USP está falida, mas funcionários e docentes querem aumento
Eu já escrevi isso aqui muitas vezes: a USP está falida. Só a folha de pagamentos da universidade consome 105% do seu orçamento. Não há dinheiro para mais nada.
Também já escrevi aqui no blog que estranho a pouca mobilização da comunidade uspiana para debater o problema.
Não vejo alunos funcionários e docentes se esforçando para encontrar soluções para a saúde financeira da universidade. Não há nenhuma comoção, proposta ou debate.
USP pode sair do vermelho cobrando por aulas e por estacionamento
Ninguém sabe o que acontece na USP, mas todos pagam a conta
Mas o que mais me causou estranheza até agora é a informação que acabo de receber: funcionários e docentes da USP acabaram de anunciar uma paralisação (leia aqui).
O motivo? Congelamento de salários.
A pauta é válida, é claro. Teve inflação então é preciso ter pelo menos um aumento salarial proporcional.
Mas, calma, vamos voltar ao lide deste texto: a USP está falida. É hora de pedir aumento? Ou de debater a crise financeira na qual a USP está mergulhada?
A universidade já recebe 5% do ICMS paulista que, neste ano, deve bater em R$ 6 bilhões. Precisa mesmo pedir mais?
CULPA DE QUEM?
Os argumentos que tenho encontrado sobre a atual crise da USP giram em torno de que o antigo reitor, João Grandino Rodas, fez uma péssima administração, saiu gastando dinheiro ao vento e agora todo mundo está pagando a conta (leia sobre isso aqui).
A culpa seria da gestão.
Para piorar o cenário, o antigo reitor foi o segundo colocado na eleição da USP em 2009 e, mesmo assim, foi escolhido pelo então governador José Serra (PSDB-SP) para comandar a universidade.
A culpa seria do governo.
Rodas se defende. Em artigo na Folha desta quarta-feira ele diz: “Mesmo com todos os investimentos realizados, uma reserva de mais de R$ 1 bilhão ficou disponível nos cofres da universidade para fazer face a eventuais sobressaltos na economia.”
Não estou dizendo que o governo ou a gestão anterior estavam certos. Tudo indica que não estavam.
Mas transferir a responsabilidade da crise atual na USP exclusivamente para a gestão e para o governo pode ser uma carta branca para que a comunidade uspiana não participe da solução do problema?
A resposta me parece um pouco óbvia.
Sigo sem entender o pouco envolvimento da USP com questões que dizem respeito a ela própria. Assim, a maior e melhor universidade do país vai seguir ladeira abaixo.
Você acha que esse pessoal da USP, eu disse USP, vão se preocupar com um problema tão pequeno assim? Eles tem um mundo inteiro pra mudar…ts
Se você quer jogar dinheiro fora, probema seu, mas faltou a jornalista dizer que o orçamento da USP é fechado, que não existe transparência. É só o Conselho Universitário (a sigla é CO, não me pergunte por que) parece ter acesso ao orçamento. Como lançar propostas novas se ninguém tem nem mesmo acesso ao orçamento? O próprio Reitor não deu nenhuma prova de que de fato existe uma crise orçamentária além de declarações. Parece apenas uma grande jogada para arrebanhar mais dinheiro pra caixa preta da Oniversidade. É preciso abrir o orçamento da USP e fazer uma auditoria nas contas da universidade. Acho uma pena que os jornalistas tenham perdido o hábito de investigar sobre o que escrevem. Preferem sair dando opinião sem nem procurar saber do que estão falando. Por que não entrevistou os professores, alunos e funcionários e seus representantes? Até porque se trata de dinheiro público que pode muito bem estar sendo usado para fins indevidos (caixa dois no mínimo). É preciso exigir transparência por parte dos gestores, está é inclusive uma medida preventiva contra prováveis crimes de corrupção. Que tal fazer um pouco de jornalismo de verdade? E que tal prestar mais atenção antes de falar asneira?
É sempre assim: dinheiro dos outros é muito barato.
