz respeito a você nem a nenhum outro terceiro, pois, ele é privado, o jovem tem que aprender a usar o próprio dinheiro e exigir qualidade dos serviços que compra.
O dinheiro é do cliente, a instituição é do empreendedor, nenhum terceiro tem direito a querer mandar em qualquer um desses dois.
Quantas das melhores universidades do mundo são públicas? Quantas são privadas?
Agora, me responda: Qual é o problema da educação no Brasil?
CalTech.
MIT.
Stanford.
Harvard.
Princeton.
Universidade de Chicago.
O que essas universidades, entre as 10 melhores no ranking (incluída a primeira e a segunda) têm em comum?
São privadas.
E tem quem ache que privatização do ensino é problema!
vamos privatizar todas as universidades, assim entrarão em melhores posições no ranking, vamos fazer como no Chile… que ocupa posições piores que o Brasil.
Uma proposta como essa em uma econômia como a nossa, em uma mentalidade como a nossa, não funciona.
Temos que parar de achar que aplicar aqui na perifa o que acontece nos centros do capital é possível ou dá saída pra o mundo desigual que vivemos!
http://www.youtube.com/watch?v=EV04KyhMhj0
Obrigada pelo comentário. Há algumas universidades públicas dos EUA muito boas entre as melhores do mundo, como a Universidade de Michigan. Só que são públicas e não de graça. Abraços, Sabine.
Nao é tao simples. Nenhuma dessas aí são Universidades com fins lucrativos. nenhuma delas são negócios como as nossas. As Universidades com fim lucrativo americanas nao aparecem na lista em nehuma posição. E sem contar as publicas americanas que abundam nessa lista. Esse tipo de argumento simplista apenas revela que precisamos aprender muito como funciona a educação superior norte-americana e mundial
A causa e o despreparo de professores; a ganancia das escolas que parecem mais ramo do comercio do que ramo de educacao; alunos mais interessados em obterem um diploma do que obterem conhecimento e o fraco desempenho do ensino basico. Vejam os resultados do PISA 2012. O Brasil esta la embaixo, pior mesmo que o Uruguay, Serbia, etc.
Esse é o preço de 12 anos de retrocesso intelectual. Estamos até importando médicos. e aceitando os que somente países em destruição aceitam.
Ué! A USP virou universidade federal??
PSDB e EDUCAÇÃO não combinam!
desde quando 127a colocacao eh ir bem?? brasil, invista em educacao! invista em globalizacao!
Como diz o nosso estimável apresentador de telejornal, Boris Casoy:
This is a shame!
Who? That man who trashed trash collectors? Its a shame that Brazilians also dont have a memory!
A maioria das pesquisas brasileiras é publicada em periódicos em lingua inglesa. E mesmo os periódicos brasileiros possuem ao menos resumos expandidos em inglês. Os EUA, Suíça e UK produzem o que usam em pesquisa e pesquisam o que usam. Nós aqui apenas queremos participar deste jogo.
Todos nós sabemos que os nossos governos não investem em ensinos de qualidade. Eles investem em ensino para mostrarem “números para inglês ver”. Na hora da verdade, dá nisso!
Este governo está cada vez pior e os seus eleitores parecem não ver, milhões foram aplicados em estádios para a copa, que no futuro serão elefantes branco e a educação, saúde e segurança continuam a ver navios… um absurdo.
Nada a ver, USP e Unicamp são universidades DO ESTADO DE SP!!! O que o governo federal tem a ver com isso???
e quanto às Federais, onde se posicionam no ranking?
O Governo Federal e o Ministério da Educação têm a prerrogativa de direcionar os investimentos e garantir que a educação no país evolua. Ao final de 12 anos de governo do PT, observamos que não houve evolução significativa.
Boa lembrança, Luiz Henrique.
Onde estão as universidades federais no ranking? Não se fala em sua queda porque elas não estão sequer em posição de cair.
Sim USP, UNICAMP e UNESP são do ESP. E as 3 são consideradas as melhores do Brasil, enquanto as federais são um desastre total, salvo raríssimas exceções.
Jose Antonio, obrigada pelo comentário. Em uma avaliação nacional, do RUF, há três federais entre as 5 primeiro colocadas do Brasil: UFRJ, UFMG e UFRGS. Estão na frente da Unicamp, inclusive. Veja: http://ruf.folha.uol.com.br/2013/rankinguniversitariofolha/ Abraços, Sabine.
O que podemos falar de um país que não tem o conhecimento enraizado na cultura do Brasil?!
Ao ler o título do tópico fiquei preocupado. Ao ler a sua postagem fiquei mais aliviado. Se de fato a queda da USP e da UNICAMP está mais relacionada com a publicação em língua inglesa e não com a qualidade da produção científica e acadêmica dessas universidades, não vejo tanto problema assim. Infelizmente falamos uma língua que o mundo não dá importância, embora seja preocupante saber que grande parte dos pensadores brasileiros não sabem falar inglês, que a língua internacional de nossos dias, mas isso não é grave. Grave é não sabermos nos vender e vender a nossa língua, dar importância a ela nos fóruns internacionais, ainda que o português, como qualquer outro idioma, não vá tomar o papel que o inglês possui nestes mesmos fóruns.
