Meninas aprendem a se proteger, meninos não aprendem nada
Dia desses eu estava saindo para correr quando a minha vizinha me perguntou: “Você tem coragem de sair na rua assim a essa hora?”
Ela se referia ao shorts de corrida. O horário? Algo em torno de 21h30.
Cresci ouvindo que meninas, para se proteger, devem evitar roupas curtas, justas e que chamem atenção. Também devem evitar andar sozinhas à noite.
Saindo para correr à noite eu estava corrompendo várias regras.
Eu ouvia isso em casa, na escola e por onde passava: meninas devem se proteger.
O caminho linear desse raciocínio perigoso é que se as meninas não se protegerem, coisas ruins poderão acontecer com elas.
Ou seja: será culpa das meninas se elas forem atacadas, assediadas ou, no auge da escrotidão humana, estupradas.
E se algo acontecesse comigo naquela noite seria porque eu estava sozinha, à noite, de shorts. Isso e pronto. Culpa minha.
IPEA
Esse pensamento há décadas reproduzido no Brasil é uma das explicações para que um em cada quatro brasileiros concorde com o ataque a mulheres que usam “roupas que mostram o corpo”, como revelou recentemente uma pesquisa do Ipea.
Nós continuamos repetindo o discurso de que as mulheres devem se proteger de “ataques” –e ensinamos as meninas a fazer isso.
Mas o que estamos ensinando aos meninos?
Será que estamos refletindo com os meninos sobre os limites do indivíduo e sobre o direito de cada pessoa se vestir e se expressar como quiser sem ser julgado ou, pior, violentado por isso?
Os resultados da pesquisa do Ipea são uma ótima oportunidade para levar esse debate para meninos e meninas.
Se os meninos crescerem aprendendo a respeitar as mulheres independentemente do horário, da roupa e de onde elas estejam, as meninas não precisarão mais “se proteger” dos ataques deles.
Precisamos levar essa lógica para casa e para sala de aula. Convido a todos os educadores que leem o este blog a fazer isso.
Vamos nessa?
Ah, as generalizações…
Se alguns são doentes e covardes, todos os homens não possuem escrúpulos e devem ser educados, assim como todas as mulheres são entidades divinas, que podem sair a hora que quiserem, em um país seguro como o Brasil.
O senso de segurança não serve para ambos os sexos?.
Prezo pela igualdade de direitos e deveres, mas sem esse feminismo cego.
John, o senso de segurança serve para os dois, sim. Mas segurança contra o que estamos falando? abraços, Sabine
Desculpe se fui vago, me refiro ao perigo em geral, que é maior nos períodos noturnos, devido a menor visibilidade e movimentação.
Refleti sobre o assunto, e creio que essa cultura do “mulheres devem se proteger” esteja relacionada, mesmo que de forma sutil, ao risco de gravidez. E talvez até da imagem fragilizada que a sociedade atribui ao sexo feminino
Agradeço pela sua resposta “suave”, visto que atualmente qualquer discordância de ponto de vista é tomada como insulto pessoal.
Concordo com o John.
No Brasil, tudo que for possivel fazer para garantir um pouco mais de seguranca, tem que ser feito.
Se for pra’ evitar o shorts, que assim seja.
Quanto a educacao dos meninos, e’ uma tentativa valida tentar agitar os educadores. Mas completamente inutil. Boa sorte tentando.
Há um aspecto que não parece ter sido considerado na maioria dos comentários: Estuprar é um ato que revela, sem dúvida alguma, um gravíssimo problema psiquiátrico do praticante. Educação nada tem a ver com esse comportamento terrível. Qualquer homem, independentemente de sua educação, se não for desequilibrado jamais conseguirá perpetrar esse crime
Não concordo com sua visão, de que educar os homens vai ser inutil. A educação do homem deve ser pautada, ainda criança, no sentido de que ele pode tudo desde que a mulher permita. Afinal estar na companhia de quem o quer a seu lado é mais prazeroso do que conseguir algo de forma forçada.
Léo,…lendo os comentários anteriores, recordei das provas na fac. não tendo a resposta segui por eliminação, sendo a sua vencedora, parabéns.
