PUC do Chile passa a USP na lista de melhores da América Latina; entenda

Sabine Righetti

No mesmo dia em que a USP entrou em greve, a universidade também perdeu a liderança das melhores universidades da América Latina.

Agora, a melhor universidade da região é a PUC do Chile (leia aqui).

A lista é elaborada pelo QS, consultoria britânica especializada em educação.

A USP não comentou o fato. Já a PUC do Chile comemorou a novidade.

Pelo telefone, a porta-voz da universidade, Ana María Bolumburu, estava em clima de festa.

Ela me explicou que a PUC do Chile não se preocupa com rankings universitários internacionais e nem tem pensado em melhorias com o objetivo de ganhar casas nas listagens.

“Mas temos uma política de excelência e o resultado do ranking é um reflexo disso.”

MAIS INGLÊS

Para entender porque a PUC do Chile “ultrapassou” a USP é preciso ver o que a instituição chilena está fazendo “de excelência.”

Um bom exemplo é o incentivo ao inglês.

Na PUC do Chile há uma prova de proficiência que todo aluno deve fazer ao ingressar na universidade.

Quem vai mal tem de fazer aula de inglês obrigatória.

Por que isso é importante?

Simples: o inglês é a língua oficial da ciência. Para publicar trabalhos científicos em inglês –e ter impacto internacionalmente– é preciso falar inglês.

O Chile é o país que mais tem publicado artigos em inglês proporcionalmente ao que produz, informa o matemático Renato Pedrosa, especialista da Unicamp em ensino superior.

Por causa do inglês, a universidade católica tem um índice alto de colaboração internacional nas atividades acadêmicas.

De acordo com análise do especialista em indicadores científicos Rogério Meneghini, a Pontifícia Universidade Católica do Chile tem cerca de metade de sua produção científica feita em colaboração internacional.

Já a USP tem de 25% a 30% dos trabalhos acadêmicos em colaboração com cientistas estrangeiros.

Na matemática dos rankings universitários são justamente critérios como impacto da pesquisa e colaboração internacional que são levados em conta.

ESTAGNADA

Enquanto o Chile está se movimentando, a USP está parada: a nota da universidade na avaliação deste ano foi igual ao ano anterior.

Mais do que isso, a USP está literalmente paralisada. Entrou em greve nesta terça-feira (27) por aumento salarial, depois de uma série de episódios que indicam problemas de gestão.

Hoje, a USP gasta 103% do seu orçamento só com salários.

“Na PUC do Chile não há greves”, lembra Meneghini.

Com um terço de alunos em relação à USP e com um sistema de contratação de docentes bem mais flexível, que permite até trazer de volta professores que estavam dando aula nos EUA, a PUC do Chile consegue negociar salários de acordo com critérios como a produtividade.

Já a gigante USP tem salários fixados e contratação por meio de concurso.

AVALIAÇÃO

Obviamente o ranking latino-americano do QS é apenas uma forma de avaliação de ensino superior dentre várias que podem existir.

A metodologia de avaliação é tão questionável que a mesma PUC do Chile não lidera o próprio Chile.

De acordo com o ranking nacional feito pela “Revista América Economia”, equivalente ao RUF (Ranking Universitário Folha), a Universidade do Chile lidera, à frente da PUC.

Mas o QS mostra que se a USP continuar estagnada (ou, pior, paralisada) ela vai sair perdendo recorrentemente em um cenário internacional.

 

Comentários com palavrões, com palavras agressivas ou com alusão à violência não serão aceitos neste blog. Vamos elevar o nível dos debates! 

Comentários

    1. São Paulo é governada pelo PSDB desde 1995. Você sabe qual era a posição da USP antes de 1995? Tampouco eu. Então você não pode dizer muita coisa. Até porque não me consta que as universidades federais estejam bombando.

    2. Paulo Barros, a USP, quando era primeira nesse ranking, durante muito tempo, também era administrada pela gestão PSDB (graças a Deus, pois se fosse do PT já estaria, como a Petrobrás, numa posição acima de 100ª). Agora ela manteve o mesmo nível de avaliação de antes e só foi para o segundo lugar porque a PUC do Chile cresceu. Continua sendo uma excelente Universidade.

    3. PSTU e PCO so atrapalham quem quer estudar. So pensam em greve e logo em seguida candidatar-se a vereador ou deputado.
      E preciso restruturar o ensino da USP para acompanhar a modernidade. Nao da pra ter greve e depois fazer o semestre nas coxas no periodo de ferias, isso tb contribui pela perca de qualidade dos cursos.
      Sinceramente, a maioria dos alunos nao tem condiçao de acompanhar as aulas em ingles.
      Serao aulas pra ingles ver.
      E o PSDB foi muito competente na escolha do campus da USP leste. E isso que da por amiguinho que nao saber administrar nem a casa dele.
      A queda nos rankings internacionais e reflexo da pessima gestao e nao so de falta de ingles. Deveriam perguntar para o Rodas pq caiu, caiu pq …

  1. Vão botar culpa na Dilma, mas como a USP é ESTADUAL, quem nomeia os administradores são os TUCANOS, PSDB.

    1. A USP é sim uma Universidade Federal portanto é responsabilidade FEDERAL seus aspectos administrativos que seguem padrões buracráticos do Estado. É uma vergonha a forma como o PT trata a educação neste país.