Boa, concordo completamente!
Tambem concord. Em um mundo onde a maioria fala ingles, espanhol e mandarin chines que chances nos teremos.
Concordo com você, Érico. Acho que o fato esta mais na língua que em qualquer outro fator. O Ranking é dominado por universidades estadunidenses e Inglesas, onde todas as aulas são ministradas em inglês e tudo publicado no mesmo.
Sem falar na diferença de idade, a USP é uma universidade jovem perto das melhores do mundo, a USP não tem nem 100 anos.
A CALTECH, a melhor do mundo, tem pouco mais de 100 anos.
Mas a Caltec, assim como o ETH Zurich e MIT não são generalistas (cursos em todas as áreas), o que facilita bastante concentrar esforços e ser excelente no “pouco” que abrange.
Rafael Henrique Zerbetto “Os Estados Unidos continuam dominando o ranking. A melhor universidade do mundo, Caltech, é norte-americana. Além disso, 77 das 200 melhores do mundo estão em solo dos EUA.” Por isso o inglês é tão importante para os rankings de universidades, ele dá vantagem às universidades que inventaram esses rankings, e assim elas ganham mais dinheiro com intercambistas de outros países
Eu penso o mesmo!
Vamos mal nos rankings porque o PT está no governo. Simples assim.
A USP é competência do Governo do estado de São Paulo, que se não me engano esta nas mãos do PSDB há muitos anos. Informe-se melhor.
A USP e Unicamp, ambas “nas mãos do PSDB há muitos anos”, são as melhores públicas do país.
O PSDB é ruim, mas o PT é a pior coisa que aconteceu na história do país, e sua pior fase ainda vai chegar (o Brasil será a próxima Venezuela).
A USP foi colocada em seu lugar. Não faz o Provão/Enad , pois qd fazia os resultados eram piores que as federais
O Brasil está bem, nunca esteve tão bem e a Dilma vai ganhar novamente.
O Brasil esteve mal com FHC, onde não se tinha empregos, SM de 69USD, reservas de 39 Bi(hj380 bi) etc Conclusão:perdeu as eleições. Governo bom ganha eleições
…é verdade e desvia dinheiro a rodo
Os nazistas sempre foram bem votados em todas as eleições de que participaram – inclusive nas que precederam a ascenção de Hitler ao poder.
Há inúmeros déspotas africanos que estão no poder há décadas mantidos por eleições diretas.
Ganhar eleições não diz NADA sobre a qualidade do governo.
Querido, as Federais na mão do PSDB estavam em situações desastrosas.
É verdade, e isto o povo não viu ainda.
Já ouviram falar de Paulo Freire? Então, ele é responsável pelo lixo que é a educação brasileira.
Concordo plenamente e incluo aí Darcy Ribeiro. Fizeram o maior estrago na educação brasileira que persiste até hoje. Comunistas na educação dá nisso.
Tucanos na educação é uma catástrofe
porque hoje ela ê comandada por cumunista.
“comunista”. Escreve-se com O.
Interessante é notar que, enquanto o Brasil comemorava 136 anos de colonização (1530 – 1636); Os EUA inauguravam a Havard University.
Em todos os rankings feitos por “instituições” inglesas ou americanas as universidades destes países encabeçarão. É inquestionável a qualidade do, por exemplo, top 10 deste ranking, entretanto, é de se estranhar a baixa presença de universidades francesas e alemãs no top 50, já que estes países são berço de pesquisadores que contribuíram de maneira imensurável ao progresso da ciência. Certamente um ranking francês ou alemão as teriam posicionado melhor. Por fim, o critério de internacionalização baseado no idioma só serve para os que não falam inglês?
http://www.shanghairanking.com/
Achei surpreendente essa queda por se ter dado muito depressa. O empenho do governo de São Paulo em destruir a Educação foi mais eficiente do que a expectativa. Para seu intuito e para os seus administradores do bolso do colete foi feito a comemorar. Só esperava essa situação para futuro…
Impressionante que as Federais nem entram.
Para mim, o importante é o contributo da universidade para nossa sociedade, coisa muito precária e aquém das possibilidades.Esse negócio de ranking tem mais a ver com economia de mercado do que ciência.Faz parte da hegemonia econômica que se transforma e hegemonia cultural.É óbvio que, em termos de produção científica, a USP está muito melhor do que indica o ranking.Mas o imperialismo cultural e a mentalidade colonizada sempre terão influência na avaliação.Nossa preocupação básica deveria ser com a educação básica e não com rankings universitários, os quais existem para manipulação de verbas e investimentos, coisas atinentes ao regime capitalista internacional.Ou seja: quer dizer que se a língua oficial usada nos corredores da universidade, mesmo que a produção fosse baixa, fosse o inglês, a universidade subiria no ranking.Meio ilógico não?Note-se que há poucas públicas entre as melhor cotadas.Significativo não?
