Abecedário https://abecedario.blogfolha.uol.com.br Universidades, escolas e rankings Mon, 10 Dec 2018 18:26:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Universidades do Brasil caem em ranking mundial de empregabilidade de egressos https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/universidades-do-brasil-caem-em-ranking-mundial-de-empregabilidade-de-egressos/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/universidades-do-brasil-caem-em-ranking-mundial-de-empregabilidade-de-egressos/#respond Wed, 12 Sep 2018 18:37:59 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/usp-320x213.jpeg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3404 As instituições de ensino superior do Brasil perderam algumas casas na avaliação mundial de empregabilidade de egressos da consultoria britânica QS. Na listagem divulgada nesta segunda (10), a USP — líder nacional — caiu de 61º lugar (na listagem de 2018) para 67º lugar (no ranking de 2019). Já a Unicamp, segunda colocada do país no ranking, caiu do grupo 201º-250º lugar no mundo em termos de empregabilidade para a faixa 250º-301º no mesmo período.

O ranking da QS avalia 650 universidades do globo e classifica as 500 melhores. A listagem tem base em cinco indicadores: reputação dos egressos no mercado de trabalho (30% da nota de cada universidade), sucesso dos ex-alunos (25%), parceria entre empregadores e docentes (25%), presença de empresas na universidade (10%) e empregabilidade dos formados até doze meses após a formatura (10%).

Olhando isoladamente os indicadores, no entanto, a USP vai bem em dois quesitos. A universidade, por exemplo, está em 26ª posição no mundo especificamente no indicador de sucesso dos ex-alunos. Isso significa que a USP forma boa parte dos líderes do mercado nacional. Isso já apareceu em uma pesquisa do Datafolha divulgada em 2017 — o levantamento mostrou que pelo menos um em cada dez líderes pesquisados no Brasil é “uspiano”.

A USP está, ainda, em 55ª posição na reputação entre as empresas no ranking de empregabilidade da QS. A boa reputação da universidade aparece também no RUF – Ranking Universitário Folha 2017. A universidade é a mais mencionada no país entre os empregadores consultados no Brasil.

A USP, no entanto, zera no indicador que avalia a presença das empresas nas universidades no ranking QS. Isso é medido pela quantidade de vezes que os empregadores consultados estiveram no campus da universidade doze meses antes da realização da pesquisa. A QS considera que essa conexão entre empregadores e estudantes é importante para criar networking e para a carreira dos futuros egressos. Quem lidera especificamente esse quesito é a Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong , da China.

Os Estados Unidos lideram a listagem geral de empregabilidade da QS com universidades como Stanford, MIT, Universidade da Califórnia em Los Angeles e Harvard. A Austrália, com as universidades de Sidney e de Melbourne, aparece na sequência. Em termos regionais, a PUC-Chile (37º lugar) e o Instituto Tecnológico de Monterrey do México (52º lugar) são os destaques da América Latina — seguidos pela USP.

Neste ano, seis brasileiras estão na lista das 500 universidades com melhor empregabilidade do mundo — todas da região Sudeste do país. No ranking publicado ano passado, o país tinha sete universidades da listagem. Saíram a PUC-SP e UnB; já a Unesp passou a figurar na listagem das 500 melhores do mundo em empregabilidade.

Essa é a terceira edição do ranking de universidades QS de empregabilidade. A consultoria britânica publica desde 2011 um ranking mundial de universidades no qual a reputação entre empregadores é um dos indicadores utilizados.

 

As brasileiras no ranking de empregabilidade da QS 2019

USP – 67º lugar
Unicamp –  250º -301º
UFRJ –  250º -301º
Unesp –  301º -500º
UFMG –  301º -500º
Unifesp –  301º -500º

Fonte: QS empregabilidade 2019

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China lidera ranking universitário de países emergentes; Brasil perde posições https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/#respond Wed, 16 May 2018 12:00:56 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/pekin-university-320x213.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3159 Sete das dez melhores universidades dos países emergentes são chinesas, de acordo com o último ranking divulgado pelo THE (Times Higher Education). No topo também aparecem universidades da Rússia (3º lugar), da África do Sul (9º) e de Taiwan (10º). A primeira brasileira a figurar na lista, a USP, está em 14º lugar no mesmo ranking — caiu três posições desde a primeira avaliação de países emergentes do THE, publicada em 2014. Já a China, no mesmo período, aumentou em 43% a quantidade de universidades no “topten” do ranking de universidades de países emergentes.

