Ninguém sabe o que acontece na USP, mas todos pagam a conta

Sabine Righetti

Está bombando no noticiário: as contas da maior e mais importante universidade do país, a USP, foram reprovadas no TCE (Tribunal de Contas do Estado) por irregularidades.

Em 2008, quando a universidade era comandada pela ex-reitora Suely Vilela, os salários dela e de outros dirigentes ficaram muito acima do teto estabelecido.

As contas não fecharam.

Editorial: USP reprovada

Tribunal rejeita contas da USP

Na gestão seguinte, de João Grandino Rodas, a questão dos salários voltou a assolar a universidade.

O ex-reitor deixou a universidade gastando, estima-se, 104% do orçamento em salários. A média histórica da universidade era de 85% destinados à folha de pagamentos.

Como ultrapassou o orçamento, o ex-reitor teria usado também dinheiro de uma espécie de “poupança” da USP que, estima-se, gira em torno de R$ 3 bilhões.

Digo “estima-se” nos dois casos mencionados porque ninguém sabe ao certo o que acontece nas contas da USP.

CAIXA PRETA

A USP é uma caixa preta bem fechada e lacrada, que só quem está envolvido com a gestão tem acesso. E olhe lá.

O problema é que a universidade é pública e todo mundo paga a conta. Inclusive eu e você.

O que se sabe é que o governo prevê mandar para a universidade R$4,5 bilhões em 2014. É o que se chama de “previsão orçamentária”.

Mas o orçamento inteiro da universidade é uma incógnita.

Quanto dinheiro vem de empresas e de doações? A USP não sabe.

Eu tentei levantar esse número em todas as edições do RUF, mas nunca consegui.

“É tudo muito descentralizado dentro da universidade”, foi a resposta.

SEM AULAS

Os problemas na gestão, claro, refletem-se no funcionamento da universidade.

A unidade leste da USP, por exemplo, já enfrentou de tudo e continua interditada.

Teve contaminação do solo por metais pesados, risco de explosão por causa de metano na terra, água contaminada, infestação de pombos (leia aqui).

Dia desses recebi um e-mail emocionante de uma caloura de marketing da USP leste, a Raíssa Miguez, 19.

Ela diz que para entrar na USP fez um curso preparatório no qual se dedicou muito. Acabou entrando em várias escolas públicas, como a Unicamp, conta, mas escolheu a USP “por ser a mais renomada.”

“Hoje, decepção e desapontamento definem o meu sentimento. Pela terceira vez adiaram o início do ano letivo. Todos estão desapontados com a situação que nos colocaram.”

Pois é, Raíssa. Eu e você estamos pagando essa conta em todos os sentidos.

 

Comentários

  1. Sabine, que a USP (como as demais universidades públicas) tem problemas todos sabemos. Agora, o problema dos tais “supersalários” é uma distorção enorme do que é cabível.

    Primeiro porque o governador da época fazia de seu salário baixo um ponto de propaganda. Agora, para o governador é simples dizer que seu salário é suficiente, pois mora no palácio dos Bandeirantes com todas as despesas pagas. Não precisa usar um único centavo do que recebe.

    Depois, o salário da Suely e de qualquer um que venha a ocupar o cargo de reitor (da Usp, Unicamp ou Unesp) precisa ser compatível com a importância da função ocupada. Isso levaria a um salário muito superior ao que recebem.

    Quanto ao que recebem, um reitor necessariamente é um professor titular (MS6 pela nomenclatura oficial), tipicamente com pelo menos 20 anos de universidade. Isso já dá um salário próximo ao do governador, ainda sem a verba de representação.

    Quanto aos aspectos de orçamento, não verifiquei que informações a USP disponibiliza. Sei que a Unesp disponibiliza esses valores de forma razoavelmente clara. Não dá para detalhar tudo o que se gasta, mas buscando-se no site da Unesp pode se ver salários base para docentes, divisão do orçamento entre várias contas de gasto, etc. Não dá para saber o que é captado pelas fundações, mas esse não é dinheiro público.