Como você vai sustentar as universidades e todo o Estado sem o mercado?
Sabine, quando vejo as matérias e as fotos sobre a invasão e o vandalismo na USP, acho que já serve como uma resposta parcial a sua pergunta. Produzir conhecimento, gerar riqueza, desenvolver pesquisas de ponta… nada disto parece interessar as pessoas que estão nas nossas universidades. Você até pode dizer: mas é um grupo pequeno que transformar as universidades públicas em extensões de suas casas e as tratam como postos avançados da revolução socialista. Mas no momento em que a comunidade acadêmica se omite e não faz nada para dar um basta a esta situação, a esta dominação imposta por grupelhos políticos, então ela está sendo conivente com este descaso em relação aos objetivos reais das universidades. Enquanto tivermos alunos, professores e funcionários mais preocupados em fazer política, e menos em fazer ciência, continuaremos caindo cada vez mais nestes rankings, pois são eles que bloqueiam importantes mudanças que se poderiam fazer em nossa cultura acadêmica. Alguns comentários em sua postagem anterior, sobre a escolha dos reitores em universidades “top”, são a maior prova desta nossa situação, deste desprezo pela pesquisa e práticas científicas. Além disto, estes mesmos comentários mostram quão simplória e limitada é a mentalidade das pessoas que reduzem tudo a um sentimentalismo infantil e a discursos vazios sobre “democracia” e “autoritarismo”. Continue com suas postagens, precisamos de vozes menos propensas ao discurso sentimental.
A CAPES também é culpada pela manutenção da mediocridade nas pesquisas brasileiras. O uso do Qualis para avaliar os programas de pós-graduação é um desperdício de recursos e direciona as pesquisas para publicações inexpressivas. Bastaria exigir que as publicações fossem em inglês e em revistas com impacto na comunidade científica. No entanto, o atual modelo não estimula as revistas brasileiras a melhorarem (pois cria uma reserva de mercado). Pior ainda, apesar das pesquisas tenderem a ser multidisciplinares, um bando de burocratas acha que pode dizer que uma revista de impacto internacional não é digna de foco de pesquisa de um determinado programa de pós-graduação pois não é pertinente a área de classificação do QUALIS. Infelizmente não temos uma visão de excelência e de meritocracia, assim as universidades brasileiras continuarão inexpressivas no contexto mundial.
O problema não é o Qualis e sim quem prepara o qualis de cada área. Na áera em que atuo (Computação) não tem nenhuma publicação em língua portuguesa com qualis melhor que B2.
O Brasil está ficando mais burro, ignorante. A massificação leva a isso. Não se trata de uma visão elitista, mas de admitir que a expansão do consumo nas classes ascendentes não foi acompanhada pela expansão da educação de qualidade. Inglês?
Mal se fala e escreve o português…
You love you o xente veryggod…aqui nois fala mesmu é tupi….o pais tá entupido de ladrões…
estudei na Poli nos anos 90, uma das melhores e mais prestigiadas escolas de engenharia do Brasil: nenhum estrangeiro entre meus colegas ou professores. falta de inglês? talvez… mas sem dúvida falta de interesse em intercâmbios, em trazer e “mandar”, até por ser pequeno o interesse em crescimento e pesquisa. nenhum de meus colegas deu continuidade aos estudos com mestrado e doutorado, também, o que indica que os melhores alunos não ficam para produção posterior – seja por falta de incentivo como por melhores condições no mercado de trabalho. querer diminuir o problema olhando para o ranking (por ser feito nos EUA, Inglaterra ou onde for) é ignorar a falta de perspectiva do aluno, do professor, o excesso de acomodação dos titulares e dirigentes e o pequeno número de publicações de interesse, muitas das quais alavancadas pelo trabalho mal remunerado e pouco reconhecido de pesquisadores em mestrado/doutorado ou mesmo como visitantes – fora as fraudes, cópias e falsificações…
Sabine, temos que internacionalizar as nossas principais universidades. E comum ver estrangeiros nos cursos de pos-graduacao aqui nos EUA e tambem nos cursos de graduacao, porem em menor quantidade. Cada vez mais eu vejo asiaticos estudando aqui em Massachusetts, Chineses, Sul-coreanos e alguns indianos. Soube que a USP abriu um escritorio aqui em Boston. Sera que ja comecaram esse processo de internacionalizacao?
O problema da USP é que como toda instituição pública brasileira, serve mais pra gastar verba pública do que dar bons resultados. Já me graduei por ela e sei do que estou falando. Tem muitos professores que estão lá apenas para receberem seus salários e reprovarem alunos, cujas turmas chegam a ter 90% de reprovação. Voltei a estudar nela recentemente e vejo que as coisas estão piorando. Como diz o povo: isto é Brasil! Infelizmente.