O que está acontecendo com o ensino superior da China? E do Brasil?

Primeiro, vamos entender esse ranking de universidades. A lista do THE avalia e compara instituições de 42 países como China, Argentina, Brasil, Polônia e  África do Sul. Em tese, são países que têm certa semelhança econômica e que desenvolveram seu ensino superior recentemente (as universidades de países desenvolvidos são mais antigas — as melhores instituições dos EUA são dos século 17 e 18; na Europa Ocidental, há instituições de até mil anos).

Veja a classificação das universidades brasileiras no RUF

A diferença dos resultados da China e do Brasil no ranking evidencia que as políticas de ensino superior daqui e de lá têm andando bem diferentes.

A China tem investido pesadamente nas chamadas universidades de nível mundial (world-class), que são instituições grandes, com orçamento parrudo, intensivas em pesquisa e fortes internacionalmente. Desde o final da década de 1990, o governo chinês tem colocado recursos extras em nove instituições de ensino superior chinesas para literalmente bombá-las globalmente.

A Universidade de Pequim (foto), líder do ranking das emergentes do THE, está entre as nove escolas chinesas que tem recebido dinheiro extra do governo. Isso, claro, tem melhorado significativamente seus indicadores. Para se ter uma ideia, em outra avaliação de universidades, a ARWU, conhecida como “Ranking de Shangai”, a Universidade de Pequim passou da classificação no grupo 201-300 (em 2003) para 71º lugar (em 2017). Um salto gigante.

MENOS DINHEIRO

Já no Brasil, houve um ensaio de aportes extras de recursos em universidades de nível mundial no segundo mandato de Dilma Rousseff, que acabou não saindo do papel. Em sentido contrário, as universidades brasileiras estão perdendo dinheiro. Todas elas.

Nas universidades federais, há cortes de recursos de investimento e de custeio (manutenção). Nas estaduais, como a USP, o orçamento cai junto com a queda na arrecadação de ICMS. As particulares perderam recursos de financiamento estudantil.

Intensificar pesquisa científica, que vale metade das notas recebidas pelas universidades no ranking THE dos países emergentes, também está difícil por aqui. O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de onde sai boa parte do fomento à ciência nacional, perdeu metade do seu orçamento desde 2014.  Mal dá para manter o ritmo da produção acadêmica.

Outros países emergentes estão seguindo o caminho da China. Como lembra Lara Thiengo, que acabou de defender uma tese de doutorado sobre universidades de nível mundial na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Rússia também tem investido mais dinheiro em um grupo de universidades. “Na Rússia, foi implantado, em 2015, o Projeto 5-100, que tem como objetivo promover a ‘educação russa de classe mundial’’, diz.  A ideia do governo, conta Lara, que é pesquisadora da rede de estudos de rankings Rankintacs, é que cinco universidades russas estejam entre as cem melhores do mundo até 2020, tendo como medida rankings como o THE.

Bom, parece que o projeto tem dado resultados. Hoje a Universidade Estadual Lomonosov de Moscou ocupa o 3º lugar no ranking THE de países emergentes –subiu seis posições desde a primeira listagem, de 2014. Há onze instituições russas entre as cem melhores dos países emergentes. Em 2014, havia apenas duas universidades da Rússia no mesmo grupo.

A questão é que rankings universitários são comparações entre instituições. Se universidades de países emergentes como Rússia e China recebem mais recursos, intensificam sua pesquisa e sobem de posições em listagens como o THE, outras instituições vão perder casas — e o Brasil tem ocupado esse papel.

No lugar de refletir sobre a queda de posição isolada de uma universidade como a USP, seria bacana a gente analisar o ensino superior do país todo como uma política nacional.

