Quem não sabe debater xinga
Faz um tempo que eu estava planejando escrever sobre argumentação e debates. O meu último post “O mundo será melhor quando os meninos brincarem de boneca” foi o estímulo que me faltava.
Explico.
Até o momento em que escrevo essas palavras, o post sobre meninos e bonecas coleciona quase 300 comentários. Eu não contei, mas chutaria que pelo menos 80% deles não trazem argumentação, mas xingamentos.
O post defende a ideia de que as crianças sejam deixadas livres para brincar com o que quiserem, sem que pais e educadores determinem o que é de menino e o que é de menina. Simples assim.
No meu debate, convido os leitores a refletirem sobre de onde vem a ideia de que rosa é para meninas e azul é para meninos.
Nos comentários, fui chamada de lésbica, nazista, petista, ativista do homossexualismo. O texto foi chamado de patético, fútil, inútil. Um leitor me convidou a morrer.
Dentre os que discordaram de mim, poucos leitores trouxeram de fato argumentos sobre o texto e novos convites à reflexão.
Lembrei, então, dos debates dos quais participei na minha temporada na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Lá, assim como em qualquer instituição de ensino americana, debates são extremamente comuns e fazem parte da rotina desde a escola.
Os alunos aprendem a debater defendendo suas ideias sem atacar o interlocutor pessoalmente.
Ou seja: se eu discordo de um texto, eu argumento contra o texto. Mas não chamo o autor de feio, bobo ou burro.
BONS DE DEBATE
Isso faz com que os americanos sejam muito bons em debater em alto nível sem que os debatedores deixem, por exemplo, de ser amigos.
Já vi dois debatedores saírem da sala de aula após uma discussão fervorosa e seguirem para tomar uma cerveja como bons e velhos amigos.
Não é incrível?
Falta, no nosso sistema educacional, o incentivo ao debate, à argumentação e à contra-argumentação. Faz falta que os professores convidem os alunos a pensarem sobre aquilo que eles estão ensinando e perguntem: “o que você acha disso?”
Não aprendemos a debater. E, sem saber como agir, acabamos xingando aquilo com o qual não concordamos.
Tentei responder a maioria dos meus posts ofensivos convidando os leitores a desenvolver a crítica que queriam fazer.
Muitos ainda não me responderam de volta. Mas já fico feliz que meu blog esteja servindo como um espaço de treinamento para promover uma discussão em alto nível.
E convido todos os que estiverem lendo o post a participar disso!
Sobre o post anterior, vale a pena ler: O mundo será melhor quando as meninas brincarem de guerra
Acho razoável impor normas de conduta; sugiro deletar os comentários não civilizados.
Felipe, estou pensando sobre isso. Meu plano inicial era não deletar nenhum comentário, mas acho que a partir de agora só aprovarei aqueles que realmente estiverem debatendo. Abraços, Sabine
Gostei demais do profissionalismo e conteúdos do seu blog. No Brasil, desde pequenos, somos ensinados nas escolas a repetirmos em forma de “decoreba” o que nos dizem, mas ninguém nos prepara para pensarmos por nós mesmos, e isso só se consegue com muita leitura e muito debate. Quando qualquer pessoa parte para o xingamento verbal ou virtual, não apenas demonstra desequilíbrio emocional, mas também completa ausência de argumentos para rechaçar uma ideia. Me tornei seu fã e acho que vou assinar a Folha Digital só por causa do seu blog.
Grande abraço, Sabine. Não pare, continue!!!
Bruno, obrigada pelo comentário e pelo incentivo! Continue no blog! 🙂 abraços, Sabine
Às vezes, falta conteúdo para o debate, então xingam. A maioria na verdade não sabe debater. As escolas não estimulam, muito menos as faculdades!
Vi que você respondeu algumas pessoas em que comenta a possibilidade de deletar/moderar comentários. Se você fizer isso então é melhor parar de escrever, ou seja você escreve o artigo e quer que as pessoas tenham a “reação” que você deseja que elas tenham, é isso mesmo??
Assim como você tem sua posição formada sobre algo, outras pessoas pensam diferente de você.
Assim como a Folha te dar a oportunidade de expor seu lado, deixe outros também expor o que pensam, deixe quem está lendo seus artigos também a oportunidade de saber como outras pessoas reagem a ele. Independentemente de você não gostar de alguns comentários, não modere ou delete, fazer isso seria absurdo.
Você está sentido a mesma coisa que as pessoas que fizeram comentários agressivos sentiram (ofendidas pelo artigo).
As vezes você pode achar absurdo alguns comentários, mas garanto que tem gente mais conservadora que acha absurdo um artigo como esse.
Para você ter uma idéia foi a primeira vez que li um artigo seu, nem sabia quem era você. O artigo é polêmico e gera interesse e reações.
Continue escrevendo seus artigos e aceite a reação das pessoas, mesmo que elas sejam agressivas, a vida é assim mesmo.
Espero que você não modere e publique meu comentário.
Abraços.
Ela falou de apagar XINGAMENTOS, não comentários apenas discordando, e você sabe muito bem disso.
ORAÇÃO PODEROSA DE SÃO CIPRIANO PARA GANHAR DINHEIRO RAPIDAMENTE.
Salve São Cipriano, fazei que muito dinheiro, riqueza e fortuna fiquem para sempre comigo(T.V.B). São Cipriano trazei muito dinheiro, riqueza e fortuna pra mim(T.V.B). Assim como o galo canta, o burro rincha , o sino toca , a cabra berra , assim tu São Cipriano hás de trazer muito dinheiro, riqueza e fortuna pra mim(T.V.B). Assim como o sol aparece, a chuva cai, faça São Cipriano o dinheiro, a riqueza e a fortuna serem dominados por mim(T.V.B), assim Seja. Preso debaixo do meu pé esquerdo, com dois olhos vejo o dinheiro, a riqueza a fortuna, com três eu prendo, o dinheiro, a riqueza e a fortuna, com meu Anjo da Guarda peço que muito dinheiro, riqueza e fortuna venham ate mim(T.V.B). Como uma cobra rastejante que o dinheiro, a riqueza e a fortuna so se sinta bem perto de mim(T.V.B), que não consiga ficar com quem não merece, que não fique com nenhuma outra pessoa que não seja eu T.V.B, que atenda todas as minhas vontades, comprando o que eu quiser, gastando como eu queira, que nunca me faça sofrer por ficar sem o dinheiro, que quando eu durma e acorde sempre o dinheiro, a riqueza e afortuna estejam dentro da minha casa, da minha bolsa, do meu bolso, da minha empresa ou onde eu estiver. Que o dinheiro, a riqueza e a fortuna não consigam estar longe de mim, que seus valores sejam sempre altos, muito altos, voltados só para mim T.V.B, que o dinheiro, a riqueza e a fortuna São Cipriano, sejam muito valiosos para mim. Que assim seja. Pelo poder de São Cipriano, assim seja .Que muito dinheiro, riqueza e fortuna em penca, venham atrás de mim, para que possamos ter conforto, fama, poder, saúde, ajudar os mais necessitados, ter um bom convívio e assim sermos felizes. Peço a São Cipriano, que o dinheiro, a riqueza e a fortuna me procurem ainda hoje, peço isto ao poder das Três almas pretas que vigiam São Cipriano, assim seja. Que o dinheiro, a riqueza e a fortuna venham logo de uma vez para a minha casa, minha vida, minha empresa e meus negócios. Que os inimigos não nos vejam, não nos enxerguem, assim seja, assim será, assim está feito. Ó São Cipriano e as Três Almas pretas que vigiam São Cipriano, atendam ao meu pedido.