Já disse e repito: enquanto as vacas sagradas não forem tangidas de seus currais, a coisa só tende a piorar.
Querida Sabine, você diz que ‘não há comoção, proposta ou debate’, justamente quando há tempos é exatamente o contrário do que vem ocorrendo nos corredores da universidade; tanto entre funcionários, quanto entre docentes e entre estudantes. Seus argumentos são os que estão na mídia (que veicula dados distorcidos que dão a impressão de querer favorecer a posição dos reitores), não há nada mais no seu texto que indique que você tenha feito qualquer tipo de pesquisa profunda sobre o tema. Ou argumentos provindos de uma pesquisa profunda não façam o estilo do seu blog, que é ser fútil e manipulável. Se escrever algo tão superficial assim é o que define uma ‘especialista em políticas de educação’, só posso lamentar o nível tão baixo de todo o resto, para que isso seja produto da nata desse segmento.
Marina, que argumentos que estão faltando na mídia, então? Que dados distorcidos? Quais são suas críticas?
A mesma Folha que há alguns anos disse que ‘pode-se dizer uma grande mentira falando apenas a verdade’ está o fazendo agora.
Os ‘fatos’ distorcidos apresentados pela colega, ao meu ver, não se referem a dados, estatísticas e contas (que todos estão cansados de saber e afirmar). Os fatos distorcidos estão no tom utilizado pela imprensa para discutir essas questões, como por exemplo com este título: “USP ESTÁ FALIDA, MAS FUNCIONÁRIOS QUEREM UM AUMENTO’, como se isso fosse um ultraje! Outro argumento bem lembrando por outro colega nesse post, a reivindicação não é por um AUMENTO, mas sim por um REAJUSTE, de acordo com a inflação. Falta de reajuste significa REBAIXAR os salários (sem contar nas demissões e em sobrecarregar os funcionários que restaram). Entre outras questões.
Mas o único argumento da mídia é que falta engajamento dos uspianos e faltam sugestões de soluções práticas e viáveis, como se fosse a coisa mais simples do mundo, assim num estalar de dedos, a comunidade uspiana fazer brotarem propostas milagrosas que salvarão a USP de uma má gestão de anos. Esta obrigação cabe aos gestores, não aos alunos e funcionários só para se mostrarem mais ‘engajados’ perante a mídia.
Os funcionários administrativos da USP receberam aumento de cerca de 70% e ganham hoje R$8000 em média. Esse valor está totalmente fora da realidade do país. Além disso, se não há dinheiro há perda do poder de compra se você trabalha numa empresa, na lavoura ou na universidade.
Todos falam da USP como um problema alheio, por isso que estamos perdendo os patrimônios públicos para os lideres privados.
O alto escalão, Reitor e Pró-reitores, publicado inclusive por esta imprensa, ganha mais que o governador, mas isso não é a maioria dos funcionários, longe disso.
Mas vou esclarecer, valores iniciais e tem gente com esse valor inicial há 20 anos. A bem da verdade, a cada 5 anos temos 5% referente ao quinquênio, benefício que todos tem igualmente. O resto, progressão na carreira, para poucos.
Nível Básico: 1863,52
Técnico: 3385,52
Superior: 6366,11
Sabe de nada inocente!
Qual a fonte referente a salário de 8 mil reais?
Sabine, muito tendencioso e sensacionalista o título de seu artigo. Procure apurar melhor antes de escrever. Isso é requisito básico do trabalho jornalístico: uma boa apuração. A propósito, o que se pede não é aumento, é um reajuste de salário conforme o índice da inflação dos últimos 12 meses.