A causa disto é que as universidades brasileiras se transformaram num antro de drogados e marxistas. Não há disciplina e ninguém estuda. Pergunte aos estrangeiros que estudam na USP e peçam uma comparação da disciplina com outros países. Não precisa de nenhum investimento, é só estudar.
É bom lembrar que mesmo em tempo de crise, os Estados Unidos investem em Havard mais de que o nosso pais investe em todas as universidades.
A USP tem 1/4 do orçamento de Harvard…
Harvard consegue ser financiada pelo desejo de pessoas livres que investem o próprio dinheiro por que querem e sabem que vão ter retorno; a USP precisa ser financiada por impostos, pois, nem seus atuais alunos acham que ela valha algo e estariam dispostos a pagar..
Gasto estatal é o problema, não a solução.
*A USP tem 1/4 do orçamento de Harvard, mas está longe de ter 1/4 da qualidade…
É apenas natural essa queda. Apesar dos resultados serem influenciados por itens singulares, o peso da instituição a atrapalha de crescer.
Comparando instituições de orçamento igual como a UC Berkeley com seu orçamento de 4,19 bilhões de reais e a USP com seu orçamento de 4,36 bilhões de reais, vemos incoerências em seus números. A USP tem o dobro do número de alunos mas tem a mesma razão de professores por alunos.
Enquanto Berkeley gasta 63% de seu orçamento total com salário e benefícios (incluindo aposentadoria), a USP gasta 88%, sendo que 20% do gasto com pessoal é direcionado a gastos com aposentadorias, mesma porcentagem da UC Berkeley.
É nesse ponto que nós vemos o problema, tem uma universidade em um país subdesenvolvido, com números de país subdesenvolvido mas com gastos de pessoal de países desenvolvidos. Temos muito mais problemas de infraestrutura e operação mas focamos em manter um nível de pessoal competitivo internacionalmente, pelo menos do aspecto financeiro. Com essa crescente necessidade por equiparação com universidades estrangeiras (influência dos sindicatos), uma hora teria que haver falhas no desenvolvimento que cada vez recebe menos investimentos e consequentemente demoraríamos a nos adaptar ao mundo em movimento.
Ou seja, ou se aumenta o orçamento da instituição para 6 bilhões (pelo governo ou através de mensalidades) criando números no mesmo nível dos países desenvolvidos ou se ajusta os gastos em pessoal para um país subdesenvolvido, assim podendo investir. Não tem como viver a fantasia de fingir que somos desenvolvidos a esse ponto.
No que diz respeito ao número de professores, ter a mesma relação aluno/professor é o que se espera, afinal esse número tem relação teórica com qualidade das aulas e atendimento aos alunos. Apesar disso, o número americano engana um pouco, pois na prática os professores dão menos aulas e ainda usam alunos de doutorado para atender alunos de graduação.
Mas, de qualquer modo concordo no inchaço das universidades públicas brasileiras. Pior ainda é saber que a maior parte dos salários de funcionários não-docentes é maior do que o equivalente na iniciativa privada.
Aleardo, a LDB exige que o voto dos docentes tenha pelo menos 70% do peso. Isso porque há muito mais alunos do que docentes em uma instituição. Abraços e obrigada pelo comentário, Sabine.
Não sou ligado em publicar comentários, entretanto hoje não agüentei mais. Será que o povo não está vendo nosso país virando de cabeça para baixo, em todos os sentidos. Vamos em breve virar uma Venezuela ,etc…. Quem tiver intimidade com Da. Dilma sugira que ela saia fora e deixe para que seus marqueteiros tocarem o resto do mandato pois ela não tem mais moral. Estou com 74 anos e não tinha visto nada tão bagunçado,violento e fora de controle.
Concordo, mas Dilma nunca faria isso. O porquê?
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Qualquer semelhança NÃO é mera coincidência:
“O decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.”
Virar uma venezuela é o objetivo do PT.
Pelo decalogo postado, USA seems closer to Venezuela than Brazil has ever been!
Felipe, vc não sabe nem que a USP é pertence ao Estado tucano de SP!
A USP e a Unicamp são universidades do estado de SP. Elas despencaram por questão de metodologia de avaliação. Isso não tem NADA A VER com o governo federal, seja para bem ou para mal. Quem vê Dilma em tudo está ficando paranoico.
Caro Jeremias, e qual o posicionamento das UNIVERSIDADES FEDERAIS após 12 anos de governo petista?
Caro Luiz Henrique, não interessa qual partido que nos governa, devemos olhar o tipo de Políticos que o povo elege. Basta ver o nível de escolaridade dos nossos Governantes, a educação nesse País não poderia ser dos melhores. Basta ver nossas Leis, as mudanças que nunca acontecem, nada muda pra melhor. É lógico que a educação nesse País nunca melhora. Quem quer coisa séria vai estudar fora do País. É muita bandalheira num só Pais.