    2. Neste caso, a culpa não é nem do PT, nem do PMDB, mas da gestão que estabelece salários sem contrapartida com a receita e sem vinculação com produtividade. Por exemplo, exatamente agora, a USP está em greve por melhorias salariais, sabendo os grevistas que a folha de pagamento absorve de 103% a 105% dos recursos disponíveis.

  2. Com os alunos preocupados com fumodromos duvidosos, e a populacao inteira sendo educado pelo sistema baianes, o que poderiamos esperar. Dear Pedro Barros o PSDB eh tao ruim quanto o PT. O que falta no “brasil” sao politicos e nao . . . !!! Capicce?

      1. O PT não presta porque defende uma ideologia assassina.

        Já o PSDB não presta porque cala (e consente!) com todas as barbaridades feitas pelo PT.

        O Brasil está f*&#@%.

  3. Sempre tivemos governos socialistas no Brasil e pensamento de coitados. Este país de crânios carapinhas, rolezinhos, quadradinho de oito, beijinho no ombro, somos todos macacos podemos esperar o que do Brasil! Se valoriza o futebol, funk acima de tudo! marginaliza quem é inteligente! Enaltece a favela como modo de vida! Investe mais em presídios com internet bloqueador de celulares vídeo conferência do que carteira nas escolas. Estes pseudo socialistas deveriam rever seus conceitos! Vão morar na favela para ver se é bom! Pede pro Lula e a Dilma tratar o câncer no SUS!

    1. Um dos problemas que acarretaram a queda no ensino no Brasil, tanto nas Federais quanto nas Estaduais incluindo a USP, são os sistemas usados na nova forma de vestibular (ENEM) e tbem as cotas.
      Muda Brasil!!!!

      1. CONCORDO.O ENEM NADA MAIS É QUE UM PROCESSO DE SELEÇÃO,NÃO AVALIATIVO.
        NÃO QUERENDO ENTRAR NUMA QUESTÃO PARTIDÁRIA,CONSIDERO TOTALMENTE RISÍVEL A PRESIDENTE DILMA TER COMEMORADO O RECORDE DE INSCRITOS.SERIA MUITO MAIS MOTIVO DE COMEMORAÇÃO,NÃO SÓ PARA A PRESIDENTE,MAS PARA TODOS NÓS,UMA BOA COLOCAÇÃO NOS RANKING INTERNACIONAIS,COMO O PISA,NA QUAL FICAMOS DE JOELHOS.

  4. Mataram o Brasil!!! Hoje todas as classes sociais não tem vontade de estudar e optam pelo que é mais fácil e comodo. Estão acabando com a Educação Privada neste país. Ninguém cria nada aqui!! Não há pesquisa, investimento em tecnologia! Só tem saqueadores no Nordeste, Baderna de funcionário publico! Greve! manifestações! Dinheiro mal utilizado vide os estádios da copa! Vamos rumo a Africa não se preocupem!! Como não vou ter filho mesmo e já estou com idade avançada meu sofrimento irá terminar pois tenho certeza que vou reencanar no Primeiro Mundo (ex: Noruega, Áustria, Alemanha) Cheguei a conclusão que o Brasil é o hospício do mundo e como você foi malvado na vida passada meu filho nasceu aqui risos. Não é Deus que é Brasileiro e sim o Diabo. Cruz Credo e até logo rs.

    1. Sou professor e digo, com conhecimento de causa, que, desde a vitória do Lula, nossa juventude simplesmente perdeu a (pouca) fé que tinha no estudo.

      Estudar pra quê, se um analfabeto consegue chegar à Presidência da República, pintar e bordar, ter 85% de aprovação pública e nada acontecer com ele? Lula é o Macunaíma encarnado. O pior exemplo que a juventude brasileira poderia ter.

      Diante de tudo isso, estudar pra quê?

  5. Entendo que para uma Universidade de Qualidade é necessario um ensino fundamental de qualidade. Conforme informes da midia no Brasil tem alunomuniversitario analfabeto funcional
    Como ter publicação internacional?