“Pelo poder infalível de São Cipriano (Periclis santiago de Paiva Neto), virá atrás de mim. Me desejará com todo o seu coração, com todo o seu amor.
São Cipriano afaste (M.P) de qualquer pessoa que possa amá-lo e deseja-lo, faça com ele me procure, me deseje, me ame com todas as suas forças.
Que (P.S.P.N) acorde desejando estar comigo, que ele seja sempre convicto de que eu sou a pessoa mais certa para fazer-lhe companhia. Que tenha sempre a minha imagem em seu pensamento, que quando dormir sonhe comigo, que acorde com o seu pensamento focado em mim.
Que (P.S.P.N) deseje me tocar, ter o meu amor, a minha paixão e fazer parte da minha vida. Que me ame todas as horas do seu dia, que sinta o meu cheiro, que queira me tocar com amor.
Que (P.S.P.N) queira abraçar-me, beijar-me, cuidar de mim e me proteger. Que ele acredite que eu sou a mulher de sua vida e que não se afaste de mim por nada nesse mundo.
Que a nossa vida seja repleta de paixão, de amor e que nunca nos separemos, pelas forças de São Cipriano!”.
ORAÇÃO PODEROSA DE SÃO CIPRIANO PARA GANHAR DINHEIRO RAPIDAMENTE.
Salve São Cipriano, fazei que muito dinheiro, riqueza e fortuna fiquem para sempre comigo(D.H.S.C). São Cipriano trazei muito dinheiro, riqueza e fortuna pra mim(D.H.S.C). Assim como o galo canta, o burro rincha , o sino toca , a cabra berra , assim tu São Cipriano hás de trazer muito dinheiro, riqueza e fortuna pra mim(D.H.S.C). Assim como o sol aparece, a chuva cai, faça São Cipriano o dinheiro, a riqueza e a fortuna serem dominados por mim(D.H.S.C), assim Seja. Preso debaixo do meu pé esquerdo, com dois olhos vejo o dinheiro, a riqueza a fortuna, com três eu prendo, o dinheiro, a riqueza e a fortuna, com meu Anjo da Guarda peço que muito dinheiro, riqueza e fortuna venham ate mim(D.H.S.C). Como uma cobra rastejante que o dinheiro, a riqueza e a fortuna so se sinta bem perto de mim(D.H.S.C), que não consiga ficar com quem não merece, que não fique com nenhuma outra pessoa que não seja eu D.H.S.C, que atenda todas as minhas vontades, comprando o que eu quiser, gastando como eu queira, que nunca me faça sofrer por ficar sem o dinheiro, que quando eu durma e acorde sempre o dinheiro, a riqueza e afortuna estejam dentro da minha casa, da minha bolsa, do meu bolso, da minha empresa ou onde eu estiver. Que o dinheiro, a riqueza e a fortuna não consigam estar longe de mim, que seus valores sejam sempre altos, muito altos, voltados só para mim D.H.S.C, que o dinheiro, a riqueza e a fortuna São Cipriano, sejam muito valiosos para mim. Que assim seja. Pelo poder de São Cipriano, assim seja .Que muito dinheiro, riqueza e fortuna em penca, venham atrás de mim, para que possamos ter conforto, fama, poder, saúde, ajudar os mais necessitados, ter um bom convívio e assim sermos felizes. Peço a São Cipriano, que o dinheiro, a riqueza e a fortuna me procurem ainda hoje, peço isto ao poder das Três almas pretas que vigiam São Cipriano, assim seja. Que o dinheiro, a riqueza e a fortuna venham logo de uma vez para a minha casa, minha vida, minha empresa e meus negócios. Que os inimigos não nos vejam, não nos enxerguem, assim seja, assim será, assim está feito. Ó São Cipriano e as Três Almas pretas que vigiam São Cipriano, atendam ao meu pedido.
Bine, a agressividade das pessoas na internet me choca. E a falta de capacidade em argumentar é notória. Dia desses, num texto do blog, o Jairo recebeu mais de 3 mil comentários. A maioria, xingamento. Alguns desejavam que ele se tornasse cadeirante (o que já mostra a mentalidade da pessoa, que vê a deficiência como um castigo a ser aplicado no último capítulo da novela). Alguns desejavam que a mãe dele morresse. Que ele tivesse um filho com deficiência. Outros questionavam a orientação sexual dele ou a capacidade de arrumar uma namorada bonita. Triste, triste, triste.
Voltando ao tema educação, no ensino médio eu tinha aulas de filosofia, na praça, voltadas à argumentação. Todas em forma de debate. A que mais me marcou, entretanto, foi uma sobre a idade correta para alfabetizar. A professora escolheu (aleatoriamente) um grupo para defender que a alfabetização deveria ser feita na educação infantil e o outro que defendia que esse processo era próprio do ensino fundamental. Passados vinte minutos do debate, a professora inverteu, fazendo com os grupos agora defendem a posição contrária, sem usar os argumentos que o grupo anterior já tinha usado. Foi difícil para caramba, mas foi um ótimo exercício para entender o ponto de vista do outro.
Já no curso de Letras, em Linguística Alemã, fazíamos muitos debates em sala de aula (naturalmente, em Alemão) para treinar a agilidade na resposta e argumentação, sempre com temas polêmicos.
Considero que esses exercícios me ajudaram muito, até para eu olhar o ponto de vista do outro e pensar no quanto meu argumento é bom ou fraco.
Pena que essas atividades realmente não são muito valorizadas no Brasil.
Mais fácil xingar de feio, bobo, petista, homossexual ou desejar que se torne cadeirante, como um castigo. Triste.
