Abecedário https://abecedario.blogfolha.uol.com.br Universidades, escolas e rankings Mon, 10 Dec 2018 18:26:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 MEC deve apresentar ‘base curricular de professores’ nos próximos dias https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/12/10/mec-deve-apresentar-base-curricular-de-professores-nos-proximos-dias/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/12/10/mec-deve-apresentar-base-curricular-de-professores-nos-proximos-dias/#respond Mon, 10 Dec 2018 17:47:07 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/rossiele-320x213.jpg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3478 O Ministério da Educação deve apresentar nos próximos dias uma referência para orientar os currículos dos cursos de licenciatura e de pedagogia de todo o país. São as graduações que formam os professores que dão aula em todas as escolas brasileiras.

A ‘base nacional curricular de professores’ será encaminhada pelo MEC  para avaliação do CNE (Conselho Nacional de Educação). A expectativa é que o órgão debata o conteúdo curricular por cerca de dois anos antes de chegar à versão final do documento. Se isso acontecer, a implementação da nova base deve começar em 2023.

O processo será semelhante ao da aprovação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que, nesse caso, orienta a elaboração de currículos para o ensino infantil, fundamental e médio. A BNCC passou por cinco ministros de educação e foi aprovada na gestão do atual ministro Rossieli Soares da Silva. A última parte da BNCC, referente ao ensino médio, foi aprovada em novembro.

O ministro tem enfatizado que habilidades básicas de quem dá aula estejam na ‘base nacional curricular de professores’ — e, consequentemente, em todos os cursos que formam professores no país. De acordo com ele, hoje há diferenças muito grandes entre o que é ensinado em licenciatura e em pedagogia em diferentes instituições.

A iniciativa da base curricular de professores, no entanto, tem torcido o nariz especialmente de universidades públicas — que têm autonomia pedagógica, mas devem seguir as determinações do CNE.

Já nas instituições privadas de ensino superior, de onde sai a maioria dos professores do país, a principal preocupação é com os cursos de graduação a distância. Hoje, metade das matrículas em pedagogia no país são em cursos online.

O encaminhamento da ‘base nacional curricular de professores’ do MEC ao CNE deve ser a última tacada de Rossieli da Silva na pasta. O ministro — que já foi secretário estadual de educação no Amazonas — está de mudança para São Paulo, onde assume a Secretaria Estadual de Educação na gestão do governador eleito João Dória (PSDB).

 

 

]]>
0
Termina sexta (21) inscrição para ONG que leva profissional para escola pública https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/18/termina-sexta-21-inscricao-para-ong-que-leva-profissional-para-escola-publica/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/18/termina-sexta-21-inscricao-para-ong-que-leva-profissional-para-escola-publica/#respond Tue, 18 Sep 2018 18:35:11 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/5.-Ensina-Pedro-Sarvat-levando-o-aprendizado-para-o-lado-de-fora-da-sala-de-aula.-320x213.png https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3418 Até sexta (21), profissionais formados em qualquer área do conhecimento que já pensaram em dar aula podem se inscrever em uma programa de uma ONG que leva pessoas interessadas em educação para a sala de aula de escolas pública do país.

A proposta é da ONG Ensina Brasil, braço brasileiro de uma organização conhecida mundialmente, a Teach for All (Ensino para Todos).

A ideia nasceu nos EUA. Lá, os selecionados das melhores universidades do país passam, por meio da ONG, dois anos dando aula em escolas públicas antes de entrar no mercado de trabalho. Isso inclui, por exemplo, engenheiros formados no MIT dando aula de matemática em escolas vulneráveis do país.

A ideia da ONG é desenvolver uma rede de lideranças em educação. Ou seja: não se trata de um programa para substituir professores que estejam faltando na rede pública de ensino (o que, de fato, é um problema real). A proposta é viabilizar que pessoas interessadas em educação possam vivenciar a sala de aula antes de, por exemplo, trabalhar com políticas públicas na área.

Isso porque um dos problemas da área é que quem pensa propostas para educação pública estudou na rede privada de ensino — e desconhece os problemas, o cotidiano e a realidade das escolas públicas do país.

Para se ter uma ideia, de acordo com dados da ONG, dois terços dos participantes do programa no mundo (a ONG está em 45 países) seguem atuando em educação depois da experiência na sala de aula — inclusive em posições de liderança em redes de ensino e ONGs da área.

“O problema é grande demais para fazer alguma coisa sozinho. A gente acredita no poder coletivo dessas pessoas e não no super herói ou super heroína”, diz Erica Butow, CEO do Ensina Brasil.

