Abecedário https://abecedario.blogfolha.uol.com.br Universidades, escolas e rankings Mon, 10 Dec 2018 18:26:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quando conheci Otavio, ele disse que o jornalismo cresceria com a educação https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/08/21/quando-conheci-otavio-ele-disse-que-o-jornalismo-cresceria-com-a-educacao/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/08/21/quando-conheci-otavio-ele-disse-que-o-jornalismo-cresceria-com-a-educacao/#respond Tue, 21 Aug 2018 22:56:37 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/otavio-320x213.jpg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3365 Conheci Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha, morto nesta terça (21), aos 61, quando estudava na Universidade de Michigan (EUA), com uma bolsa mantida pela própria Folha — e eu era a bolsista da vez. Ele fora conhecer, em 2012, a parceria do jornal estabelecida com a universidade alguns anos antes. Eu fiquei responsável por mostrar como funcionava a coisa toda em uma conversa pelo campus.

Nunca me esquecerei daquela conversa.

Otavio falou com otimismo sobre o futuro do jornalismo. Ele disse — e eu concordei — que assim que o país começasse a melhorar o seu sistema educacional, uma massa de leitores em potencial passaria a ter acesso à informação de qualidade. Disse que achava que isso aconteceria logo. E que o jornalismo profissional, então, ganharia ainda mais força.

Tudo o que aprendi sobre jornalismo profissional teve influência do Otavio — a começar pelo Manual de Redação da Folha, que li aos 18 anos. Eu tinha ganhado a publicação de presente de aniversário de meu pai.  Isso foi exatamente dez anos antes de que eu começasse a trabalhar na Folha. Aquilo era e continua sendo a minha referência.

Eu me lembro claramente de me dar conta, naquela conversa com Otavio, no campus da Universidade de Michigan, do tamanho de minha sorte (ou seja lá que nome isso pode ter). Eu estava em uma das melhores universidades do mundo, estudando um tema que havia escolhido, com uma bolsa da empresa para qual eu trabalhava, falando com um gigante do jornalismo profissional no Brasil.

A própria bolsa que eu tinha recebido da Folha mostrava a preocupação da empresa com a profissionalização do jornalismo. “Você está conseguindo ter tempo para pensar?”, ele me perguntou na época. Fiz que sim. “Bons jornalistas precisam de um tempo para pensar”, ele disse.

Em Michigan, eu estudei diferentes metodologias de rankings universitários e seus indicadores. Queria entender como se define mundo afora que uma universidade é melhor do que outra. Isso foi logo depois de termos lançado a primeira edição do RUF – Ranking Universitário Folha — uma ousadia da Folha, elogiada na época pelo Otavio (era a primeira vez que um jornal brasileiro reunia tantos dados sobre educação superior no país em uma só plataforma).

Também falamos, naquela conversa, sobre astronomia. Eu já tinha ouvido falar pelos corredores da redação que Otavio gostava muito de ciência, mas, hoje, vejo que o assunto foi uma tentativa humilde dele se conectar com a interlocura, que, na época, era repórter científica. Falamos sobre exoplanetas — planetas que também orbitam uma estrela como o Sol, mas que estão fora do nosso sistema solar, — e sobre descobertas recentes do jipinho da Nasa que tinha acabado de pousar em Marte.

De volta ao Brasil, migrei para a área de educação no jornal e terminei meu doutorado, na Unicamp, sobre avaliação de ensino superior. Continuei trabalhando no RUF até hoje. Também tenho trabalhado com indicadores de educação básica e sigo achando, como Otavio dizia, que o jornalismo sério e profissional crescerá com a melhora da qualidade de nossa educação — algo tão urgente.

Eu me lembro de ter  me despedido do diretor de Redação da Folha, lá na Universidade de Michigan, agradecendo pela bolsa de estudos nos EUA, pelas oportunidades que eu tive de experimentar na Folha (por exemplo, lançando o RUF) e por tudo o que estava aprendendo em jornalismo sério, comprometido e de qualidade. Acho que ele não respondeu, às vezes ele parecia tímido. Hoje, gostaria de agradecer tudo de novo.

Otavio, muito obrigada.

