‘Descobri na escola que era machista’, diz estudante na Marcha das Vadias
Já escrevi algumas vezes aqui no blog sobre a importância de debater gênero na escola. Hoje, cobrindo a Marcha das Vadias, vi na prática como essa discussão na sala de aula pode ter resultados bacanas.
No meio da passeata feminista que saiu do vão livre do Masp e seguiu até a praça Roosevelt (centro), em uma caminhada de cerca de duas horas, encontrei um adolescente com uma amiga.
“Nas ruas não me sinto livre”, diz manifestante de topless na Marcha das Vadias
Douglas de Oliveira, 17, estudante do 2º ano do ensino médio na Etec Guaracy Silveira (Pinheiros), disse ao Abecedário que foi à marcha porque tornou-se solidário à causa feminista.
Como isso aconteceu?
“Discutimos gênero em uma aula de sociologia e a minha professora convidou uma integrante de um movimento feminista para falar com a gente”, conta.
“Descobri que eu já tinha tido vários comportamentos machistas e fiquei com vergonha. Resolvi me solidarizar com a causa feminista.”
Douglas estava com a amiga Lara Rodarte, 16, que também cursa o 2º ano do ensino médio na mesma escola.
Ambos seguravam cartolinas verdes com palavras de apoio ao movimento. Foram embora assim que a passeata terminou, juntos, de metrô.
‘VADIAS’ NA ESCOLA
Uma das organizadoras da Marcha das Vadias, Priscila (nome fictício), contou ao Abecedário que ela própria tem participado de um trabalho de visita em escolas públicas e particulares para debater gênero.
A proposta, diz, é conversar com alunos especialmente sobre crimes sexuais.
“Dados mostram que sete em cada dez mulheres estupradas sofreram violência por alguém conhecido, muitas vezes da própria família. Estupro não acontece somente à noite em ruas escuras.”
Priscila não quis se identificar porque diz ter sido ameaçada recorrentemente pela internet.
“Muita gente entra na nossa página do Facebook e diz que a gente merece ser estuprada.”
“Tem gente que ainda ensina que é a mulher que deve se proteger do agressor, e não o homem que simplesmente não deve agredir.”
Eu já escrevi sobre isso aqui no blog –e muita gente discordou dos meus argumentos.
Assim como as manifestações de junho de 2013 levaram o debate político para algumas escolas (leia aqui), outros movimentos como a Marcha das Vadias parecem estar entrando aos poucos no ambiente escolar.
Esse, talvez, seja o fruto mais positivo dos protestos pelos quais o país está passando: uma mudança lenta na educação dos nossos meninos e meninas.
Esse seu blog é, verdadeiramente, um lixo. Qualquer desenho animado do Pica-Pau possui mais profundidade e fornece mais instrução do que esse seu espaço na FSP. Cobrir a “Marcha das Vadias”? Qual será a próxima “matéria” de grande interesse pedagógico e cultural? Uma cobertura da “Marcha da maconha”?
Caro, fui cobrir a Marcha das Vadias para o jornal, coisa que imagino que você não tenha acompanhado, e no meio da cobertura achei uma história interessante que relaciona gênero e educação para o blog. Acho que você não entendeu o processo.
Eu entendo muito bem o “processo”. Temos uma classe de pessoas, que se autodenominam “educadores”, usando a escola para divulgar suas idéias pervertidas sobre sexualidade e de “homoafetividade” como se fossem coisas banais. Foi exatamente isso que destruiu a nossa escola e nos faz amargar as últimas colocações nas avaliações internacionais de desempenho. A Sociedade deve lutar para IMPEDIR que esses insanos tenham espaço nas escolas e nos jornais.
Justo, você está sendo “injusto” com a Sabine. Infelizmente, a derrocada do ensino a que você se refere, carrega, em seu âmago, a falta de diálogo sobre o ser humano. Discutir o gênero é informar sobre a condição humana, leva a refletir dobre o outro e a se relacionar num mundo sempre em transição. O que vale, entretanto, são discussões de conteúdo sério e não por mero modismo.