  6. O maior problema é o esquerdismo que tomou conta da educação da usp há muito tempo. só podia dar nisto.

  7. O mais alarmante da notícia, a meu ver, não é o fato de a USP cair para o segundo lugar, na América Latina, mas o fato de nenhuma universidade privada, onde estudam 80% dos estudantes matriculados no ensino superior aqui no Brasil, aparecer no ranking, seja em que posição for. Gostaria de saber em que posições ficaram Unip, Uninove, Anhanguera, Unicsul, UnG, Unifieo, Estácio, Unicsul, Unisantanna. Mas, voltando a falar da USP, a instituição tem excelentes professores, alunos interessados, ótimas bibliotecas, laboratórios, etc. Porém, tem uma resistência tremenda a oferecer disciplinas em inglês. Resistência porque a USP me parece mais francófona que anglo-saxônica (não sei se é impressão, mas vejo professores dominando melhor o francês que o inglês), resistência porque seria elitismo (muitos estudantes brasileiros não sabem inglês e ficariam impedidos de frequentar as aulas) e, pá de cal, resistência porque é a língua do imperialismo. Ou seja, resolver o problema apontado pelo ranking seria, em tese, fácil. Não implicaria construção de laboratórios caríssimos, incremento na titulação dos professores (que já é elevada), melhoria do padrão de ensino (que já é bastante alto). Em tese, porque mudanças culturais às vezes são mais difíceis de ser levadas adiante que estruturais. E sinto na USP um preconceito danado contra o inglês. Você vem de universidade pública, eu venho de universidade pública. A gente sabe que estes pontos que você colocou como modernidade, existentes na PUC do Chile (flexibilidade para contratações e demissões, mensuração de produtividade, etc.), têm uma resistência monumental nas públicas brasileiras. São medidas vistas como concessões à lógica privatista e de mercado, subservientes ao neoliberalismo e por aí afora. Enfim, não vai ser fácil mudar isso, haja vista o que está acontecendo neste momento, na USP.

    1. Ricardo, por acaso é estatal essa universidade chilena que agora lidera o ranking?

      “Creo que no”.

      Enquanto a USP e seus aspones esquerdistas ficam blasfemando contra deus e o mundo, o resto das universidades trabalha.

      Hoje a USP foi ultrapassada por uma universidade chilena. Se a USP continuar nessa batida (fumódromo, “democracia estudantil”, eleições para reitor, etc), daqui a 10 ou 20 anos qualquer universidade privada brasileira estará melhor do que a USP.

      Questão de tempo, meu caro.

      1. Sobre esquerdistas em universidades, se você acompanhou o noticiários nos últimos anos, viu que os estudantes chilenos quase provocaram uma convulsão social por lá, em manifestações que deixariam as nossas no chinelo. Basicamente, em defesa do ensino público, de qualidade, gratuito, porque a classe média chilena está ficando inviável financeiramente para custear o ensino superior dos filhos. Manifestações claramente com viés de esquerda e que atingiram, inclusive, a Universidad Católica (que nesta matéria virou PUC). Digo isso não em defesa dos manifestantes, mas apenas para esclarecer que o “esquerdismo” não está restrito à USP ou às públicas brasileiras. É uma característica cultural dos meios universitários na América Latina (incluindo a Católica do Chile), Portugal, Espanha, Itália e França. Agora, assim como as PUCs brasileiras, a Católica do Chile não tem fins lucrativos, seu foco é a qualidade do ensino. As uniesquinas brasileiras só têm foco no lucro, oferecem cursos rápidos, suas bibliotecas e laboratórios são primários, então, sinceramente, eu duvido que as públicas brasileiras sejam ultrapassadas um dia por essas instituições.

        1. Ricardo, a grande questão é a seguinte: a PUC chilena chegou aonde está graças a uma política interna que não tem nada de esquerdista.

          De fato, a esquerda acadêmica está começando a tomar conta das coisas por lá, também. Se continuar assim, acontecerá com a PUC chilena o mesmo que está acontecendo com a USP aqui.

          Quanto às privadas, acho que tudo é uma questão de tempo. Muitos pais e alunos já preferem a Mauá ou a FEI, em vez da Poli.

          Claro.

          Basta ler os jornais para saber que a USP não tem grande futuro.

          1. Quando eu falo de uniesquinas, não estou falando de Mauá, FEI, PUC, Mackenzie, Faap, FGV, Insper, Santa Casa, ESPM, Cásper e Belas Artes, por exemplo. Estou falando dessas instituições que cobram 150 reais de mensalidade, que têm 200 campi na cidade e sorteiam notebooks e Chicabons nos processos seletivos, sabemos bem quais são. Também não estou menosprezando a PUC chilena, muito pelo contrário. Só acho perigosas as generalizações. “Na USP só tem esquerdista”, “Na PUC chilena não tem ninguém de esquerda”. Tão chatos quanto os esquerdistas são os antiesquerdistas. A USP sempre teve gente de esquerda e há muitos anos era a melhor da América Latina, por causa dessas pessoas, apesar delas ou nem uma coisa nem outra (talvez até continue sendo a melhor em outros rankings internacionais, já que este não é o único existente). Agora, precisa internacionalizar? Precisa, sem dúvida. É importante colocar nossos cientistas em contato com o que se faz de mais avançado no mundo.

          2. Ricardo, vamos esclarecer algumas coisas.

            Quando se diz que na USP só tem esquerdista, não se está querendo dizer que todos os membros da comunidade uspiana, sem exceção, são esquerdistas.

            Não é uma afirmação literal, compreende?

            O que ela quer dizer é que, em sua folgada maioria, a comunidade uspiana é sim composta por membros esquerdistas.

            Isso não é mentira. É um fato.

            Quanto ao antiesquerdismo, acho que ele é uma consequência natural ao esquerdismo.

            Os antiesquerdistas, aliás, esperaram muito tempo para começar a se manifestar publicamente. Antes deles, os esquerdistas já dominavam há 30 anos o discurso e o cenário cultural brasileiros.

            A reação antiesquerdista pode até ser chata, como você mesmo falou, porém ela é mais do que necessária.