Sr. José Paim, o senhor tem toda razão. Faz muito tempo que tudo esta de cabeça pra baixo. Pessoal nem fala e nem escreve nada que preste. Meu Pai sempre falava, “A ignorância que estranvanca o Progresso do País”. Querem estar tão acima de tudo e todos, querem ser modernos e primeiro mundo e não fazem por onde.
Cada dia que passa aumenta minha decepção com esse país.
O ensino da matemática e das ciências no país está uma verdadeira desgraça. O Brasil consegue a “proeza” de perder até para países bem mais pobres, o que é uma vergonha total.
As universidades estão sucateadas, tomadas por gente que só quer saber de vagabundagem e festas regadas a drogas.
O resultado é essa esculhambação que virou a educação no país.
Aliás, não só a educação, a saúde está uma zona, segurança pública, transporte público, infra-estrutura, corrupção… os problemas são muitos e parece que só se multiplicam com o passar dos dias.
O governo parece que não sabe o que fazer, atira pra todo lado pra ver se faz de conta que trabalha.
Eu sinceramente não me espanto com essa bagunça toda. Com uma administração como a que temos nesse país, as coisas não poderiam estar de outro jeito.
Você não mencionou o pior:
O problema é o Estado, mas as pessoas saíram as ruas pedindo mais Estado.
Engana-se quem acha que o governo não sabe o que faz, ele sabe exatamente, você só não reparou que o objetivo é outro.
É claro que temos muito que avançar, mas não podemos deixar de reconhecer alguns fatos positivos: o maior acesso de nossos jovens à universidades federais e a possibilidade de estudarem no exterior.
Só no meu local de trabalho, 6 filhos(as) de colegas, todos da classe média baixa, estão estudando no exterior (Estados Unidos, Espanha e Alemanha), sem falar em inúmeros outros conhecidos com filhos também estudando fora do país, financiado pelo governo. Um número crescente de universitários no Brasil estão tendo esta fantástica oportunidade de estudarem em universidades de vários países. Isto, sem dúvida, contribuirá para que tenhamos cada vez mais universitários fluentes em inglês e outros idiomas e um avanço em pesquisa, pois os estudantes ficam conhecendo novas realidades, adquirem conhecimentos, enfim, vai ser muito bom em termos de avanço do nível de nossos universitários.
Quando fiz matéria isolada no mestrado de uma grande universidade federal, há mais de 10 anos, a biblioteca era um horror, não havia livros recém lançados, os computadores e as escrivaninhas eram do século passado, o elevador era pré-histórico, ficava frustrada em ver aquela estrutura precária da universidade. Em 2006 quando fiz o mestrado, tudo foi equipado, reestruturado, nem parecia a universidade que estudei anteriormente.
Não sou partidária deste ou daquele partido, analiso muito os resultados das gestões, principalmente a partir de publicações científicas nacionais e internacionais, de indicadores de desempenho, enfim, utilizando dados de instituições sérias.
Sempre me pautei por evidência científica e não por achismos…
Quanto está custando este acesso a universidades federais e estudo no exterior? Se as caridades, bolsas e universidades privadas são muito mais baratas, qual o fato positivo?
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=488740897870872&id=441090305969265
Também já vi muita história de gente que está viajando (muitos perguntam onde tem praia antes de escolher o destino) bancada pelo Estado.
Muito bem Ana. é muito fácil falar mal, não é, mas fazer uma analise critica ninguém que fazer pq dá trabalho. Temos que ver que apesar de ter muito caminho a ser percorrido muito já foi conquistado. O pessimismo cronico e militante junto com o negativismo orgulhoso de muitos comentaristas apenas revela a pobreza intelectual.
Por isso,que minha filha foi estudar em Harvard em 2009 e se formando em maio deste ano, mesmo passando para as 3 universidades publicas sediadas no Rio de Janeiro. Esta trabalhando em Chicago. Nossos melhores alunos estao indo para fora do pais. Obs: Ela tinha bolsa de estudos de 100%.
Um exemplo que devia ser seguido por 100% das pessoas (inclusive aquelas que nasceram no Brasil).
Este país está como um todo muito bagunçado.
A violência já passou de todos os limites.
Todo dia agora nos grandes centros é chacina, é tiroteio, é assalto, famílias sendo mortas, pais matando filhos, presos mandando em presídios e comandando o tráfico lá de dentro, corrupção nas polícias, escolas e hospitais caindo aos pedaços, cracolândias se multiplicando… é uma desgraça atrás da outra. Não dá nem tempo de o cidadão processar tanta desgraça, quando você está pensando numa, estão acontecendo outras.
É muito descaso, temos um governo incompetente e corrupto que larga o povo à própria sorte.
O Brasil mais parece um carro sem motorista e desgovernado descendo uma ladeira a 200 km/h.
Tá tudo fora de rumo nesse país.
E as pessoas ainda saem às ruas pedindo mais impostos, mais polícia corrupta, mais governo.
