A situação caótica da USP Leste

Sabine Righetti

O campus leste da USP foi o maior passo no sentindo de expansão da universidade nos últimos anos.

Criado em 2005, o campus leste trouxe cerca de mil vagas a mais para a universidades de uma tacada só.

A aposta foi em cursos mais voltados “a necessidades sociais”, como gerontologia e obstetrícia, com metodologias alternativas. Lá, as aulas têm base em resolução de problemas — algo considerado bem inovador.

O problema é que desde que foi criado, o novo campus tem aparecido mais nos noticiários por causa daquilo que está dando errado do que o que está dando certo.

A começar pelo princípio: os prédios foram construídos sobre uma área de preservação contaminada por metano (leia aqui). Também lá no mesmo campus foram despejados irregularmente caminhões de terra que também estava contaminada.

O campus chegou a ser interditado em setembro pela Cetesb. Em seguida, os docentes decretaram greve e aulas pararam por uns dias.

A USP Leste agora tem problemas com a água dos bebedouros, que está turva e com bactérias, e com uma infestação de pombos que trazem com eles os piolhos de pombos, que transmitem sarna (leia aqui).

Ainda não se sabe quantos professores e alunos estão contaminados, mas já estão pipocando alguns casos de sarna.

As aulas pararam de novo. O campus foi interditado, dessa vez por determinação na própria diretoria.

Dizem que o problema é a atual gestão, que fica até janeiro. A nova diretora já foi eleita. Os docentes com quem conversei estão otimistas de que algo vai mudar para melhor no ano que vem.

VAI E VEM DE AULAS

Por causa dos problemas que tem enfrentado recentemente, a USP Leste já foi interditada, teve episódios de greves e ocupações de prédios administrativos.

Os docentes e funcionários já fizeram paralisações em busca de condições melhores de trabalho — que, ao que parece, nunca chegam.

Lembro-meque há cerca de um ano entrevistei um docente da mesma USP Leste que não tinha telefone na sala de trabalho dele. Ele me ligou do celular. E, na época, contou que também estava sem impressora.

Estamos falando de um dos campus da melhor universidade do Brasil, a única que é considerada competitiva internacionalmente em rankings internacionais.

Se a melhor do país tem todos esses problemas, que dizer das demais instituições de ensino superior do país?

Comentários

  1. Uma análise com um ar de quem está tentando dizer que “…a USP é boa porque é tucana, imaginem as outras, as do LULA…”. Patético!

  2. Esse texto é o texto mais absurdo por falta de informação e defeito na apuração de informações que eu ja vi na minha vida.

    Sugiro a “jornalista”que reescreva

    Erros:

    – O curso chama gerontologia, geriatria é a especialidade do curso de medicina

    – O terreno dq Usp nunca foi aterro sanitario, era uma região de bota fora de desasoreamento do tietê

    – os caminhões de terra despejados de forma corrupta na universidade tem a origem descnhecidas, boatos de que venha de construtoras e uma suposta mafia do entulho em SP

    -Em setembro a unidade entrou emgreve e permaneceu em greve por 50 dias. O campus nunca chegou a ser interditado, apenas as areas que receberam a terra contaminada.

    -Dessa vez, pela falta de agua, contaminação da caixa d’agua infestação de pombos e piolhos de pombos e surto de sarna o vice diretor em exercicio suspendeu as aulas até janeiro

    – Culpamos o ex diretor BOueri FIlho, o vice diretor, Rodas , a Superintendencia de Espaço Fisico e oGovernador Geraldo Alckimin por essa situação de descaso e IMPROBRIDADE

    1. É importante que se diga que o governador acelerou o processo de instalação do campus leste liberando verbas adicionais (cerca de 100 milhoes) e pressionou para que saissem as licenças necessarias a tempo das eleições. Até ai aS condições gerais foram melhores do que as que seu adversário político disponibilizou às universidades federais. O restante é responsabilidade da própria USP. O ex-diretor tem histórico administrativo bem complicado de fato e está diretamente conectado à terra contaminada despejada no campus. Rodas tem a responsabilidade de não interferir em uma escola gerida de forma incompetente. Para completar não podemos esquecer de um grupo de docentes que desse o início da escola deseja o poder mais do que qualquer coisa e fanaticamente trabalha para sua afiliação política e ideologica. Esse grupo agora chafurda na lama que ajudou a criar.

  3. Os erros poderiam ter sido evitados se a jornalista tivesse lido as proprias publicações anteriores da Folha emoutros cadernos.

  4. Sugiro alterar o nome do título de sua coluna de “Abecedário” para “USP”. Ao menos só vejo referências da USP em sua coluna, como se rankings definissem de fato excelência. Para sua coluna existe a USP, um abismo após existem as demais federais UFGRS, UFRJ, UFMG, UNB, UFBA e assim por diante. Nestas outras universidades é impossível existir qualquer pingo de excelência porque simplesmente não estão presentes na primeira colocação de rankings internacionais. Ler seu texto é muito previsível e pouco reflexivo, quase um texto institucional.

  5. Essa matéria me lembrou o episódio em que uma banda de rock veio ao Brasil para apresentações e trouxe água mineral na bagagem.
    Houve indignação geral por parte da mídia brasileira.
    Espero que nenhum pesquisador convidado tenha bebido nesses bebedouros e amanhecido transformado em pombo. Com piolhos.
    Ah meu Brasil brasileiro…

  6. Minha sobrinha estuda lá … e ela me falou que foi menos de 30 dias de greve este ano … que o caso de infestação de ácaros acontece em poucas salas de apenas um prédio … que a motivação da greve foi política … visto que após a greve.. tudo continua a mesma coisa … E que a maioria dos fucionários (não professores) foi coagida a entrar em grave … sobre ameaças … visto que para eles a greve não mudaria nada … como realmente não mudou …

Comments are closed.