 

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Sobre as mães de universitários que escrevem para o blog https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/sobre-as-maes-dos-universitarios-que-escrevem-para-o-blog/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/14/sobre-as-maes-dos-universitarios-que-escrevem-para-o-blog/#respond Mon, 14 May 2018 17:39:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3138
Praça do relógio na USP; para especialistas, participação de mães em vida universitária é fenômeno brasileiro (Eduardo Anizelli – 24.nov.2016/Folhapress)

Neste mês das mães, resolvi escrever sobre um interlocutor importante que tenho desde que comecei a me debruçar sobre o tema de ensino superior: as mães dos universitários brasileiros. Elas estão sempre aqui no blog, na página do Ranking Universitário da Folha e na minha caixa de entrada de e-mails.

Falei sobre essa forte presença maternal entre estudantes jovens e adultos no Congresso Internacional da FAUBAU (Brazilian Association for International Education), em abril, e ouvi, dos especialistas em educação estrangeiros que estavam presentes, que isso é um fenômeno tipicamente brasileiro — talvez latinoamericano. Pode ser.

Por aqui, recebo com frequência mensagens de mães de universitários pedindo informações sobre cursos e instituições de ensino superior de todo o país. Elas querem saber de tudo: preço, qualidade, empregabilidade, como funcionam as repúblicas estudantis. Tem muita festa? O objetivo declarado é ajudar os filhos e filhas que estão planejando entrar na universidade –ou já estão matriculados em um curso de graduação e até de pós-graduação.

Para se ter uma ideia, recebo mais mensagens de mães do que dos próprios filhos universitários!

Nas universidades brasileiras que visito para falar sobre o RUF, lá estão as mães. Já vi mães acompanhando seus filhos da graduação (e muitas vezes da pós-graduação) pelos corredores acadêmicos para questionar notas com os professores, justificar comportamentos e debater questões didáticas. Há pais, também, claro, mas elas são maioria. Dizem os coordenadores de curso, isso está ficando cada vez mais comum.

PROGRAMA DE TREINAMENTO

Há, ainda, algumas mães que levam seus filhos e filhas universitárias mais adiantados nos cursos universitários para as provas de programas de treinamento de grandes empresas. Entram com a cria no processo seletivo, ficam na sala de espera durante a prova, assim, avaliando se aquele ambiente é adequado.

Isso é um problema.

A idade universitária corresponde ao fim da adolescência e à passagem para a vida adulta, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Um universitário está justamente aprendendo a resolver problemas, debater notas, escolher disciplinas. Ele tem que saber selecionar um programa de treinamento de acordo com a carreira que está desenhando. Não pode ter alguém tomando a decisão por ele.

As melhores universidades do mundo exigem que os alunos morem em residências universitárias estudantis (longe dos pais e das mães) justamente para aprender a conviver com a diferença, a resolver problemas sozinho, a gerenciar a própria vida. Isso pode ser mais importante do que muitos cursos porque desenvolve as habilidades sociais dos estudantes.

Em Stanford (EUA), por exemplo, todos os alunos de gradução moram no campus –mesmo que eles sejam originalmente das redondezas de Palo Alto, na Califórnia, onde fica a escola. A “mensalidade” da universidade inclui a moradia.

A literatura de educação mostra que atitudes superprotetoras dos pais podem render comportamentos infantilizados dos filhos –inclusive na idade adulta. Isso significa que se o jovem, em transição para a maturidade, não aprender a tomar decisões que dizem respeito a sua própria vida, ele não vai aprender nunca mais.

 

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Tem uma história inspiradora em educação para compartilhar com a gente neste mês das mães? Fale comigo no sabine.righetti@grupofolha.com.br

 

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SISUmetro: confira sua chance de ingresso na universidade a partir da nota oficial do Enem https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/#respond Thu, 18 Jan 2018 10:55:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3052

Quem fez o último Enem já pode ter uma ideia de quais instituições públicas de ensino conseguirá entrar. É que o MEC divulga nesta quinta (18) as notas oficiais dos alunos que fizeram o exame em 2017. Com nota em mãos, é possível acessar o app Quero minha nota!, da Folha em parceria com a empresa TunEduc, e ter uma estimativa bem precisa das possibilidades de ingresso no ensino superior público pelo chamado SISUmetro.