De fato, atualmente as pessoas podem falar tudo e se discordamos nossa opinião é tomada como um insulto. Correr à noite, independente de ser homem ou mulher, é perigoso. Essa é a realidade, não adianta querermos nos enganar e dizer que não acha justo e que vai sair assim mesmo porque é seu direito. Sim, é seu direito, mas o mundo está assim, se quer correr o risco continue fazendo o que tem direito e correndo perigo. Concordo com você que deu a sua opinião. Sabine, faça jus ao seu nome.
As mulheres não são entidades divinas, tanto é que algumas se vestem de forma mais provocante para chamar a atenção dos homens. Ao homem cabe, quando for o caso, cantar a mulher dentro dos limites que ela permitir.
A questão não é da ‘cultura machista’, recomendo que estude sobre psicologia e evolução.
Nossa cérebro é programado para sobreviver e continuar a especie. Os homens devem espalhar seus genes, enquanto as mulheres devem selecionar os mais fortes, além de escolher um homem para a proteger e cuidar de seus filhos. Somos uma espécie em que o macho é dominante, você pode querer mudar isso, mas não irá.
Se você escolhe usar roupas curtas e sair tarde, você se expõem a um risco, não é uma questão de machismo, mas uma questão de biologia e de criminalidade.
Por outro lado, do mesmo jeito que é perigoso para você sair tarde na rua, também seria perigoso para mim, como homem, sair tarde na rua. O perigo não é exclusividade feminina.
O que sua família queria te ensinar é como evitar um comportamento de risco, a sua reclamação é a mesma de alguém que foi contaminado por HIV afirmar que foi vítima de preconceito, pois fez sexo sem camisinha e pegou a doença.
O mundo é cheio de sofrimento, não há algo de especial em seu sofrimento.
Átila, você já foi a Dinamarca? Se não foi, recomendo. Nos países nórdicos, habitados pela mesma espécie que nós, brasileiros, o “macho não é dominante”. Sim, vou continuar debatendo a igualdade de gênero porque isso é simplesmente cultural. E coisas culturais devem ser refletidas e alteradas, mesmo que um monte de gente ache que está bom do jeito que está. Abraços, Sabine
Ótimo post, ótima observação Sabine. Infelizmente essa proporção de um em quatro ainda é grande e revela que o Brasil é o país dos calhordas que acham, sim, que só compete às mulheres ter freios morais.
entao, desde que as grades e cercas apareceram em casas, predios, condominios,…etc significa que estamos vivendo numa sociedade desigual. a mentalidade que os politicos tem em relacao a seguranca e educacao de seu povo mostra nossa “cara” pro mundo. E ai, vc esta segura em relacao a que msm, cidada(ao)???
Indo um pouco na direção oposta, corridas noturnas em meio ao trânsito são um perigo completo, independente da roupa usada. Sei que é complicado conseguir horários durante o dia (sou corredor amador), mas a noite os perigos aumentam e muito. Não conheço a realidade da sua vizinhança com respeito ao trânsito e iluminação (ser facilmente vista pelos motoristas), mas não recomendo corridas noturnas dentro da cidade.
A articulista divaga no mundo da idealização ao falar sobre o assunto, é claro e evidente que, no momento atual, uma mulher (ou um homem) que saia a noite de short curto será atacada, esta é a nossa realidade, podemos lutar para mudar , mas isso pode levar uma ou duas gerações, desde que nossa educação de um salto quase milagroso. Agora achar que isso vai mudar de uma hora pra outra é a mesma coisa que sair dizendo que o racismo desapareceu só porque o Joaquim Barbosa virou presidente do supremo. As mulheres tem todo direito de sair a hora que quiserem, com a roupa que quiserem, até peladas se for o caso, nao deveria acontecer nada a elas, nao deveria, mas na atual conjuntura, acontece e cuidados precisam ser tomados
O short é o que menos será notado. Corrente de ouro, celular, I-pod, aliança de casamento, tudo trocável por uma pedra de crack, e, por fim, um tiro ou similar, só para o bandido ver o tombo. O buraco é bem mais embaixo, não acham? Tenho filhos dos dois gêneros, e todo mundo é prevenido contra a violência, inclusive sexual, pq não?