Pelos poderes de São Cipriano (pspn) Virá agora atrás de mim(tvb) Ligará agora pedindo desculpas Vai vir de rastos, apaixonado, Cheio de amor e tesão por mim(tvb)o mais rápido possível. São Cipriano, eu terei esse poder, que Ele(pspn) me ame COMO NUNCA AMOU NINGUEM EM TODA A SUA VIDA. São Cipriano (pspn) vai e AGORA, desejar estar ao meu lado, que Tenha a certeza que eu sou perfeita para ele(pspn), que não possa mais viver sem mim(tvb).Que Sempre tenha a minha imagem em seu pensamento todos os momentos. AGORA COM QUEM ESTIVER, ONDE ESTIVER ELe IRÁ PARAR, porque o pensamento está em mim(tvb). E ao deitar que tenha sonhos comigo e ao acordar pense em mim(tvb)e me deseje, a todo o momento dos seus dias tenha o pensamento em mim, que queira me ver, sentir meu cheiro, me tocar e me ter com amor.DESEJO TAMBEM QUE Queira abraçar-me, beijar-me, cuidar de mim, proteger-me, amar-me nas vinte e quatro horas de todos os seus dias, fazendo assim com que me Ame a cada dia mais e que sinta prazer só de ver a minha imagem(tvb). São Cipriano faça ele(pspn) sentir por mim um desejo fora do normal como nunca sentiu por outra pessoa e NUNCA SENTIRÁ . Que tenha prazer apenas comigo(tvb), que tenha tesão somente por mim e que seu corpo só a mim pertença, que só tenha paz se estiver comigo.Agradeço por estar trabalhando em meu favor e vou divulgar seu nome, São Cipriano, em troca de amansar e amarrar nos meus pés e trazê-lo de volta pra mim APAIXONADo, CARINHOSo, DEVOTADo, LOUCo DE AMOR, FIEL E CHEIa DE DESEJO aos meus braços, falando sempre a verdade e para que assuma o nosso amor e volte pra mim o mais rápido possível e que sinta uma dor muito forte em seu coração de saudades de mim e que tenha sonhos comigo de que esta fazendo amor comigo e com muito desejo e fogo da paixão. Que a minha vontade seja a Dele também, e que sinta uma imensa felicidade sempre que estiver comigo ou ouvir a minha voz . Peço isso aos poderes de SÃO CIPRIANO. Amém! Publicarei essa mensagem tres vezes e rapidamente terás uma surpresa QUE (pspn) ME PROCURE ME LIGUE AGORA!SINTA AGONIA SE NÃO FALAR COMIGO!QUE FIQUE PERTURBADO SE ESTIVER LONGE DE MIM. QUE LIGUE QUERENDO SABER ONDE ESTOU E DIZENDO QUE VEM FICAR COMIGO ESTA NOITE, NÃO RESISTIRÁ A ISSO, LOUCo DE SAUDADE ME LIGANDO A TODA HORA ATÉ ESTAR COMIGO POR FAVOR SÃO CIPRIANO ME ATENDA REALIZE O MEU DESEJO QUERO (pspn) AGORA QUERO DORMIR COM ELe HOJE E SEMPRE FAÇA ELe FICAR DESESPERAo E COM MUITA DOR NO PEITO DE SAUDADE DE MIM E LIGANDO PARA MIM AGORA QUERO VER RESULTADO AINDA HOJE AGORA JÁ (P DESESPERADo LIGANDO PARA VIR ME VER E NUNCA MAIS VAI SE SEPARAR DE MIM. AMÉM!!
Sabine, ou se é democrático ou não se é democrático. Não tem como ficar no meio termo.
Concordo com você que deve ser um SACO ficar lendo xingamentos e impropérios, mas você é paga TAMBÉM (entre outras coisas, claro) para desenvolver uma “couraça” contra esse tipo de reação.
Ossos do ofício, minha cara.
Acho muito mais producente VOCÊ arrastar o leitor mal-educado para dentro do debate de idéias. Ponha o cara contra a parede. Se ele tiver argumentos, saberá defendê-los. Se ele só tem ódio no coraçãozinho, em 5 minutos vai acabar caindo fora.
Abs.,
Nagib.
Eu sempre quis escrever esse texto . Voce acabou comigo. Eu penso dessa mesma forma. show! as pessoas não sabem mesmo argumentar….
Márcio, que bom! Compartilhe! 🙂 Abraços!
O ataque pessoal ao criador de uma idéia é a forma mais grosseira e ordinária de se discutir (se é que podemos chamar isso de discussão). Esse tipo de falácia, chamada de Argumenta ad Hominem é uma das coisas mais comuns em posts de internet. É muito usada também por pastores…
E lá vamos nós a estaca zero de novo, não dá pra escrever duas linhas sem atacar alguém ou alguma instituição que não tem nada a ver com o assunto?
Esse é apenas mais um exemplo da ineficiência do sistema educacional básico no Brasil.
O simples incentivo (e condicionamento) à leitura, já faria de nós, brasileiros, melhores argumentadores, questionadores, eleitores etc.
Mas o sistema está falido e Educação nunca foi prioridade no país do futebol.
Quer acabar com os xingamentos nos debates?
Responda no mesmo tom, brigue, lute e verás que passarão a te respeitar.
Os americanos respeitam os adversários nos debates por que sabem que o adversário é tão corajoso e pode ser tão combativo quanto ele próprio.
Você só não entende os meninos!
“Never argue with stupid people. They will drag you down to their level and then beat you with experience.” –Mark Twain
Thanks, dear! 🙂
Mas se você fugir sempre, nunca conquistará seu amor próprio e muito menos convencerá ninguém que já não esteja convencido.
Levante a cabeça e tal como os meninos, reaja!
Com quem discorda é possível comversar. Com quem ataca não tem o que conversar, porque eles geralmente estão falando de outro assunto.
Exatamente isso!
Comentar é o comentário do momento. È uma ferramenta muito boa para a democracia a oportunidade de interagirmos com jornalistas,alguns deles renomados,e expormos nossa opinião sobre o que escrevem.Mas é fundamental permacermos no campo das ideias.
http://belretrato.blogspot.com.br/2014/02/o-mundo-sera-melhor-quando-os-meninos.html
Parabéns pelo post, entrei no blog e o que você abordou é exatamente o que acontece e todos acham normal. COm certeza se não tivéssemos “papéis” pré-definidos, poderíamos criar seres humanos mais humanos e não homens e mulheres padronizados. É aquela velha estória que sempre ouvimos quando somos crianças. Devemos procurar nosso príncipe encantado, casar e viver feliz para sempre. Mas a realidade não tem nada disso e crescemos frustrados por essa expectativa nem sempre se concretizar.
Pois é Vanessa, ao ler o posto sobre meninos e bonecas, fiquei extremamente chocada com com os comentários, é algo que me incomoda e a muito tempo esta agressividade do anonimato. Neste nosso mundo dos analfabetos do contexto, uma palavrinha fora de lugar já serva para um julgamento. A patrulha do “correto” e das ideologias cegas está a todo vapor e queimando gente em praça pública. Critica e autocrítica é artigo raro hoje em dia no mundo dos senhores da verdade e da razão, hoje se ataca “ad hominem”, não o conteúdo de suas idéias, não vejo discussão de pensamentos, mas assaltes ao sujeito.
Uma última observação, Sabine: no debate sobre meninos e bonecas, você se tornou presa fácil TAMBÉM porque ficou clara a insustentabilidade dos seus argumentos.
Você não conseguiu debater comigo sobre as coisas que eu lhe inqueri. Até agora estou sem minhas respostas.
Concordo que o povo que te xingou é mal-educado, ordinário e grosseiro, mas você também tem sua parcela de culpa, pois entrou despreparada, sem argumentos (e querendo ter razão!) numa discussão sobre tema mais do que polêmico.
O que aconteceu?
Deu a lógica.
mandou bem Sabine, teto tocou fundo muita gente por aí, os caras tão que não se aguentam.
Aliás aprendi muito sobre debate com o seu comentário.
Sabine, virou moda policiar atitudes, comentários, opiniões, pessoas que usam da internet para agredir, são covardes, pois usam do anonimato, tem uns que nem o próprio nome colocam. Não ligue para isso, sei que é bem resolvida, dorme bem. Vá em frente. um abraço
Foi instrutivo ver os comentários. Não esclareceram muito sobre a tese dos brinquedos, por terem sido tão agressivos, mas comprovaram a tese sobre a incapacidade de debater.
Na academia também é assim: professor brasileiro se melindra com divergência de opinião.
Realmente é lamentavel, mas engraçado neste texto criticar a falácia de atacar o interlocutor ao invés da tese, mas a mesma que critica esta postura- que eu concordo demonstrar falta de argumento- rotular um comentarista de homofobico no texto anterior,ou seria xingar,que incoerencia . Ah… E nesta coluna ela não foi tão dogmatica como na anterior, tenho que concordar com Sabine nesta, aqui é um pecado pensar além dos muros da academia e de seus gurus.