Estão dizendo que os funcionários administrativos da USP ganham em média R$ 8 mil. Isso é uma falácia. É só acessar a tabela salarial no site da USP para ver (disponível no site http://www.usp.br/drh/novo/carreiras/tabsalfunc05_2013.pdf). E a maior parte dos funcionários é de nível Básico, com salário inicial de R$ 1863,60. Antes do programa de carreira, aumento de salário só a cada cinco anos (quinquênio) e a cada 20 anos (sexta parte). Muito diferente do que estão dizendo por aí e até mesmo publicado em reportagem do jornalista Fábio Takahashi, publicada na Folha de São Paulo em 19/05/2014 (para quem quiser ler: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/05/1456438-atual-reitor-da-usp-deu-aval-para-aumento-de-gastos-na-universidade.shtml).
Além disso, Sabine, o movimento dos grevistas está reivindicando aumento do repasse do ICMS, tanto para a educação em geral, quanto para as três universidades estaduais. E isso não é de agora, já lutamos por isso há anos!
Enquanto isso tem funcionarios tercerizados, na area da limpeza, que estao as 5 horas da manha na universidade, varrendo calcadas, limpando privadas. Eles ganham um salario minimo e nao podem entrar em greve e com o corte de gastos vai ter demissoes nessa categoria.
meu querido eu trabalho na usp tenho 15 ano de serviço prestado e ganho 2000 rs por meis nao se acredita em tudo que se ler vem aqui fazer uma visita pra vc saber a realidade da usp nao podemos paga uma crise que nois trabalhado nao criamos
Mas é preciso rebaixar urgentemente os salários dos técnico-administrativos. Eles ganham muito acima da mediana de mercado.
Ricardo, concordo em partes com o que diz. Porém, vamos ao órgão mais dolorido do ser humano: o bolso! Você aceitaria ter seu salário diminuído em 50% para que fosse mais igualitário em relação aos proventos da população? Quando o ingresso em cargo público se dá por meio de provas ou provas e títulos (concurso público) houve mérito do cidadão! Se ele não possui experiência para tal função, é outra história!!! Cada edital pode definir (dentro da legalidade) como bem entender sua seleção, e outra, muitas instituições públicas oferecem cursos de adaptação e aperfeiçoamento. Deixando esta questão de lado, devemos nos atentar ao que, de fato, é mais importante: a qualidade da gestão da USP! Desde que se possa dar passos compatíveis com as pernas, não vejo problema em elevar os salários. Porém, o retorno à sociedade deve ser equivalente e não deve gerar riscos à saúde financeira da instituição! Acho pouco provável que não haja nenhuma manifestação por parte da comunidade da USP a esse respeito. Entretanto, é dever de todos a fiscalização, afinal de contas é a “menina dos olhos” não apenas dos paulistas, mas do Brasil!
Sabine. Você responde a perguntas objetivas com perguntas subjetivas, de quem teve ou preguiça de procurar saber o que realmente acontece ou é tendenciosa, que é o que acredito. Não seria a gestão da Universidade a responsável por elaborar um plano, aliás vários, mediante a crise? Você empurra a responsabilidade aos funcionários que estão cooperando em muito, aguardando apenas um norte para trabalharem no mesmo caminho. Agora ouvir sem a menor explicação que teremos 0% de aumento? Reveja seus conceitos e ética na publicação de reportagem. Estava no momento de decisão de greve? Ele nunca foi fechado à imprensa.
Sabine, acho que sua vocação é escrever sobre moda ou culinária.
André, devo escrever sobre moda só porque você discorda do que escrevo? Apresente-me seus argumentos. abraços, Sabine
Engraçado… é raro um jornalista criticar a gangue que controla a USP.
Quando acontece, a jornalista é prontamente insultada, criticada, subestimada, etc e tal.
Imagine só o que teria acontecido se a turma dos sindicatos tivesse tomado o poder, em 1964…
Sabine, você quer que a Marina diga isso? Você quer que eu diga? A Jornalista da Follha é você. Eu como estudante sei. A Marina provavelmente sabe. Nós vivemos a Universidade e te garanto em argumentos simples e que a Sabine jornalista e os demais midiáticos não são capazes de entender: a universidade faliu por má administração, má gestão e principalmente, por corrupção, por falta de transparência. E agora pessoal? Como assim vocês vão querer o reajuste salarial se a USP faliu? Como assim, vocês não entenderam? A USP faliu! Como assim digo eu, Sabine! Obrigada
Concordaria com o argumento se a comunidade uspiana participasse das decisões, mas a gestão da universidade é completamente anti-democrática e centralizadora e ainda existe uma completa falta transparência na gestão das verbas. Agora na hora de arcar com as consequências da péssima gestão a comunidade tem que aceitar que se sucateie ainda mais a pesquisa e a remuneração de funcionários e docentes.