            Ou você prefere um mundo em que só os esquerdistas se manifestem?

            Pare e pense…

          3. André, eu diria o seguinte. Há um predomínio do pensamento de esquerda nas instituições que representam as categorias na USP: Adusp (docentes), Sintusp (funcionários) e DCE (estudantes). No entanto, as entidades estão muito longe de representar o pensamento da maioria. Prova disso é que matéria no site do Estadão, página de Educação, informa que a adesão à greve na USP é baixa. Só nas faculdades mais politizadas há suspensão das aulas (FFLCH, ECA, FAU e Faculdade de Educação). E nessas há suspensão não porque a maioria concorda com a greve, necessariamente, mas porque, como há cadeiraços, piquetes, etc., muitas pessoas não querem se envolver em confrontos, discussões. Nas demais unidades, aulas absolutamente normais. Isso significa que a maior parte age conforme a sua própria consciência. “Não me importa se as entidades vão decidir pelo caminho ‘A’ ou ‘B’, porque, numa democracia, eu devo obediência à lei e à minha consciência e não a sindicatos. Sendo assim, vou fazer o que acho que tem de ser feito (por exemplo, ignorar as decisões tomadas em assembleias e dar aulas, se eu considerar que essas decisões são esdrúxulas)”. Então, pra ser honesto, eu diria que afirmar que a maior parte é de esquerda, está ligada a sindicatos, etc., é uma afirmação que não se sustenta empiricamente. Se você olhar a foto da assembleia da Adusp que aprovou a greve, eram menos de 200 professores. A maioria nem apareceu na assembleia por quê? Porque, para eles, é irrelevante o que será decidido em assembleias, eles vão agir conforme a lei e suas consciências. O grande problema é que parte da imprensa é preguiçosa. “USP entra em greve”, dizem as manchetes. Mas poucos jornais mandam repórteres até o campus pra checar se pararam, de fato, ou não. No máximo, ligam para as entidades para verificar o percentual de adesão à greve e os sindicatos, evidentemente, inflam os números. Tem que fazer repórter bater perna dentro do campus, percorrer as unidades, ver se estão dando aulas ou não. O acesso é livre ao campus e aos prédios, não há catracas na Cidade Universitária. Então, repórter que não tem preguiça consegue fazer um diagnóstico mais preciso da situação.

          4. Ricardo, temos opiniões bem diferentes a respeito do perfil dos uspianos (professores, funcionários e alunos).

            Numa eleição imaginária para reitor ou presidente da República, acho que a grande maioria da comunidade uspiana votaria em Che Guevara, e não Margaret Thatcher.

            É o que eu acho.

          5. André, você mencionou a questão de eleições, então veja como as impressões podem ser diferentes dos fatos. Em 2010, a vinte dias do primeiro turno da eleição presidencial, o DataFolha fez uma pesquisa no campus, em que ouviu professores, funcionários e estudantes. Serra e Marina estavam em primeiro lugar, empatados tecnicamente, com 27% e 30%. E Dilma ficava atrás, com 21%. Os partidos ainda mais à esquerda, como PSOL e PSTU, tinham votação tão inexpressiva quanto costumam ter fora da universidade. O link segue a seguir: http://datafolha.folha.uol.com.br/eleicoes/2010/09/1131102-marina-pv-e-serra-psdb-empatam-entre-alunos-professores-e-funcionarios-da-usp.shtml

          6. Depende. O PSDB é de esquerda no que diz respeito aos costumes (aborto, casamento gay, legalização de algumas drogas leves, etc.). Mas se tornou, ao longo da história, de centro-direita no que diz respeito à organização econômica da sociedade. Entende que o Estado deve ser regulador e fiscalizador, mas defende maior autonomia para que indivíduos e forças produtivas alcancem seus objetivos. Ou seja, é, das forças políticas competitivas do nosso país, aquela mais próxima do pensamento liberal. Já Marina é conservadora no que diz respeito aos costumes, até por conta de sua formação religiosa, mas é estatista do ponto de vista econômico (e ser estatista não significa, necessariamente, ser de esquerda; só para ilustrar, já que a Marina não se encaixa no que vou dizer, o fascismo, de extrema-direita, é estatista). E vou além: o guro econômico da chapa Campos-Marina, Eduardo Gianetti da Fonseca, em entrevista recente, disse que o projeto econômico da chapa é idêntico ao de Aécio, mas com mais preocupações ambientais. Finalizando, para os mais rigorosos, nem Dilma e o PT seriam mais de esquerda. Pra ser de esquerda, de fato, é preciso defender a superação da propriedade privada dos meios de produção. O governo Lula foi bem ortodoxo, no que diz respeito à economia. E Dilma está aprofundando as privatizações. Abraçar o Evo Morales, colocar boné do MST, ir votar de camisa vermelha nas eleições, receber black-blocs no Planalto são atos retóricos, meramente simbólicos, para aplacar as críticas dos pequenos grupos mais de esquerda dentro do partido, mas que não apitam nada. O PT da prática está em linha de continuidade com Collor, Itamar e FHC, pelo menos no que diz respeito à economia, que é o que mais impacta a vida das pessoas. O Brasil está experimentando aquilo que países onde há bipartidarismo experimentam há tempos. Como a maior parte dos eleitores é formada por pessoas moderadas, os partidos, para serem competitivos, têm de se dirigir ao centro. Não há espaços para radicalismos, nem de direita nem de esquerda. Os partidos radicais disputam apenas nichos de mercado, insuficientes para dar vitórias em eleições majoritárias. É o que vemos aqui no Brasil. Agora, o Centro varia de país para país. Nos EUA, o Centro fica mais à direita. Na França, mais à esquerda.