Por aqui, essa é a terceira chamada de inscrições. Nas anteriores, a seleção — que dura cinco etapas — chegou a ter 12 mil candidatos para 130 vagas — incluindo candidatos formados no ITA e na USP.  A ideia do processo é avaliar aspectos dos candidatos como resiliência, resolução de problemas e empatia.

Os “ensinas” aprovados passam dois anos no programa em uma das 39 escolas públicas de redes municipais e estaduais parceiras do programa. Essas redes são responsáveis pelo pagamento do salário dos selecionados.

Nesse tempo, os “ensinas” recebem tutoria e formação pedagógica de 1.400 horas realizada em parceria com faculdades credenciadas pelo MEC (para dar aula no Brasil é preciso ter licenciatura).

A ONG, hoje, tem apoio no Brasil de organizações como Fundação Lemann, Fundação Itaú Social, Instituto Sonho Grande, Instituto Samuel Klein e The Haddad Foundation.

 

 

]]>
0
Universidades do Brasil caem em ranking mundial de empregabilidade de egressos https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/universidades-do-brasil-caem-em-ranking-mundial-de-empregabilidade-de-egressos/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/09/12/universidades-do-brasil-caem-em-ranking-mundial-de-empregabilidade-de-egressos/#respond Wed, 12 Sep 2018 18:37:59 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/usp-320x213.jpeg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3404 As instituições de ensino superior do Brasil perderam algumas casas na avaliação mundial de empregabilidade de egressos da consultoria britânica QS. Na listagem divulgada nesta segunda (10), a USP — líder nacional — caiu de 61º lugar (na listagem de 2018) para 67º lugar (no ranking de 2019). Já a Unicamp, segunda colocada do país no ranking, caiu do grupo 201º-250º lugar no mundo em termos de empregabilidade para a faixa 250º-301º no mesmo período.

O ranking da QS avalia 650 universidades do globo e classifica as 500 melhores. A listagem tem base em cinco indicadores: reputação dos egressos no mercado de trabalho (30% da nota de cada universidade), sucesso dos ex-alunos (25%), parceria entre empregadores e docentes (25%), presença de empresas na universidade (10%) e empregabilidade dos formados até doze meses após a formatura (10%).

Olhando isoladamente os indicadores, no entanto, a USP vai bem em dois quesitos. A universidade, por exemplo, está em 26ª posição no mundo especificamente no indicador de sucesso dos ex-alunos. Isso significa que a USP forma boa parte dos líderes do mercado nacional. Isso já apareceu em uma pesquisa do Datafolha divulgada em 2017 — o levantamento mostrou que pelo menos um em cada dez líderes pesquisados no Brasil é “uspiano”.

A USP está, ainda, em 55ª posição na reputação entre as empresas no ranking de empregabilidade da QS. A boa reputação da universidade aparece também no RUF – Ranking Universitário Folha 2017. A universidade é a mais mencionada no país entre os empregadores consultados no Brasil.

A USP, no entanto, zera no indicador que avalia a presença das empresas nas universidades no ranking QS. Isso é medido pela quantidade de vezes que os empregadores consultados estiveram no campus da universidade doze meses antes da realização da pesquisa. A QS considera que essa conexão entre empregadores e estudantes é importante para criar networking e para a carreira dos futuros egressos. Quem lidera especificamente esse quesito é a Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong , da China.

Os Estados Unidos lideram a listagem geral de empregabilidade da QS com universidades como Stanford, MIT, Universidade da Califórnia em Los Angeles e Harvard. A Austrália, com as universidades de Sidney e de Melbourne, aparece na sequência. Em termos regionais, a PUC-Chile (37º lugar) e o Instituto Tecnológico de Monterrey do México (52º lugar) são os destaques da América Latina — seguidos pela USP.

Neste ano, seis brasileiras estão na lista das 500 universidades com melhor empregabilidade do mundo — todas da região Sudeste do país. No ranking publicado ano passado, o país tinha sete universidades da listagem. Saíram a PUC-SP e UnB; já a Unesp passou a figurar na listagem das 500 melhores do mundo em empregabilidade.

Essa é a terceira edição do ranking de universidades QS de empregabilidade. A consultoria britânica publica desde 2011 um ranking mundial de universidades no qual a reputação entre empregadores é um dos indicadores utilizados.