Sim! É um modismo! E da pior qualidade! As primeiras “manifestações” dessa natureza surgiram no Canadá. Imediatamente, as vira-latas tupiniquins replicaram o modelito. Vamos torcer para que o consumo de fezes não se torne moda por lá. Caso contrário, como diz aquela piada, não vai ter pra todo mundo…
Esse blog explica porque a educação brasileira é o lixo que todos conhecemos. Num país onde 1/3 dos universitários é analfabeto funcional, a “especialista em educação” está preocupada em debater “gênero” nas escolas e se dispõe a cobrir a marcha das vadias, grupo conhecido por, entre outras amenidades, introduzir objetos religiosos nos diversos orifícios humanos em praça pública.
Meu Deus, quanta gente odiosa que entra aqui só para criticar! Não se deve debater gênero nas escolas? Não se deve debater racismo, nem política? Entendi. São pessoas que não querem estudantes debatendo, pensando. Eles querem que os estudantes da escola pública sejam formados para serem apenas os funcionários braçais. Os famosos “personal slaves”.
Marcelo, o simples fato de tanta gente entrar aqui para me xingar mostra a importância do blog e do debate sobre educação. Isso só me motiva. Temos um longo caminho pela frente… Abraços e obrigada pelo comentário, Sabine.
Marcelo, eu discordo de você.
Acho importantíssimo discutir certos assuntos na escola, mas não acredito que o Brasil tenha professores com autonomia intelectual suficiente para debater questões tão delicadas.
É amplamente sabido que, no Brasil, há uma espécie de “pensamento único” circundando o meio acadêmico. As questões só são abordadas e tratadas sob a ótica do vitimismo, e esse ponto de vista não ajuda em nada a coesão da sociedade brasileira.
Muito pelo contrário, essa linha de raciocínio só intensifica ódios que, muitas vezes, sequer existiam de maneira clara e definida.
Casos de racismo estão se intensificando, à medida em que a tal “consciência negra” força a barra para expandir seu campo de influência. A mesma coisa já está acontecendo com os homossexuais, e deverá ocorrer também com a questão do feminismo.
Alguém está interessado em dividir a sociedade brasileira em grupos antagônicos e dizer que há um ódio “histórico” entre esses grupos.
No meu modo de ver, poucos estão realmente interessados no ser humano. A maioria quer tirar uma casquinha do vitimismo, e uma minoria quer dividir a sociedade para enfraquecê-la. É o velho truque do cardeal Richelieu: dividir para governar.
rapaiz, por que non te calas?!
Oi?
Excelente matéria Sabrine, e sim, a questão do gênero ainda é premente na atualidade, merece sim ser discutida em salas de aula e onde mais isso seja possível. Assim como a marcha seu blog é instrumento de introdução do tema nos diálogos da sociedade. Ler os comentários anteriores, só ratificam essa necessidade.
Boa reportagem, mas fotos e legendas lamentáveis. O que quer dizer que a maioria das participantes de uma marcha feminista é mulher? Não seria óbvio que as próprias mulheres façam sua luta? Eu acho que sim. E aênfase dada em fotos de seios femininos só mostra um certo machismo do fotógrafx…
Discordo. O fato de que a maioria é uma mulher é uma informação que deve ser passada ao leitor. O que isso quer dizer não é o jornalismo que tem de resolver.
Francamente, dizer em relação ao estupro que “o homem que simplesmente não deve agredir” é como dizer que a solução para o alto número de assassinatos é ensinar às pessoas “que não devem matar”. Bingo! Que genial! Me irrita esta marcha porque existe nela a ideia implícita de que estupros ocorrem porque haveria um sentimento generalizado entre os homens de que estuprar uma mulher é ok, ou seja, algo cultural. Em outras palavras, as promotoras destas marchas acham que os homens são seres primitivos e violentos que vivem na idade das cavernas e precisam ser “educados”. Se isto não é ser sexista, então não sei o que é.
Gustavo, acho que você não entendeu. Homens são ensinados em casa e na escola a serem “machões” e mulheres são ensinadas a se defender, se proteger, não usar saia curta e afins. É isso que tem, sim, de mudar. Sugiro leitura de: http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2014/04/19/meninas-aprendem-a-se-proteger-meninos-nao-aprendem-nada/ Atenciosamente, Sabine.
Bem Sabine, eu não sei quanto aos homens da sua família, mas na minha família, e em todas que eu conheço, não se ensinou que é legítimo a um homem estuprar uma mulher.