          7. Ricardo, desculpe, mas é impossível dizer que Lula, Serra ou FHC são caras de direita, ou mesmo que já tomaram atitudes típicas da direita.

            O que FHC fez (e que Lula copiou) foi simplesmente manter a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso não é ser esquerdista. Isso é apenas respeitar as leis básicas da aritmética. Se ganho 2, não posso querer gastar 3.

            Fora isso, são todos esquerdistas, sim.

            Não me lembro de tê-los visto declarando que o Banco do Brasil ou a Petrobrás deveriam ser privatizados, por exemplo.

            Nem mesmo FHC teve a ousadia de dizer tal coisa. E não disse porque ele é um esquerdista.

            Não há direita no Brasil.

            Até o Bolsonaro, em meio à sua verborragia, vira e mexe solta solta pérolas estatizantes do mais alto quilate.

            No fundo, todos os políticos brasileiros crêem que o Estado pode gerar riqueza e progresso.

          8. Pois é, André, o brasileiro é estatista. Pesquisa recente do DataFolha sobre as inclinações ideológicas do brasileiro revelaram que ele é conservador, no que diz respeito aos costumes, e estatista no que diz respeito à organização econômica e política da sociedade. Nossas duas ditaduras de direita no período republicano, as ditaduras Vargas e militar, eram extremamente estatistas e inegavelmente de direita. Daí que o Bolsonaro, embora o considere uma pessoa esdrúxula, é coerente quando pronuncia discursos nacionalistas e estatistas. Nos últimos 25 anos, com a hegemonia do pensamento liberal, temos a inclinação a achar que todo pensamento de direita é liberal. Não é. A extrema-direita, que aumentou significativamente a participação no parlamento europeu, para ficar num exemplo, é xenófoba, nacionalista, estatista e contra qualquer tipo de abertura.

          9. Você disse tudo, Ricardo.

            O que vemos hoje, infelizmente, é o ressurgimento da extrema-direita; aquele pessoal alucinado, com discursos apoiados no nacionalismo e no inchaço da máquina estatal.

            É uma pena, pois a direita liberal (à la Reagan ou Thatcher) teria muito a acrescentar neste momento tão delicado do século 21.

            À direita ou à esquerda, portanto, tudo aponta para um agigantamento ainda maior da máquina estatal. Infelizmente.

    2. Ricardo, concordo com boa parte do que você aponta. Entretanto tem alguns aspectos que na verdade não dependem da universidade e sim de alterações nas leis brasileiras. O principal problema é com contratações de professores, pois por serem públicas a contratação tem que ser feita por concurso público. Não existe outra forma de se contratar em caráter permanente. Além disso, até onde sei a legislação obriga que concursos públicos sejam feitos em língua portuguesa, impedindo candidatos estrangeiros. A lei impede também a inscrição de candidato estrangeiro que não tenha permissão de trabalho no país, mesmo dominando a língua.

      Sobre o uso de inglês em sala de aula, na Unesp isso já é feito em algumas disciplinas da pós-graduação e optativas da graduação (muito raramente). Não sei o quanto isso ocorre na USP, mas o principal problema é que nossos alunos não tem domínio da língua e, pelo menos na Unesp, parte dos professores também não.

      Quanto ao ranking, as universidades que você citou não aparecem entre as 250 ranqueadas pela QS. No documento integral tem várias particulares, principalmente as PUCs. No documento aparece também um artigo falando da evolução brasileira, em especial no volume de produção de artigos internacionais, com 9 das 10 primeiras universidades nesse quesito. Dos dados completos o que se percebe é que falta um pouco mais de internacionalização e um melhor número de alunos por professor, que é considerado alto.

  8. As vantagens competitivas das universidades privadas são claras.

    Não sou contra o ensino gratuito mas creio que isto seria melhor feito por um sistema de vouchers (bolsas). Provavelmente sairia menos caro ao contribuinte.

    Ai alguém dirá, “mas as melhores universidades brasileiras não são justamente as públicas?”. Claro, porque atraem os melhores alunos, por não ter mensalidade. Então não dá para comparar.