 

As brasileiras no ranking de empregabilidade da QS 2019

USP – 67º lugar
Unicamp –  250º -301º
UFRJ –  250º -301º
Unesp –  301º -500º
UFMG –  301º -500º
Unifesp –  301º -500º

Fonte: QS empregabilidade 2019

]]>
0
Empresas estrangeiras são as que mais têm pesquisa com USP, Unesp e Unicamp https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/empresas-estrangeiras-sao-as-que-mais-tem-pesquisa-com-usp-unesp-e-unicamp/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/08/09/empresas-estrangeiras-sao-as-que-mais-tem-pesquisa-com-usp-unesp-e-unicamp/#respond Thu, 09 Aug 2018 15:06:54 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/brito-cruz-320x213.jpg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3351 Na lista das dez empresas com mais artigos científicos publicados com as universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp), oito são estrangeiras. As exceções são a Petrobras, que lidera a quantidade de pesquisas em parceria com essas universidades, e a Embraer, que fica em 10° lugar.

O levantamento, inédito, é do diretor-científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz. Foi apresentado nesta quarta (8), no lançamento do livro “Repensar a Universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais” [Com-Arte/Fapesp, 256 págs., R$ 50].

Brito Cruz analisou a quantidade de estudos científicos publicados pelas universidades públicas de São Paulo em co-autoria com empresas, de 2011 a 2017, na base de periódicos acadêmicos Web of Science. “Estamos falando de parceria científica de verdade”, disse. “São estudos feitos de maneira conjunta. Não se trata de a empresa colocar dinheiro para a universidade pintar a parede de um laboratório.”

Entre as empresas de fora com mais trabalhos acadêmicos com os cientistas paulistas no período analisado estão a Novartis (com 118 estudos), a Roche (73) e a Merck (59) — veja lista ao final do texto.

O ranking traz cenários interessantes. Por exemplo, uma pequena empresa nacional de Ribeirão Preto (340km da capital paulista), a Apis Flora, figura em 23° lugar com 26 estudos feitos com universidades. Eles trabalham com produtos para saúde derivados de mel e de própolis — e têm mais estudos acadêmicos com universidades paulistas do que companhias gigantes como a Sanofi (26° lugar, com 22 estudos) e a Microsoft (37° lugar, com 12 estudos).

A Apis Flora, como destacou Brito Cruz, já teve investimento da própria Fapesp para fazer pesquisa. A empresa ganhou, por exemplo, em 2008, um aporte de recursos por meio do programa Pipe (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) para o desenvolvimento de biocurativos a partir de extrato de própolis para tratar queimaduras.

Os dados de Brito Cruz mostram, ainda, que a quantidade de estudos feitos com empresas no total de publicações das universidades de São Paulo vem aumentando em ritmo frenético e se compara a de países desenvolvidos. Na USP e na Unicamp, por exemplo, quase 3% de todos os estudos científicos publicados entre 2015 e 2017 tiveram parceria com alguma empresa. A taxa é um pouco maior do que a da Universidade da Califórnia em Davis, que fica no meio do Vale do Silício (EUA).

“Isso serve para desmontar um discurso recorrente de que universidades públicas não fazem pesquisa com indústria”, diz Brito Cruz. “Pelo menos no Estado de São Paulo isso não é verdade.”

DESEMPENHO

O livro “Repensar a Universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais”, que traz o estudo de Brito Cruz, reúne trabalhos de 18 especialistas em ensino superior e avaliações de desempenho acadêmico das universidades [um dos estudos da obra, sobre os principais rankings internacionais de universidades que existem, é de minha autoria!]

A obra é coordenada por Jacques Marcovitch, professor e ex-reitor da USP, e faz parte de uma proposta da própria Fapesp de analisar formas de mensurar desempenho acadêmico e de refletir sobre as universidades paulistas. No ano passando, Marcovitch coordenou outra publicação, “Universidade em Movimento” [Com-Arte/Fapesp, 256 págs., R$ 40], na qual os autores trataram de gestão das universidades e da crise financeira instalada na USP.

Empresas com mais artigos científicos com universidades paulistas
(2011-2017)

  1. Petrobras (199 estudos)
  2. Novartis (118)
  3. Roche (73)
  4. Merck (59)
  5. Westat (53)
  6. AstraZeneca (52)
  7. Pfizer (51)
  8. GSK (50)
  9. Agilent (49)
  10. Embraer (47)

Fonte: Brito Cruz, Carlos Henrique (2018): “Indicadores sobre Interação Universidade-Empresa em Pesquisa em São Paulo” em “Repensar a Universidade: desempenho acadêmico e comparações internacionais” (p. 198)

]]>
0
Impacto das universidades brasileiras é baixo mesmo na América Latina https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/impacto-das-universidades-brasileiras-e-baixo-mesmo-na-america-latina/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/impacto-das-universidades-brasileiras-e-baixo-mesmo-na-america-latina/#respond Fri, 20 Jul 2018 18:07:32 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/unicamp-320x213.jpeg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3290 O Brasil tem as melhores universidades latino-americanas, de acordo com um ranking britânico divulgado na quarta (18) pelo THE – Times Higher Education. No entanto, quando olhamos especificamente para o impacto das instituições brasileiras, que é um dos critérios analisados pelo ranking THE, o Brasil perde para países como Peru, Equador e Colômbia.