Maria, concordo. Mas, no caso, a mulher corre mais riscos e tem de se proteger até de quem não está viciado em crack. Muitos dos atentados sexuais vem de pessoas de classes altas… Abraços, Sabine
Mas as drogas e a sensação de impunidade estão presentes em todas as classes, e são gatilhos maiores do que a vestimenta. Há quem considere divertido abusar de crianças e violentar idosos (de ambos os sexos). O que eu quero dizer é que sempre haverá uma desculpa para o que costuma ser desvairo ou sadismo puro e simples. Leis mais severas farão o serviço de educar melhor do que qualquer outra abordagem. É que penso.
Há algum tempo meu irmão foi ao Japão. O que mais lhe chamou a atenção foi o fato de mulheres andarem sozinhas na rua, em plena madrugada. Pela lógica de muitos comentaristas, seriam prostitutas, certo? Os machinhos de plantão que entendam uma coisa sobre biologia: os homens procuram o sexo, mas elas é que têm o direito de rejeitar o parceiro. Repito uma frase de Leila Diniz, que deveria ser o lema das mulheres: “dou pra todo mundo, MAS NÃO DOU PRA QUALQUER UM!” Os “qualquer um” que se recolham à sua insignificância se se satisfaçam solitariamente.
gostei dessa citação sobre o japão, não conhecia esse aspecto da cultura de lá, mas sempre tive esse modo de pensar como conceito.
Título infeliz da matéria…sexista…incompatível com as regras igualitárias pelas quais nos devemos pautar.
Como já dizia um antigo professor de filosofia :”Infelizmente, país com menos de 1000 anos ainda é um país de bárbaros”.
Acho que esse teu professor de filosofia viaja na maionese. Quer dizer que Nova Zelândia, Chile, Austrália, Canadá ou os EUA são países bárbaros? A Índia é onde vigoram princípios civilizados, não é? Esse teu professor fuma muita maconha, isso sim.
Quem ainda acredita nessa pesquisa? O fato de um sujeito ACHAR que uma mulher que se veste de forma indecente pode ser atacada, não faz dele um estuprador. Os índices de estupros no Brasil são MENORES que o dos EUA. A tolerância brasileira com relação a nudez é enorme, basta ver o nosso Carnaval que é, sem sombra de dúvida, o mais nudista do mundo. A discussão toda é uma bobagem, fruto da cabecinha oca de feministas de botequim. As mulheres brasileiras são privilegiadas por viverem num país que inventou o maiô fio-dental…
Justo, os índices de estupro no Brasil não são menores do que nos EUA. E em muitos lugares dos EUA gritar “gostosa” para uma mulher é sexual assault, já aqui é completamente aceitável. Um homem que filma embaixo da saia de uma mulher nos eua seria preso, aqui é “crime leve” e não há prisão. A mulher brasileira pode usar biquini e andar pelada na rua, mas usar saia no metrô é bem arriscado. Abraços, Sabine
Alguns dados: Se continuar a tendência revelada em 2012, o número de mulheres à espera de seu agressor no Brasil este ano pode passar de 50 mil. Nos Estados Unidos, em 2010, o FBI registrou 85.593 estupros ou tentativas de estupro. No mesmo ano, o censo americano para estatísticas de justiça registrou 188.380 vítimas de estupro e assalto sexual.
Uma em cada três oficiais foi estuprada nas Forças Armadas dos EUA em 2012.
Temos ainda uma declaração contundente de uma homóloga sua, a blogueira americana Jessica Valenti, que escreveu: “É hora de reconhecer que a epidemia de estupros nos Estados Unidos não é apenas um crime em si, mas um reflexo de nossa ignorância cultural e política própria. O estupro é tão americano quanto a torta de maçã”.
Sabine,
o justo falou um monte d enumeros sem contexto.
como voce brilhantemente mencionou, varias crimes que nao sao crimes no Brasil sao crimes no EUA.
Porisso a taxa se rmaior. So’ porque passar a amo no Brasil nao e’ crime nao quer dizer que passar a mao e’ aceitavel.
Nos EUA passar a mao e’ crime de sturpo. Porisso, e tantos outros exemplos que o bobinho do justo nao entende, e’ que os numeros sao maiores.