    1. Se gratuidade atraísse os melhores alunos e, consequentemente, aumentasse o nível de ensino oferecido, as escolas públicas da educação básica seriam melhores que as privadas e não são. As universidades públicas são melhores porque suas vagas são limitadas e trabalham com um orçamento elevado. Em função disso, não precisam ter tantos professores e podem pagar melhores salários aos mesmos, além de exigir alta titulação de seus profissionais. E justamente porque suas vagas são limitadas a concorrência entre os alunos é maior nos vestibulares, aumentando as notas de corte, e garantindo que os mais preparados ingressem. É um sistema que, por um lado, atrai os melhores professores e, por outro, os melhores alunos. Daí a sua qualidade elevada. Se a universidade pública passasse pelo processo de massificação pelo qual as escolas públicas de educação básica passaram a partir da virada dos anos 60 para os 70, teria que multiplicar estrutura e professores, em um ambiente de recursos escassos. Resultado: arrocharia salários, afugentaria os melhores profissionais, observaria a qualidade despencar, afastaria os melhores alunos, exatamente como aconteceu na educação básica pública. A combinação elitismo mais orçamentos robustos garantem a qualidade da universidade pública. É bom lembrar que nossas universidades públicas foram criadas pelas elites, para formar elites intelectuais e científicas para o país. Não estou aqui fazendo uma crítica ou proselitismo político, estou apenas constatando um fato, até porque sou simpatizante do modelo. Não acredito que seja possível oferecer ensino superior de qualidade para 200 milhões de habitantes. Gostaria que fosse, mas não acredito

    2. O problema não é gratuidade do ensino. O problema é ter que atender uma legislação tacanha no que se refere a contratações de docentes. A USP (e nenhuma das outras públicas) pode chegar num cara que tenha potencial para prêmio Nobel e convidar para ser professor da USP. A universidade é obrigada a fazer concurso público e com isso fica amarrada num monte de restrições legais.

      O aluno pagando ou deixando de pagar não muda isso.

      Além disso, como o Ricardo já apontou, os bons alunos querem fazer USP, Unicamp, etc pois em todos os rankings são elas que aparecem como sendo as melhores. São elas que fazem pesquisa, são elas que formam a maioria dos mestres e doutores do país. Sendo de graça é melhor, mas isso nunca foi a motivação dos melhores alunos.

      1. Se houvesse essa liberdade, jamais que isso seria usada para contratar quem prestasse, mas gentalha de magníficas amizades. Mesmo os atuais, fora exceção, não são concursos públicos para contratação docente, mas com cartas marcadas: quando sai o edital a turma já tem nome, endereço e CPF do que querem contratar. E algumas zebras, são zebras e nada mais.

        1. Assino embaixo, meu caro.

          Só quem não conhece a USP é que acredita nessa história de que as vagas não têm destino certo.

  9. Vejo com tristeza o que está acontecendo com a USP. Fui aluna e professora da instituição na década de 80. Realmente algumas políticas precisam ser revistas pois o mundo mudou muito de lá para cá. Não estou defendendo este ou aquele partido pois, administrativamente, a Universidade de São Paulo é completamente independente do Governo do Estado. É preciso redefinir, inclusive, seu papel na sociedade atual. Espero que ela reencontre seu caminho.

  10. tem dedo da EACH nisso ai,
    terra contaminada, greve dos funcionarios, gas metano em tudo que é sala, infestação de sarna e piolho, semestre praticamente perdido, funcionamento da unidade precario dividido em diversos locais distantes um do outro, professor levando laboratorio em carrinho de feira .. na PUC do Chile acredito que nao ocorreu essas coisas..

  11. Espero que a USP entenda o recado e comece a repensar. É isso que dá a ESALQ/USP parece que está mais preocupada em ficar colocando regras para os não esalquianos entrarem no campus caminhar, correr do que com a pesquisa, os estudos.

  12. Sabine,
    Nnehuma novidade! Tudo dentro do previsto.
    COmo ja’ disse anteriormente , tem muito espaco para piorar.
    Os grevistas que o digam!

  13. Um detalhe extra: nem todos os bons alunos querem USP.

    Conheço MUITOS que vieram de ótimas escolas, fizeram intercâmbio durante o Ensino Médio e, justamente por serem excelentes alunos, jamais cogitaram a possibilidade de estudar na USP.

    Em geral, quem quer USP é o sujeito que foi um bom aluno no Ensino Médio, mas que não tem grana para pagar por um ensino privado de qualidade.

    Quem tem competência e grana, em geral, não faz USP. Prefere outras opções menos “revolucionárias”.

    1. Em São Paulo, as únicas instituições que cobram mensalidades e que se nivelam com a USP, em termos de qualidade, são o Insper, a ESPM (em alguns cursos) e a FGV, em áreas específicas do conhecimento, porque não são universidades. PUC, Mackenzie, Faap, Santa Casa, FEI, Mauá, Cásper Líbero e Belas Artes são instituições tradicionais, de ótima qualidade e extremamente respeitáveis, mas estão claramente abaixo da USP. E o resto das privadas é de nível lastimável, de forma geral, salvando-se em um ou outro curso. É lógico que se você estiver falando de instituições privadas nos EUA, Reino Unido, aí é lógico que a coisa muda de figura.

      1. Olha, Ricardo, eu já lidei e ainda lido com alunos de quase todas essas instituições que você citou, e lhe digo que, hoje em dia, já não há diferença entre o nível de ensino que elas oferecem e o nível de ensino oferecido pela USP.

        Muitas vezes, inclusive, elas são mais exigentes do que a própria USP, no que se refere ao nível das provas, etc.