Mas não basta, para ser livre,
Ser forte, aguerrido e bravo;
Povo que não tem virtude,
Acaba por ser escravo.
Sabine… no essencial estou do seu lado, concordo contigo, mas, se estou certo na impressão, o baixo nível do debate não se deve, como v. supõe, a um problema de maturidade ou de consciência. Há um emaranhado de fatores que determinam a forma agressiva e o conteúdo conservador desses comentários. Difererente dos EUA, a configuração social do Brasil é de extremos, no tocante ao modo de vida das pessoas: é esperado que, de um lado, pessoas com boa formação tenham um pensamento meio atrasado, ainda mais se abastadas (aí pagam um alto tributo às ideias dos avós escravocratas); de outro, advindos das camadas miseráveis do povo, espera-se também comentadores com algum déficit cultural. País com histórico de exploração, o machismo estará nas duas pontas, atuante, de modo que ao propor semelhante tese, subversiva dos padrões de gênero, v. encontre encarniçada resistência. A expressão de um pensamento com conteúdo conservador/arcaico poderia alcançar formas mais sutis e elaboradas de confrontar o seu texto, mas aí já viveríamos em outra sociedade – em que esse tipo de disputa de ideias não determinasse tão de perto a vida e a morte, como ocorre em países de passado colonial. Não sei se fui claro, quero dizer que a educação pura e simples não elimina dinâmicas sociais seculares, assim, a curto prazo.
Quando cursei o antigo Científico, atual segundo grau, tive um professor de filosofia que mudou minha visão de mundo. Uma das coisas que ele fazia era apresentar uma determinada tese filosófica e dividir a classe em dois grupos, um deles deveria defender a tese apresentada e o outro atacar a mesma. Na semana seguinte, as posições se invertiam: o grupo que defendeu passava a atacar e o que atacou passava a defender. Foi uma das melhores experiências que tive na escola. Talvez esteja faltando algo assim em nossas escolas.
Newton, concordo totalmente. Parece que essa cultura se perdeu nas escolas. Abraços, Sabine
“Tentei responder a maioria dos meus posts ofensivos…”
Não faça isso, seus textos são ótimos, este último é
formidável, já está fazendo demais pela humanidade, poupe seu tempo.
Há uma crise da valores, de educação, de civilidade…
que é a raiz da falta de respeito, das discriminações,
da corrupção e de tantos outros males.
O Brasil como um todo (não só o Brasil) precisa de uma “guinada” brusca pois não caminha em boa direção e para tanto precisa muito de pessoas como você. Por favor, não se desgaste.
Obrigada, Francisco! 🙂
Obrigada, Francisco! 🙂 Abraços, Sabine
A crise de valores leva a caminhos estranhos. A ideia proposta é um sintoma disto.
Tá querendo encobrir a bobagem que publicou ontem, como uma nova bobagem… Folha, please, will you do something about it and take this frustrated woman out of this blog, otherwise I am being forced to leave… can’t read garbage.
A Folha dispõe de cerca de 40 blogs, mais de 100 colunistas e um bom par de dezenas de editorias, para que qualquer leitor possa escolher à vontade o que quer ler e o que não quer ler.
A fantasia de querer que um jornal feche um blog porque você não gostou de um post tem um nome bem chatinho, aliás.
Que inglês horrível. Faz jus a sua leitura em português. Mandou bem Sabine
Outra coisa: Você não criou um debate, mas sim fez afirmações. Então na verdade, foi você quem sequestrou um debate sadio. Vai culpar os leitores?
Joel, sem o post não haveria debate, certo?
Sou Professora a anos, de Ensino Fundamental e Médio, e vejo um retrocesso da humanidade pelo simples fato de não terem inteligencia para argumentarem em assuntos pertinentes ao crescimento social. Mas acredito que como dizia minha avò ” Quem tem burro, porque andar a pé”, e o povo está neste momento, não sabe o que diz, significa e morre de preguiça de saber portanto se acha no direito “democrático” do qual se esconde em falar coisas vã, sem nexo e como o mundo e a evolução humana fosse um reality. Sabine continue com esta garra de levar a sua argumentação pois, se eu estivesse essa oportunidade estaria tentando também acordar o povo e dar folga ao burro do proverbio da minha sábia avó, Um abraço. Renata Barros.
Renata, é isso aí. Vamos incentivar o debate saudável! Abraços, Sabine
Olá. Penso que a questão é mais cultural do que doméstica. Meninos tem a atenção despertada pelo que os amiguinhos falam e exibem, o mesmo acontecendo com as meninas. Junta-se o natural instinto maternal e explorador, bingo.
Quanto às ofensas….ah, as ofensas, que seria de nós sem sua existência para nos exercitar a virtude da paciência.
Abs
teste
“O mundo será melhor quando os meninos brincarem de boneca” é um título provocador, já que mais de 90% dos homens acha ofensivo e agressivo ser chamado de gay ou efeminado – e aí não importa o conteúdo do texto: o título já é considerado forte. Como outro, que li há uma semana: “Homens precisam aprender a lidar com a humilhação”. Ora, alguma mulher gosta de ser humilhada? E porque homens deveriam se acostumar com isso? Então, assim como há muito xingamento, há muita provocação, muitos gritos em novelas etc…
Provocação não é motivo pra “convidar uma pessoa a morrer”, é?
De pleno acordo com tudo o que você comentou hoje. Mas discordo do que você insinuou no outro. Quem disse que é bom meninos brincarem de boneca? Há testes sobre isso? Qual mãe/pai já aceitou? Não tente afirmar que sua intenção não era essa; essa é sua intenção. Em um mundo e uma época de claros sinais de desajustes sociais, políticos e pedagógicos, sua ideia só piora a situação – ou você trabalha em prol disso?
Sabrine, parabéns por este e pelo post anterior!
Obrigada por não responder certos comentários no post anterior! Tem gente que não merece!
Foi proposto um debate que não ocorreu. Portanto, não é provocação, mas atendimento ao chamado da jornalista/cientista.
Boa tarde Sabrine,
Gostei muito do assunto que levanta que é a necessidade de ensinar em escolas a prática de debater ideias e não pessoas; a prática de debater nos remete ao inicio histórico de democracia como conhecemos na Grécia antiga e que, eu diria é uma pedra fundamental sobre o qual se constrói a democracia em si. Fui educado na Inglaterra e desde meus 8 anos tive que ouvir e participar de debates como parte integral da educação escolar; interessante que chegou-se a fazer um debate com um lado propondo que a terra era redonda e a outra parte que a terra é plana sendo que no final a plateia vota em quem convenceu do seu argumento. Também, importante informar que na Inglaterra ministros e primeiro ministro participam obrigatoriamente em debates parlamentares toda semana (não que não tem baixaria por lá também!) – onde é centro da prática democrática.
Lamentavelmente, na minha opinião, a agressividade demostrada nos comentários reflete uma sociedade permeada pela violência e até reconhecemos isso, não haverá grande mudança na prática democrática por aqui. Um pequeno exemplo do meu entendimento sobre isso: quando uma pessoa no seu carro anda pelo acostamento para evitar o transito, ela está dizendo que as leis da sociedade não se aplica a ela e que para tanto é um cidadão superior aos que seguem as leis do transito. Pode parecer banal, mas penso que é uma forma de agredir a sociedade como um todo no sentido que o indivíduo se considera acima do contrato social. E assim vai….