 

 

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Impacto das universidades brasileiras é baixo mesmo na América Latina https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/impacto-das-universidades-brasileiras-e-baixo-mesmo-na-america-latina/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/impacto-das-universidades-brasileiras-e-baixo-mesmo-na-america-latina/#respond Fri, 20 Jul 2018 18:07:32 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/unicamp-320x213.jpeg https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3290 O Brasil tem as melhores universidades latino-americanas, de acordo com um ranking britânico divulgado na quarta (18) pelo THE – Times Higher Education. No entanto, quando olhamos especificamente para o impacto das instituições brasileiras, que é um dos critérios analisados pelo ranking THE, o Brasil perde para países como Peru, Equador e Colômbia.

O THE avalia as universidades especificamente da América Latina com base em cinco indicadores: ensino, pesquisa científica, impacto da pesquisa, internacionalização e relação com a indústria. O Brasil vai bem na maioria dos quesitos, mas derrapa no impacto de seus trabalhos acadêmicos.

Considerando os cinco compoentes da fórmula do THE, a Unicamp lidera a América Latina, seguida pela USP. Seis universidades brasileiras estão entre as dez primeiras da região — um número maior do que no ano passado, quando havia cinco (neste ano, as federais de Minas e do Rio Grande do Sul entraram para o topten, enquanto a UFRJ caiu para 12º lugar).

Quem tem mais impacto na região latino-americana, no entanto, é a Universidade Caytano Heredia, do Peru, seguida pela Diego Portales (Chile). A primeira brasileira na avaliação de impacto, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), aparece em 16º lugar depois de instituições da Colômbia, do Equador, da Argentina e do México. A Unicamp está em 28º lugar seguida da USP, em 29º.

O componente que avalia o impacto das universidades no ranking latino-americano do THE vale um 20% da nota recebida pela universidade (na listagem mundial, esse item vale ainda mais: 30% da nota). Para fazer o cálculo, o THE se debruça sobre a quantidade de trabalhos científicos de cada universidade mencionados em outros trabalhos publicados posteriormente.

O Brasil vai mal nessa análise porque os trabalhos brasileiros são menos citados mundialmente do que aqueles feitos em outros países da América Latina. O baixo impacto dos trabalhos acadêmicos por aqui é, aliás, o que mais tem derrubado as universidades brasileiras em comparações globais. Para se ter uma ideia, a USP, que já esteve em 158º lugar no ranking THE global (em 2012), hoje está na classificação 251-300 no mundo.

Por que isso acontece?

Há algumas explicações. Em primeiro lugar, o Brasil ainda publica boa parte de seus estudos científicos em português (estima-se que 70% dos mais de 300 periódicos científicos nacionais sejam em língua portuguesa). Isso impede que cientistas que não falem o nosso idioma consigam ler e citar os trabalhos brasileiros. Tem mais impacto as universidades que priorizam estudos publicados em inglês.

Há, ainda, quem diga que o problema esteja na qualidade dos trabalhos acadêmicos brasileiros mesmo. Se um estudo científico não trouxer uma descoberta relevante, então dificilmente será citado por trabalhos feitos posteriormente.

Mas atenção: isso não significa que a qualidade dos pesquisadores das universidades brasileiras seja ruim (a literatura sobre o assunto ressalta, inclusive, que indicador de impacto não serve para medir produção individual, mas sim a produção das instituições).

Acontece que para publicar um estudo que abale a comunidade acadêmica global é preciso ter recursos para infra-estrutura, para insumos de laboratório, para pagar alunos de pós-graduação. E, por aqui, para se ter uma ideia, os investimentos federais destinados à ciência já caíram pela metade desde 2014.

O corpo docente das universidades brasileiras, avaliado no THE no indicador de “ensino”, aliás, está entre os melhores da região. Nove dentre as dez universidades mais bem avaliadas nesse quesito são do Brasil — a exceção é a Universidade dos Andes, da Colômbia, em 10º lugar.

No lugar de comemorar a boa posição da Unicamp e da USP na avaliação geral das universidades latino-americanas do THE, vale a pena esmiuçar os indicadores e projetar cenários. Enquanto os investimentos em ciência não se normalizarem no Brasil, o impacto da ciência brasileira vai continuar caindo na América Latina e no mundo –e aí vamos caminhar em passos largos para o final da fila de qualquer ranking.