        Quanto às demais universidades privadas, aí eu realmente concordo com você… ainda vai demorar muito tempo até que elas se equiparem a uma USP, a uma FGV ou Mauá.

        Por outro lado, esse problema também se percebe nas chamadas “uni-Lulas”, isto é, naquelas federais que Lula abriu aos montes, uma em cada esquina do país.

        Se formos comparar, essas uni-Lulas são tão péssimas quanto as piores universidades privadas.

        Desse modo, o cenário que me parece mais realista é o seguinte: a USP com uma liderança já combalida, prestes a ser definitivamente derrubada pelas boas particulares, e uma massa de universidades públicas e privadas lá atrás, na lanterninha, que ainda precisarão de décadas até se firmarem como instituições mais ou menos sólidas.

  14. A resposta é simples: os professores da PUC não são vitalícios como os da USP. Claro que o inglês é importantíssimo, mas acredito que dar a um professor universitário vitalicidade no cargo, isto é, não podem ser demitidos a não ser por uma falta muito grave, prejudica o ensino. Já vi professores dizerem:” O meu está garantido, se vocês quiserem estudem no próximo semestre.” Viva o Chile.

  15. Os alunos da USP ao inves de estarem lendo e estudando…estao usando drogas e fazendo bagunca no campus..ou cantando e dancando “”beijinho no ombro””e sendo aplaudidos de pe , pelos professores e pela midia…….eu nao sei como ainda existe ”especialista de educacao ” nesse pais….nao seria melhor virar adestrador de animais..??

  16. Oi Sabine,

    A divulgação do ranking QS latino-americano universitário está excessivamente focado na situação da USP pela perda de uma posição, mas lendo os resultados de 2014 divulgados na Internet pela QS, como ela própria afirma, o Brasil está consolidando a dominância universitária no contexto latino-americano.

    Separando em dois grupos de ranking e anotando a posição em 2013 e 2014 temos:

    UNIVERSIDADE RANK 1 A 10

    2013 2014
    USP 1 2
    UNICAMP 3 3
    UFRJ 8 4
    UNESP 11 9
    UFMG 10 10
    UFRGS 14 10

    UNIVERSIDADE RANK 11 A 20

    2013 2014
    PUC-RIO 18 13
    UNIFESP 17 15
    UNB 21 17
    UFSCarlos 29 18

    Apenas a USP caiu no rank. UNICAMP E UFMG mantiveram as posições e sete universidades aumentaram o escore. Um resultado muito bom.

    1. E ainda tem gente que tenta ve ro copo meio cheio!
      Amitir os problemas e’ o primeiro passo para arrumar!

      1. Márcio, a questão não é ver o copo meio-cheio. O problema é que a manchete toda segue uma linha editorial de exagerar para vender. Uma análise objetiva do relatório indica um progresso do Brasil como um todo. Claro que a USP poderia ter mantido sua posição se pudesse trabalhar alguns aspectos de internacionalização. Infelizmente alguns deles são impossíveis por ter que atender a legislação brasileira (concursos, principalmente) ou pelas deficiências do nosso alunado (não sabe inglês). Outros pontos precisam ser atacados, como é o caso de maior participação em colaborações internacionais, que já é maior do que faz a Universidad Catolica, porém como tem muito mais professores acaba perdendo na hora em que se faz a média por docente.

        1. Para mim isso sao apenas desculpas.
          Falta uma politica de merito. Menos democracia , mais merito.
          Claro, como voce disse, as leis na ajudam, mas tem muito mais que rema contra.

  17. Olá Sabine.
    Parabéns pelo blog e coragem em discutir temas bem espinhosos.
    Um dos aspectos sobre as causas das dificuldades que a USP enfrenta é o tamanho dela. A USP é um mastodonte quanto comparada a uma série de outras universidades mundo afora. Isso é sempre apontado pelos responsáveis dos diversos rankings internacionais como algo surpreendente o fato de uma universidade deste tamanho figurar nas classificações.
    Porém,como um mastodonte, a USP tem pouca agilidade para mudanças. Dificilmente virá a figurar entre as 100 melhores do mundo com o tamanho que tem.
    Dentre tantas coisas que a USP precisa discutir seriamente, creio que uma deveria ser uma proposta de divisão da universidade.
    A partir desta divisão poderia surgir uma quarta universidade estadual em SP. Sem a necessidade de mudar a dotação orçamentária.
    Este é um caminho que ela tem que discutir, pois não tem mais como crescer.
    O caminho que passe por expansão do ensino e pesquisa dificilmente se dará junto ao da melhora da qualidade se a USP continuar tão grande.
    Sei que há universidades grandes figurando nos rankings (a UNAM, por exemplo), mas, se olhar a série histórica, verá que seguem tendência similar a da USP.

  18. Sabine,

    Essa perseguição com a USP não acrescenta em nada o debate sobre a gestão da Universidade que, em outra oportunidade, foi tão solicitado por você.

    Sugerir que a USP tem gestão engessada porque contrata por meio de concurso público não é ser honesto com seu leitores.

  19. Meridiano, então nos esclareça uma coisa, por favor: o que é ser honesto?

    É dizer que a USP não tem culpa no cartório?