Para conseguir fazer o cálculo, basta baixar o aplicativo Quero minha nota!, preencher sua nota oficial no Enem e as informações sobre o curso escolhido. Se você já era usuário do app e tinha preenchido suas respostas no Enem, basta atualizar a informação com a nota oficial divulgada pelo MEC.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

RUF: confira os melhores cursos e universidades do país

Como errar menos ao escolher uma carreira específica

O SISUmetro mostra a possibilidade de ingresso nas instituições públicas (institutos federais, universidades federais e algumas estaduais), a partir das notas de corte do ano passado. Os critérios de cada universidade, que dão pesos diferentes às quatro áreas do Enem dependendo do curso, também são considerados.

Ter uma ideia de qual é sua chance de ingresso no ensino superior é importante para que o estudante consiga fazer um bom planejamento antes da abertura da inscrição do SISU — sistema do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Seguindo cronogramas anteriores, o SISU deve abrir inscrições cerca de duas semanas após a liberação da nota oficial.

Uma das dicas é, por exemplo, avaliar a qualidade das instituições que você tem chance de ser aprovado a partir de informações do RUF – Ranking Universitário da Folha. Analisar as características do curso de cada instituição, o que os alunos matriculados falam sobre ele na internet e como é a cidade onde fica o campus do curso são igualmente importantes para errar menos ao entrar no ensino superior.

O Enem tem ganhado cada vez mais importância no cenário do ensino superior do país. A nota dos alunos no exame também é usada para financiamento estudantil nas instituições de ensino privadas: é preciso ter no mínimo 450 pontos.  Em 2017, mais de  seis milhões de alunos se inscreveram no exame. Um em cada dez alunos que fizeram o Enem já usam o Quero minha Nota!.

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Base curricular: falta entender que educação sexual e de gênero reduzem evasão https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/12/15/base-curricular-do-ensino-medio-falta-entender-que-educacao-sexual-e-de-genero-reduzem-evasao/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/12/15/base-curricular-do-ensino-medio-falta-entender-que-educacao-sexual-e-de-genero-reduzem-evasao/#respond Fri, 15 Dec 2017 20:44:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3030

A proposta do que deve ser ensinado no ensino fundamental do país a partir de 2019, aprovada nesta sexta (15) pelo Conselho Nacional de Educação, ignora elementos que podem segurar o abandono da escola: a educação sexual e de gênero. O ensino religioso foi incluído.

A base define que cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, trazer educação sexual e de gênero se quiserem e “de maneira transversal”. Trocando em miúdos: não há uma orientação para incorporação desses temas e, se eles não forem tratados na sala de aula, tudo bem.

A questão é que falar sobre gênero e educação sexual é justamente uma das formas que podem ajudar a resolver um problema crônico da nossa educação: o alto índice de abandono da escola. Hoje, uma em cada duas crianças que começam a estudar no país não termina o ensino médio. Isso significa 50% de perda.

Mas por que os alunos deixam a escola?

Há várias respostas. Um dos motivos é a gravidez. No Brasil, esse é um fator bem importante: uma em cada cinco crianças que nascem por aqui é filha de adolescente de acordo com o Datasus.

Recentemente, em uma escola pública que visitei na zona Sul de São Paulo, as grávidas representavam 10% das meninas do ensino fundamental (com menos de 15 anos).  Quem conhece a realidade dessas meninas sabe o que acontece. Elas vão sendo excluídas da escola até deixarem de vez os estudos. E não voltam.

Nem toda menina que deixa a escola, no entanto, está grávida. Muitas garotas abandonam ou mudam para o ensino noturno porque precisam cuidar dos irmãos menores ou ajudar em casa —falar sobre o papel da mulher na sociedade faz parte do debate sobre gênero.

Uma pesquisa lançada também nesta sexta (15) pelo IBGE mostra que um terço das garotas e mulheres de 16 a 29 anos que não estudavam ou trabalhavam em 2016 alegaram ter que cuidar de afazeres domésticos, filhos ou parentes. Nos homens, a taxa é de apenas um em cada cem.

Em um país em que meninas deixam a escola porque engravidam e têm de cuidar dos irmãos, educação sexual e de gênero teriam de fazer parte —em negrito— das bases curriculares de todas as etapas de educação.