    1. Aleardo, o dinheiro das fundações não é público, mas preocupa-me não saber para onde ele vai. E isso, inclusive, é um obstáculo para parcerias e doações. Não?

      1. Oi Sabine,

        O dinheiro vindo das fundações também é gasto de forma transparente (pelo menos na Unesp). Quanto a questão de doações, o maior empecilho é a legislação sobre contratos públicos, que dificulta muito a doação de forma direta. De certo modo é quase necessário fazer uma licitação para receber uma doação.

        1. O Aleardo tocou no mesmo ponto que pensei. Os professores que ocupam estes cargos de gestão usualmente estão no terço final da carreira, o que leva a altos salários. Levando-se em conta que o governador “empurra pra baixo” seu salário, não é dificil que, com verbas de representação, o salário de alguns gestores ultrapasse o teto.

          E é preciso deixar bem claro que pede-se mais transparência. Já vi essa novela de perto e para que se perda a autonomia universitária em nome de uma suposta transparência, é um pulo.

    2. O Presidente diminui seu salário (vencimentos) para fazer média com o povão. Daí o salário do governador deve ser ainda menor. Quando querem contratar alguém decente para trabalho que no exterior ganharia o quádruplo dá problema!
      Resultado: de anos em anos os docentes de universidades como a USP e a COPPE/UFRJ se mandam para o exterior por causa dos baixos salários de professores. Quem perde no final? O povão que o presidente fingiu agradar diminuindo seu salário, dado que pessoas que se desenvolveram para ajudar ao Brasil, por causa de politicagem não conseguem permanecer no país com um mínimo de dignidade (alguns agora tem envidado esforços para criar problemas para a COPPETEC de forma que fica ainda mais claro a necessidade de “fuga de cérebros” do país). E o Legislativo: fica quieto com medo da mídia, e não modifica a legislação favorecendo a produção de conhecimento que se agrega aos produtos (no Brasil, os docentes universitários representam parte significtiva da inovação tecnológica brasileira).

  2. Até hoje eu não consegui entender uma coisa: por que tem que haver universidades públicas?
    Por que ninguém cria uma lei PROIBINDO o Estado de se intrometer em áreas que são estratégicas para o país?
    Estamos CANSADOS de saber que o Estado (seja qual for, de que país for) não tem competência nem para cuidar direito do calçamento das ruas.
    Chega dessa palhaçada com o dinheiro público. Chega desse faz-de-conta de que existe Estado eficiente. Chega de fazer de conta que o círculo é quadrado. Ou os brasileiros acordam pra vida, ou em breve o país precisará encarar novamente aquelas taxas de inflação de 5.000% ao ano.
    Acordem, Alices.

    1. Realmente porque as Universidades Publicas nao sao pagas, como em outros paises? esta na hora de ser repensado isso tudo, nos Estados Unidos existe as publicas mas pagas, , com fiscalizacao eficiente. Essa fantasia de que o Estado tem que prover tudo esta mais do que ultrapassada.E transparencia eh fundamental.

    2. Para aqueles que não tem dinheiro, mas são intelectualmente qualificados possam cursar uma universidade. Se não houvesse a USP, eu não poderia ter chegado ao curso universitário e muito menos ao mestrado. Pena que não posso escrever aqui o que pensei, mas acho que você pode imaginar se assim o escrever: ***** bobão, pare de reclamar e paga a universidade particular!

  3. Desculpa, Sabine. Você estuda na USP? Está ligada a algum departamento ou faz parte de algum tipo de representação dentro da Universidade? Se você estivesse, teria certeza que sua opinião não seria essa.
    Discordo de várias coisas que você disse aqui. Mas, em resumo: a USP não é uma caixa preta. Se você fizesse parte de algum conselho ou de alguma das reuniões à respeito da gestão da faculdade, saberia disso.
    Quanto à descentralização, isso é uma qualidade da universidade, e não um defeito. Cada faculdade, dentro da USP, tem sua autonomia para realizar certos tipos de decisões pertencentes à ela, sem precisar ficar dependendo sempre do Conselho Universitário, por exemplo.
    Quanto à USP Leste, prefiro não comentar…