Eu admito sim que existam família (não é o caso da minha) que ensinam homens a serem “machões”, leia-se, beber todas e pegar todas. De qualquer forma, isto não tem nada a ver com estupro. Não seja leviana.
Já estive em rodas de conversa exclusivamente masculinas, nestes ambientes, muitos homens – talvez cerca de metade – aproveitarão para fazer comentários machistas mas posso de garantir que nunca escutei ninguém, por mais tosco que fosse, fazendo graça com estupro.
Talvez eu viva em um mundo paralelo.
Sua lógica pra mim é completamente absurda. Eu recomendar a um amigo, homem, que não passe de Rolex na Cracolândia é concordar com os assaltantes? Eu recomendar a um amigo, homem, que de madrugada não passe nos sinais verdes sem olhar é concordar com as pessoas que conduzem embriagadas? Eu recomendar a um amigo, homem, que não entre na favela é concordar com os traficantes que lá estão? Não entendo essa sua lógica.
Gustavo, você leu o texto? Não estou falando apenas de estupro, estou falando de um cultura que, sim, existe em toda a América Latina de culpar a vítima de qualquer tipo de assédio (estupro incluso). A mulher é culpada quando é assediada porque estava sozinha, porque era noite, porque estava bêbada, porque estava de saia, mas ninguém questiona a postura do homem. Esse debate não saiu da minha cabeça e não tem nada a ver com a minha família; eu trago de discussões amplas sobre gênero que passam pela sociologia, pela antropologia, pela psicologia e pela educação. Sugiro que aprofunde suas leituras. Abraços, Sabine.
Ok, então está bom. “Ninguém questiona a postura do homem”. Depois se eu digo que você vive num mundo paralelo, você fica irritada e manda eu ler livros. Diga-se de passagem que eu curso doutorado em uma universidade federal. Uma dica, nem tudo que está escrito em um livro é verdade. Um pouquinho mais de senso crítico não faz mal.
Muito bacana a matéria, fico contente que esses debates estejam acontecendo nas escolas, são extremamente necessários.
Seja pelas manifestações ou trabalhos individuais toda tentativa de conscientização é bem vinda.
Parabéns pelo seu trabalho Sabine e pela maneira que lida com os comentários cheios de ódio cego que as pessoas despejam, espero que elas se conscientizem algum dia que para as coisas mudarem é preciso tentar de alguma forma.
Sergio, obrigada pelo comentário! Continue no blog. Abraços, Sabine.
Parabéns pela matéria,a discussão de gênero nas escolas é o primeiro passo para construir uma sociedade livre de preconceitos e destruir esse machismo ridículo que existe.Fico triste por ver pessoas fazendo comentários chatos e sem fundamento.A marcha foi linda e tem um propósito mais lindo ainda.
Lara, obrigada pela conversa e, por favor, mande meus sinceros parabéns para sua professora de sociologia! Continua acompanhando o blog! 🙂 Abraços, Sabine.
Marcha das Vadias ou Marcha das Trouxas?
Pra começar, as integrantes da Marcha das Vadias são mulheres, em sua maioria, FEIAS. Ou são gordas, ou magras demais, ou simplesmente, FEIAS. E acham ruim receber cantadas na rua? Bem, cantadas de quem? Nunca vi homem “assediando” mulher feia.
As mulheres bonitas, todas que conheço, caga para a Marcha das Vadias, porque gostam de como o sistema funciona: homens se matando por causa delas.
A Marcha das Vadias é uma hipocrisia sem tamanho, quero ver fazer marcha lá nos países muçulmanos, porque vocês não vão lá? No Brasil é fácil, a realidade da mulher é muito diferente do que as feministas aqui pregam. O fato é que, as feministas são as feias excluídas que querem que participam do sistema onde as mulheres bonitas se aproveitam.
Bem, tenho uma novidade: homens feios são mais excluídos e são mais prejudicados nesse sistema do que mulheres feias e não ficam choramingando.
No mais, existe debate nas escolas, de uma pessoa que se diz ter descoberto machista e sentiu vergonha? Aposto que o tal “debate”, é só mais um discurso da esquerda que fazem as pessoas se sentirem mal por ter pensamentos conservadores, ter dinheiro, ter trabalho, não apoiar bandidos.