O problema não é a falta de professores que perguntem: “o que você acha disso?”, mas a falta de professores que saiba discordar de seus alunos; e, entre outras coisas, de instigar contra argumentações, que estimulem novas respostas, que se posicionem – mesmo que isso contrarie suas opiniões pessoais (religiosas, éticas, estéticas e políticas) – no sentido de desenvolver a capacidade cognitiva do aluno.
Vivemos em uma época de massificação… Os currículos são apostilados (privadas) ou unificados (públicas) o professor que está em formação contínua – em serviço – como irá se apropriar da autonomia do magistério?
Prezada Sabine,
Muito interessante seu texto e suas argumentações.
Ao que parece sua educação formal, entre outros aspectos de sua formação, permitiu-lhe entender bem a função e o quão saudável é um debate, emho.
Ppermita-me então questionar a limitação que você coloca ao que se define como um debate, pois, no limite (e não quer dizer que eu defenda isso, muito pelo contrário), uma das técnicas de debate é exatamente essa que você critica, já citada por alguém acima como uma forma de argumento.
E. a propósito, isso não é exclusividade tupiniquim, como comumente se imagina. Veja em “Como Vencer um Debate Sem Precisar Ter Razão, de Schopenhauer”.
Saudações,
Bem, se você não sabia disso ainda, espero que tenha aprendido.
Aliás, não é na escola que se deve aprender a debater um assunto e sim na família – seja lá como se configura isso hoje. A escola deve ser o lugar para se exercitar o debate, o respeito à opinião do próximo e seu direito de se manifestar. Mas isso tem de ser aprendido em casa, apesar de muitos – espero que não seja seu caso – quererem imputar isso à escola.
Por último, talvez o grande problema do seu último post, além é claro da ignorância monumental da maioria das pessoas, foi justamente a falta de argumentos para sustentar sua opinião. Simplesmente expressar que o “direito” de brincar das crianças justifica que meninos brinquem de bonecas é no mínimo sem razão e sem fundamento. Só para começar, essa sua citação derrubaria a necessidade de se ter brinquedos pedagógicos. Afinal, as crianças tem de ser livres para escolher, não é?
John, eu quis dizer que a criança deve ter a liberdade de escolher intendentemente de sexismos. Acho que isso ficou bem claro quando usei o exemplo das bonecas e dos carrinhos. E vale lembrar: isso é um post, não uma tese de doutorado. abraços, Sabine
Sabine, existe uma grande diferença entre o debate presencial e os realizados em murais livres pela internet.
A presença do interlocutor mina grande parte das possibilidades de respostas mau educadas ou xingamentos, o debate ocorre com maior naturalidade, pode haver certa exaltação mas dificilmente chega-se ao ponto de xingamentos. Esse debate de idéias que você pede ocorreria, e acredito que deva normalmente ocorrer, quando discutido pessoalmente, principalmente porque de certa forma escolhemos o perfil de pessoas com quem gostaríamos de nos relacionar no dia a dia e aí o debate ocorre em maior sintonia com seus pensamentos e capacidade de raciocínio.
Agora, jogar um tema polêmico como esse na internet e não receber bombardeios e respostas mau educadas, não vejo como ser diferente afinal, vivemos num dos países mais mau educados do mundo cuja maioria da população possui pouquíssimo ou quase nenhum poder de raciocínio.
Essa é minha visão e só pra completar, li e discordei em boa parte do seu texto sobre as bonecas.
Até mais!
Eder, na escola atual, a nova geração acredita que debater é xingar, ofender. Por isso é importante sim este trabalho.
Parabens pela didatica apresentada.
Foi um dos motivos que me levou a abandonar o FB. Pessoas que não sabem debater, mas somente ofender, não entendem que discordar de um ponto de vista é sadio. Trabalho muito os debates com meus alunos para que aprendar isso. Em tempo, aquele filme “O grande desafio” (com o Denzel Washington) é sensacional!
Estou de acordo com você: não temos a tradição da argumentação. Por exemplo: é muito comum em avaliações de aplicativos no iTunes xingamentos e palavrões fortíssimos contra um produto que por vezes é gratuíto. É incompreensível para mim. Não me considero um cara “delicado”. E sinceramente gostaria muito de que houvesse uma capacidade melhor de argumentação e assim quem sabe os BlacBocs ou o que valha tivessem outros argumentos que não paus e pedras, ancestrais ao surgimento da linguagem 😉
Educação de primeiro e segundo graus de qualidade e gratuita para todos. Talvez – e é só um talvez – com maior poder de argumentação as pessoas se agridam menos, xinguem menos. É tão bom quando alguém trás um argumento que você não concorda mas não é dos mais fáceis de rebater. Tão raro hoje em dia.
Falando em educação de primeiro e segundo grau e eu usei o traz errado. É “traz um argumento…” 🙂
Sabine, em nossas aulas nossos alunos são levados a debater com profundidade.
O que está faltando são informações concretas para que a pessoa se esclareça.
Um excelente site para se informar e debater sobre educação:
http://www.sergio-rejane.com/Educacao.asp
Sobre a disciplina de discussão em colégios americanos, tem um filme muito bacana com essa temática de pano de fundo: “Rocket Science”. Vale a pena ver.
Abs e parabéns pelo blog
Gostaria de saber se é possível realizar um debate sério e em alto nível com um petista?
Me parece que não. Também reclamei disso, da ausência do propalado debate: o que há são questionamentos pontuais, pensados, para evitar o real debate.
Dá sim. Conheço excelentes debatedores petistas, assim, como psdbistas, pmdbistas e vários outros partidos. O que normalmente não dá para debater é com aqueles que consideram seus partidos como a única verdade possível.
Somos condicionados desde cedo a agir dessa maneira, fácil assim!!! Pensar, refletir sobre, cansa, por isso que existe tanta gente medíocre nesse Brasil!!! Procurar se informar para ter bons argumentos em debates, nem se fala, melhor ir assistir BBB!
Uma das coisas que mais me afasta de comentar em blogs é isso que você retrata nest post. As pessoas não querem debater ideias, apenas trocar insultos e ofensas… Isso empobrece qualquer conversa que venhamos a ter na internet pra tentar aprender mais com outras pessoas.
No final, acabamos sem aprender nada e também sem esquecer de nada. Triste.
¨Bem, às vezes é importante ser direto. No âmbito do direito, em especial, parece que vivemos fantasias construídas. Mas a academia deveria ser o palco para dizer umas boas verdades. Os norte-americanos, por exemplo, fazem isso o tempo todo, como também aqui os alemães.