    1. Ernesto, eu já estudei na USP e na Unesp e estudo na Unicamp. Eu concordo com a autonomia e a descentralização. Mas acho perigoso um departamento não prestar contas de um dinheiro privado recebido de modo que a universidade não consiga contabilizar quanto dinheiro recebe –coisa que a Unicamp, por exemplo, faz muito bem. Abraços, Sabine

  4. Prezada Sabine, professores com o gabarito do Reitor estariam ganhando o dobro na iniciativa privada. Provavelmente, um orientando dele irá ganhar mais em uma UNI privada.
    A questão problemática na USP está nos salários absurdamente alto de muitos funcionários não docentes e que muitas vezes mais atrapalham do que ajudam o ensino.

    1. É verdade que poderia ganhar mais, mas quando houve coisa como a queda como ocorreu não USP não só perderia o emprego, como dificilmente conseguiria outro, mesmo pela metade do salário. No caso, fica até mais prestigiado.

    2. Mas na iniciativa privada o cabra tem que trabalhar e dar resultado, nao ficar o dia todo pesquisando sem retorno pratico ao negócio da empresa.

  5. A USP não pode continuar a ser autônoma. Foi isso que fez com que as suas contas disparassem. Está muito claro que a gestão econômica da USP deve ser conduzida pelo Governo Estadual. Segundo o decreto de 89, a USP deveria gastar no máximo 75% de sua receita com pessoal. Passou disso há muito tempo.

    Isso seria muito bom para a USP, que poderia aproveitar a onda e extinguir essa excrescência chamada SINTUSP, o sindicato dos trabalhadores da USP, cuja única finalidade é a de promover greves, invasões de reitoria e recitar os cânticos trotskistas.

    Para terminar a limpeza, a USP poderia também rever a existência de certas linhas de “pesquisa” que nada de útil produzem e investir mais em áreas científicas que são do interesse da Sociedade. Afinal, é ela que paga por tudo isso.

  6. A USP não pode continuar a ser autônoma. Foi isso que fez com que as suas contas disparassem. Está muito claro que a gestão econômica da USP deve ser conduzida pelo Governo Estadual. Segundo o decreto de 89, a USP deveria gastar no máximo 75% de sua receita com pessoal. Passou disso há muito tempo.

    Isso seria muito bom para a USP, que poderia aproveitar a onda e extinguir essa excrescência chamada SINTUSP, o sindicato dos trabalhadores da USP, cuja única finalidade é a de promover greves, invasões de reitoria e recitar os cânticos trotskistas.

    Para terminar a limpeza, a USP poderia também rever a existência de certas linhas de “pesquisa” que nada de útil produzem e investir mais em áreas científicas que são do interesse da Sociedade. Afinal, é ela que paga tudo isso…

  7. Correção !! todos já pagaram , este é único pais do universo que proporciona estudo gratuito para quem estudou nos melhores colégios do pais e tem condições plenas de pagar pelo ensino.

    1. não generalize david . alguns vieram de escola privada , alguns de escola publica . eu por exemplo nem ensino medio fiz . trampei a vida toda . fiz supletivo e estudei em casa até passar .
      entenda que se não fosse pelas universidades publicas haveria um deficit ainda maior de mão de obra qualificada o que atrasaria ainda mais a nossa economia . estudo de qualidade e gratuito para todos é um direito (e se nos outros paises não existe entao eis mais um motivo para se orgulhar do nosso pais)
      entre beneficios abusivos dado aos parlamentares e emprestimos bilionarios dado a grandes magnatas é ao estudo e a educação a verba que vc decide criticar ? um grande viva ao ensino de qualidade e publico

  8. David, se me permite, eu quero discordar dessa idéia de que a USP é um lugar tomado por “gente de elite”.
    Essa idéia é um mito que nasceu sei lá onde, quando e como, mas que não tem nenhum fundamento na realidade.
    Lá dentro está cheio de gente que não tem onde cair morta, e a maior parte dos alunos é de classe média, média-baixa ou até baixa. Via de regra, filho de banqueiro ou de grande empresário (ou seja, gente que tem dinheiro DE VERDADE) não estuda na USP. Nenhum grande empresário consciente da situação do ensino público brasileiro permitiria que seu filho estudasse na USP.
    Estamos falando de gente que simplesmente não teria 4 ou 5 mil reais para pagar a mensalidade de uma faculdade privada de primeira linha.