Se deixarem os técnico-administrativos votar, daqui a pouco teremos reitor eleito porque prometeu aumentar em 5 reais o vale-refeição.
Pelo que eu entendi, ninguém está pedindo aumento, mas sim REPOSIÇÃO salarial da inflação. Só alguém muito ingênuo pode acreditar na Dilma quando ela fala que a inflação está em apenas 6%. P.S. Não sou da USP e não estou falando em causa própria.
Eu aconselho a vocês senhores jornalistas do alto da opinião rasa que têm a estudarem e morarem aqui na USP por uma semana e deveras entenderem o que está acontecendo.
Vosso discurso insinua que os funcionários e professores são ‘impiedosos’ ao exigir um aumento, seu por direito, devido a má gestão da reitoria e completo descaso do governo estadual com a maior universidade do país.
E NÃO, a pauta não é apenas o ZERO% de aumento, mas também o corte das bolsas de pesquisa, iniciação científica, intercâmbio que os alunos vêm sofrendo e de mãos atadas, apenas tendo que engolir diariamente. Nem impressora no Apoio ao Aluno temos mais, estão todas quebradas por ‘tempo indeterminado’.
Sem contar nas bolsas de Auxílio Transporte e moradia que foram cortadas, morar no CRUSP, que já não é uma das melhores experiências, está ficando cada vez mais difícil. Consequência, temos alunos amontoados em quartos superlotados, mas mais uma vez ninguém vê isso, nem a imprensa que deveria INFORMAR corretamente o cidadão.
A manifestação é também pela demissão de 30% dos prestadores de serviços, faxineiros e funcionários do bandejão por exemplo são sobrecarregados, mas ninguém vê isso também.
Por fim deixo aqui meu apelo para que ao menos façam o trabalho de vocês direito, que é pesquisar antes de informar e formar opiniões equívocas na população. O atual reitor chegou a afirmar que os responsáveis pela destruição da universidade pública são os funcionários devido a greve (e não a reitoria e o governo pela má administração).
Durante séculos a imprensa serviu para defender os direitos da população e não incentivar o conformismo que esse tipo de questão, mas parece que agora nem mesmo a imprensa está mais do nosso lado, seja por alguma ligação política à qual não seja interessante deveras informar a população corretamente ou por meramente preguiça de fazer o próprio trabalho de maneira correta e justa.
Então antes de afirmarem com tamanha ‘propriedade’ que o motivo da greve é menor tentem se colocar no lugar dos que ainda se esforçam para manter esta universidade de pé.
Informação: só os melhores alunos das escolas partciculares estudam na USP. Nos estacionamentos você não “unos” ou carros “mil”, só carrões. E agora, mais uma vez, todos são chamados para pagar a conta para os aluninhos continuarem abrincar de socialistas e anarquistas. Com o dinheiro de todos nós. É isso?
Quem manda na USP são os professores?? Os funcionários e professores não estão sendo razoáveis ao pedir ajuste de acordo com a inflação?!? Só tem carrão nos estacionamentos??? hahahhahahhaha Só se for no estacionamento da FEA, SanFran e Medicina, fofo!!
Essa galera que não faz ideia de como é a USP real fala tanta bobagem que seria engraçado se não fosse ultra trágico, já que todos fazem questão de espalhar estas distorções para continuar, no nível superior da educação pública, com o processo que já foi concluído nos níveis fundamental e médio…não vamos mais permitir sucateamento nem privatização. Tem que haver eleições diretas para Reitor, e acabar com a corrupção e desvio de dinheiro ali dentro – aliás, como no restante do Brasil também.