 

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China lidera ranking universitário de países emergentes; Brasil perde posições https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/05/16/china-lidera-ranking-universitario-de-emergentes-brasil-perde-posicoes/#respond Wed, 16 May 2018 12:00:56 +0000 https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/pekin-university-320x213.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3159 Sete das dez melhores universidades dos países emergentes são chinesas, de acordo com o último ranking divulgado pelo THE (Times Higher Education). No topo também aparecem universidades da Rússia (3º lugar), da África do Sul (9º) e de Taiwan (10º). A primeira brasileira a figurar na lista, a USP, está em 14º lugar no mesmo ranking — caiu três posições desde a primeira avaliação de países emergentes do THE, publicada em 2014. Já a China, no mesmo período, aumentou em 43% a quantidade de universidades no “topten” do ranking de universidades de países emergentes.

O que está acontecendo com o ensino superior da China? E do Brasil?

Primeiro, vamos entender esse ranking de universidades. A lista do THE avalia e compara instituições de 42 países como China, Argentina, Brasil, Polônia e  África do Sul. Em tese, são países que têm certa semelhança econômica e que desenvolveram seu ensino superior recentemente (as universidades de países desenvolvidos são mais antigas — as melhores instituições dos EUA são dos século 17 e 18; na Europa Ocidental, há instituições de até mil anos).

Veja a classificação das universidades brasileiras no RUF

A diferença dos resultados da China e do Brasil no ranking evidencia que as políticas de ensino superior daqui e de lá têm andando bem diferentes.

A China tem investido pesadamente nas chamadas universidades de nível mundial (world-class), que são instituições grandes, com orçamento parrudo, intensivas em pesquisa e fortes internacionalmente. Desde o final da década de 1990, o governo chinês tem colocado recursos extras em nove instituições de ensino superior chinesas para literalmente bombá-las globalmente.

A Universidade de Pequim (foto), líder do ranking das emergentes do THE, está entre as nove escolas chinesas que tem recebido dinheiro extra do governo. Isso, claro, tem melhorado significativamente seus indicadores. Para se ter uma ideia, em outra avaliação de universidades, a ARWU, conhecida como “Ranking de Shangai”, a Universidade de Pequim passou da classificação no grupo 201-300 (em 2003) para 71º lugar (em 2017). Um salto gigante.

MENOS DINHEIRO

Já no Brasil, houve um ensaio de aportes extras de recursos em universidades de nível mundial no segundo mandato de Dilma Rousseff, que acabou não saindo do papel. Em sentido contrário, as universidades brasileiras estão perdendo dinheiro. Todas elas.

Nas universidades federais, há cortes de recursos de investimento e de custeio (manutenção). Nas estaduais, como a USP, o orçamento cai junto com a queda na arrecadação de ICMS. As particulares perderam recursos de financiamento estudantil.

Intensificar pesquisa científica, que vale metade das notas recebidas pelas universidades no ranking THE dos países emergentes, também está difícil por aqui. O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de onde sai boa parte do fomento à ciência nacional, perdeu metade do seu orçamento desde 2014.  Mal dá para manter o ritmo da produção acadêmica.

Outros países emergentes estão seguindo o caminho da China. Como lembra Lara Thiengo, que acabou de defender uma tese de doutorado sobre universidades de nível mundial na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a Rússia também tem investido mais dinheiro em um grupo de universidades. “Na Rússia, foi implantado, em 2015, o Projeto 5-100, que tem como objetivo promover a ‘educação russa de classe mundial’’, diz.  A ideia do governo, conta Lara, que é pesquisadora da rede de estudos de rankings Rankintacs, é que cinco universidades russas estejam entre as cem melhores do mundo até 2020, tendo como medida rankings como o THE.

Bom, parece que o projeto tem dado resultados. Hoje a Universidade Estadual Lomonosov de Moscou ocupa o 3º lugar no ranking THE de países emergentes –subiu seis posições desde a primeira listagem, de 2014. Há onze instituições russas entre as cem melhores dos países emergentes. Em 2014, havia apenas duas universidades da Rússia no mesmo grupo.

A questão é que rankings universitários são comparações entre instituições. Se universidades de países emergentes como Rússia e China recebem mais recursos, intensificam sua pesquisa e sobem de posições em listagens como o THE, outras instituições vão perder casas — e o Brasil tem ocupado esse papel.

No lugar de refletir sobre a queda de posição isolada de uma universidade como a USP, seria bacana a gente analisar o ensino superior do país todo como uma política nacional.