Ou seja, os numeros sao maiores pois existe um sistema de justica mais eficaz, no Brasil mulher e’ estuprada, vai pra’ casa, toma banho e fica porisoo mesmo, nao existe estatistica.
O justo faz o que muitos fazem, le rum numero mas nao conseguir interpretar….
Pior do que não saber interpretar números é ser analfabeto funcional como parece ser o caso desse Sr. Marcio. Entre os dados que forneço, existe uma opinião de uma americana! A troco de quê ela estaria exagerando?
Justo,
tolinho.
Ela e’ uma feminista. Muitos acham que ela e’ muito exagerada nas suas posicoes feminstas. Se e’ para eu acreditar em uma unica blogueira eu seria tolo como voce.
O assunto e’ complexo demias para tirar conclusoes de uma unica fonte.
A unica conclusoes que tiramos aqui, e’ que sua analise dos numeros esta’ completamente errada.
Ate’ memso um analfabeto funcional sabe disso!
Marcio, não sou uma feminista e, acho que você não percebeu, mas a discussão é sobre educação –assunto na qual sou especialista com mestrado e doutorado. Abraços, Sabine
Sabine,
nao me referia a voce, mas a blogueira que o Justo colocou como referencia.
Ela e’ uma feminista extremista.
Desculpe se pareceu que me referia a voce, seu blog e’ excelente.
Marcio, entendi. Comumente sou chamada de feminista quando levanto debate de gênero no ambiente escolar! Abraços e obrigada por acompanhar o blog, Sabine
hahahaha…interpretação de texto não é o forte dessa turma!
Não é interpretação de texto, Justo. Um comentário aparece embaixo do outro no sistema de moderação.
No Brasil sempre procuram importar problemas dos outros países. Chega a ser ridículo onde é comum usar fio dental nas praias e piscinas, dizer que os homens nas ruas vão estuprá-las por insinuação. Para mim, há um problema generalizado de segurança gerado pela falta de perspectivas para as pessoas. O estupro decorre da oportunidade e muitas vezes pelo desequilíbrio mental dos delinquentes. Não são pessoas comuns, como na Índia (o tal 1/4 do IPEA). Quando a mulher sai mais insinuante (que muitos dizem estar “oferecendo”) gera no máximo comentários maliciosos e na maioria das vezes receio ligado a doenças.
Para mim, há um equívoco no título da matéria. Por favor, não me interpretem mal, mas o título é infeliz e já começa passando uma idéia errada: meninas vítimas, meninos agressores.
Primeiramente, a idéia da “necessidade de proteção feminina” tem elevada repercução entre as próprias mulheres, como atesta a própria articulista. E são essas mesmas mulheres que são mães dos meninos, que os educam e mostram na prática a “fragilidade feminina”.
Depois, como foi mencionado por outros foristas, a exposição excessiva pode induzir a violência. É a mesma lógica do roubo/assalto: se alguém sai por ai cheio de jóias à mostra, está aumentando o risco de ser roubado/assaltado.
Claro que as pessoas tem o direito de usar seus pertences, como também de vestir aquilo que melhor lhe convêm. Mas há mensagens subliminares em qualquer comportamento. Não que isso justifique um crime, mas pode transmitir um “um estímulo”.
A melhoria da educação/formação familiar não deve ser restrita aos meninos; as mulheres (mães e formadoras) também precisam.
Ah, o dado do Ipea estava errado, como o próprio instituto assumiu depois.
Mauricio, já estou usando o dado certo, 26%. O dado que estava errado era mais de 65%. Abraços, Sabine
Olá Sabine.
Foi o dado equivocado que gerou uma grande celeuma. Mas mesmo 26% é muito.
No entanto, creio que se há alguma “culpa”, esta é generalizada: desde uma má educação de meninos e meninas até a falta de segurança.
No entanto, há as mensagens subliminares. Uma mulher que se sinta “bonita e gostosa”, vai se vestir de acordo. E vai “passar essa mensagem” com suas roupas. Normal, corriqueiro desde que o mundo é mundo. Mais uma vez repito: isso jamais pode ser justificativa para um crime. Porém não se pode dizer que “a mensagem não existe”. Uma mulher que se sinta sexy, bonita e desejada vai (mesmo que involuntarimante) “sinalizar” isso. Não se pode dizer que não tenha “nada haver”. E os homens vão perceber isso (afinal é essa a “função do macho”).