O THE avalia as universidades especificamente da América Latina com base em cinco indicadores: ensino, pesquisa científica, impacto da pesquisa, internacionalização e relação com a indústria. O Brasil vai bem na maioria dos quesitos, mas derrapa no impacto de seus trabalhos acadêmicos.

Considerando os cinco compoentes da fórmula do THE, a Unicamp lidera a América Latina, seguida pela USP. Seis universidades brasileiras estão entre as dez primeiras da região — um número maior do que no ano passado, quando havia cinco (neste ano, as federais de Minas e do Rio Grande do Sul entraram para o topten, enquanto a UFRJ caiu para 12º lugar).

Quem tem mais impacto na região latino-americana, no entanto, é a Universidade Caytano Heredia, do Peru, seguida pela Diego Portales (Chile). A primeira brasileira na avaliação de impacto, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), aparece em 16º lugar depois de instituições da Colômbia, do Equador, da Argentina e do México. A Unicamp está em 28º lugar seguida da USP, em 29º.

O componente que avalia o impacto das universidades no ranking latino-americano do THE vale um 20% da nota recebida pela universidade (na listagem mundial, esse item vale ainda mais: 30% da nota). Para fazer o cálculo, o THE se debruça sobre a quantidade de trabalhos científicos de cada universidade mencionados em outros trabalhos publicados posteriormente.

O Brasil vai mal nessa análise porque os trabalhos brasileiros são menos citados mundialmente do que aqueles feitos em outros países da América Latina. O baixo impacto dos trabalhos acadêmicos por aqui é, aliás, o que mais tem derrubado as universidades brasileiras em comparações globais. Para se ter uma ideia, a USP, que já esteve em 158º lugar no ranking THE global (em 2012), hoje está na classificação 251-300 no mundo.

Por que isso acontece?

Há algumas explicações. Em primeiro lugar, o Brasil ainda publica boa parte de seus estudos científicos em português (estima-se que 70% dos mais de 300 periódicos científicos nacionais sejam em língua portuguesa). Isso impede que cientistas que não falem o nosso idioma consigam ler e citar os trabalhos brasileiros. Tem mais impacto as universidades que priorizam estudos publicados em inglês.

Há, ainda, quem diga que o problema esteja na qualidade dos trabalhos acadêmicos brasileiros mesmo. Se um estudo científico não trouxer uma descoberta relevante, então dificilmente será citado por trabalhos feitos posteriormente.

Mas atenção: isso não significa que a qualidade dos pesquisadores das universidades brasileiras seja ruim (a literatura sobre o assunto ressalta, inclusive, que indicador de impacto não serve para medir produção individual, mas sim a produção das instituições).

Acontece que para publicar um estudo que abale a comunidade acadêmica global é preciso ter recursos para infra-estrutura, para insumos de laboratório, para pagar alunos de pós-graduação. E, por aqui, para se ter uma ideia, os investimentos federais destinados à ciência já caíram pela metade desde 2014.

O corpo docente das universidades brasileiras, avaliado no THE no indicador de “ensino”, aliás, está entre os melhores da região. Nove dentre as dez universidades mais bem avaliadas nesse quesito são do Brasil — a exceção é a Universidade dos Andes, da Colômbia, em 10º lugar.

No lugar de comemorar a boa posição da Unicamp e da USP na avaliação geral das universidades latino-americanas do THE, vale a pena esmiuçar os indicadores e projetar cenários. Enquanto os investimentos em ciência não se normalizarem no Brasil, o impacto da ciência brasileira vai continuar caindo na América Latina e no mundo –e aí vamos caminhar em passos largos para o final da fila de qualquer ranking.

 

]]>
0
USP, Unicamp e Unifesp suspendem aula a semana toda; veja funcionamento das universidades https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/27/usp-suspende-aulas-a-semana-toda-veja-funcionamento-das-universidades-nesta-segunda-28/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/27/usp-suspende-aulas-a-semana-toda-veja-funcionamento-das-universidades-nesta-segunda-28/#respond Sun, 27 May 2018 23:40:53 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/usp-320x213.jpeg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3209 A greve dos caminhoneiros já afeta o ensino superior de todo o país. No final deste domingo (27), universidades importantes como a USP anunciaram que as aulas estão temporariamente suspensas. Outras instituições manterão as aulas, mas não haverá cobrança de faltas e nem avaliações dos alunos.