 

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SISUmetro: confira sua chance de ingresso na universidade a partir da nota oficial do Enem https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/18/sisumetro-confira-sua-chance-de-ingresso-na-universidade-a-partir-da-nota-oficial-do-enem/#respond Thu, 18 Jan 2018 10:55:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=3052

Quem fez o último Enem já pode ter uma ideia de quais instituições públicas de ensino conseguirá entrar. É que o MEC divulga nesta quinta (18) as notas oficiais dos alunos que fizeram o exame em 2017. Com nota em mãos, é possível acessar o app Quero minha nota!, da Folha em parceria com a empresa TunEduc, e ter uma estimativa bem precisa das possibilidades de ingresso no ensino superior público pelo chamado SISUmetro.

Para conseguir fazer o cálculo, basta baixar o aplicativo Quero minha nota!, preencher sua nota oficial no Enem e as informações sobre o curso escolhido. Se você já era usuário do app e tinha preenchido suas respostas no Enem, basta atualizar a informação com a nota oficial divulgada pelo MEC.

Baixe o app ‘Quero minha Nota!’ (Android)

Baixe o app ‘Quero minha Nota!”(iOS)

RUF: confira os melhores cursos e universidades do país

Como errar menos ao escolher uma carreira específica

O SISUmetro mostra a possibilidade de ingresso nas instituições públicas (institutos federais, universidades federais e algumas estaduais), a partir das notas de corte do ano passado. Os critérios de cada universidade, que dão pesos diferentes às quatro áreas do Enem dependendo do curso, também são considerados.

Ter uma ideia de qual é sua chance de ingresso no ensino superior é importante para que o estudante consiga fazer um bom planejamento antes da abertura da inscrição do SISU — sistema do MEC por meio do qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas a candidatos participantes do Enem. Seguindo cronogramas anteriores, o SISU deve abrir inscrições cerca de duas semanas após a liberação da nota oficial.

Uma das dicas é, por exemplo, avaliar a qualidade das instituições que você tem chance de ser aprovado a partir de informações do RUF – Ranking Universitário da Folha. Analisar as características do curso de cada instituição, o que os alunos matriculados falam sobre ele na internet e como é a cidade onde fica o campus do curso são igualmente importantes para errar menos ao entrar no ensino superior.

O Enem tem ganhado cada vez mais importância no cenário do ensino superior do país. A nota dos alunos no exame também é usada para financiamento estudantil nas instituições de ensino privadas: é preciso ter no mínimo 450 pontos.  Em 2017, mais de  seis milhões de alunos se inscreveram no exame. Um em cada dez alunos que fizeram o Enem já usam o Quero minha Nota!.

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Para diversificar perfil de aluno, FGV-SP lança curso noturno de administração https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/07/12/para-diversificar-perfil-de-aluno-fgv-sp-lanca-curso-noturno-de-administracao/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2017/07/12/para-diversificar-perfil-de-aluno-fgv-sp-lanca-curso-noturno-de-administracao/#respond Wed, 12 Jul 2017 23:46:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2888
Fachada da Escola de Administração da FGV-SP (no centro de São Paulo)

Conhecida por ser uma escola tradicional de administração no país, a FGV-SP acaba de dar um passo importante para diversificar o perfil dos seus alunos. A partir de 2018, 50 estudantes poderão fazer administração de empresas à noite.

Hoje, a escola oferece o curso exclusivamente diurno em período integral (é o melhor curso privado do país no RUF de 2016). Ou seja: os alunos têm de se dedicar apenas aos estudos nos anos iniciais –até começar a fase de estágios.

A ideia do curso noturno, de acordo com Nelson Lerner Barth, coordenador do curso de administração, é alcançar quem já trabalha.

Isso inclui quem não poderia deixar o emprego de lado por questões financeiras. Também estão no alvo os estudantes mais velhos, que já estão no mercado de trabalho em outra área e pretendem fazer uma segunda graduação.

Esse é um passo importante na diversificação do perfil dos alunos da escola –um processo que foi intensificado internamente há cerca de cinco anos.

A escola tem, por exemplo, um cursinho pré-vestibular para alunos que vieram de escola pública. É uma iniciativa coordenada pelos próprios alunos regulares da graduação. Estudantes de baixa renda que passam no processo seletivo da FGV-SP têm bolsa garantida (o curso todo sai por cerca de R$250 mil).

ESCOLA PÚBLICA

Em 2015, a escola recebeu os primeiros alunos moradores de favela de São Paulo.  Nesse ano, dois refugiados africanos ingressaram na escola.

A FGV-SP sabe que turmas heterogêneas –em termos de gênero, perfil social e idade– rendem aulas mais dinâmicas.