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Como errar menos ao escolher uma carreira específica na adolescência https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/12/04/como-errar-menos-ao-escolher-uma-carreira-especifica-na-adolescencia/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/12/04/como-errar-menos-ao-escolher-uma-carreira-especifica-na-adolescencia/#respond Tue, 05 Dec 2017 00:03:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3025 No Brasil, cometemos uma crueldade sem tamanho no nosso sistema de ensino superior: obrigamos os jovens vestibulandos a escolher uma carreira específica para a vida inteira como “economia empresarial e controladoria com ênfase em negócios internacionais” antes mesmo de entrar na universidade. O problema é que o nosso ensino médio não prepara ninguém para escolher uma carreira específica, o cérebro dos jovens não está pronto para decisões de longo prazo e, se o aluno escolher o curso errado, ele tem de sair do sistema para prestar vestibular de novo. Isso significa perda de tempo e de dinheiro –público ou privado.

Quem aí não conhece alguém que mudou de curso na universidade várias vezes? Ou, pior: quem aí não conhece pelo menos uma pessoa que sabe que está na carreira errada? Recentemente, falei em um TED na USP sobre como errar menos ao escolher uma carreira específica na adolescência. Já que não podemos mudar a porta de entrada no sistema de ensino superior no país, podemos ao menos reduzir a influência da rigidez desse sistema na escolha dos cursos superiores.

Quer saber como? Assista ao TED abaixo e espalhe a ideia!

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Confira as três questões mais fáceis e as mais difíceis do Enem por área do conhecimento https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/11/27/confira-as-tres-questoes-mais-faceis-e-as-mais-dificeis-do-enem-por-area-do-conhecimento/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/11/27/confira-as-tres-questoes-mais-faceis-e-as-mais-dificeis-do-enem-por-area-do-conhecimento/#respond Mon, 27 Nov 2017 18:14:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3011

O gabarito do Enem 2017 você já conhece, mas não seria interessante ver se você acertou as questões mais difíceis da prova? Então vamos lá. A Folha elencou as perguntas mais tranquilas e as que mais deram trabalho no Enem deste ano por área do conhecimento —Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.

A seleção de questões foi feita a partir dos gabaritos inseridos pelos usuários do aplicativo Quero Minha Nota!, da Folha e da startup de dados educacionais Tuneduc.

Até agora, 10% dos alunos que fizeram Enem neste ano já inseriram suas respostas no app e conferiram a estimativa da sua nota no exame —lembrando que, no Enem, a nota na prova não é correspondente à quantidade de questões certas. O cálculo, feito por uma tecnologia chamada TRI, que tem base no padrão de respostas dos alunos para estimar, por exemplo, se o estudante chutou alguma resposta.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

Se você ainda não baixou o Quero Minha Nota!, ainda dá tempo. Além de ter uma estimativa da sua nota no Enem, você consegue ter uma ideia de quais universidades federais seria aprovado de acordo com sua nota no exame.

E, se já baixou o app, confira abaixo se você acertou as questões mais difíceis do Enem!

:: Linguagens e Códigos e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 11 (abaixo), 21 e 34 do caderno AZUL do Enem 2017


Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As questões mais fáceis da prova são aquelas que exigem a capacidade de identificar informações presentes em textos ou a partir da leitura de imagens. As questões 11 e 34 tiveram resolução facilitada por apresentarem textos base curtos, com linguagem simples e clara, exigindo leitura e interpretação de imagens, mas não inferências. A resolução da questão 21 exigia um passo extra, solicitando que os candidatos relacionassem o texto à determinada concepção artística, mas pode ser considerada fácil pela forma como foram construídas as alternativas.”

MAIS DIFÍCEIS:  questões 7, 25 e 33 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
Alguns professores que comentaram a prova mencionaram a extensão dos textos base, que foi considerada cansativa. Além disso, identificaram a necessidade de relacionar textos e movimentos artísticos, habilidade necessária para a escolha das alternativas. Para se ter uma ideia, uma das questões mais difíceis do Enem deste ano, a questão 7, teve respostas diferentes do gabarito oficial em sites de resolução comentada, mostrando a complexidade da tarefa de interpretação. Todas as três questões consideradas mais difíceis requerem do candidato a capacidade de inferir informações (como a intenção do autor) e discriminar gêneros textuais, relacionando-os com determinada corrente artística.”