Na USP, os alunos de graduação não terão aula a semana toda —em todos os campi da universidade. As atividades estão suspensas de segunda a quarta; na quinta e na sexta, o recesso de Corpus Christie está mantido.

A assessoria de imprensa da USP informou que cada unidade informará os alunos sobre as atividades de pós-graduação e de extensão. Nas redes sociais, alunos de pós-graduação da universidade mostravam preocupação com a manutenção de suas pesquisas –especialmente nos trabalhos que dependem de laboratório.

Em São Paulo, a Unicamp que as aulas da graduação, de pós-graduação e todas as atividades de extensão estão suspensas até quarta (30). A Unifesp também terá todas as atividades acadêmicas e administrativas suspensas no mesmo período.

No Rio de Janeiro, a maioria das universidades públicas (estaduais e federais) anunciou suspensão das aulas nesta segunda (28). É o caso da UERJ, UFRJ, UFF, UniRio e Rural. O Abecedário não conseguiu informações sobre a UENF.

Universidade estaduais como a Unesp (São Paulo), UEL (Londrina), a UEM (Maringá) e a UEPG (Ponta Grossa), também não terão aula. Cerca de quinze universidades federais cancelaram temporariamente as atividades. Não houve aulas nesta segunda nas universidades federais da Bahia (UFBA), de São Carlos (UFSCar), de Minas (UFMG), de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), Lavras (UFLA), do Triângulo Mineiro (UFTM), São João Del-Rei (UFSJ), Sergipe (UFS), a Tecnológica do Paraná (UTFPR), de Grande Dourados (UFGD), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Santa Maria (UFSM), de Itajubá (Unifei) e de Santa Catarina (UFSC).

Isso não significa, no entanto, que as universidades estarão fechadas. Serviços administrativos, por exemplo, devem seguir operando normalmente.

Na FGV-SP, na capital paulista, as aulas da graduação e da pós estão mantidas. Não haverá, no entanto, cobrança de falta de alunos que eventualmente não conseguirem participar das atividades. Os coordenadores dos cursos estão solicitando que os docentes evitem atividades de avaliação dos alunos e novos conteúdos.

No Insper, em São Paulo, as aulas da graduação foram suspensas até quarta (30). Outras instituições privadas também não tiveram aulas nesta segunda. É o caso da PUC-RS, da PUC Paraná, da Puccamp (Campinas), da Unisinos e da Unip. A maioria dessas instituições já havia interrompido as aulas na sexta (25).  A PUC-GO, em Goiânia, deve ter aulas normalmente.

Se você é aluno de alguma universidade, a recomendação é ligar para a instituição antes de sair de casa nesta segunda (28) para verificar se as atividades especificamente do seu curso estão mantidas. As universidades que não cancelaram as aulas a semana toda devem anunciar nesta (28) como vão operar a partir de terça-feira.

**

Tem informações sobre o funcionamento das universidades nesta semana? Mande para sabine.righetti@grupofolha.com.br ou para @binerighetti no Twitter.

]]>
0
China lidera ranking universitário de países emergentes; Brasil perde posições https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/#respond Wed, 16 May 2018 12:00:56 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/pekin-university-320x213.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3159 Sete das dez melhores universidades dos países emergentes são chinesas, de acordo com o último ranking divulgado pelo THE (Times Higher Education). No topo também aparecem universidades da Rússia (3º lugar), da África do Sul (9º) e de Taiwan (10º). A primeira brasileira a figurar na lista, a USP, está em 14º lugar no mesmo ranking — caiu três posições desde a primeira avaliação de países emergentes do THE, publicada em 2014. Já a China, no mesmo período, aumentou em 43% a quantidade de universidades no “topten” do ranking de universidades de países emergentes.

O que está acontecendo com o ensino superior da China? E do Brasil?

Primeiro, vamos entender esse ranking de universidades. A lista do THE avalia e compara instituições de 42 países como China, Argentina, Brasil, Polônia e  África do Sul. Em tese, são países que têm certa semelhança econômica e que desenvolveram seu ensino superior recentemente (as universidades de países desenvolvidos são mais antigas — as melhores instituições dos EUA são dos século 17 e 18; na Europa Ocidental, há instituições de até mil anos).