No Brasil, contudo, infelizmente, a cultura constitucional é voltada para bajular o que temos. Nossa cultura ainda é fortemente marcada pela personalização das relações, não se construindo uma possível percepção de que criticar um trabalho, uma decisão, um texto, entre tantas outras atividades, possa ser algo diverso do que uma crítica pessoal. Toda crítica se torna, assim, uma crítica à pessoa que realizou aquela atividade e, não, à própria atividade. E, portanto, ninguém critica um trabalho, porque fica com receio de que o outro fique triste, magoado, raivoso e também que o contra-ataque se dê no âmbito pessoal. Projeta-se uma bola de neve de questões pessoais, que pouco contribui para o debate.¨
http://www.criticaconstitucional.com/o-grande-jurista/
Adorei o seu texto. Assim como você há certo tempo estou pensando em escrever algo sobre esse assunto. O seu texto, por exemplo, vou guardar, pois certamente irei utilizar em minha pós-graduação. Realmente, “Quem não sabe debater, xinga”, sempre falo isso para meus alunos, da importância da argumentação. Já vi na TV e li que pessoas quebram tudo em um hospital, por exemplo, por não conseguirem atendimento para seus entes queridos, a minha ideia é que isso acontece porque essas pessoas não sabem argumentar e como não encontram outra maneira para fazer valer seus direitos, elas acabam quebrando tudo e, no fim, ficam sem direito algum. Travo uma luta diária em sala de aula, tentando fazer os alunos utilizar a argumentação, numa sala com 38 adolescentes, no máximo quatro se envolvem realmente no debate. Mas não desisto, sei da importância e de quanto isso vai ajudá-los no futuro. Aliás levarei seu texto à sala de aula, é um incentivo.
Deletar os comentários ofensivos invalidará seu argumento. Deixe-os lá para que as pessoas tenham noção de quantos deles são pertinentes e quantos não são. É desagradável vê-los, mas isso é melhor do que ser “poupado” da verdade e me iludir pensando que todo mundo é bonzinho e inteligente.
Gostaria de saber como faço para ser especialista e escritor de coluna no uol sem ser especialista apenas um fanfarrão
Sabine, vai ser difícil para você lidar com tantas opiniões diferentes entre si…Na Internet há de tudo, inclusive comentários extremamente grosseiros, carentes de educação…Você está comprando uma briga boa a respeito dos “brinquedos destinados a meninos e/ou meninas”…
Na Internet, muitos comentaristas valem-se (covardemente???) do suposto anonimato para expressarem agressivamente o que pensam…
Entendo que o que falta ao brasileiro é educação. Não estou falando da educação formal, mas daquelas regras básicas de convivência que todos os pais deviam ensinar aos filhos. Não só ensinar, mas principalmente dar o exemplo. Você que viveu nos EUA sabe do que estou falando. Um bom conselho é tentar não discutir com os autores de posts ofensivos. Como disse Mark Twain a pior coisa que existe é discutir com o ignorante, ele só entende quando você desce ao nível dele.
Há meu ver não falta incentivo na área educacional e sim em nossa sociedade como um todo. De raízes coronelistas e por dizer militares a afronta é sempre tida como algo negativo tendo raramente uma fundamentação teórica e prática como resposta, sendo mais plausível para a maioria denegrir a moralidade e privacidade de outro que possua discernimento.
Apesar de concordar integralmente contigo, vale ressaltar que :
1o – Educação não da voto;
2o – Povo educado conhece a tríade (Direitos \ Deveres e Obrigações) e não apenas o primeiro;
3o – País com menos de 1000 anos ainda é bárbaro;
4o – Não espere nada de um País, onde 63% da população alfabetizada, são de analfabetos funcionais;
5o – “Espere o melhor das pessoas mas, esteja sempre preparada para o pior”
Assunto difícil… Não é o cigarro, a maconha ou a água que fazem mal à saúde, é o excesso, resultando em afogamento, câncer e viagens alucinógenas intermináveis… Dizer que alguém é doente porque fuma é ignorar a motivação que o levou ao vício. Não se combate fumo com abstinência e nem agressão verbal com proibição. É necessário fazer com que o indivíduo compreenda o motivo que o levou àquilo. Um exemplo: o diretor “chuta” o gerente, que “chuta” o coordenador, que “chuta” o analista, que “chuta” o prestador de serviço, que briga com a esposa, que briga com a empregada que, por fim, “chuta” o cachorro. É flagrante nossa ignorância (minha também) e, nem tanto por democracia, mas por respeito, devemos sempre perguntar a quem nos agride (antes de responder à agressão) – “Por que você quer que eu morra?” – invariavelmente isto provocará reflexão na outra parte. Infelizmente o cachorro não tem como perguntar – “Por que estou sendo chutado?”. Assim, se o gerente confrontar o diretor com bons argumentos, a cadeia de pontapés será quebrada, afinal um “general” não pode culpar um “soldado” pelo fracasso em uma batalha. Há muita gente ressentida no mundo e muitas precisam de um pequeno conforto para acalmar seus corações e mentes. Há uma foto tirada há muitos anos e que ficou gravada num lugar especial de minha memória – a de uma moça colocando uma flor na “boca” do fuzil de um soldado. O que aquilo significou em termos de reflexão para todos nós? Que nem sempre a ignorância deve ser combatida com ignorância – e eu disse, nem sempre. Eu adoro o jardim de sua mente e desejo-lhe muita força pois você é uma luz que não deve se apagar neste ilustre e ótimo jornal.
Eu venho me desanimando gradativamente com este País. A falta de educação é aviltante para todo lado que se olha. Não se pode esperar debate entre pessoas que não detenham civilidade. Entendo o seu sentimento. Outro dia, emiti opinião a respeito de uma ação do governo. Negativa é claro, mas embasada. Recebi uma enxurrada de agressões de (prováveis) militantes do partido governista. Algumas inclusive depreciando o meu nome, por ser “americano”. Pode?
O ódio irracional vale pros dois lados. A esquerda só ficou assim quando deixou de ser oposição e passou a ser situação. E a direita está raivosa por ter perdido espaço. As Universidades não nos estimulam a debater e sim a panfletar e “lutar”. Mas as lutas de hoje estão TÃO vazias…
Sabine, eu acho que 75% não sabe o que “argumentação” significa…Infelizmente! Há pessoas que desconhecem debate e não sabem respeitar os diferentes pontos-de-vista.
É realmente cansativo, embora divertido pois, através de certos “disparates”, aprendemos mais sobre o comportamento das pessoas e seus valores pessoais; o que verdadeiramente “se passa” no intelecto de alguns… Digamos que sejam os “chorrilhos necessários”… Eu gostaria muito que a Marilena chauí estivesse lendo tudo isso e adoraria saber a sua opinião a esse respeito! 🙂 Um abraço!
Excelente texto! Conseguiría-mos uma revolução na educação com apenas uma frase: “O que você acha disso?”
Sabine, achei oportuno o questionamento. E acrescentaria: como a internet deixa as pessoas mais “corajosas”, aqueles que pessoalmente engoliriam seco ou pichariam o muro da sua casa te ofendendo, hoje podem “te pichar” nos posts ou redes sociais. Mas…se formos mais longe nessa conversa, perceberemos que alguns manifestos atuais – digo os pacíficos – não tem NENHUMA coerência objetiva. E os violentos, NENHUMA argumentação.
Belo convite! Parabéns pelo texto educado e bastante sensato.
A blogueira foi responsável, em parte, pela reação. A começar pelo título, muito infeliz, que parece mais uma provocação do que um convite à reflexão. A escola brasileira é um vexame internacional por causa de especialistas, como a blogueira, que passam o dia refletindo sobre questões inócuas como essa, esquecendo que o verdadeiro papel da escola pública é o ENSINO acadêmico – ciências, humanidades, literatura, artes… Mas isso parece muito chato para alguns. Bom mesmo é discutir sobre o machismo na sociedade, sobre um “mundo melhor” em que todos brinquem de amarelinha…Tenha a santa paciência….
Pois é. O marxismo matou a criatividade. Acho que é a inevitável consequência do “culto à mediocridade” tão comunista.