  9. No entanto, mesmo sabendo que o aluno típico da USP não teria dinheiro pra bancar uma universidade paga, ainda assim eu estou contigo no que se refere ao fim da gratuidade do ensino superior.
    Essa gratuidade tem que acabar, e o Estado TEM QUE SAIR do ramo do Ensino Superior, e deixar isso por conta da iniciativa privada.

  10. Deus me livre! Deixar a iniciativa privada cuidar do Ensino Superior seria permitir a criação de unibans em todos os cantos do Brasil. O setor privado não conseguiu, até hoje, criar no Brasil uma única Universidade de elite que possa ser comparada à USP. E olhe que ele já está nesse ramo há muito tempo! A ganância e o lucro fácil sempre norteiam as decisões dos empresários do setor. Eles não tem compromisso com a Ciência e estão pouco ligando para isso. Tratam Professores como mão de obra terceirizada. Basta perguntar a qualquer um que já trabalhou numa delas.

    1. Erwing, atualize-se.
      Segundo o ranking do próprio MEC, há muitas universidades privadas brasileiras que já possuem qualidade BEM SUPERIOR à de muitas e muitas universidades públicas.
      Vou além: hoje, a maioria das multinacionais que atuam no Brasil já preferem estabelecer parcerias com universidades privadas, em detrimento das públicas.
      Muitas das tais “unibans” (que você desqualificou tão prontamente) são muito mais demandas para parcerias com o setor privado do que os tais “centros de excelência” que as universidades públicas afirmam ser.

    2. Só pra concluir, deixo no ar a seguinte pergunta: via de regra, os pesquisadores das universidades públicas estão mais preocupados com a Ciência e com retornos à sociedade, ou com a quantidade de linhas de seus currículos Lattes?
      (Se a carapuça servir em alguém, que faça bom proveito! rsrs)

    3. Nagib, me desculpe mas essas classificações que o INEP faz não significam coisa alguma. Temos algumas poucas universidades privadas de boa qualidade (algumas PUCs e uma ou outra exceção). No seu conjunto elas querem apenas dinheiro e clientes/alunos. Não fazem pesquisa, não fazem extensão e muito menos ensinam algo que dure mais do que cinco anos.

      Claro que temos também universidades públicas engatinhando ou estruturadas na velha concepção de serviço público. Mas no Brasil se você quiser ensino de qualidade vai encontrar mais facilmente numa pública.

      Como o Ewing apontou, nenhuma universidade privada no Brasil busca excelência como instituição. Existem ilhas em alguns pontos, mas normalmente como fruto de algum abnegado e não fruto de uma política institucional.

      Nas públicas ainda temos muita coisa para melhorar, mas ainda são a melhor opção.

      Quanto ao pagamento de mensalidades, concordo que poderíamos implementar isso em algum tempo. Mas hoje é inviável achar que o total de mensalidades recebidas seja suficiente para manter uma universidade que faça pesquisa em quantidade/qualidade.

  11. A questão financeira da USP não é tão estranha assim. Nem tão enigmática. Os dados são públicos, como a lei manda, e podem ser encontrado em no site da Vice-Reitoria Executiva de Adm (VREA) da USP.

    Claro, o salário de cada um não está lá, mas também não é difícil de estimar, vide que o salário de cada categoria de docente/funcionário da USP também é público (vide o site do RH da USP). Some os quinquênios, a sexta parte, e os adicionais por cargos administrativos que é possível saber quanto cada um ganha.

    O problema da USP é outro. Em 2001 surgiu a ideia da expansão do ensino superior através de pressão do Governo do Estado e do CRUESP. A USP, de lá pra cá, inchou seu quadro de docentes e funcionários para atender à suposta expansão.