Vivemos num país,onde no Congresso há doze anos só se ouviu falar em corrupção.A USP esta nesta situação financeira ,pior falta de habilidade administrativa,o reitor deveria ser escolhido por capacidade,provas e títulos.
Sendo fiscalizado.
Todos os operários são fiscalizados se uma caixa de super mercado errar na volta de troco,ela tera como sanção a reposição do que pagou a mais
Enquanto o egoismo perdurar vamos perder nosso patrimonio
Edson A. Cardoso, engano o seu. Estudei em escolha pública a minha vida inteira, inclusive no cursinho. Demoro 50min para chegar na universidade, pois preciso pegar 2 ônibus pra isso.
Não tenho condições financeiras de permanecer na universidade se me tirarem o auxílio e bolsa, ou seja, trancarei o curso e volto para a minha cidade.
Iracema, se a situação dos jovens estudantes da USP é tão deplorável assim, então é melhor que eles arrumem um emprego.
Trabalhar um pouco, ganhar sua própria grana e sair das costas do Estado. Que tal, hein?
André, não é ignorância abrir mão da educação e da possibilidade de evoluir no futuro ? Alguns sacrificam-se por ela.
Com toda certeza você não está dentre os mais favorecidos em termos de formação.
André, muitos alunos estudam em tempo integral. Não há como trabalhar. E muitos dos que estudam à noite trabalham durante o dia. Muitos vêm de outras cidades e de outros estados para estudar na USP e não têm condições de se manter e precisam de bolsa moradia e até mesmo bolsa alimentação no Restaurante Universitário.
Pelo seu comentário, parece que você está descontando sua frustração por não ter conseguido estudar na USP…
Iracema, na boa: quando foi a última vez que voce fez um orçamento, se é que já fez algum?
“Desenhando”: quando falta grana, temos duas possibilidades. Ou aumenta a renda ou diminui os custos. Esta conversa mole de “melhorar gestão’, “gerenciar recursos com inteligência”, etc., nunca resistiu a crueza da dualidade que mencionei. São termos usados para decidir onde o cobertor vai cobrir (mal) e onde vai faltar. É que nem tranqueira de apartamento: vai de um lado a outro mas nunca some.
E então, o que vai ser?
Sabine
Fica aqui minha sugestão: a situação dos Institutos de Pesquisa, principalmente os da Secretaria da Agricultura do Estado. Apenas aparências.
A baixa qualidade da educação básica em SP e no Brasil são cantadas em verso e prosa, no entanto, o governo paulista, em particular, inverte as prioridades criando e mantendo um oásis no deserto da educação falida. Pra piorar, a USP existe para atender gratuitamente a elite. Que bom que a massa não tem noção do que acontece quintal da sua casa.
Poxa, que legal. Sou estudante da USP. Minha mãe é professora e ganha 2000 reais por mês.
Obrigado por me avisar que faço parte da elite, eu não sabia 🙂
Para quem não sabe, ou finge não saber. A verba destinada à USP, é responsável pelos funcionários da Ativa e dos aposentados. É como se o aposentado da GM continuasse a receber a pensão com recursos da própria GM. Há décadas se discuti até quando esta situação se sustentaria. Ano após ano, o comprometimento dos recursos da USP (e das outras duas Estaduais Paulistas) com pessoal cresce exponencialmente. Prá piorar as coisas, nenhum governante até agora, teve a coragem de enfrentar esta incongruência. O que vai ocorrer, se é que já não ocorre, é o montante de recursos recebidos pelas 3 universidades não darem nem pras despesas com pessoal. O cenário é tenebroso! A maioria dos professores da USP estão há menos de 15 anos de se aposentar. Ou o governo assume sua responsabilidade nesta verdadeira bandalheira administrativa, ou pode fechar as portas das 3! Pros mais assanhadinhos, resta a alternativa de privatizá-las. Se é que não é o objetivo deste descalabro!