No Brasil, infelizmente, o espírito crítico está na lona e debate não é debate, mas pugilato. As pessoas querem vencer discussões, não entendem que da troca de ideias e reflexões se extrai o crescimento, novas visões, novas percepções. Noto isso muito no debate político, que inclui uma extensa gama de coisas porque política é quase tudo. Transformamos o país num imenso Fla-Flu. A questão dos médicos cubanos, por exemplo. Ou se é totalmente a favor ou contra, não existe meio termo, balança, ponderação, tudo sob o véu da ideologia pela ideologia. Isso é uma catástrofe do ponto de vista de “queremos-construir-um-país”
E acho que falta leitura. A leitura. em especial de boa ficção e ensaios, leva à formação de um caráter debatedor. Esse fator também interfere.
http://religioeseideias.blogspot.com.br/2014/02/o-assunto-e-o-brinquedo-infantil.html
Infelizmente a Folha achou que estou muito rápido para ela. Assim resolvi postar neste e não no que gerou a polêmica
Só um detalhe sobre este texto, imaginei que seria mais agressivo, por uma questão política, não por questões de machismo conservador.
Sabine, por algumas vezes já discordei de algumas publicações. Concordei com a última sobre meninos e meninas. Espero não ter ofendido de maneira alguma em alguma delas, nunca foi intenção.
Em relação a debates, este talvez seja o pior sintoma de uma educação ruim, sem autonomia. Da mesma forma que discordei sobre as notas 0 a 10, a ausência de debate é um forma de controle do professor que sente-se incapaz de liderar a formação de seus alunos. Quando um professor sente-se questionado por um aluno e não apresenta uma resposta ou uma forma de levar a um debate, acaba buscando a solução mais fácil que é impedir o debate e “colocar cada um em seu lugar”. O aluno é muitas vezes tratado como problemático por questionar, buscar o debate. A falta de crítica, e consequente debate, é uma das raizes dos problemas de uma educação deficiente. Quem não critica não faz ciencia, não faz universidade de qualidade, não se forma.
Muito feliz esta sua última publicação. Espero que não delete ou bloqueie qualquer tipo de comentário. Não acredito que devemos varrer para debaixo do tapete nossa falta de educação e sim enfrenta-las. Fugir dos xingamentos e das ofensas é uma forma de fugir do debate. Gosto de sua postura de responder os posts mesmo nas piores ofensas.
Se você incomoda é porque causa impacto. Precisamos disso!
Sabine, argumentar que os americanos são bons porque num debate numa universidade se comportaram bem me parece um pouco de “americanismo”. Mas de fato o nível dos debates no Brasil ( na Ucrânia e na Venezuela deve ser bem pior) é muito ruim. Veja-se os comentários do G1 e daqui da Folha e constate-se: os comentadores a favor do PT quase sempre argumentam e tentam dialogar, enquanto os contra (a maioria que posta) apenas xingam, usam slogans brutais e propõem assassinatos e golpes. Você quer o quê, quando a mídia o que faz é dar toda a ênfase à manchete, e seus animadores (Ratinho, Faustão) enchem nossos ouvidos com palavrões, seus repórteres (Datena, M. Rezende, Sherazade) se esmeram em vulgarizar a brutalidade “com exclusividade, ao vivo e à cores” e seus filmes glorificam e glamourizam “mocinhos” que, em nome de sua “justiça” pessoal se armam até ao pescoço, torturam e matam sem piedade?
Excelente abordagem, o nosso sistema de educação precisa ser reestruturado, para dar vazão ao conhecimento e com isso poder preparar/qualificar pessoas para debater ideias. Infelizmente, hoje as nossas escolas apenas formam repetidores, assim como papagaios, que repetem o que ouvem sem saber o que dizem, como falta conhecimento a respeito daquilo que elas querem defender, xingam e com isso perdem a força de fazerem com que outras pessoas se posicionem ao lado delas….
Ricardo, obrigada pelo comentário. abraços, Sabine
Achei totalmente sem fundamento a autora desse texto querer comparar as universidades dos Estados unidos e Brasil baseada no comportamento de seus leitores. Isso nao tem nada a ver com o que eh ensinado nas escolas mas com falta de disciplina, educacao e principalmente conhecimento de causa das pessoas que querem entrar em um argumento, e por falta disso tudo, usa a falta de educacao e xinga por nao saber argumentar. Duas coisas essenciais para um bom argumento sao evidencias que suportem os mesmos e principalmente conhecimento de causa. A meu ver, parece que a autora estah usando da vaidade para se diferenciar por ter estudado em uma universidade do Michigan e isso nao seria um fundamento para dar suporte aos seus argumentos. Falta de educacao e disciplina dos leitores nao tem nada a ver com a base de ensino ou nivel academico entre universidades, seja ela Brasileira ou Americana!
Foi reconfortante ler seu artigo. O primeiro sobre a decisão de qual brinquedo a criança poderia escolher, me fez lembrar de um pai me perguntando (sou psicólogo), sobre o eu achava de seu filho estar mostrando interesse em brincar de boneca e se isso poderia ser indico de homossexualidade. Na ocasião, mostrei a ele que essa oportunidade poderia ser usada para treiná-lo para um dia ser pai, pois as meninas brincam de ser mãe e ele se sentiu confortado com a idéia. A opinião rasa não tem argumentos em algo elaborado, logo, fica mais fácil xingar, e como esse modo rasteiro de viver tem sido experimentado pela maioria, sentem-se apoiados ao lerem comentários que coadunam com suas “ideias” a também faze-lo. Por isso apóio que sim, você deve moderar os posts que achar ofensivos, não se trata de censura, mas o mínimo de bom senso deve ser preservado. Um grande abraço.
SOLILIDARIZO-ME E FICO MUITO INDGNADO COM AS AGRESSÕES QUE VEM RECEBENDO, DE FORMA PESSOAL, EM RELAÇÃO A UM TEMA QUE DEVIDO A SUA IMPORTÂNCIA DEVE SER DEBATIDO DE FORMA SÉRIA COTIDIANAMENTE E SEM XINGAMENTOS QUE, DIGA-SE DE PASSAGEM, É UM HORROR! POR OUTRO LADO, ACHO QUE A CRÍTICA NÃO DEVE SER APENAS AO MODELO OU SISTEMA DE EDUCAÇÃO DO NOSSO PAÍS, MAS AO PROJETO DE NAÇÃO QUE AS ELITES , AO LONGO DA HISTÓRIA, TÊM DEFENDIDO E IMPLEMENTADO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO. RESPONSABILIZAM OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PELO “FRACASSO” , PRICIPALMENTE DAS ESCOLAS PÚBLICAS QUE VEM INSENTIVANDO O SUCESSO SEM QUALQUE ESFORÇOS E NÃO TÊM CORAGEM DE ASSUMIR QUE O MODELO ATUAL A BENEFICIA DO PONTO DE VISTA POLÍTICO, SOCIAL E FINANCEIRO.