O único jeito de melhorar é pedindo menos. Menos Estado.
Afinal, se o dinheiro ficar na sua mão, em vez de ir para o Estado, com certeza você só vai gastá-lo com o que for de qualidade.
Então, Felipe, foi por pleitear “menos Estado” que a Economia Americana está no que está, com o congresso fechado, depois de ter deixado na mão da “mão invisível” a regulação do Capitalismo e ter afundado o mundo numa recessão de 5 anos. Acho decepcionante que um indivíduo com a tua qualidade intelectual reduza o problema complexo à equação “mais Estado/menos Estado”.
Esta pesquisa inglesa é furada. Veja a classificação das universidades alemãs, que contribuem para o PIB e bem estar social sem tantas publicações e uso da língua inglesa. idem para as universidades Francesas. Não que nosso ensino seja uma maravilha, mas o conservador Times faz a sua lição de casa de vender a industria de ensino universitário Britânica. Estudei no Imperial em dois momentos distintos nos últimos 20 anos e ficou evidente o declínio de funding para pesquisas no Reino Unido. Por outro lado, ha bastante dinheiro para funding por aqui, mas sempre com a confusão no uso dos equipamentos entre interesses públicos e privados
Se acordo com o post, uma razão para a queda da USP no Ranking THE teria sido a queda no número de citações de 30,2% para 29,4% – 0,8% é uma diferença muito pequena e creia que seja comum a existência de variações deste tipo. Qual a diferença de pontuação neste ranking? Pode ser que, em certa faixa de posições neste ranking, uma pequena variação na pontuação leve a uma variação considerável de colocação se há muitas universidades com pontuação semelhante.
De todo modo, os resultados educacionais do Brasil são pífios. Basta ver como nossos estudantes de ensino médio se saem no PISA. É impossível ter universidades de ponta se o ensino básico é fraquíssimo.
Acho que temos que ter muito cuidados nesses rankings. Nos níveis intermediários em que A USP se encontra, muitas outras Universidades estão, e pequenas variações de indicadores podem acarretar grandes saltos nos rankings, para ambos os lados. Não tem muito sentido a qualidade de USP decair tanto em um ano, isso certamente representa pequenas variações da USP e de outras instituições equivalentes. Temos que ver a tendencia e não um ponto isolado.
Diagnóstico das universidades brasileiras:
1 – Falta de seriedade e absoluto despreparo de boa parte dos alunos. A vida acadêmica de muitos se resume a uma infinidade de festinhas e agitação política. E não raro precisam ser alfabetizados no primeiro ano;
2 – Falta de comando por parte das Reitorias em cobrar disciplina e resultados dos professores e alunos.
3 – Pesquisa científica pífia.
4 – Boa parte dos artigos científicos visam meramente a publicação numa revista e não a pesquisa em si;
5 – Falta de docentes estrangeiros;
6 – Falta de estrutura física nas universidades, com prédios caindo aos pedaços e laboratórios improvisados;
7 – Greves, paralisações e outros movimentos que prejudicam o ensino;
8 – Desprestígio da meritocracia;
9 – Falta de uma política de retribuição compulsória do gasto público na formação do aluno;
10 – Salários defasados ao corpo docente.
As universidades ñ vão mal apenas nos rankings… vão mal em preparar os jovens aqui dentro, vão mal em produzir pesquisas q virem patentes, vão mal em tudo q universidades devem produzir de bom… As universidades brasileiras só ñ vão mal em produzir “revolucionários” socialistas para invadir Reitorias e fazer protesto na rua depredando tudo, em especial bancos e empresas.
A falta de inglês não explica tudo. Já fiz muita tradução para o pessoal de pós-graduação da Unicamp e o que se constata é o baixo nível científico das pesquisas. O que é medíocre em português também é medíocre em inglês.
Concordo com você Cloves, independente do idioma, nosso maior problema não é a falta de pesquisa e sim uma grande massa de pesquisas muito ruim
Rankings tem uma utilidade limitada. Classificações como essa são baseadas em índices que pode se argumentar se são apropriadas ou não. Certamente servem bem universidades americanas onde publicações são fortemente estimuladas e o ditado “publique ou pereça” é muito popular. Mesmo assim, acho que as universidades brasileiras devem estimular um intercâmbio científico maior com instituições estrangeiras. A realização de projetos científicos em colaboração sempre traz ganhos a todos os participantes. Isso requer uma ativa participação em projetos com divisão de responsabilidades e deveres. Isso se aplica tanto a pesquisadores quanto aos orgãos de fomento. Quanto a questão do inglês, o problema é realmente como se comunicar efetivamente em inglês falado e escrito. Não se pode esquecer também que o principal beneficiário da pesquisa deve ser a sociedade brasileira, mesmo sendo a economia de hoje globalizada. Nesse sentido pesquisa de ponta brasileiras associadas a bio-diversidade, agricultura, energia, etc… podem não ser as mesmas que as realizadas em outros países. Claro que isso não significa que está tudo bem. A educação no país precisa ser melhorada, e rapidamente. O resto do mundo não espera.