Funciona mais ou menos assim: se todos os alunos forem brancos, de famílias abastadas e egressos de escolas particulares, por exemplo, a visão de mundo do grupo será muito parecida. Quando se monta uma turma bem misturada, com diferentes perfis de estudantes, os debates ficam muito mais acalorados.

Justamente por isso, as melhores universidades do mundo –como as americanas Harvard e MIT– têm cerca de 25% de alunos estrangeiros e investem em turmas com diferentes perfis sociais (o que inclui até misturar ateus, islâmicos e budistas numa mesma classe).

No caso do curso noturno da FGV-SP, a expectativa é ter também alunos que trabalham por opção –caso de herdeiros de empresas.  “O curso noturno é também um facilitador para quem gosta de estudar à noite”, diz Barth.

As inscrições para o processo seletivo de administração de empresas diurno (200 vagas) e noturno (50 vagas) seguem até outubro. O processo seletivo foi modificado no ano passado: agora inclui carta de motivação e entrevista. É uma tentativa de mapear alunos que, além de demonstrar interesse no curso, também tenham boa capacidade de arguição (característica considerada hoje fundamental na formação de lideranças).

O curso noturno terá duração de cinco anos –um ano a mais do que a opção diurna. O valor total será o mesmo, mas as mensalidades do noturno saem um pouco mais em conta, já que o pagamento é diluído no curso que tem maior duração.

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Óvulo de mulher que estudou em universidades bem ranqueadas nos EUA vale mais https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/11/17/ovulo-de-mulher-que-estudou-em-universidades-bem-ranqueadas-nos-eua-vale-mais/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/11/17/ovulo-de-mulher-que-estudou-em-universidades-bem-ranqueadas-nos-eua-vale-mais/#respond Thu, 17 Nov 2016 17:50:48 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2778 O impacto de rankings universitários e de outras formas de avaliação de educação pode chegar a áreas improváveis. De acordo com informações de um trabalho publicado pelo físico Marcos Barbosa de Oliveira, da Faculdade de Educação da USP, um óvulo de uma mulher que estuda em uma universidade de excelência como Harvard pode valer até dez vezes mais do que o preço de um óvulo “comum” no mercado nos EUA.

Isso porque Harvard é classificada como a melhor universidade do mundo em avaliações como o ranking de Xangai. Está também no top10 do ranking global de universidades Times Higher Education, que tem uma metodologia de avaliação diferente da chinesa.

Aplicativo da Folha calcula nota do Enem e chances no Sisu após a prova

Nos Estados Unidos, a comercialização de óvulos e de esperma para fertilização é permitida por lei. Lá, também é possível receber dinheiro para participar de testes clínicos de novos medicamentos. No Brasil, esse tipo de comércio é proibido.

Como os cientistas afirmam que os genes da mãe desempenham papel dominante no desenvolvimento das partes dos cérebros responsáveis pela inteligência, os óvulos das mulheres consideradas “mais inteligentes” –por exemplo aquelas que conseguem passar pelo filtro de Harvard– passam a valer mais.

A diferença de valores, de acordo com o artigo de Oliveira, é gritante: enquanto os óvulos das “harvardianas” chegam a U$S50 mil cada (cerca de R$ 170 mil), o preço médio do mercado para as mulheres que estudam em universidades medíocres nos rankings globais sai por uma média de U$S 5 mil a unidade (R$17 mil).

EUGENIA

Oliveira trabalha com os riscos embutidos nas possibilidades tecnológicas –incluindo o de eugenia. O artigo dele está no livro “Domínio das tecnologias” (ed. Letras a Margem, 2015). Em outros trabalhos, ele questiona a neutralidade da ciência, as formas neoliberais (com foco na produtividade) de avaliação de ciência e trata de má conduta científica.

Na época em que se identificou os genes maternos como responsáveis pela inteligência, na década de 1980, por meio de uma técnica nova de “marcadores genéticos”, o risco de eugenia sob nova roupagem entrou em debate nos corredores acadêmicos. Por exemplo: a possibilidade de regimes repressivos autorizarem apenas as mulheres mais inteligentes a terem filhos.

Outra possibilidade levantada foi simplesmente a de que homens interessados no QI (quociente de inteligência) de seus filhos poderiam, de repente, começar a achar mais atraentes as mulheres inteligentes.