  20. Pessoal, li todos comentarios e fiquei perpexo com tanta besteirice. Para a Latino America a USP continua sendo importantissima, mesmo com esse momentaneo 2o lugar nesta lista, e voltarah ao primeiro posto pois tem gente competente n USP(professores e alunos). Eu finalizei a ESPM em 1982(faculdade privada e que nao se preocupava nem com Ingles nem com Matematica…bem verdade que o curso noturno nao me deu uma formacao consistente, mas completei os conhecimentos trabalhando anos a fio no setor de Marketing…acredito que o aprendizado pratico conta tanto quanto a faculdade, ateh mesmo para um medico/a. Tenho feito faculdade nos USA desde 2011 e continua o mesmo dilemma, professores de boa qualidade, mas depender soh das aulas e achar que voce vai sair um ‘expert’ no assunto e obter sucesso eh ser nuito inocente, vc tem que completar seus conhecimentos com dedicacao extra-classe, caprichar nos trabalhos de pesquisa, nos projetos, etc. E pra finalizar, quero dizer que imperialistas ou nao, paises como os USA tem sua estrutura baseada nas classes media baixa e media-media, gente que trabalha pra caramba, temos que fazer 40 horas/semana(no papel, mas por medo de perder o emprego, a maioria que conheco trabalha muito mais), apenas 2 semanas de ferias anuais(gente com cargo de gerente as vezes consegue 3 semanas por ano), e pasmem, aqui nao tem FGTS, indenizacoes: nadica de nada se te mandam embora, e o sistema de saude eh uma B.(a mesma B. ai do Brazil)…pra quem nao tem um bom plano, e finalizando meu discurso: feriados Americanos sao 1/3 da quantidade que temos ai no Brazil, acho que conto os feriados oficiais Americanos nos dedos de apenas uma mao. Sim amigos, aqui existe uma cultura de combater a corrupcao a todo custo, e usar o dinheiro publico da forma mais eficaz possivel para o bem estar de todos, inclusive no campo da educacao.

  21. se as universidades crescem, mais cursos, mais alunos, precisa de mais docentes e funcionários.
    o reitor atual dizer que não sabia de nada e ainda colocar a culpa no antecessor é tática antiga. esperava mais inteligencia dos novos administradores. agora ninguem sabia de nada ?…. tá bom…
    a usp tem em conta 2 bilhoes, será que esse dinheiro rende juros ? ninguem sabe tb….rs…
    a adusp diz que o icms pago com atraso não é repassado as universidades. isso é verdade ? ninguem sabe…..
    se voce tem uma empresa e a mesma está crescendo, vc analisa a gestão e corta os excessos além de buscar mais recursos.
    essa crise tem fatores políticos que como sempre atrapalham a transparência dos fatos.
    será que uma democracia para a escolha da gestão não seria melhor ?
    se a universidades paulistas tem maioria de ricos, será que não deveriamos usar o sistema do enem e cotas ?

    1. De novo, essa história de ricos na universidade.

      [ironic mode on]

      Sabem o que eu acho? Que os bolcheviques brasileiros deviam exterminar de uma vez por todas com toda a elite econômica do país. Fuzilamento, enforcamento e carnificinas de toda a sorte. Tudo em prol da justiça social.

      “Paredón” na burguesia, manja?

      Se fizerem isso, o Brasil com certeza vai se livrar da causa da sua miséria. As tais “dívidas sociais” serão definitivamente resgatadas e o Brasil se tornará a nação mais próspera e respeitada da face da Terra.

      [ironic mode off]

      1. sistema de cotas ou universidade paga ? eis a questão. como esta universidade foi criada para ser publica não faz sentido cobrar mensalidade. se quer cobrar, crie outra. se a universidade cresce, tem que aumentar a verba.
        o ingles é importante sim e deveria ser mais cobrado tb. porém, o blog como quase sempre é parcial e não fala que a outra razão para a queda foi a relação prof/estudantes, ou seja, muitos estudantes por classe, ou seja, faltam professores, os quais precisarão de mais funcionários, ou seja, (+gastos) etc.
        levar o debate para o lado ideológico é querer simplificar muito.

        1. “como esta universidade foi criada para ser publica não faz sentido cobrar mensalidade.”

          Tá certo. Deixe tudo como está.

          Daqui a pouco, até a PUC de Serra Leoa vai utrapassar a USP.

  22. Quem escreve um texto jornalístico sobre universidades, na seção de EDUCAÇÃO de um jornal, deveria se preocupar em escrever corretamente a língua nativa. Esse texto está cheio de erros. A folha realmente está acabando.

  23. Eu moro no Chile e a PUC é muito boa universidade. Mais, ainda que ela pertence ao “Consejo de Rectores” das universidades públicas, ela é privada. É cuestionavel a qualidade no ensino, pois só os que tem melhores “puntajes” na prova no ingreso á facultade sempre sao pessoas que tem recursos. E praticamente pessoas que sempre tiveram uma educacao de qualidade desde desde crianca. Por isso aqui no Chile a melhor universidade nao é a PUC, é a “Universidad de Chile”. Pois tem pessoas meritorias, ainda que nao tenha dinheiro.

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