    O custo da USP por aluno – para os desinformados – caiu. Mas, a conta não fechou, porque o orçamento da USP se manteve fixo em sua parcela do ICMS, enquanto que o no de vagas e o no de docentes/funcionários aumentou em mais de 15%!

    Esse problema não tem nada a ver com a autonomia universitária, mas sim com a política da expansão universitária (para rivalizar, provavelmente, com a do Governo Federal).

  12. Realmente a Universidade de São Paulo é uma caixa preta e mina de ouro para alguns “Doutores”. O lado negro da Força é muito poderoso lá. Chega a ser um paradoxo estudar na FEA/USP para aprender Administração e Economia sendo que a própria universidade “torra” o dinheiro público sem prestar contas. Colocar dados em tabelas é fácil, difícil é prová-los no TCE ou no MP/SP. Quem disse que a ditadura se foi em 1984?

  13. Sandro, a ditadura dos fardados realmente acabou em 1984.

    O problema é que, no lugar daquela, instalou-se uma nova que é mil vezes pior, porque é mais dissimulada.

  14. Há um consenso: a USP é caixa preta, nenhum docente e técnico (funcionários todos são) se digna, especialmente os primeiros, a prestar contas. Mas cadê a imprensa fazendo seu bonito papel com as perguntas corretas, a saber:
    – porque ninguém na imprensa mencionou o fato de que, além dos salários, docentes e técnicos da USP recebem desde a gestão Rodas um “vale-alimentação” no valor de cerca de R$ 1000,00 (docentes, inclusive aposentados, qualquer que seja a categoria) e até R$ 800,00 (técnicos)? Será que isso não está contribuindo para o rombo? Ou todo o mundo acha que é milagre não ter havido greve por reposição salarial na gestão Rodas? Quem não quer um “vale-alimentação como esse”?
    – de onde sai o dinheiro para financiamento interno de viagens de pesquisadores, seus orientandos, além de bolsas para projetos culturais milionários, que podem ultrapassar a marca dos R$ 180.000,00?
    – antes de sair a público, pedindo ajuda a atuais e ex-alunos, por que o atual reitor (aliás, membro da gestão passada, e…não sabia?) não faz uma auditoria nas fundações da USP (Poli, FEA, Medicina…) para saber para onde vai o dinheiro dos contratos e prestações milionárias? Por que não pedir a ajuda deles? A opinião ficaria chocada / indignada de saber a quanto sobe o salário de professores da USP que lá estão com seus contratos de tempo parciais só para fazer da instituição um cartão de visitas e tocar projetos que lhes permite levar uma vida nababesca, digna de altos executivos de empresa.
    São essas mesmos docentes/pesquisadores que prestam serviços a órgãos privados e públicos que deveriam ser os primeiros a saber – e aplicar – a noção de Accountability, que é “um conceito da esfera ética , frequentemente denotando responsabilidade civil, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Na administração, a accountability é considerada um aspecto central da governança, tanto na esfera pública como na privada, como a controladoria ou contabilidade de custos.”
    Só por que é USP, são todos anjos e não conhecem improbidade administrativa? Só impunidade administrativa?
    É óbvio que lá dentro também não há assédio moral, imagine. Mas duvido que as pessoas que sejam contra os “esquemas” não tenham o fígado comido por tubarões.
    Assim, não há porque ter dó da USP – Olimpo de caixas pretas bem fechadas – nem de seu atual reitor, que, até por estar lá há tanto tempo, faz-me rir em sua ingenuidade só comparável a de certos ex-presidentes que, de esquemas de corrupção, nada sabiam e até hoje parecem não querer tomar conhecimento!
    USP, preste as contas já!

    1. A USP deveria cobrar em seus concursos para qualquer área noçoes de Administracao Geral, Administracao Publica e Ética no Servico Publico.
      Isso não é cobrado ai quando o funcionario é contrado se faz de desentendido em um monte de situação, desde cumprimento do horario de ponto até a compra e uso de bens com verba publica.

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