 

 

 

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‘Rankings oferecem retrato importante, mas incompleto’, diz USP em ‘resposta’ ao RUF https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/10/04/rankings-oferecem-retrato-importante-mas-incompleto-diz-usp-em-resposta-ao-ruf/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/10/04/rankings-oferecem-retrato-importante-mas-incompleto-diz-usp-em-resposta-ao-ruf/#respond Tue, 04 Oct 2016 22:11:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2729 Em uma espécie de pronunciamento oficial após a publicação do RUF – Ranking Universitário Folha, a USP publicou um texto institucional em que analisa e critica diferentes metodologias de rankings –com a opinião de especialistas na área e do reitor da universidade, Marco Antonio Zago. A USP perdeu, pela primeira vez, a liderança no RUF de 2016.

O ranking, que existe há cinco anos, classifica 195 universidades, identificadas por Estado, natureza administrativa, tamanho e idade. A UFRJ lidera a listagem, seguida pela USP e pela Unicamp. A melhor universidade de fora do Sudeste é a UFRGS, em 5º lugar. A melhor privada, em 21º lugar, é a PUC-Rio.

USP perde a liderança das universidades para a UFRJ

Melhor do país em avaliações no exterior, USP reorganiza contas

RUF: confira ranking de universidades e de 40 cursos

A diferença entre a universidade paulista e a carioca é pequena: a UFRJ ultrapassa a USP por 0,43 ponto. Para se ter uma ideia, a USP voltaria à liderança se tivesse uma nota média no Enade, avaliação oficial do governo, que vale dois pontos no RUF –a universidade não participa do exame por considerá-lo controverso.

Na época em que o RUF de 2016 fora publicado, a USP, procurada, não se pronunciou sobre a queda na classificação. Publicou apenas um texto institucional em que noticiava a posição da universidade no ranking da Folha.

Agora, o novo artigo institucional esmiúça os resultados:

“A USP se deparou com os resultados de dois rankings universitários: perdeu a liderança de quatro anos no Ranking Universitário Folha (RUF) e caiu colocações na lista mundial divulgada pelo Times Higher Education (THE), permanecendo, porém, no primeiro lugar entre as universidades da América Latina. Já na última edição do QS World University Ranking, a USP subiu 23 colocações e obteve sua melhor avaliação na história da lista. Esta aparente discrepância nos indica que, apesar de sua importância, os rankings universitários precisam ser relativizados.” (do texto)

De acordo com o material, uma das críticas aos rankings de universidades, destacadas pelo próprio reitor, é a avaliação de instituições com características tão distintas em um mesmo pacote.

“É importante ter em mente que os rankings não são instrumentos neutros, mas sim construídos e utilizados intencionalmente, para fins e contextos específicos”, diz, no texto da USP, a bibliotecária Solange dos Santos. Ela é autora de uma das primeiras teses de doutorado em solo nacional sobre rankings universitários, defendida em 2015 na USP (leia mais aqui).

MAIS DINHEIRO

A própria USP já utilizou rankings universitários em suas políticas internas. Durante a gestão do reitor anterior, João Grandino Rodas (2010-2013), a universidade distribuía bônus em dinheiro a funcionários e docentes cada vez que subia ou tinha um bom desempenho em diferentes classificações de universidades.

A medida por interrompida por Zago por questões financeiras: quando assumiu, em 2014, Zago encontrou uma universidade em crise financeira, que gastava mais do que recebia do governo só para pagar salários.

O reitor, no entanto, acompanha as listagens de perto: neste ano, foi Zago quem fez a palestra inaugural do encontro internacional do IREG, braço da Unesco criado em 2009 justamente com o objetivo de avaliar rankings de universidades.

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Entenda o RUF: confira as respostas para as perguntas mais frequentes sobre o ranking https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/09/21/entenda-o-ruf-confira-as-respostas-para-as-perguntas-mais-frequentes-sobre-o-ranking/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/09/21/entenda-o-ruf-confira-as-respostas-para-as-perguntas-mais-frequentes-sobre-o-ranking/#respond Wed, 21 Sep 2016 16:02:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2722 A Folha publicou nesta segunda (19) a quinta edição do RUF -Ranking Universitário Folha e tem recebido muitas mensagens com dúvidas de usuários. Seguem, abaixo, os questionamentos mais comuns sobre o ranking.