Talvez você tenha pesado um pouco a mão. Sei bem o que é isso, sou perito em fazer isso. Suas sugestões são muito interessantes mas como tudo no mundo, não depende somente de nossas vontades pois não vivemos isolados no mundo…. A socialização exige alguns recuos, ou subserviência individual, que temos que nos impor para vivermos em sociedade. A luta indivíduo/sociedade é muito complicada e ainda mais num país tão liberal para algumas coisas e tão retrógrado para outras. Vejo tudo isso passando pelo baixo nível de instrução, não vou nem falar em educação, hoje, a diplomatização de todo mundo a qualquer custo tem formado analfabetos funcionais em nível superior. Quero deixar claro que sou a favor da formação, sou contra ao processo que isso está percorrendo. E assim, fica muito difícil discutir mudanças de paradigmas de educação, seja familiar, seja escolar, onde a formação/instrução é muito precária. Quem sabe, daqui uns 30 anos, se houver alguma mudança, seu artigo possa ser diferente. Um grande abraço,
Não há debate de verdade por aqui. O que sabemos é rotular as pessoas. Só. Cansei de ver gente começar dizendo: “partindo do pressuposto de que vc é o capeta e eu sou o santo dos santos…”, “partindo do pressuposto de que eu sou o tolerante e vc é o preconceituoso…” E assim seguimos com nosso cinismo agressivo e afetado.
Sobre o texto que gerou a celeuma: Percebo que, atualmente, é comum a pessoas dizerem que isso ou aquilo é construto social; assim, elas se sentem na liberdade de ficar inventando. O sujeito se nega a reconhecer a realidade, a natureza mesma do ser humano, para poder falseá-la a seu bel-prazer. No caso, é a diferença intrínseca que há entre homem e mulher que está sendo negada.
Exato. Neurologicamente somos distintos. Como afirmar que somos idênticos? Não acho errado mulheres serem femininas e homens serem masculinos. Não é ruim a mulher querer ser mãe e o homem querer ser pai. Não diminui os direitos de ninguém, afinal as mulheres e os homens são dotados da mesma capacidade intelectual, a diferença é como as emoções interferem nas ações. Fico irritado quando tentam derrubar a misoginia com misandria. Ódio é ódio, vamos superar essa bobagem materialista.
Engraçado, a coluna fala sobre educação e alguns leitores a perdem em meio aos comentários!
Mais uma vez, uma pessoa ligada a opinião pública bombardeada pela intolerância e o coitadismo, lembre-se: pessoas que se põe na posição de vítima´é sim muito, mas muito agressiva.
Olá, Sabine. Conte comigo para ler e debater de forma saudável por aqui. Se não comento, pelo menos me faz refletir. Inclusive os comentários, para mim, são um reflexo do que eu vejo numa sala de aula.
Eu raramente faço debates em sala de aula, porque não gosto de “achismos”, que é onde acaba caindo, no discurso fácil.
Abraços.
Obrigada, Alessandra! Abraços, Sabine
Olá Sabine.
Cheguei ao seu texto graças ao grupo do FB ao qual participo. Sobre texto, eu tive uma discussão fervorosa com uma, até então colega, sobre as manifestações que ocorreram aí no Brasil, e infelizmente foi isso, por parte dela não havia mais contra-argumentos e acabou partindo para o xingamento e por fim o término da relação. E olha que ela possui mestrado, casada com Alemão e mora aqui há mais de 10 anos. Pelo visto esse problema perpetua-se mais por falta de interesse da pessoa que por falta de incentivo dos professores. Os alunos podem debater sem a necessidade do professor. Já vi debates acalorados sobre futebol onde ninguém se xingava, mas colocava muito bem o que seus times tinham feito de bom e o outro time de ruim… Creio que quando queremos sabemos argumentar, basta ter embasamento. Abraços.
Sabine, muito bom seu texto. Não havia lido o anterior e, quando vi o título, logo me veio um texto do Sakamoto em que ele afirma que dá de presente para os filhos de seus amigos bonecas para que eles aprendam a igualdade. Pensei que fosse esta mesma abordagem, de “todos TÊM que agir de certa forma para serem iguais” e me surpreendi quando você defende a liberdade de escolher. E com isso concordo plenamente.
Quanto ao rosa e azul, é interessante que até o século 19 era o contrário, rosa era para meninos por ser considerada uma cor mais forte e azul para meninas, por ser delicada. E a mudança ocorreu por causa da propaganda de uma loja de roupas infantis (na briga com sua concorrente, que mantinha a tradição).
Parabéns e felicidade.
Parabéns pela lucidez, Sabine! Estamos mesmo vivendo num ambiente supostamente intelectual pois as ideias que eram um fluido generoso de visões de mundo se tornaram rochedos, duros, que são arremessados com vigor contra o interlocutor.
Eu particularmente DISCORDO frontalmente da sua visão exposta no post em questão. Mas vivemos numa democracia, e você tem todo o direito de defender seu ponto de vista. Daí, eu preciso ter um embasamento científico para poder confrontar a sua visão e não a sua pessoa. Se você chegou a esses termos é porque sua história de vida a levou a tal. Eu não posso desqualificar isso somente porque meu ego diz assim.
Pena que as nossas Universidades formam replicadores de pensamento e não pensadores. E vale para os dois lados: a direita reaça e a esquerda revoluça que lutam ferrenhamente por NADA.
Ainda não li seu post sobre meninos e bonecas, mas concordo plenamente que quem não sabe argumentar, xinga.
Eu penso nisso toda vez que vejo notícias de manifestações violentas e violências em geral, que nada mais são do que uma outra face da falta de argumentatação.
Para debater, é preciso ouvir e entender o argumento do outro.
E antes de abrir a boca, é preciso racionar, pensar.
Nosso sistema educacional não prioriza essas coisas. Isso não é tratado como prioridade.
O que resta é xingar, agredir, depredar. Porque essas pessoas não aprenderam a debater, argumentar, persuadir.
Também faz muito tempo que não vejo programas de TV onde as pessoas debatem.
Nem os políticos sabem debater. Basta ver os tais “debates” que teremos na TV.
Quem não sabe debater xinga | Abecedário – Folha de S.Paulo – Blogs replica bags
Li uma pesquisa ano passado, realizada em Ribeirão Preto com alunos do ensino médio, que apontava que os jovens não tem habilidade para argumentar: são “prisioneiros de uma ideia só”, ou seja, aquelas replicadas nos livros didáticos. Com um cardápio super restrito de leituras – textos e suportes – acabam com uma enorme carência de autoralidade. E seguem repetindo, repetindo….a “resposta certa” que está no livro. Algo que certamente compromete ainda mais a vida no planeta, onde a cada dia somos chamados a responder – ou não! – a situações desafidadoras. Como o “mundo que queremos” precisa ser inventado, esse vazio de imaginário é um seriíssimo risco à vida. Prova disso são os ataques à sua proposta acerca da liberdade do brincar. Num mundo regrado por respostas prontas há pouco espaço para a reinvenção. Bora continuar teimando…
Christiane, isso faz sentido. Não somos treinados na escola para debate, para questionar o que está no livro. Há uma autora da qual gosto muito que diz que não questionamos a ciência, por exemplo, porque nossa educação científica nos ensina que rio é rio, lago é lago e é isso aí. Temos muito para avançar! abraços e obrigada,
Sabine
Dois links que podem ajudar:
Bertoldo Schneider Júnior, M.Sc., D.Sc. http://www.pessoal.utfpr.edu.br/bertoldo/38maneirasdevencerumaargument.htm
http://www.pessoal.utfpr.edu.br/bertoldo/FalaciaKit.htm
Debates pela net, são tão construtivos quanto dois bêbados conversando no bar, cada um acha que está falando pérolas da sabedoria.Debate bom é olho no olho, com pessoas que após o tal, possam como a Sabine disse, sair e aí sim tomar uma.