:: Ciências Humanas e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 47, 58 e 86 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
As questões exigem operações cognitivas de menor complexidade, pois apresentam uma relação bastante direta entre o que se descreve nos textos e as alternativas. Isso exige pouco conhecimento prévio dos temas tratados. Além disso, assuntos como nazismo, terremotos e imigração são comumente discutidos na escola e fora dela.”

MAIS DIFÍCEIS: questões  68, 75 e 90 (abaixo) do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As três questões exigem operações cognitivas complexas. Demandam dos candidatos a capacidade de analisar um fragmento de conteúdo (textual ou imagético) e extrair deles relações indiretas, que permitam extrapolar o contexto do conteúdo para encontrar a alternativa correta. Além disso, os itens exigem que os alunos somem conhecimentos prévios às informações contidas nos textos ou imagens, o que os tornam mais complexos.”

:: Ciências da Natureza e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 101, 115 e 132 (abaixo) do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As três questões possuem conteúdos recorrentes nos vestibulares e nos materiais didáticos do ensino médio. A questão 101 pode ser resolvida com base no senso comum de que lâmpadas de LED são eficientes e não esquentam, dispensando a análise profunda dos gráficos apresentados. As outras duas (132 e 115) são “conteúdistas” e sem grande complexidade.”

MAIS DIFÍCEIS:  questões 106, 108 e 131 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
Estas questões exigem conhecimento profundo dos temas abordados. A questão 108 é sobre energia mecânica e trabalha com a variação da energia potencial e cinética. Para respondê-la, é necessário relacionar o conhecimento físico com conhecimento gráfico de funções lineares e funções quadráticas. A resolução é feita a partir da manipulação das fórmulas de energia, buscando o caráter gráfico da função que foi gerada como resposta. A pergunta 131 exige quatro etapas de cálculos, com resultados dependentes entre si. Errar uma das etapas é suficiente para errar a questão. Para responder a questão 106, o aluno teve que extrapolar seus conhecimentos escolares de fisiologia vegetal e aplicá-los em um contexto diferente do usual.”

:: Matemática e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 154, 155 e 178  do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“Trazem conteúdos do ensino fundamental. As questões 154 e 178 envolvem a resolução de problemas por meio de raciocínio lógico: a primeira exigindo conhecimentos de orientação espacial e, a segunda, o raciocínio lógico-numérico. A questão 155 exige a resolução de um problema envolvendo informações apresentadas em uma tabela com cálculo da média aritmética.”

MAIS DIFÍCEIS: questões 140 (abaixo), 143 e 160  do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As questões com menor número de acertos exigem alguma capacidade de abstração do aluno. Uma das questões envolve conhecimento em geometria plana (partes do círculo e área do retângulo), já as outras duas envolvem conhecimentos em análise combinatória.”

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Insper inaugura moradia inédita em escolas privadas para alunos bolsistas https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/insper-inaugura-moradia-inedita-em-escolas-privadas-para-alunos-bolsistas/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/08/11/insper-inaugura-moradia-inedita-em-escolas-privadas-para-alunos-bolsistas/#respond Fri, 11 Aug 2017 10:00:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2943
Matheus Siqueira, 23, aluno de administração do Insper e futuro morador do residencial da escola

 

Matheus Siqueira, 23, aluno de administração de empresas do Insper, está de mudança. Ele vai ser um dos moradores da nova residência estudantil da escola –a primeira em uma instituição de ensino privada do país.

O prédio fica a algumas quadras da sede do Insper, no Itaim Bibi (zona Sul de São Paulo), e vai abrigar 51 bolsistas. A inauguração acontece nessa sexta (11).

Hoje, alguns alunos com bolsas do Insper, como o Matheus, moram em apartamentos alugados pela própria escola. Outros vivem com suas famílias em áreas periféricas da cidade –e podem gastar algumas horas por dia no trânsito.

A ideia da escola é manter os alunos por perto para facilitar os estudos. É assim que funcionam as moradias estudantis de universidades públicas brasileiras. A maioria mantém prédios para os alunos dentro do próprio campus.