Por que meu curso (nutrição, zootecnia e outros) não foi avaliado pelo RUF?
O RUF avalia as 40 carreiras com mais ingressantes no país, como administração, direito e medicina, de acordo com os dados do último Censo do Ensino Superior. A demanda para essas carreiras pode variar de ano para ano. Na edição do RUF de 2014, por exemplo, o curso de “filosofia” estava entre as carreiras com maior demanda no país (Censo de 2012). A partir do RUF 2015, “moda” entrou para os cursos de maior demanda no país e passou a ser avaliado no RUF no lugar de “filosofia” (Censo de 2013).

Por que a Unicamp foi avaliada em “jornalismo” se não tem um curso de “jornalismo”?
A Unicamp tem um curso de “comunicação social – midialogia” cadastrado como “comunicação social” no MEC –uma das áreas avaliadas na carreira “comunicação/jornalismo” do RUF. Sobre isso, consulte o dicionário de cursos do RUF aqui.

Meu curso não recebeu pontuação no indicador “avaliação de mercado”. Por que isso acontece?
O indicador de mercado de trabalho considerou 5.975 entrevistas realizadas pelo Datafolha em 2014, 2015 e 2016 com profissionais do mercado (de empresas, hospitais, consultórios, escolas e afins). Esses profissionais são ouvidos sobre as três melhores instituições nas áreas em que contratam. Os cursos sem pontuação nesse indicador não foram mencionados nas entrevistas com os empregadores.

Por que a minha faculdade não foi avaliada no ranking de universidades?
O ranking de universidades do RUF avalia e classifica as 195 instituições de ensino superior credenciadas como “universidades” no MEC. Já os 40 rankings de cursos consideram as carreiras oferecidas por universidades, faculdades e centros universitários. Institutos federais e cursos tecnólogos e a distância, por enquanto, não fazem parte das avaliações.

O Enade vale até 5 pontos, mas, no RUF, ele vale dois pontos. Como isso é possível?
No ranking de universidades, um dos subindicadores de qualidade do ENSINO avalia o desempenho dos alunos no Enade e vale dois pontos (ou 2% da nota recebida pela universidade). Nesse quesito, calculamos a nota da instituição no Enade (até cinco pontos) proporcionalmente no valor do indicador do RUF (até dois pontos).

Minha instituição de ensino não forneceu dados diretamente ao RUF. Como fomos avaliados?
Todos os dados do RUF são coletados em bases de dados do Inep-MEC (Censo de Ensino Superior 2014), Inpi (patentes solicitadas de 2005 a 2014), SciELO e Web of Science (artigos publicados em 2012 e 2013; citações recebidas em 2014) e agências de fomento à ciência estaduais e federais (dados de 2014). Também são realizadas duas pesquisas de opinião nacionais exclusivas, conduzidas pelo Datafolha, com empregadores e com docentes cadastrados como avaliadores do MEC. Visitas às instituições de ensino não fazem parte da metodologia.

Minha instituição tem dois cursos de “administração”, em dois campi diferentes. Dá para saber qual é a nota de cada um dos cursos?
Não. No caso de instituições com o mesmo curso oferecido em mais de um campus ou unidade, a nota daquela carreira será calculada com base em uma média das notas do curso oferecido em cada um dos campi.

Meu curso se chama “ciências jurídicas”. Quero saber se foi avaliado na carreira “direito”.
Sim. As 40 carreiras avaliadas no RUF consideram uma série de cursos com diferentes nomenclaturas. Para saber quais cursos fazem parte de cada carreira, acesse o dicionário de cursos.

 

>> Acesse aqui todas as reportagens e análises do RUF 2016.

 

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Universidade deve ter lógica produtivista de empresa? https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/07/16/universidade-deve-ter-logica-produtivista-de-empresa/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/07/16/universidade-deve-ter-logica-produtivista-de-empresa/#respond Sat, 16 Jul 2016 17:34:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2605 Para comemorar seus 70 anos, a UFBA (Universidade Federal da Bahia) decidiu fazer uma espécie de audiência pública gigante em um congresso de quatro dias que começou com o seguinte questionamento: universidade tem de produzir com a lógica de empresa? Para a filósofa da USP Marilena Chauí, que abriu o evento da UFBA, a resposta é negativa.

“Hoje, a universidade passou a ser encarada como uma organização social”, disse Chauí na abertura do congresso. “Como mostrou a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, a ideia de administração é inseparável do modo de produção capitalista como produção de equivalentes para o mercado” (leia o discurso dela na íntegra aqui).

“Fora Temer” marca abertura de evento de 70 anos da UFBA

Veja desempenho da UFBA no RUF – Ranking Universitário Folha

De fato, a universidade brasileira –assim como toda universidade do mundo– está sendo cada vez mais cobrada para produzir. É isso que Chauí chama de “modo de produção capitalista”.