Como escrevi, há a necessidade de melhorar a educação de meninos e meninas. Principalmente no aspecto da sexualidade, que é tão negligenciado e visto como “tabu”. Sem que ninguém “pose de vítima” ou de “bandido” (isso para a educação, não para um crime).
Um abraço.
Pelo que me lembro nunca estuprei uma mulher por ela usar roupas menores que os homens, e normalmente elas são educadas desde pequenas a usarem. Estupradores são pessoas doentes, sem cura. Pelo menos é o que dizem os especialistas. O que me chama a atenção é a necessidade, cada vez maior, que as mulheres ocidentais tem de mostrar o corpo. Uma rápida ida às bancas de revistas mostra, de modo simplório, o percentual de capas com mulheres esculturais expondo seu corpo e, a minoria, de homens (as exceções são as revistas gls) com terno e gravata. Jogadoras de vôlei, futebol, tênis, em geral usam uma roupa que pode ser chamada de segunda pele. Vemos os detalhes e a maioria dos homens apoia esses modelitos. Os homens? bom, grandes shorts, calções. E se algum mostram a cueca no Barsa? Chuveiro! Enfim. Aos estupradores eu daria pena de morte. Às mulheres, eu passarei a olhar todos os detalhes que estão expostos. É para olhar, eu olharei nas ruas, na mesa ao lado olharei para os decotes. Nas festas eu ficarei olhando as pernas. Para as bundas que são contornadas por calças coladas eu ficarei olhando indefinidamente. Só espero que eu não seja acusado de algum crime que se encaixa no olhar, pois tudo que é exposto, com os produtos de vitrine, são pra serem olhados e, depois, quem sabe, podemos comprar por um bom preço.
PS. As mulheres nunca me pareceram mercadorias.
Desculpe a brincadeira, mas quando você diz “Pelo que me lembro nunca estuprei uma mulher por ela usar roupas menores que os homens” está querendo dizer que já estuprou por outros motivos??? 🙂
Desculpo. Mas me perdoe também. Fui infeliz em dizer dessa forma. A ironia é uma ‘qualidade’ masculina.
“Prevenir é melhor que remediar”, sábio e antigo ditado.
Os malfeitores (estupradores inclusive) existem e preferem a escuridão e os “alvos” mais fracos fisicamente. Quanto à vestimenta, para esses desequilibrados pode sim servir de gatilho motivador. Portanto, o ditado se aplica, junto a mais um: “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Boas corridas!
Sem querer ser pudico, faz muito sentido.
Existe um ditado ;que a ocasião faz o ladrão.
Quem sai na rua pra correr ou praticar qualquer atividade esportiva sempre vai uma roupa adequada.O problema é que o malfeitor está à espreita buscando oportunidade para realizar seus intentos.Então…uma moça de short,vestido curto,caminhando sózinha em determinado horário ou lugar se torna uma presa,fácil ou oportuna;visto que em nossas cidades não temos condições apropriadas ;quando se trata de segurança.É assim no portão de casa,na ida e na volta do trabalho….nos trens e metrôs lotados,,,enfim
Alienado seu texto. Sou homem, 33 anos faço academia, musculação pesada, e não saio de casa pra correr nem depois das seis. Não na rua. Uma coisa é estar em Viena outra é estar no Rio ou em São Paulo em que há uma horda armada disposta a tudo. Se quiser ficar teorizando sobre o machismo, feminismo e outros ismos tudo bem, mas a violência urbana não escolhe, porte físico etnia, gênero.