MODELO AMERICANO

A iniciativa é inédita em instituições de ensino superior privadas no país, como o Insper. É, no entanto, relativamente comum em universidades particulares em países como nos EUA. Lá, a residência estudantil costuma estar incluída no valor da anualidade. Sai de graça para quem não pode pagar.

Matheus, por exemplo, está entre quem não poderia pagar um aluguel e a mensalidade da escola (cerca de R$4,2 mil). Ele contou ao Abecedário que depois de perder a mãe, aos dez anos, foi morar com seus padrinhos –e teve de trabalhar desde os 15 anos para ajudar nas contas. Sempre estudou em escola pública.

“Se eu dissesse para qualquer pessoa naquela época que eu queria estudar em uma das melhores universidades do país, ninguém iria acreditar”, diz. “Eu tive sorte porque o Insper acreditou em mim muito antes de que eu conseguisse provar que valeria a pena investir na minha carreira.”

A moradia do Insper recebeu o nome de “Toca da Raposa”, em alusão ao mascote da escola.  O prédio é uma doação da Fundação Brava –que cedeu o espaço em comodato e bancou toda a reforma. Parte das bolsas aos alunos de baixa renda também vem de doações, inclusive de ex-alunos.

Universidades de elite como Insper e a FGV-SP têm incentivado a inclusão de alunos de baixa renda. Não é por acaso: a literatura mostra que escolas com turmas heterogêneas em termos de gênero, origem e renda formam alunos melhores. “A gente percebe na sala de aula o quanto que as diferenças de origem dos alunos faz diferença nas discussões.”

Hoje, Matheus diz que gasta praticamente todo o seu tempo estudando. Ele também trabalha como monitor da disciplina de estratégia competitiva basicamente “ajudando o professor”. E o que pretende fazer quando se formar? “Eu quero fazer a diferença.”

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Sem salário há três meses, docente da UERJ pede emprego com cartaz para pagar contas atrasadas https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/06/11/sem-salario-ha-tres-meses-docente-da-uerj-pede-emprego-com-cartaz-para-pagar-contas-atrasadas/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/06/11/sem-salario-ha-tres-meses-docente-da-uerj-pede-emprego-com-cartaz-para-pagar-contas-atrasadas/#respond Mon, 12 Jun 2017 01:25:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2866

Sem salário há quase três meses (e com atraso também no 13º salário e nas férias de 2016), o engenheiro químico Evandro Brum Pereira, 61, resolveu postar neste domingo (11) uma foto pedindo trabalho –e a imagem acabou viralizando nas redes sociais.

Na imagem feita pela filha do docente, Thais, 19, Pereira descreve um currículo impecável e deixa o celular para ofertas de trabalho. “Recebi muitas ligações de gente pedindo a minha conta bancária para fazer um depósito”, disse ao Abecedário. “Fiquei emocionado.”

A proposta do docente ao divulgar a imagem, diz, foi fazer uma manifestação. “As pessoas precisam saber que docentes e funcionários da UERJ estão sem salário há meses. Alguém precisa resolver essa situação.”

O engenheiro químico conta que deixou a iniciativa privada na década de 1990 no setor de petróleo para entrar na carreira docente.

Agora, sem salário e com uma família para sustentar, Pereira diz que tem contas atrasadas e dívidas no cheque especial. “Estou me virando como todos os demais docentes e funcionários da UERJ. Estamos todos com dívidas.”

Para se ter uma ideia, um docente em final de carreira com um currículo equivalente ao de Pereira (o que inclui doutorado e pós-doc no exterior) receberia, hoje, um salário líquido de cerca de 12 salários mínimos ao mês. Os salários, diz, estão sem reajuste há cerca de uma década.

MÃOS ATADAS

O Abecedário conversou recentemente com o reitor da universidade, Ruy Garcia Marques. Formado na própria universidade há cerca de 40 anos, ele disse estar de “mãos atadas”. “Estamos na maior crise financeira de nossa história.”

Recentemente, a gestão de Marques negou uma proposta do governo do Rio que queria reduzir os salários em 30% para atualizar os pagamentos atrasados (a redução real seria de 40% considerando a inflação dos últimos 12 meses). Por enquanto, não há previsão de regularização dos salários.