Na pós-graduação brasileira, por exemplo, a quantidade de dinheiro que a universidade recebe do governo depende da nota recebida na avaliação feita pelo próprio governo. Funciona basicamente assim: quem publica mais artigos científicos –produz mais– tem mais dinheiro.

Essa lógica é controversa, claro, mas faz certo sentido. Ora, metade das universidades brasileiras são públicas, o que significa que sobrevivem com dinheiro meu, seu e de todo mundo que paga impostos. Parece racional que a sociedade cobre que essas instituições sejam produtivas, certo? Pois é.

O problema é que, dizem cientistas como Chauí, essa lógica produtivista faz com que as universidades passem a ter a produção como elemento central de sua existência. Assim, deixam de lado, por exemplo, a qualidade do ensino e as atividades de extensão.

É importante analisar o que acontece na universidade, inclusive para decidir o que será feito de agora em diante. A UFBA está justamente fazendo, agora, no seu aniversário de 70 anos, esse exercício que poucas universidades fazem: está olhando para si mesma.

Para se ter uma ideia, há, na programação do congresso de aniversário da universidade, mais de 2.000 trabalhos de docentes em todas as áreas do conhecimento. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, dois em cada três docentes da universidade submeteram trabalhos para serem apresentados no evento.  “É uma oportunidade única de a universidade buscar se conhecer e se reinventar”, diz, em nota, o reitor da UFBA João Carlos Salles.

Isso é muito legal porque não é muito comum. A universidade não gosta muito de ser colocada na berlinda, de ser questionada ou de ser avaliada. Seria bacana se esse exercício de autocrítica fosse mais rotineiro na universidade brasileira.

 

A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a Salvador (BA) a convite da UFBA

 

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“Fora Temer” marca abertura de evento de 70 anos da UFBA https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/07/14/fora-temer-marcar-abertura-de-evento-de-70-anos-da-ufba/ https://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2016/07/14/fora-temer-marcar-abertura-de-evento-de-70-anos-da-ufba/#respond Fri, 15 Jul 2016 01:22:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/?p=2594 A cada intervalo da orquestra que abriu as comemorações dos 70 anos da UFBA (Universidade Federal da Bahia), o que se ouvia eram gritos de “Fora Temer” e “Volta, querida” –alguns deles seguidos por palmas, que chegaram a durar mais de um minuto.

O evento aconteceu no teatro Castro Alves, em Salvador (BA), um dos mais importantes do país, nesta quinta (14), com plateia de 1.600 pessoas lotada. A programação do congresso de aniversário da universidade baiana  traz palestras de cientistas da universidade e de fora dela.

Após críticas, presidente de entidade científica anuncia que entregará cargo

Veja desempenho da UFBA no RUF

Esse não foi o primeiro congresso de cientistas marcado por demonstrações políticas desde a saída da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, também na Bahia, um ato da reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) foi interrompido com “Fora Temer”.

Na ocasião, a presidente da entidade, a biomédica Helena Nader, foi acusada de ter negociado com “golpistas”. Ela acabou colocando o cargo à disposição, mas o conselho da entidade pediu que ela ficasse.

“A polarização já estava nos grupos de what’s app, nos eventos de família e, agora, chegou às reuniões científicas”, disse, na época, Glaucius Oliva, ex-presidente da agência federal CNPq e membro do conselho da SBPC.

FEDERAIS PETISTAS

A reunião anual da SBPC foi na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) que, assim como a UFBA, tem forte tradição petista.

Isso acontece porque as federais observaram um período forte de expansão na era Lula-Dilma. A UFBA, que completa 70 anos, só saiu de Salvador na última década, quando foram inaugurados dois campi no interior da Bahia.

Também na era Dilma-Lula surgiram as federais do Recôncavo Baiano (UFRB, em 2005), da Chapada Diamantina (UFCD, em 2012), do Oeste da Bahia (UFOB) e UFSB –ambas em 2013.

O evento comemorativo dos 70 anos da UFBA segue até domingo. A universidade está classificada como a 15ª melhor do país na última edição do RUF–Ranking Universitário Folha. Destaca-se especialmente em arquitetura (8º melhor curso do país), ciências contábeis (9º melhor curso do país) e administração (12º).

 

A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a Salvador (BA) a convite da UFBA

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