Flavio, o texto é sobre o fato de as meninas aprenderem na escola que devem se proteger e os meninos NÃO aprenderem que não devem atacar as mulheres. Abraços, Sabine
Sabine,
sem querer colaborar como já vasto acúmulo de ditos populares presentes nesses comentários, sua emenda saiu bem por que o soneto. O que se crítica em seu texto é a forma leviana como acusa osexo masculino de não ser educado para não atacar mulheres. E agora a senhora vem reforçar esse ponto de vista tacanho. Tanto meninos quanto meninas são na mesma medida orientados sim para serem cidadãos honestos e respeitadores. Homens ou mulheres que estupram roubam, roubam, corrompem ou matam não o fazem apenas porque a oportunidade se lhes apresenta – de short, pelada ou montada em ouro. Há uma gama enorme de motivos envolvidos nesses atos. Reduzir o problema à variável binária do gênero é ser mal intencionado ou simplista. Imagino e espero que a segunda opção seja o caso da senhora.
Acho que algumas pessoas não entenderam o real sentido da matéria, remetem a toda aquela discussão quando saiu o resultado da pesquisa do IPEA, que mulher com roupa curta de noite é tão exposta quanto qualquer um com jóias na rua e etc. (argumento bem simplório, diga-se de passagem) Gente, não se trata disso! A questão aqui é a educação, o ensino de valores, comportamento e respeito, sobre o que é ensinado pelos adultos aos pequenos. A grande pergunta aqui é: será que os pais e mães ensinam os meninos a respeitar as meninas na mesma proporção em que ensinam as meninas a se protegerem?
Matéria inútil.Tenta manter audiência sobre um tema, a pesquisa, já discutido e ultrapassado.Pensa em algo novo!
Como estas pessoas conseguem espaço para escrever ? virou tudo um grande cabidão de empregos?…
O cuidado é para ambos os sexos. Ambos correm risco de vida nas cidades, sejam pequenas, médias ou grandes.
Com a vulgarização da web, e o total despreparo da maioria da população essas pessoas conseguem um espaço na midia que não lhe cabem. É o caso patético daquele tal de Sacamoto. Na midia são os MIDIOTAS. No Brasil com a eterna falta de mão de obra, não existe nem quem selecione minimamente quem pode escrever para uma população carente de cultura.Paiszinho de mherda…
No Brasil não houve nenhuma liberação sexual, mas exatamente o aprisionamento ao culto do sexo. OS sociólogos justificam roubos e assaltos porque pobres nunca terão acesso aos muitos produtos que são expostos nas vitrines ou anunciados na TV. Acontece que os produtos estão associados a mulheres bonitas e ao sucesso sexual dos machos que os adquirem. Desodorantes e cerveja usam muito esse artifício. Até mesmo refrigerantes e produtos infantis usam essa linguagem. A mulher acaba se tornando parte desse desejo de consumo, ela se torna também um objeto a ser consumido. As músicas sertanejas, os forrós e os funks também martelam a ostentação associada ao sucesso sexual. O rock não fica atrás, e me entristece quando chamam de genio o cara que fez o verso: “prendia o choro e aguava o bom do amor”. Significa que ele não dava a mínima para os sentimentos da mulher com que ele estava copulando (chamam isso de amor?).
Concordo…Porque será que as brasileiras tem a fama mundial de prostitutas? Por que quando dizemos que somos do Brasil nos olham de lado? Por que os homens nos desrespeitam mais se somos brasileiras? Simples…Na nossa cultura machista a mulher sempre foi vista como objeto…Nas músicas de Axé, sertanejo, funk e outros lixos musicais..A mulher no Brasil é objeto sexual e a maioria das mulheres não tem problemas em assumir esse papel ridículo de pedaço de carne..Se for pra pegar mais facilmente um homem ou arrumar um otário rico que as sustente essas mulheres ou coisas ficam nuas e expostas e parecem mais um bando de vagabundas…As brasileiras são vulgares e pouco intelectualizadas…A maioria prefere ainda vender e expor o corpo a estudar, trabalhar, por a cabeça pra pensar…se fazer de gostosa e burra dá mais lucro..infelizmente..
Houve generalizações e inversão da culpa. Nossa sociedade é corrupta, socialista, com leis brandas e amparada em um Estado grande e ineficaz. Vivemos numa total situação de insegurança e todos são vítimas: homens, mulheres, negros e gays.
Agora, alguns grupos querem se proclamar e monopolizar como vítimas da sociedade e da educação machista, racista etc.