A crise financeira também atingiu os serviços terceirizados da universidade, como coleta de lixo e segurança. De acordo com a bióloga da UERJ Gisele Lobo, especialista em esponjas, muitos alunos e docentes deixaram de ir ao campus porque estão com medo da falta de segurança, especialmente nos cursos noturnos. “Já o meu lixo eu levo para a minha casa”, diz Gisele.

Mesmo sem salário, Pereira, Gisele e outros servidores seguem trabalhando para não prejudicar os alunos –são cerca de 25 mil estudantes na graduação e na pós.

Fundada em 1950, a UERJ está classificada em 13º lugar no país no último RUF -Ranking Universitário Folha. Destaca-se em cursos como direito, no qual figura em 10º lugar no país. “Estamos perdendo credibilidade. Ninguém mais vai querer estudar na UERJ”, diz Pereira.

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FGV-SP tem dois alunos africanos refugiados em nova turma de admistração pública https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/02/16/fgv-sp-tem-dois-alunos-africanos-refugiados-em-nova-turma-de-admistracao-publica/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/02/16/fgv-sp-tem-dois-alunos-africanos-refugiados-em-nova-turma-de-admistracao-publica/#respond Thu, 16 Feb 2017 14:29:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2825
Jefte Makengo Vicente, 20, da Angola, e Charles Mbole Tepuh, 26, de Camarões, na FGV-SP (foto: divulgação FGV-SP)

Dois estudantes africanos –ambos refugiados– começam, nesta quinta-feira (16),  o curso de administração pública na FGV-SP. É a primeira vez que a escola recebe estudantes com esse perfil.

Jefte Makengo Vicente, 20, da Angola, e Charles Mbole Tepuh, 26, de Camarões, chegaram ao Brasil há cerca de um ano. Ficaram sabendo do processo seletivo para estrangeiros da FGV-SP pela ONG Educafro– Charles, inclusive, aprendeu português e vive na ONG.

A seleção na FGV-SP para quem é de fora do país tem entrevista, carta de motivação e de recomendação. A nova porta de entrada foi criada pela escola em 2015 para aumentar a presença de alunos de fora que, claro, não teriam condições de fazer Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou vestibular.

A possibilidade de ingresso de estrangeiros na escola atraiu ainda um aluno dinamarquês para o curso de administração totalmente em inglês criado em 2015. Ele também começa a estudar nesta quinta (16). Nesse caso, ele recebeu bolsa do próprio governo da Dinamarca.

“A gente só não esperava receber refugiados”, diz Marco Antonio Carvalho, vice-coordenador do cursos de administração pública da escola. A aprovação de Jefte e de Charles fez com que a escola tivesse de se mexer para recebê-los –ir atrás de patrocínio, por exemplo.

Conseguiram: o escritório de advocacia Mattos Filho vai bancar o curso dos meninos. A doação é de cerca de R$500 mil.

De acordo José Eduardo Carneiro Queiroz, sócio-diretor do Mattos Filho, a ideia de apoiar refugiados está crescendo no escritório. Desde o ano passado, o Mattos Filho conta com uma advogada que se dedica exclusivamente aos trabalhos voluntários da empresa na área de direitos humanos. “Os refugiados precisam de todo tipo de orientação jurídica como regularização da sua situação legal e ajuda para trazer a família”, diz.

QUESTÕES POLÍTICAS

Jeft saiu da Angola sozinho “por questões políticas”. Mora no Brás (zona Leste de São Paulo). “Não gosto muito de sair à noite”, diz. “A única coisa que quero agora é me instruir.”

Mais tímido, Charles é fluente em inglês e francês. Planeja fazer um intercâmbio nos Estados Unidos ou Reino Unido durante o curso –prática comum entre alunos da FGV-SP. Hoje, ele mora na Vila Prudente (zona Leste de São Paulo) e, no Brasil, só conta com um tio que chegou antes por aqui.

Há alguns anos, a FGV-SP tem criado iniciativas para diversificar o perfil social, racial e a origem de seus alunos. Em 2015, a escola matriculou os primeros alunos moradores de uma favela em São Paulo –ambos com bolsa integral.

E como tem sido a experiência no Brasil até agora? “Uma pessoa refugiada não vê prazer em nada”, diz Jeft. “Agora, estou começando a gostar daqui.”

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