Veja a classificação das universidades brasileiras no RUF

A diferença dos resultados da China e do Brasil no ranking evidencia que as políticas de ensino superior daqui e de lá têm andando bem diferentes.

A China tem investido pesadamente nas chamadas universidades de nível mundial (world-class), que são instituições grandes, com orçamento parrudo, intensivas em pesquisa e fortes internacionalmente. Desde o final da década de 1990, o governo chinês tem colocado recursos extras em nove instituições de ensino superior chinesas para literalmente bombá-las globalmente.

A Universidade de Pequim (foto), líder do ranking das emergentes do THE, está entre as nove escolas chinesas que tem recebido dinheiro extra do governo. Isso, claro, tem melhorado significativamente seus indicadores. Para se ter uma ideia, em outra avaliação de universidades, a ARWU, conhecida como “Ranking de Shangai”, a Universidade de Pequim passou da classificação no grupo 201-300 (em 2003) para 71º lugar (em 2017). Um salto gigante.

MENOS DINHEIRO

Já no Brasil, houve um ensaio de aportes extras de recursos em universidades de nível mundial no segundo mandato de Dilma Rousseff, que acabou não saindo do papel. Em sentido contrário, as universidades brasileiras estão perdendo dinheiro. Todas elas.

Nas universidades federais, há cortes de recursos de investimento e de custeio (manutenção). Nas estaduais, como a USP, o orçamento cai junto com a queda na arrecadação de ICMS. As particulares perderam recursos de financiamento estudantil.

Intensificar pesquisa científica, que vale metade das notas recebidas pelas universidades no ranking THE dos países emergentes, também está difícil por aqui. O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de onde sai boa parte do fomento à ciência nacional, perdeu metade do seu orçamento desde 2014.  Mal dá para manter o ritmo da produção acadêmica.

Outros países emergentes estão seguindo o caminho da China. Como lembra Lara Thiengo, que acabou de defender uma tese de doutorado sobre universidades de nível mundial na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Rússia também tem investido mais dinheiro em um grupo de universidades. “Na Rússia, foi implantado, em 2015, o Projeto 5-100, que tem como objetivo promover a ‘educação russa de classe mundial’’, diz.  A ideia do governo, conta Lara, que é pesquisadora da rede de estudos de rankings Rankintacs, é que cinco universidades russas estejam entre as cem melhores do mundo até 2020, tendo como medida rankings como o THE.

Bom, parece que o projeto tem dado resultados. Hoje a Universidade Estadual Lomonosov de Moscou ocupa o 3º lugar no ranking THE de países emergentes –subiu seis posições desde a primeira listagem, de 2014. Há onze instituições russas entre as cem melhores dos países emergentes. Em 2014, havia apenas duas universidades da Rússia no mesmo grupo.

A questão é que rankings universitários são comparações entre instituições. Se universidades de países emergentes como Rússia e China recebem mais recursos, intensificam sua pesquisa e sobem de posições em listagens como o THE, outras instituições vão perder casas — e o Brasil tem ocupado esse papel.

No lugar de refletir sobre a queda de posição isolada de uma universidade como a USP, seria bacana a gente analisar o ensino superior do país todo como uma política nacional.

 

]]>
0
Melhores universidades do mundo criam disciplinas seguindo demanda dos alunos https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/02/28/melhores-universidades-do-mundo-criam-disciplinas-seguindo-demanda-dos-alunos/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/02/28/melhores-universidades-do-mundo-criam-disciplinas-seguindo-demanda-dos-alunos/#respond Wed, 28 Feb 2018 14:21:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3107
O professor de ciência política da UnB Luis Felipe Miguel, que ministrará disciplina sobre o ‘golpe de 2016’ – Ruy Baron – 6.ago.2014 / Valor

Recentemente a universidade federal UnB causou um barulho nacional ao criar uma disciplina eletiva chamada “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, oferecida pelo curso de graduação de ciência política daquela instituição. O ministro da Educação, Mendonça Filho, não gostou da proposta. Houve reação de todos os lados. Nesta semana, a Unicamp anunciou uma disciplina na mesma linha, optativa e oferecida por cerca de 30 docentes do IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) da universidade. Segundo informações obtidas pelo Abecedário, a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) também vai ofertar uma disciplina sobre o golpe, optativa, ministrada por quatro docentes das ciências sociais.

Uma universidade pública brasileira pode oferecer um curso que claramente se opõe ao atual governo?

Para responder isso, vamos entender como funcionam as 195 universidades brasileiras –públicas e privadas. De acordo com a Constituição de 1988, “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial” (artigo 207). O principal marco legal da educação brasileira, a LDB, de 1996, também afirma que, no exercício de sua autonomia, as universidades são asseguradas de “criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior”(artigo 53).