Se alguém fala sobre a roupa da mulher que está saindo à noite já é logo taxado de machista, mas pode apenas estar preocupado com a violência da sociedade. Assim como uma mãe fica preocupada com um filho homem que sai à noite. Aliás, os homens ainda são as maiores vítimas de crimes e violência no Brasil.
Essas pesquisas são quase irrelevantes e só revelam o quanto o povo é mal educado pelo Estado e pela mídia, que tendem a colocar a culpa nas vítimas e tentam esconder a ineficiência jurídica, mesmo com os atuais altos impostos.
Se esses 20% dos entrevistados fossem todos homens e realmente praticassem aquilo que foi declarado, certamente todas as mulheres do país já teriam sido estupradas. Isso considerando que nosso sistema jurídico não consegue manter um estuprador na cadeia e muito mesmo prendê-lo já no primeiro crime.
Atualmente, nada impede um jovem de 17 anos de sair cometendo estupros. Se 20% realmente tivessem essa ideologia, os estupros estariam no mesmo nível dos assaltos e furtos, ou seja, todos nós já teriam sido vítimas.
Assim como uma boa parte da população acha que menores e outros que cometessem crimes deveriam ser amarrados a postes e terem penas maiores, isso não leva a uma diminuição do crime e nem a uma grande reação da população. O mesmo se aplica a essa pesquisa, o fato de uma parte acreditar que mulheres vulgares merecem ser humilhadas ou atacadas, não quer dizer que isso colabora com os crimes. Esse tipo de crime é cometido por gente com uma ideologia e psicopatia muito pior e esses são muito poucos, mas nosso atual governo e legisladores não fazem nenhuma questão de realmente perseguir e isolar esses criminosos e muitas mulheres (mesmo algumas vítimas) fazem questão de defender e dissimular a culpa desses condenados.
Os comentários que exibem a “despreocupação” (o descaso?) com o debate das Masculinidades não me surpreendem mais; me limito a lamentá-los, e a colaborar profissionalmente para que emerjam, um dia. Que homens não tenham consciência ainda da necessidade disso, compreendo; a Mulher quando o faz, é porque está ensopada pelo mesmo Caldo Cultural Patriarcalista/Patrimonialista que os homens; compreendo-o lamentando muuuuito…
Se quiserem ver, aí vai:
1.) http://www.youtube.com/watch?v=Z3iQdp2nito
(Sobre a tendência ao silêncio dos homens)
2.) http://www.youtube.com/watch?v=prtc-beZlRo
(Sobre o que significaria ‘ser homem’)
3.) http://www.youtube.com/watch?v=0Agt-AW-AtE
(Sobre a relação dos homens com médicos e afins)
4.) https://www.youtube.com/watch?v=RaRZh3sCbgY&hd=1
(Sobre homens/corpo/Estética/Dança)
Está mais do que provado que a pesquisa do IPEA é um rematado LIXO TÉCNICO, feito apenas para pessoas mal-intencionadas fazerem sua guerra cultural-ideológica. Por que continuar usando-a, se a própria Folha tem outra dizendo que esse percentual não passa de 12%? Sabine, por gentileza pare com esse feminismo vitimista e volta a falar do tema Educação! Att.,
Cara Sabine,
Seu argumento é inválido e vou refutá-lo agora:
Na escola, as meninas aprendem sim o que vc disse, a se protegerem. Mas, é mentira que os meninos não aprendem nada. Meninos aprendem ainda mais a se protegerem, se protegerem da violência. Quem é homem sabe como é difícil, se vc não aprender ou não se aliar a um bom grupo, é muito provável que levará porrada, tomarão seu lanche e vc será conhecido como o paspalhão.
Ou seja, a educação contra a violência é muito maior para os meninos, justamente pq os homens são as maiores vítimas de violência urbana atualmente.
O posto de maior poder atualmente no país é ocupado por uma mulher. Nossa política está corrompida e a atual ideologia dos partidos só leva a mais violência e divisões. As mulheres idolatram e buscam relações com os homens mais violentos, ricos e corruptos da sociedade. Pra isso elas são educadas na escola e na mídia.
Mas os meninos não aprendem a não atacar uma mulher que simplesmente estiver andando de saia na rua. É sobre isso o texto.