“Como publicamos trabalhos científicos essencialmente em português, quem não fala a
nossa língua não consegue nos ler e nem nos citar – algo essencial na atividade científica.
E assim, despencamos.”
e porque publica essencialmente em Português, se obtém nenhum feedback, crítica
ou estimulação do resto do mundo científico.
Também significa nau entender o Inglês, que não têm acesso ao muitos trabalhos
do resto do mundo científico.
para aumentar o nível científico preciso ter a possibilidade de
comunicar com o resto do mundo cientifico.
Nico, obrigada pelo seu comentário. É isso mesmo. Muitos estudantes e pesquisadores não publicam e não se comunicam em inglês, o que significa que não conseguem interagir com seus pares. Abraços, Sabine
A burocracia e a falta de meritocracia somados com a corrupção são os principais problemas que nos atinge em todas as situações. Há principios gerais que precisam ser revisados em nossa cultura nacional: “Não somos todos iguais! Somos todos diferentes! Precisamos aprender a conviver e respeitas as diferenças!” O principio da igualdade é falso quando aplicado de forma a tudo sem as particularidades que cada situação apresenta. A regra de criar leis para impedir os errados, os corruptos, só cria impecilhos para os honestos. Falar sobre esses assuntos somente com muito tempo sob risco de ser mal interpretado. Temos que partir do principio que todos são honestos e punir fortemente “o desonesto”e não a todos criando regras que impedem o Professor, o Pesquisador, o Gestor de fazer o melhor em beneficio da sociedade. Abaixo a Burocracia e a Corrupção!
efeito lula. o governo petista emburrece de maneira geral. nossa educação está se bolivarizando. pelos vermelhos, falaríamos dialetos indígenas.
A colunista parece ter omitido a informação de que a USP aparece entre as 100 primeiras (#93) no ranking específico de “Life Sciences”. Em relação ao ranking em si, deve-se questionar uma lista que coloca por exemplo a Universidade de Cape Town (África do Sul) acima de Grenoble (França) ou Karlsruhe (Alemanha).
Marcelo, obrigada pelo comentário. Sim, a USP está entre as 100 primeiras em Life Sciences, área em que o Brasil se destaca. Mas em todas as outras áreas, a USP vai mal de acordo com am metodologia do THE. Tanto que a média de avaliação está acima da posição 200. Abraços, Sabine
Convenhamos Sabine, esta questão de ranking é uma faca de dois gumes. Quantas universidades costumam se enaltecer por terem 100% de seus professores com título de doutor, isso também pode ser considerado um ranking não é mesmo. Parafraseando EUNICE RIBEIRO DURHAM “Quando começaram a botar só professor com doutorado no curso de Direito, piorou muito. Porque antigamente eram os grandes advogados de São Paulo que davam aula lá.
Isso diz tudo! É preciso reavaliar o que realmente importa para publicação e, ao mesmo tempo, não fechar as portas para excelentes profissionais não obstante a falta de titulação. Mas como todo mundo puxa a sardinha pro seu lado, e no caso das Universidades cada um faz o que quer, então chegou-se a esse ponto. Lamentável!
Marcelo, se “Life Sciences” aparece entre as 100 primeiras no ranking, USP esta no lugar +/- 240, isso também significa que os outros sciences no USP estão bem abaixo do 250 no ranking.
me parece, que também não pode omitir isso.
Não tive paciência para ler todos os comentários. A maioria reproduz o senso comum. Isso é como perguntar a um curandeiro qual são os problemas da medicina. Bobagens. No artigo, aparece o principal problema: embora nossas universidades – especialmente depois que escaparam do sucateamentos dos governos do PSDB – avançaram bastante (as estaduais de SP, não – PSDB). Muitas são respeitadas lá fora e suas pesquisas têm despertado o interesse internacional. Mas, publicamos só em português. Algumas revista bem qualificadas têm traduzido os artigos como a finalidade de dar-lhes mais visibilidade. Todo o processo está sob uma política pública voltada para o crescimento da pesquisa e os resultados – ainda parcos – têm sido fruto de um investimento maciço do governo federal. Mas, recuperar o atraso histórico da educação brasileira não é obra para um governo e sim, de uma geração. À luta, então!
Não tive paciência para ler… senso comum…
as que “escaparam do PSDB” avançaram bastante…
Muitas são respeitadas lá fora e suas pesquisas têm despertado o interesse internacional…
Estranho, pra quem começou falando “senso comum” parece uma total falta de bom senso citar melhoras e não ter nenhum resultado para mostrar, as únicas que constavam no ranking não estão atreladas ao “maciço investimento do governo federal”, porque será as federais não estão no topo???