Na prática, o que a Constituição e a LDB querem dizer é que as universidades devem seguir uma lógica própria, do ensino superior e da ciência, ao oferecer seus cursos. O governo não pode interferir, mesmo que os recursos para funcionamento da instituição venham do próprio governo. Isso leva o nome de autonomia didática.

Agora vamos ver como funciona fora do Brasil. Se você estudasse em Harvard, a melhor universidade do mundo de acordo com o ranking de universidades ARWU de 2017, você poderia fazer um curso de filosofia a partir de super heróis, poderia estudar a polarização das eleições americanas de 2016 ou ainda teria a possibilidade de fazer um curso de economia e política social sob a ótica libertária. Essas disciplinas optativas estão à disposição (em meio a outras milhares de opções) dos alunos daquela universidade que, antes de começar o ano letivo, selecionam de dois a quatro cursos por semestre.

SOB DEMANDA

Em universidades como Harvard, as disciplinas são mantidas se tiverem demanda. Um professor pode criar e ofertar um curso que considere fantástico, mas que, sem alunos, estará fadado a desaparecer. Ainda não há dados sobre a proposta da Unicamp, mas o curso da UnB está com lista de espera.

Mais: em boas universidades do mundo, os alunos tendem a fazer disciplinas fora da sua área e, inclusive, inscrevem-se em tópicos com os quais discordam. Nos primeiros dias de aula, os alunos de universidades de ponta como Harvard frequentam os cursos previamente selecionados para conhecer detalhes do programa e, também, para entender como pensam os professores. Se concordarem com o professor, alguns ficam. Se discordarem, outros também ficam justamente porque esses estudantes são treinados a ouvir os argumentos de quem pensa diferente deles. É assim que se dão os debates de qualidade.

Se a gente seguisse a mesma lógica no Brasil, a disciplina da UnB ou da Unicamp não seria questionada pela oposição, ao contrário: os alunos que discordam da ideia de um golpe, baseados em teses e autores distintos, fariam o curso para entender os argumentos dos docentes e para expor suas próprias ideias.

No dia seguinte ao da eleição dos EUA, a Universidade de Stanford, também entre as melhores do mundo, por exemplo, suspendeu as aulas e fez um dia de meditação para que os alunos refletissem sobre o que tinha acontecido. A Universidade de Michigan, que também está entre as melhores do mundo, promove com frequência debates entre especialistas contra e a favor do aborto, ou do Obamacare ou da deportação em massa de imigrantes estimulando os alunos a votarem em quem teve o melhor argumento. Proibir debates, ou cursos, está fora de cogitação.

Aqui no Brasil, Mendonça Filho (MEC) perguntou, no Twitter, se a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em nome da autonomia universitária, “defenderia a criação de uma disciplina intitulada ‘O PT, o petrolão e o colapso econômico do Brasil’?” E continuou:  “É inaceitável o uso de recursos humanos e materiais das universidades públicas para servir para a divulgação de teses malucas do PT, seus aliados ou qualquer partido político.”

No caso do curso da Unicamp, que acaba de ser anunciado, o professor do IFCH Armando Boito Júnior afirmou, em reportagem da Folha, que “cada professor vai dar aula sobre o tema que pesquisa”. “São pesquisadores e especialistas no assunto, ninguém vai lá para dar opinião”, diz.

Se os cursos propostos seguirem a lógica de ensino e de pesquisa instituída pela própria universidade, que é autônoma, e não em “teses malucas” como afirma o ministro, se forem optativos e se houver demanda, não me parece que o governo possa legalmente interferir e, tampouco, impedir, a oferta das disciplinas.

]]>
0
Em tempos de vacas magras, Capes e CNPq lançam bolsas inéditas em pesquisa e inovação https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/24/em-tempos-de-vacas-magras-capes-e-cnpq-lancam-bolsas-ineditas-em-pesquisa-e-inovacao/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/24/em-tempos-de-vacas-magras-capes-e-cnpq-lancam-bolsas-ineditas-em-pesquisa-e-inovacao/#respond Wed, 24 Jan 2018 10:00:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3066

Boa notícia para quem trabalha com inovação: a Capes e o CNPq, agências federais que fomentam ciência no país, lançam nesta quinta (25) um edital inédito com 90 bolsas para as unidades credenciadas à Embrapii (Empresa Brasileira e Pesquisa e Inovação Industrial), conhecida como “Embrapa da inovação”. A informação foi obtida pelo Abecedário com exclusividade. O edital estará disponível no site da Capes.