Enfim, uma mulher dessa, que trabalha na Folha de S. Paulo, deveria ter vergonha na cara de defender e escrever sobre um assunto tão FÚTIL e desnecessário. Escreve aí sobre como a Marcha das Vadias enfia objetos religiosos no anus, faz músicas falando que vai cortar o pênis dos homens, fala sobre a misandria que o movimento feminista brasileiro destila nos seus discursos vitimistas.
Vinicius, eu não estou defendendo nada. Não sou ativista, sou jornalista. E a Marcha das Vadias é um movimento bastante importante, que parou o centro de São Paulo ontem por uma causa que é bastante nobre — afinal, o Brasil e´um dos países recordistas em violência contra mulher. Ah, e obviamente isso não vem ao caso, e não tem nada a ver com a causa, mas havia mulheres lindíssimas na marcha. Eram mulheres: magras, gordas, altas, baixcas, morenas e loiras. Simplesmente mulheres. Atenciosamente, Sabine
“Eu não sou ativista”. Hahahaha. Agora, conta aquela do papagaio.
Nenhuma mulher merece ser estuprada …verdade…mas de quem as pessoas sentiriam mais pena ou compaixao por passar por uma coisa dessa….de uma trabalhadora,MAE de familia,e de boa postura na sociedade…..ou de uma FUNKEIRA da vida que fica fazendo dancas pornograficas no meio da rua,,tirando a paz dos outros..?? De quem o brasileiro teria mais pena ??? ESSA E A QUESTAO…..
Para protestar contra estupros e violencia, a primeira coisa que elas fazem e tirar a roupa e ficar com os peitos de fora…alem de se chamarem de vadias…Tenho certeza que o maniaco do parque ficou comovido com essas manifestacoes….deve ter ido se masturbar antes de dormir
Acho apropriado e oportuno a questão ser abordada em um blog voltado a questões educacionais; É na sala de aula que familiariza-se e naturaliza-se sobre o certo e errado, sobre o respeito e debate-se a importância de observar o outro como igual. Diante de tema tão complexo, o que chamar a atenção serem os seios desnudos, só corrobora o fato de que há muito o que se debater e evoluir.
1 – Como é que é?? Uma etec pública (escola TÉCNICA) com aulas de sociologia?? É por isso que temos esse tremendo apagão de mão de obra!
2 – Prezada Sabine, quando você trata de aspectos técnicos da educação é realmente muito bom e merece parabéns. Agora, toda vez que você se deixa possuir pelos espíritos esquerdistas, com doutrinação, “conscientização” sobre isso ou aquilo, blábláblá, me dá uma tristeeeza… Lamentável.
Etec não é apenas uma escola técnica,existe o ensino médio regular,o tecnico e o médio integrado ao técnico queridx!
Aula de sociologia é obrigatória por lei –e acho ótimo que seja, afinal, vivemos em uma sociedade e precisamos entendê-la. Mas sinceramente não entendi o que esse post tem de “esquerdista”. Aliás: defina esquerdista.
Sabine, preciso lhe pedir desculpas antecipadas, pois nas linhas que seguem eu serei um pouco inconveniente. Decidi me valer desse recurso porque, francamente, não encontrei modo mais eficiente (e sintético!) de me expressar.
O que falta nas nossas escolas – e em toda a nossa sociedade – é levarmos um pouco mais a sério aquela máxima cristã: “Não faça aos outros aquilo que você não quer que façam a você”.
No dia em que nós, brasileiros, levarmos essa pequena frase um pouco mais a sério, perceberemos mudanças notáveis na nossa sociedade.
Enquanto desprezarmos aquela máxima, continuaremos tendo que assistir a espetáculos deprimentes como essa Marcha, em que mulheres reagem de forma grotesca a atitudes grotescas tomadas por alguns homens.
Uma sucessão de espetáculos deprimentes.
Aliás, o caráter grotesco dessa marcha tem tudo a ver com o caráter grotesco do próprio Estado brasileiro.
Se mulheres precisam chegar ao ponto de gritar na rua, em prol de sua integridade física, isso é sinal de que, no Brasil, a violência contra a mulher é um crime que “compensa”, isto é, o sujeito pratica e fica impune.
De certo modo, essa situação é coerente com tudo o que se passa neste país, pois, aqui, é público e notório que o crime compensa. Seja um senador corrupto ou um simples ladrão de galinhas, criminosos costumam se dar muito bem no Brasil.
Isso atinge o direito das mulheres, assim como atinge o direito de todos. No Brasil, o Estado colapsou e não pode mais garantir quase nada aos cidadãos, que o sustentam a duras penas.
Parabens à Marcha das Vadias e parabens aos professores e professoras de sociologia que estao trazendo a discussão de gênero para dentro da sala de aula!
Sou estudante do mesmo colégio e sinto um orgulho enorme por sabermos conversar civilizadamente sobre tal assunto, acho sim que é um debate importante em escolas e só abre nossa mente para o mundo que é muito maior do que uma instituição de ensino médio.
Aos comentaristas que deveriam ao menos considerar e tentar entender, como eu entendi, o lado da mulher.
Como eu queria que esses homens nascessem mulheres para sentirem na pele o que é viver todos os dias oprimidas, com medo sem motivo, só porque nasceram com uma vagina.
Desde quando uma mulher usar um vestido, calça, roupa que seja, que mostre sua beleza é motivo para um homem se sentir livre de dominá-la e de achar que só porque está usando aquele vestuário ele vai gostar de ser estuprada.
A sociedade é machista e quando digo sociedade eu não digo todos os homens. O seu filho que assiste TV, aprende a ser machista –assim como aprendi- da mesma forma que sua filha a prende que uma princesa deve ter cabelos loiros e ser branca. Seu filho aprende que mulher só serve o corpo, porque no programa a dançarina está seminua se mostrando –essas mulheres podem até gostar disso, são vítimas de propósito, ao ponto de não se considerarem.
Sua família não te ensinou a ser machista. O convívio com a sociedade te ensinou. Por que a mulher tem que gostar de rosa e o menino de azul? Por que o homem pode pegar todas e a mulher se beijar todos é vista como vadia e o homem não? A culpa é do homem e não da mulher. O que tem há ver ela usar um decote e o homem se sentir tão incontrolado a ponto de querer fazer sexo com ela a força? Quem disse que ele faz o que quiser com ela? E sim, a sociedade é tão machista que ninguém questiona a postura do homem, a culpa foi da vítima porque estava sozinha e bem bonita.
“O fato é que, as feministas são as feias e excluídas que querem que participam do sistema onde as mulheres bonitas se aproveitam”. Então com isso você quis dizer que as mulheres bonitas gostam de assédio? Quem te deu o direito de assediá-la, o corpo é dela e não seu.
Você cresce machista e não percebe até algum educador mostrar esse lado pra você, o lado feminista. Que educador faz isso? Quase não tem.
Pergunto aos reclames -ao meu ver ignorantes- você teve essa educação feminista para saber o que uma mulher tem que aguentar pra viver numa sociedade que a oprime e impõe medo? Ou só fala que acha, desenvolveu sozinho com a vida? Porque se foi a segunda opção, o que te ajudou a pensar assim foi o machismo imposto a você que não percebeu através dos meios de comunicação, propaganda e até de família, proposital ou não.
Só pra falar, haviam mulheres muito bonitas lá. E não, elas não gostam de ser chamadas de gostosas. Elas não são vadias por irem à uma balada sozinha. Ela não quer sexo, porque mostra sua beleza voltando para casa de noite, numa rua deserta. E não, ela não gosta de ser vista como mercadoria. Essa luta é por igualdade! Assim como o homem pode andar sozinho de noite sem se preocupar em ser estuprado, ela também quer.
O respeito a mulher é muito importante em toda sociedade. Mas o feminismo não se enquadra em mais um movimento separatista (homens x mulheres) em detrimento da família? Esse movimento não é a mesma coisa que os movimentos negro x branco, bandido x polícia e pobre x rico? Observem que a mídia está ajudando a separar a sociedade. Atenção as feministas, obter o respeito da mulher não pode se confundir com acabar com a família.
Homem x mulher = pobre x rico = negro x branco = ladrão x polícia = homossexual x heterosexual.
A mídia manipula a população alienada que está sendo totalmente dividida para facilitar as manobras políticas.
O respeito a mulher é extremamente importante. O feminismo ao extremo é mais uma forma de dividir a sociedade. Acabar com a família, uma das instituições mais importantes, é uma forma de acabar com uma nação. É a gota d`agua.
As mulheres aqui presentes, por favor, defendam os seus interesses, mas lembrem de que com uma sociedade dividida teremos um país cada vez pior.