Não sei de onde você tirou essa afirmação de que “publicamos só em português”. Eu estudei na USP e depois fiz doutorado nos EUA. Hoje trabalho numa instituição federal de ensino superior. Todos os artigos de periódico ou livro que eu escrevi até hoje e a grande maioria dos artigos em congresso foram em inglês. Com todos os colegas que eu conheço na minha área na USP, UNICAMP, UFRJ, PUC-Rio e UFSC (só para citar algumas), o mesmo se aplica. Pode ser que a regra do “só em português” valha para as Ciências Humanas, mas certamente não é o caso em Ciências Exatas e Biológicas. Aliás, a despeito desse ranking, autores brasileiros em geral nunca publicaram tantos artigos em inglês em periódico internacional indexado como hoje. O fator de impacto (citações) entretanto realmente ainda deixa a desejar.
Marcelo, você publicou em inglês, mas dois em três cientistas brasileiros publicam em periódicos nacionais – que são quase todos em inglês. Menos da metade dos periódicos do Scielo, que reúne mais de 300 periódicos nacionais, está em inglês. Abraços e obrigada pelo comentário, Sabine.
Sobre o inglês, concordo. Me incomoda muito, contudo, o fato de muitas pesquisas não servirem para nada, apesar do rigor metodológico. A crítica aqui é que se deve atribuir um maior peso à relevância (digo: aplicabilidade prática) da pesquisa.
Marco, a aplicabilidade das pesquisas é lago realmente a ser analisado. Abraços, Sabine
O sistema de “ranking” para apresentar resultados de um classificador é algo sujeito a anomalias. A USP pode ter “perdido” posições não porque piorou, mas porque está num grupo mais vulnerável aos efeitos de flutuações aleatórias em suas pontuações.
Explico. Parto da hipótese de que deve haver um grupo intermediário de instituições, mais afastado daquelas que estão no “topo”, porém mais próximas do “modal” da distribuição de pontos, com pontuações muito próximas. Pequenas oscilações nessas pontuações podem levar a grandes descolocamentos nas posições no ranking.
Isso não deve ocorrer tanto com as instituições que estão no “topo” do ranking. Quanto mais no “topo”, mais na cauda da distribuição, e maior a chance das pontuações serem mais distribuídas. Logo, oscilações nas suas pontuações não devem ter grandes efeitos nas posições do ranking.
Se pudéssemos ver a dinâmica das posições ao longo de um tempo significativo, veríamos a oscilação, não só da USP, mas de todas instituições do grupo que tenham pontuações muito próximas.
Não me surpreenderia se a USP voltasse a ocupar uma posição melhor na próxima avaliação. Todos iriam achar que isso foi fruto de esforço, de reação. Na verdade, poderia ser apenas mais uma flutuação aleatória, resultado da “anomalia” do sistema de ranking.
Para a USP parar de oscilar tanto, ela teria que ganhar muitos pontos, de modo a deixar essa turbulenta região próxima do “modal” e se situar mais na cauda da distribuição, uma região mais nobre e robusta, onde as oscilações nas pontuações perturbam menos as posições no ranking.
Caro Caveira, temo que a esmagadora maioria dos que postam nesse fórum não tenha a capacidade intelectual de apreciar suas considerações analíticas…
Mais uma coisa. Devemos nos lembrar que a USP ainda é uma caixa preta. Evitam ao máximo a publicação das avaliações dos alunos, os professores não aceitam a divulgação de seus salários, a USP resiste ao máximo ao ENADE. Dá a impressão que a universidade quer ser como o Vaticano, isto é, um estado independente dentro de outro. Onde está a transparência? Ela é uma instituição pública.
Sandro, concordo. Há alguns anos tenho tentado levantar, sem sucesso, a quantidade de recursos privados que entram na USP. Abraços e obrigada, Sabine
As universidades e toda a educação brasileira vai al por que ? Alguém já se perguntou qual ideologia domina o cenário universitário nacional desde os anos 60 ? Acertou quem respondeu esquerdismo, o ensino de futilidades nas escolas e a imbecilização das universitarios a fim de perderem o senso crítico é um dos passos para a implantação do bloco comunista na América Latina, quem não ouviu falar do Foro de São Paulo, a degradação da intelectualidade brasileira é algo planejado
Pq na Faculdade onde estudam tem que ter um barzinho junto e uma turma legal e muita aleinação. Se não tiver isso, não é bacana. Os Pais ficam gastando grana com um bando de alienados que não estão nem ai pra nada, é por isso que o nosso ensino e alunos já não são como antigamente, uma vergonha.
Nosso maior problema é a falta de educação e cultura. A USP ainda é considerada uma das melhores Universidades do Brasil e talvez da América Latina, ou seja, é uma ilha rodeada por Universidades que deixam muito a desejar. Gostaria que fosse dado mais atenção e incentivo para que a USP melhora-se seu desempenho acadêmico e assim servi-se como modelo para as outras. É necessário uma política educacional, por quem entende de educação e não de indivíduos que só se aproveitam dos cargos políticos.