Dentre outros bons comentários destaco o do Rodrigo como excelente. Recomendo aos interessados que acessem http://www.superinteressante.com.br e leiam ” O ESCÃNDALO DA MINISSAIA’ na página 25 – Explicação do caso UNIBAN – edição 272 de dezembro de 2009.
Sabine, você se referiu aos meninos de forma genérica, como se todos os indivíduos do sexo masculino saíssem por aí estuprando mulheres. Esses que se propõem a fazer isso são verdadeiros marginais, tanto quanto aqueles que são capazes de matar, roubar, traficar, sequestrar, entre outras maldades próprias da raça humana. Portanto, não generalize, direcione o seu comentário aos que se enquadram na condição de marginais, quem sabe a educação que você propõe possa modificar-lhes a índole.
Infelizmente nossa sociedade ainda é muito machista, até mesmo as pessoas que defendem fervorosamente o feminismo, muitas vezes se deixam levar pelo machismo, já arraigado nas raízes do ser humano. E esse machismo é como uma venda que tapa os olhos perante ao respeito que cada pessoa, homem ou mulher, merece.
Esse texto é só mais uma mensagem sexista. Nada mais.
a agenda da articulista é querer bombardear os meninos com propaganda imposta pelo Estado de que “não devem estuprar”. Ocorre que não estuprar é algo natural entre pessoas normais, ficar martelando essa mensagem estigmatiza todos os meninos como estupadores. Por que não se ensina as meninas que elas não devem matar a facadas os seus filhos recem-nascidos? Por que não se ensina às crianças pobres (e só às pobres) que não se deve usar um canivete ou uma arma para assaltar um trabalhador? Percebe a “sutil” agressão? A estigmatização e o preconceito? No Brasil, a tolerância do povo contra o estuprador é mínima: se deixado, o povo lincha, castra e mata. Nosso problema são as leis, feitas por políticos, que garantem penas baixas, indultos, etc., a todo tipo de criminosos. Inclusive estupradores.
Esse mi-mi-mi feminista é um saco! Já saturou, por favor, se você não tem criatividade para escrever coisa melhor então peça demissão. Obrigado.
Esses meninos não tem mães? Não são elas que criam esses príncipes sem moral?
John comentou bem. o Post eh feminista demais! parecem culpados os meninos agora!!! mais uma vez o Brasil no atraso… enquanto no exterior a prevencao é contra violencia domestica, aqui usamos o nome ‘violencia contra a mulher’… Inglaterra e Australia (para citar apenas 02 paises) têm disk denuncia para violencia contra homens! sim, porque de tanto protegerem só as mulheres no passado, os homens ficaram sem proteção! muitos nao denunciavam porque tinham vergonha de ir a delegacia dizer que apanharam da mulher… agora corrigem isso, protegendo contra a violencia domestica… já no Brasil… sequer olhamos os erros dos outros para evitarmos de comete-los aqui!
Vivemos num país onde se ensina aos garotos desde criancinhas que vagina é um objeto de uso que dá status para o homem, que enfiar o pênis numa vagina faz o homem ser “mais” homem que o outro. E que quanto mais jovem a tal da vagina, melhor, e também que não interessa de quem é a vagina. NUNCA o Brasil será um país de gente decente, porque o povo daqui não tem capacidade emocional de aprender que mulher é tão ser humano quanto o homem. É só ver os comentários dos homens nesse post mesmo, todos minimizando o problema, porque eles têm CERTEZA de que a colunista é só uma vagina, e portanto, não é um ser humano e sua opinião não deve ser levada em consideração. Não se pode levar um país de gente amoral a sério. Sugiro à colunista que se mude, pois seus filhos e filhas serão engolidos pela crueza deste lugar.
Muito bom abordar o tema de que mulheres crescem para “”se comportar”” para não serem ditas “”vulgares”” e sim “”de família”” e homens que tem que ser homens e se mostrar homens em todos os sentidos. Sei que não podemos, mais uma vez, generalizar, mas essa foi e ainda continua sendo a essencia em muitas famílias ditas “”tradicionais”” no Brasil e no mundo
Questionamento simples, claro e direto. Parabéns! (: