Abecedário https://abecedario.blogfolha.uol.com.br Universidades, escolas e rankings Mon, 10 Dec 2018 18:26:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 MEC deve apresentar ‘base curricular de professores’ nos próximos dias https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/12/10/mec-deve-apresentar-base-curricular-de-professores-nos-proximos-dias/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/12/10/mec-deve-apresentar-base-curricular-de-professores-nos-proximos-dias/#respond Mon, 10 Dec 2018 17:47:07 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/rossiele-320x213.jpg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3478 O Ministério da Educação deve apresentar nos próximos dias uma referência para orientar os currículos dos cursos de licenciatura e de pedagogia de todo o país. São as graduações que formam os professores que dão aula em todas as escolas brasileiras.

A ‘base nacional curricular de professores’ será encaminhada pelo MEC  para avaliação do CNE (Conselho Nacional de Educação). A expectativa é que o órgão debata o conteúdo curricular por cerca de dois anos antes de chegar à versão final do documento. Se isso acontecer, a implementação da nova base deve começar em 2023.

O processo será semelhante ao da aprovação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que, nesse caso, orienta a elaboração de currículos para o ensino infantil, fundamental e médio. A BNCC passou por cinco ministros de educação e foi aprovada na gestão do atual ministro Rossieli Soares da Silva. A última parte da BNCC, referente ao ensino médio, foi aprovada em novembro.

O ministro tem enfatizado que habilidades básicas de quem dá aula estejam na ‘base nacional curricular de professores’ — e, consequentemente, em todos os cursos que formam professores no país. De acordo com ele, hoje há diferenças muito grandes entre o que é ensinado em licenciatura e em pedagogia em diferentes instituições.

A iniciativa da base curricular de professores, no entanto, tem torcido o nariz especialmente de universidades públicas — que têm autonomia pedagógica, mas devem seguir as determinações do CNE.

Já nas instituições privadas de ensino superior, de onde sai a maioria dos professores do país, a principal preocupação é com os cursos de graduação a distância. Hoje, metade das matrículas em pedagogia no país são em cursos online.

O encaminhamento da ‘base nacional curricular de professores’ do MEC ao CNE deve ser a última tacada de Rossieli da Silva na pasta. O ministro — que já foi secretário estadual de educação no Amazonas — está de mudança para São Paulo, onde assume a Secretaria Estadual de Educação na gestão do governador eleito João Dória (PSDB).

 

 

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‘Nobel’ da matemática muda da França para Suíça — e segue com pé no Brasil https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/27/nobel-da-matematica-muda-da-franca-para-suica-e-segue-com-pe-no-brasil/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/27/nobel-da-matematica-muda-da-franca-para-suica-e-segue-com-pe-no-brasil/#respond Fri, 27 Jul 2018 14:27:07 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/artur-avila-320x213.jpg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3307 O único ganhador brasileiro da medalha Fields — prêmio que é considerado o Nobel da matemática — está de malas prontas. O matemático Artur Avila (39) acabou de ser contratado pela Universidade de Zurique, na Suíça, onde começa a trabalhar em agosto. Ele deixa o CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica, órgão do governo francês), onde era diretor de pesquisa, mas segue colaborando com o Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) — condição, diz, para que aceitasse a proposta suíça.

“Não queria interromper essa situação”, disse o matemático ao Abecedário.  “O Impa é a principal instituição de matemática do país.”

Avila chegou ao instituto aos 17 anos: fez mestrado e doutorado no Impa simultaneamente à graduação em matemática na UFRJ. Aos 21 anos, já estava no pós-doutorado na França — o que lhe dá um caráter de gênio na área mundialmente.

A condição de continuar com a colaboração em pesquisa com o Impa tem também um tom de nacionalismo. “Existem funções que posso exercer no Brasil para além da pesquisa em matemática”, diz. A principal delas é atrair estudantes brasileiros para a matemática — área em que o país ainda patina internacionalmente. Para se ter uma ideia, o Brasil está em 65° lugar na avaliação de matemática do PISA, da OCDE, dentre 70 países. É o pior desempenho do país no exame (as outras áreas avaliadas são ciências e linguagens).

Nessa missão, Avila quer inspirar a garotada. Dá palestras, circula em escolas, conversa com estudantes, tira selfies e, vira e mexe, entrega medalha na OBMEP (Olimpíadas Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), organizada pelo próprio Impa. Para ele,  a OBMEP é um caso de sucesso na educação do país. “Ganhar uma medalha dá um ânimo. Funciona realmente.”

O matemático brasileiro tem recebido convites de instituições renomadas de ensino e pesquisa mesmo antes da medalha Fields, prêmio que recebeu em 2014. “As pessoas não ganham um Fields do nada, então os bons nomes estão circulando e acabam recebendo convites”, diz. Somente neste ano, no entanto, decidiu analisar propostas.

Escolheu Zurique porque é um lugar bastante desenvolvido matematicamente. E tem dinheiro: “terei recursos para convidar pessoas do Brasil.” Na Suíça, além de pesquisa, que será sua principal atividade (ele trabalha com matemática pura), Avila vai ministrar um curso ligado à sua atividades de estudos.

A mudança dele para a Suíça não se trata, enfatiza, de uma fuga de cérebros — fenômeno em que pessoas altamente qualificadas deixam o país em busca de oportunidades fora. “Estou fugindo da França para Suíça!” (risos)

A Universidade de Zurique está entre as 100 melhores do mundo no ranking universitário THE e em 58° lugar no ranking de Shangai. Esse último considera a quantidade de prêmio Nobel e medalhas Fields no total docente como critério de qualidade da instituição.

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Grupos de mídia levam jornalistas para ensinar educação midiática em escolas https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/grupos-de-midia-levam-jornalistas-para-ensinar-educacao-midiatica-em-escolas/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/03/grupos-de-midia-levam-jornalistas-para-ensinar-educacao-midiatica-em-escolas/#respond Tue, 03 Jul 2018 10:00:18 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Captura-de-tela-2018-07-01-16.01.08-320x213.png http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3275 Dois grandes jornais britânicos anunciaram na última quinta (28) que vão trabalhar juntos em um projeto de educação midiática nas escolas do Reino Unido. A proposta do The Times e The Sunday Times é levar seus jornalistas para escolas daquele país para que os alunos sejam expostos a histórias jornalísticas reais, pesquisa e apuração.

O que está por trás da iniciativa é uma preocupação crescente dos grupos de comunicação com a disseminação de notícias falsas (fake news). São os textos com cara de jornalismo que se disseminam especialmente por redes sociais. O problema é que pessoas podem tomar decisões baseadas em notícias falsas — como decidir em quem votar — sem saber que estão sendo enganadas.

A atuação de grupos de mídias em escolas não é novidade no Reino Unido. Desde 2006, a BBC — maior e mais antiga emissora do mundo — institucionalizou a necessidade de promover alfabetização midiática nas escolas daquele país. O grupo disponibiliza materiais on-line baseados no currículo escolar do Reino Unido para serem utilizados por estudantes e professores. Entre as iniciativas, há até um game — o iReporter — que simula o primeiro dia de trabalho de um jornalista de verdade apurando uma história.

Neste ano, a BBC também anunciou que levará seus jornalistas para as escolas britânicas para ajudar no projeto de educação midiática (é o “BBC journalists return to school”). A decisão do grupo surgiu depois de uma pesquisa nacional que mostrou que apenas 2% das crianças e dos adolescentes daquele país têm a capacidade de leitura crítica necessária para discernir uma notícia falsa de uma notícia verdadeira.

No Brasil, não há nenhuma pesquisa que identifique a capacidade de discernimento de notícias reais e falsas pelos estudantes brasileiros. Tampouco há iniciativas de grupos de mídia voltadas às escolas do país. Há, no entanto, uma série de pesquisas sendo conduzidas na área. Uma delas é a da jornalista Jéssica Santos, que está estudando iniciativas de alfabetização no acesso a notícias em um mestrado profissional na ESPM.

“Enquanto pesquisadores tentam compreender porque somos tão suscetíveis ao cenário complexo de desordem informacional, cabe às empresas jornalísticas participar ativamente de projetos que ajudem as pessoas a conhecer o processo de seleção, de produção e de financiamento das notícias”, diz Jéssica.

“Desordem informacional” é o nome dado pelos acadêmicos à disseminação de notícias falsas aliada à incapacidade de discernimento entre a informação real e a falsa.

Além dos grupos de mídia do Reino Unido, jornais norte-americanos também têm atuado em educação midiática em escolas. Caso do The Washington Post e do The New York Times — esse último, por exemplo, tem uma seção no seu próprio site que reúne material jornalístico que pode ser usado por professores nas escolas.

“São organizações que já enfrentam o desafio com iniciativas que comprovam a eficácia de equipar a sociedade para lidar com a sobrecarga de informações e a dificuldade em determinar a veracidade do que é propagado nas mídias.”

A ESPM, onde Jéssica faz pós-graduação, estabeleceu neste ano a chamada Cátedra Palavra Aberta ESPM — em parceria com uma ONG homônima que se dedica ao consumo midiático. A expectativa da cátedra é fomentar academicamente os trabalhos na área. 

 

 

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Lixo na praia mostra que precisamos muito mais do que educação https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/31/lixo-na-praia-mostra-que-precisamos-muito-mais-do-que-educacao/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/31/lixo-na-praia-mostra-que-precisamos-muito-mais-do-que-educacao/#respond Wed, 31 Jan 2018 20:39:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3083

Quem passou por alguma praia recentemente neste verão talvez tenha se deparado com um fenômeno comum, mesmo nas regiões mais remotas do litoral brasileiro: o lixo. Em uma caminhada de uns dez minutos que fiz no litoral de Santa Catarina no começo de janeiro, por exemplo, encontrei garrafas pet, latinhas de cerveja e de energéticos, canudinhos, plásticos de picolé. Fui recolhendo o que achei até que, sozinha, eu não tinha mais braços suficientes para tanto lixo acumulado.

O problema é que quando a maré sobe, ou quando chove, tudo aquilo que se acumula na areia vai para o mar –e causa um estrago danado. Já há, inclusive, estudos que mostram que até 2050 os Oceanos terão mais plásticos do que peixes.

Por que as pessoas jogam lixo na praia?

Fiz essa pergunta alto para quem estava lá comigo entre latinhas e pacotes de batata frita e tive como resposta o mesmo que você deve ter pensado: “as pessoas não têm educação”. Ok. Então vamos entender o que isso significa.

“Não ter educação” e, por causa disso, jogar lixo na praia, na rua e nos espaços públicos, pode ser entendido como falta de conhecimento. Não aprendi algo então tenho uma determinada atitude por desconhecimento dos impactos do que eu faço. As pessoas, em tese, não saberiam que aquele lixo plástico jogado na areia inevitavelmente vai parar no mar.  Tampouco saberiam que o peixe pode morrer ao ingerir esse plástico –ou, então, pode ingerir pedaços microscópicos de plástico e você, ao comer o peixe, acaba comendo o plástico. É a ideia de “cadeia alimentar”, que aparece na escola no ensino fundamental e pode ser tema até de vestibular.

CADEIA ALIMENTAR

Não me parece, no entanto, que o lixo naquela praia seja um caso de falta de conhecimento. Chuto dizer que a maioria das pessoas que estava lá em Santa Catarina –e que jogou latinha de cerveja por onde passou– tinha passado pelas aulas de biologia da escola. Aquelas pessoas provavelmente tinham diploma de ensino superior –ou até alguma pós-graduação. Cruzei com gente opinando sobre política e ostentando um português elegante –ou falando outras línguas, como espanhol e alemão.

Então qual é a questão?

O problema pode estar no formato da nossa educação. Aprendemos conceitos importantes de maneira muito teórica e temos aulas expositivas focadas em livros didáticos com pouca experimentação. Pode ser que aquelas pessoas da praia tenham conhecimento ambiental, sim, mas não internalizaram os conceitos aprendidos. Trocando em miúdos: quem joga uma sacola plástica na areia da praia pode até acertar uma questão do Enem sobre poluição ou cadeia alimentar, por exemplo, mas talvez não compreenda completamente que aquele seu próprio lixo interfere no ecossistema do qual faz parte.

Mais: pessoas altamente instruídas no Brasil podem ter baixíssima noção de cidadania, do que é ser cidadão, de regras de divisão de espaços públicos. Talvez porque estejam viciadas pelos hábitos de gerações anteriores, que jogavam lixo na praia, as pessoas seguem fazendo o mesmo. Ou então aquelas pessoas estão mais acostumadas a ambientes privados e controlados, e acreditam que sempre haverá alguém para limpar o rastro que se deixa por aí.

Aqui, vamos das aulas de ciências à sociologia. Será que estamos discutindo o suficiente, na escola, sobre a formação sociocultural brasileira, que é impregnada pela ideia de “ser servido”? E debatemos o quanto isso afeta, inclusive, o nosso próprio ecossistema?

Ao que tudo indica, “falta de educação” não explica o lixo encontrado na praia. Precisamos, primeiro, entender de qual educação estamos falando.

 

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SISUmetro: confira sua chance de ingresso na universidade a partir da nota oficial do Enem https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/#respond Thu, 18 Jan 2018 10:55:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3052

Quem fez o último Enem já pode ter uma ideia de quais instituições públicas de ensino conseguirá entrar. É que o MEC divulga nesta quinta (18) as notas oficiais dos alunos que fizeram o exame em 2017. Com nota em mãos, é possível acessar o app Quero minha nota!, da Folha em parceria com a empresa TunEduc, e ter uma estimativa bem precisa das possibilidades de ingresso no ensino superior público pelo chamado SISUmetro.

Para conseguir fazer o cálculo, basta baixar o aplicativo Quero minha nota!, preencher sua nota oficial no Enem e as informações sobre o curso escolhido. Se você já era usuário do app e tinha preenchido suas respostas no Enem, basta atualizar a informação com a nota oficial divulgada pelo MEC.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

RUF: confira os melhores cursos e universidades do país

Como errar menos ao escolher uma carreira específica

O SISUmetro mostra a possibilidade de ingresso nas instituições públicas (institutos federais, universidades federais e algumas estaduais), a partir das notas de corte do ano passado. Os critérios de cada universidade, que dão pesos diferentes às quatro áreas do Enem dependendo do curso, também são considerados.

Ter uma ideia de qual é sua chance de ingresso no ensino superior é importante para que o estudante consiga fazer um bom planejamento antes da abertura da inscrição do SISU — sistema do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Seguindo cronogramas anteriores, o SISU deve abrir inscrições cerca de duas semanas após a liberação da nota oficial.

Uma das dicas é, por exemplo, avaliar a qualidade das instituições que você tem chance de ser aprovado a partir de informações do RUF – Ranking Universitário da Folha. Analisar as características do curso de cada instituição, o que os alunos matriculados falam sobre ele na internet e como é a cidade onde fica o campus do curso são igualmente importantes para errar menos ao entrar no ensino superior.

O Enem tem ganhado cada vez mais importância no cenário do ensino superior do país. A nota dos alunos no exame também é usada para financiamento estudantil nas instituições de ensino privadas: é preciso ter no mínimo 450 pontos.  Em 2017, mais de  seis milhões de alunos se inscreveram no exame. Um em cada dez alunos que fizeram o Enem já usam o Quero minha Nota!.

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Confira as três questões mais fáceis e as mais difíceis do Enem por área do conhecimento https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/11/27/confira-as-tres-questoes-mais-faceis-e-as-mais-dificeis-do-enem-por-area-do-conhecimento/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/11/27/confira-as-tres-questoes-mais-faceis-e-as-mais-dificeis-do-enem-por-area-do-conhecimento/#respond Mon, 27 Nov 2017 18:14:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3011

O gabarito do Enem 2017 você já conhece, mas não seria interessante ver se você acertou as questões mais difíceis da prova? Então vamos lá. A Folha elencou as perguntas mais tranquilas e as que mais deram trabalho no Enem deste ano por área do conhecimento —Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.

A seleção de questões foi feita a partir dos gabaritos inseridos pelos usuários do aplicativo Quero Minha Nota!, da Folha e da startup de dados educacionais Tuneduc.

Até agora, 10% dos alunos que fizeram Enem neste ano já inseriram suas respostas no app e conferiram a estimativa da sua nota no exame —lembrando que, no Enem, a nota na prova não é correspondente à quantidade de questões certas. O cálculo, feito por uma tecnologia chamada TRI, que tem base no padrão de respostas dos alunos para estimar, por exemplo, se o estudante chutou alguma resposta.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

Se você ainda não baixou o Quero Minha Nota!, ainda dá tempo. Além de ter uma estimativa da sua nota no Enem, você consegue ter uma ideia de quais universidades federais seria aprovado de acordo com sua nota no exame.

E, se já baixou o app, confira abaixo se você acertou as questões mais difíceis do Enem!

:: Linguagens e Códigos e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 11 (abaixo), 21 e 34 do caderno AZUL do Enem 2017


Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As questões mais fáceis da prova são aquelas que exigem a capacidade de identificar informações presentes em textos ou a partir da leitura de imagens. As questões 11 e 34 tiveram resolução facilitada por apresentarem textos base curtos, com linguagem simples e clara, exigindo leitura e interpretação de imagens, mas não inferências. A resolução da questão 21 exigia um passo extra, solicitando que os candidatos relacionassem o texto à determinada concepção artística, mas pode ser considerada fácil pela forma como foram construídas as alternativas.”

MAIS DIFÍCEIS:  questões 7, 25 e 33 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
Alguns professores que comentaram a prova mencionaram a extensão dos textos base, que foi considerada cansativa. Além disso, identificaram a necessidade de relacionar textos e movimentos artísticos, habilidade necessária para a escolha das alternativas. Para se ter uma ideia, uma das questões mais difíceis do Enem deste ano, a questão 7, teve respostas diferentes do gabarito oficial em sites de resolução comentada, mostrando a complexidade da tarefa de interpretação. Todas as três questões consideradas mais difíceis requerem do candidato a capacidade de inferir informações (como a intenção do autor) e discriminar gêneros textuais, relacionando-os com determinada corrente artística.”

:: Ciências Humanas e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 47, 58 e 86 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
As questões exigem operações cognitivas de menor complexidade, pois apresentam uma relação bastante direta entre o que se descreve nos textos e as alternativas. Isso exige pouco conhecimento prévio dos temas tratados. Além disso, assuntos como nazismo, terremotos e imigração são comumente discutidos na escola e fora dela.”

MAIS DIFÍCEIS: questões  68, 75 e 90 (abaixo) do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As três questões exigem operações cognitivas complexas. Demandam dos candidatos a capacidade de analisar um fragmento de conteúdo (textual ou imagético) e extrair deles relações indiretas, que permitam extrapolar o contexto do conteúdo para encontrar a alternativa correta. Além disso, os itens exigem que os alunos somem conhecimentos prévios às informações contidas nos textos ou imagens, o que os tornam mais complexos.”

:: Ciências da Natureza e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 101, 115 e 132 (abaixo) do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As três questões possuem conteúdos recorrentes nos vestibulares e nos materiais didáticos do ensino médio. A questão 101 pode ser resolvida com base no senso comum de que lâmpadas de LED são eficientes e não esquentam, dispensando a análise profunda dos gráficos apresentados. As outras duas (132 e 115) são “conteúdistas” e sem grande complexidade.”

MAIS DIFÍCEIS:  questões 106, 108 e 131 do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
Estas questões exigem conhecimento profundo dos temas abordados. A questão 108 é sobre energia mecânica e trabalha com a variação da energia potencial e cinética. Para respondê-la, é necessário relacionar o conhecimento físico com conhecimento gráfico de funções lineares e funções quadráticas. A resolução é feita a partir da manipulação das fórmulas de energia, buscando o caráter gráfico da função que foi gerada como resposta. A pergunta 131 exige quatro etapas de cálculos, com resultados dependentes entre si. Errar uma das etapas é suficiente para errar a questão. Para responder a questão 106, o aluno teve que extrapolar seus conhecimentos escolares de fisiologia vegetal e aplicá-los em um contexto diferente do usual.”

:: Matemática e suas Tecnologias ::

MAIS FÁCEIS: questões 154, 155 e 178  do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“Trazem conteúdos do ensino fundamental. As questões 154 e 178 envolvem a resolução de problemas por meio de raciocínio lógico: a primeira exigindo conhecimentos de orientação espacial e, a segunda, o raciocínio lógico-numérico. A questão 155 exige a resolução de um problema envolvendo informações apresentadas em uma tabela com cálculo da média aritmética.”

MAIS DIFÍCEIS: questões 140 (abaixo), 143 e 160  do caderno AZUL do Enem 2017

Comentário dos professores do Quero Minha Nota!
“As questões com menor número de acertos exigem alguma capacidade de abstração do aluno. Uma das questões envolve conhecimento em geometria plana (partes do círculo e área do retângulo), já as outras duas envolvem conhecimentos em análise combinatória.”

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Folha lança simulado para o Enem para fazer em 1 hora https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/10/23/folha-lanca-simulado-para-o-enem-para-fazer-em-1-hora/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/10/23/folha-lanca-simulado-para-o-enem-para-fazer-em-1-hora/#respond Mon, 23 Oct 2017 14:38:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2974

Folha e a empresa de tecnologia educacional Adaptativa lançam, nesta segunda (23), um simulado para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que dá para ser feito em 1 hora.

O simulado traz 20 questões –cinco em cada uma das quatro áreas abordadas no exame– com os temas mais recorrentes na prova. A expectativa é que os estudantes gastem até três minutos para resolver cada questão. Com isso, é possível terminar o simulado inteiro em 1 hora.

O exame real conta com 180 questões, divididas em dois dias.

Quem fizer a simulação da Folha receberá, assim que terminar, uma nota baseada nos erros e nos acertos na prova. Com o simulado, os estudantes que vão prestar o Enem conseguem ter uma ideia do que mais precisam estudar na reta final até a prova.

Neste ano, o Enem acontece em dois domingos: 5 e 12 de novembro. No primeiro domingo, o exame aborda linguagens e ciências humanas, além de redação, com 5h30 de prova. No domingo seguinte, serão cobrados matemática e ciências da natureza em 4h30 de exame.

O número de inscritos no Enem deste ano foi o menor desde 2013: 6,1 milhões de alunos. A nota do exame é usada no processo seletivo das universidades federais e de algumas instituições de ensino estaduais e privadas.

 

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Dirigente de universidade precisa ter doutorado? https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/12/23/dirigente-de-universidade-precisa-ter-doutorado/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/12/23/dirigente-de-universidade-precisa-ter-doutorado/#respond Fri, 23 Dec 2016 21:09:02 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2789 Nesta semana, a proposta de mudar o estatuto da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) de modo que seu dirigente não precise ter doutorado causou barulho nas redes sociais. O que mais me perguntaram é: quem dirige uma instituição de ensino precisa, afinal, do título de doutor? Vamos lá.

Hoje, quem comanda as universidades brasileiras tem de ser professor e pesquisador com doutorado e com bons anos de experiência acadêmica. É assim em todas as 195 universidades brasileiras de ensino presencial e também na Univesp, que oferece cursos semipresenciais.

No caso da Univesp, o conselho curador da universidade afirmou –no seu primeiro dia de atuação– que a necessidade de doutorado para ocupar o cargo de comando da universidade é restritiva demais e que, portanto, seria melhor tirar o status de “universidade” da instituição. Se deixasse de ser universidade, a Univesp poderia ser comandada por quem tiver um título de graduação.

Ok, mas há um risco nisso. Ora, se não houver mais exigências acadêmicas para a presidência da instituição e se o gestor é nomeado pelo governador, então alguém ligado ao governo poderia assumir a chefia de instituições de ensino e de pesquisa como a Univesp? Parece temerário.

Nas faculdades, a escolha do dirigente é mais flexível e algumas delas têm ousado. Caso da FGV-SP. Lá, o atual diretor foi selecionado em um processo que teve candidato até da Holanda. O eleito, no caso, Luiz Artur Brito, é engenheiro, passou pelo setor produtivo e, sim, tem doutorado.

Quem é contra a exigência de doutorado para o cargo de reitor ou presidente de uma instituição de ensino argumenta que a titulação acadêmica não garante boa gestão. Faz sentido: a própria USP, por exemplo, gastou 22% acima do previsto com pessoal e encargos sociais em 2013. Teve suas contas negadas pelo TCE –o que parece que irritou o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Mas dá para comandar uma instituição que faz ensino, pesquisa e extensão, como as universidades ou como uma instituição de ponta como a FGV-SP, sem ter experiência em pesquisa? Não. Que tal selecionar, então, um currículo que seja acadêmico e que, ao mesmo tempo, tenha experiência em gestão?

Pois é.

E NA USP?

Também me perguntaram, nas redes sociais, se a USP sofria algum risco de ter seu estatuto alterado e, assim, perder o status de universidade. Bom, na Univesp a proposta de mudança no estatuto foi possível porque o conselho da universidade é formado por cinco nomes externos à instituição –indicados pelo próprio governo.

Na USP, uma universidade bem maior e mais antiga do que a Univesp, apenas seis dos 123 membros do conselho são de fora da universidade. Unicamp e Unesp seguem o mesmo padrão. Isso significa que, nem em um dia de loucura, USP, Unesp e Unicamp colocariam na pauta do conselho a mudança de seu próprio status de “universidade”. Se colocassem, não seria aprovado. Se fosse, a universidade viria abaixo.

Ao que tudo indica, reduzir a restrição acadêmica para o chefe de uma universidade sob o pretexto de melhorar a sua qualidade é, além de um contrassenso, uma abertura perigosa que pode se espalhar por outras instituições públicas de ensino e de pesquisa de maneira irreversível.

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Finlândia deve acabar com as disciplinas escolares até 2020 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/11/14/finlandia-deve-acabar-com-disciplinas-escolares-ate-2020/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/11/14/finlandia-deve-acabar-com-disciplinas-escolares-ate-2020/#respond Mon, 14 Nov 2016 17:54:47 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2772 Famosa por criticar o formato antiquado das escolas, a chefe de educação de Helsinki, capital da Finlândia, Marjo Kyllonen, anunciou na imprensa internacional que pretende abolir as disciplinas nas escolas.

A ideia é que até 2020 todas as escolas finlandesas trabalhem por projetos agregando os conteúdos no lugar de dividir o conhecimento em caixinhas: de física, de línguas, de matemática. A proposta será de um ensino totalmente interdisciplinar.

Educação só funciona se aluno estiver emocionalmente envolvido

Escola tradicional, Bandeirantes elimina divisão de turmas por área e por notas

Aplicativo da Folha calcula nota do Enem e chances no Sisu após a prova

Se a mudança der certo, a Finlândia será o primeiro país do mundo oficialmente a acabar com as disciplinas –algo que própria Marjo chamou de uma “revolução na educação”.

A proposta pode se espalhar mundo afora: a Finlândia está no topo das avaliações internacionais de educação e inspira políticas públicas de vários países.

POR PROJETOS

Hoje, algumas escolas de elite do mundo da Europa, da Ásia e dos Estados Unidos já fazem experimentos interdisciplinares no chamado ensino por projeto. Funciona assim: os alunos têm de criar produtos ou soluções usando conhecimentos de várias disciplinas simultaneamente.

Isso acontece principalmente nos laboratórios –e o movimento já chegou ao Brasil: o tradicional colégio Bandeirantes acaba de anunciar que a partir de 2017 os laboratórios de física, de química, de biologia e de artes serão integrados em um único espaço com vários docentes.

A eliminação total de disciplinas ministradas em salas de aula, no entanto, como propõe a Finlândia, é uma novidade.

Os professores daquele país já estão sendo preparados para mudança, afinal, eles ainda são formados em áreas do conhecimento.Na Finlândia, a formação de professor inclui várias etapas de residência na escola –como fazem os estudantes de medicina– e vai até o nível do mestrado.

“Você iria a um médico que usa tecnologia do século 19? Eu não”, disse Marjo em entrevista recente. Especialista em “educação do futuro”, ela sempre destaca o aspecto retrógrado da nossa educação.

No Brasil, o excesso de disciplinas voltou a ser assunto com a proposta recente de reforma do ensino médio o governo federal. Hoje, algumas etapas da educação básica, como o ensino médio chegam, a ter 13 disciplinas diferentes. A ideia, agora, é concentrar os conteúdos em quatro grandes áreas: linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática. É assim que funciona, hoje, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

 

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Escola tradicional de SP, Bandeirantes elimina divisão de turmas por área e por notas https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/10/31/escola-tradicional-de-sp-bandeirantes-elimina-divisao-de-turmas-por-area-e-por-notas/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/10/31/escola-tradicional-de-sp-bandeirantes-elimina-divisao-de-turmas-por-area-e-por-notas/#respond Mon, 31 Oct 2016 10:00:23 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2750 Conhecida por estimular a competitividade entre seus alunos, o Bandeirantes, uma das melhores escolas do país no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), anunciou que vai eliminar a divisão dos alunos por áreas do conhecimento e por notas a partir de 2017.

Até hoje, funcionava assim: os alunos do colégio escolhiam qual área seguir no ensino médio –exatas, humanas e biológicas– dependendo do que pretendiam prestar no vestibular. Depois, as turmas eram divididas de acordo com suas notas. Para se ter uma ideia, algumas séries de biológicas, por exemplo, chegam a ter cinco turmas, de A (com os melhores alunos) até E.

A escola seguiu essa classificação durante metade de sua história (o Bandeirantes tem 72 anos e deu início à separação de alunos em áreas e turmas em 1980). Em 1990, o Band, como é conhecido, eliminou a separação por notas dos estudantes do fundamental 2 (5º ao 9º ano). A do médio se manteve.

Confira o especial Enem 2016

“Hoje, isso já não faz mais sentido”, diz  Mauro de Salles Aguiar, diretor presidente da escola –cuja mensalidade, no médio, sai por R$3,4 mil.  A ideia da escola é flexibilizar o currículo e permitir que o aluno selecione algumas disciplinas nas quais pretende se aprofundar –algo parecido com a atual proposta de reforma do ensino médio do governo federal.

O colégio também está de olho no desenvolvimento dos chamados “aspectos não cognitivos” dos alunos, que ganham cada vez mais importância no cenário internacional. Isso significa desenvolver habilidades como liderança, comunicação e capacidade de trabalhar em grupo.

Esses quesitos já são cobrados, por exemplo, nos exames de ingresso de direito na FGV-SP, nas engenharias do Insper e na medicina da faculdade do Albert Einstein. Mais: a expectativa é que o exame internacional PISA, da OCDE, passe a agregar aspectos não cognitivos na sua prova que, hoje, avalia línguas, ciências e matemática.

Outro cenário também incentivou a mudança: no Band, quase 10% dos alunos do 3º ano do ensino médio (hoje, são 500 estudantes nessa etapa) aplicam para estudar em universidades do exterior, principalmente dos Estados Unidos, cujos processos seletivos vão muito além das notas. “A expectativa é que em alguns anos 20% de nossos alunos apliquem para universidades estrangeiras”, diz Aguiar.

INTERDISCIPLINARIDADE

Em 2017, além da eliminação da turmas por áreas e por notas, o Bandeirantes vai fazer uma outra mudança importante: as antigas aulas de laboratório de física, de química, de biologia e de artes serão ministradas em conjunto em um novo laboratório de “ciências e artes” –que vai ocupar um andar inteiro do prédio. A proposta é trabalhar por projetos com, simultaneamente, professores de várias áreas.

Bem conceituado entre especialistas de educação, o Band coleciona uma série de personalidades entre seus ex-alunos. Dentre eles, o atual prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP), o político Mário Covas e o jornalista José Simão.

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