Ao todo, serão 90 bolsas financiadas conjuntamente pela Capes e pelo CNPq com valores mensais entre R$ 4 mil e R$ 7 mil  –um aporte superior ao aplicado em bolsas de pesquisa acadêmicas no país. Para se ter uma ideia, um bolsista de pós-doutorado sênior com apoio do CNPq recebe hoje R$4.400 mensais. O investimento total do novo edital com bolsas de inovação será de R$5,5 milhões.

Na prática, vai funcionar assim: quem coordena um projeto de uma instituição como o CESAR (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), que é uma das 42 unidades vinculadas à Embrapii, poderá solicitar até três bolsas  –já indicando quem serão os bolsistas. De acordo com o edital,  a qualificação dos profissionais será levada em conta na seleção.

Os projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação estão a cargo das unidades vinculadas à Embrapii, como o CESAR, o IPT ou o Coppe-UFRJ, em parceria com a indústria. Hoje, são 280 empresas credenciadas na Embrapii, como Natura, Embraer e Whirpool.

FUGA DE CÉREBROS

De acordo com o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães (ex-presidente da Capes por uma década), a expectativa é que as bolsas atraiam especialmente pós-docs –profissionais altamente capacitados que já terminaram o doutorado. “Queremos evitar que os jovens saiam do Brasil [no contexto da atual crise econômica]”, diz. O fenômeno é chamado fuga de cérebros.

“Depois da bolsa, esse jovem poderá criar uma startup ou uma pequena empresa, ou pode ser contratado pela indústria parceira”, diz Guimarães.

O chefe da Embrapii disse ainda que os R$5,5 milhões destinados ao novo edital não devem ser encarados de modo competitivo –como se tivessem sido “desviados” dos recursos das bolsas acadêmicas. “Não se trata de financiamento à ciência básica [pesquisa científica voltada, por exemplo, para a compreensão de fenômenos naturais], mas é financiamento à pesquisa e à formação de pessoas.”

A Embrapii foi criada em 2013, na gestão de Aloizio Mercadante, quando o assunto “inovação” passou a integrar oficialmente o então Ministério de Ciência e Tecnologia (hoje Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).

]]>
0
SISUmetro: confira sua chance de ingresso na universidade a partir da nota oficial do Enem https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/#respond Thu, 18 Jan 2018 10:55:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3052

Quem fez o último Enem já pode ter uma ideia de quais instituições públicas de ensino conseguirá entrar. É que o MEC divulga nesta quinta (18) as notas oficiais dos alunos que fizeram o exame em 2017. Com nota em mãos, é possível acessar o app Quero minha nota!, da Folha em parceria com a empresa TunEduc, e ter uma estimativa bem precisa das possibilidades de ingresso no ensino superior público pelo chamado SISUmetro.

Para conseguir fazer o cálculo, basta baixar o aplicativo Quero minha nota!, preencher sua nota oficial no Enem e as informações sobre o curso escolhido. Se você já era usuário do app e tinha preenchido suas respostas no Enem, basta atualizar a informação com a nota oficial divulgada pelo MEC.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

RUF: confira os melhores cursos e universidades do país

Como errar menos ao escolher uma carreira específica

O SISUmetro mostra a possibilidade de ingresso nas instituições públicas (institutos federais, universidades federais e algumas estaduais), a partir das notas de corte do ano passado. Os critérios de cada universidade, que dão pesos diferentes às quatro áreas do Enem dependendo do curso, também são considerados.

Ter uma ideia de qual é sua chance de ingresso no ensino superior é importante para que o estudante consiga fazer um bom planejamento antes da abertura da inscrição do SISU — sistema do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Seguindo cronogramas anteriores, o SISU deve abrir inscrições cerca de duas semanas após a liberação da nota oficial.

Uma das dicas é, por exemplo, avaliar a qualidade das instituições que você tem chance de ser aprovado a partir de informações do RUF – Ranking Universitário da Folha. Analisar as características do curso de cada instituição, o que os alunos matriculados falam sobre ele na internet e como é a cidade onde fica o campus do curso são igualmente importantes para errar menos ao entrar no ensino superior.

O Enem tem ganhado cada vez mais importância no cenário do ensino superior do país. A nota dos alunos no exame também é usada para financiamento estudantil nas instituições de ensino privadas: é preciso ter no mínimo 450 pontos.  Em 2017, mais de  seis milhões de alunos se inscreveram no exame. Um em cada dez alunos que fizeram o Enem já usam o Quero minha Nota!.

]]>
0