A USP só contrata pela CLT desde o in[icio dos anos 90, quase ninguém que trabalha lá hoje é estatutário, só quem tem mais de 30 anos de casa, quase não há mais aposentadorias novas pagas pela USP (fora os que saem dessa lista quando morrem), a maioria já é paga pelo INSS. Não fale sem saber.
Não é bem assim. Há mais de 1000 funcionários estatutários ainda para se aposentarem e que o dinheiro vai sair dos cofres da USP, fora os professores. Muito ajudaria a baixar os custos se tirassem todos os que entram pela porta dos fundos – os comissionados.
Prezado Marcos,
para sua informação: a tempos as Universidades Paulistas só contratam celetistas.
Os docentes não são celetistas.
É lastimável sabermos que a USP está em situação lamentável, conforme a informação deste artigo. Trata-se de uma
universidade de ponta, entre as melhores do país, mas como tudo relacionado à educação está em um plano secundário, não seria a USP que estaria em outra situação.
Que vergonha!
A verba para as Universidades Paulistas, conforme a constituição do Estado, corresponde a um percentual da arrecadação, e esta tem em média crescido acima da inflação. Tudo isso em nome da autonomia universitária. Não está na hora da própria comunidade tentar resolver os seus problemas em vez de colocar a culpa nos governantes.
Como tem gente que adora sentar diante de um pc e escrever e responder coisas, comentar sem se informar.
Quem se aposenta na USP, não recebe da USP, ou é celetista e vai para o INSS, ou se é autarquia vão para SPREV.
Inveja mata, estudem se prepara e entra na USP, a culpa de só a elite entrar na USP, não culpa da USP e sim o governo que paga mau, sucateou o ensino público a ponto de aluno passar sem saber ler, ai quando chega na hora de um vestibular…
Agora querem fazer o mesmo com a melhor Universidade da América Latina.
Resumindo a USP mesmo sucateada ainda é referência mundial, nossos alunos são os melhores, ganhamos bem porque fazemos bem o nosso trabalho, por isso a USP é invejada, o que não acontece com a saúde, e a educação e outras instituições cuidadas pelo governo.
Tem FUVEST e concursos, se vc tá com inveja tente, rs
Abraço,
Só mais uma coisinha, sai desse site e vai estudar, quem sabe você entra USP.
Mané
Com Relação a Cidade universitária
A Cidade Universitária é uma cidade com um custo de manutenção absurdo. Toda sociedade paga por isso e só uma pequena parcela a usufrui.
Ou se Faz uma gestão profissional, o que desagradará os funcionários públicos, os militantes e os estudantes alienados, ou ela se tornará economicamente inviável.
O espaço precisa ser otimizado e talvez parcerias público-privadas possam ser efetuadas para desenvolver atividades rentáveis no local. Um espaço daquele tamanho, em plena área nobre de São Paulo, sem produzir renda é loucura. E a rentabilidade poderia ser revertida no aprimoramento das instalações e resolução de inúmeros problemas como goteiras, por exemplo.
Mas como os cabides de emprego e estudantes militantes ideológicos são contrários a profissionalização da gestão, porque acham que gestão é um Monstro Capitalista, o que sobra é cobrar uma taxa sobre a maconha consumida nas dependências da Cidade Universitária. Com o montante do dinheiro arrecadado dá até para comprar a NASA,
É o começo da preparação para a privatização.
É só o Aécio ganhar pra bater o martelo.
Para mim a privatização é a pior solução (Veja bem eu disse solução). As universidades brasileiras tinham que seguir o mesmo padrão das americanas:
1 – Fim da estabilidade do emprego do professor, já que a universidade deve ser um lugar meritocrático e sua principal função é ensinar o aluno. O professor deveria ser avaliado pela performance de seus alunos e artigos publicados.
2 – Fim da gratuidade para os alunos e instituição de bolsas de estudo. Com essa forma poderia angariar mais recursos e mais alunos para a instituição (Sou totalmente contra a política de cotas, o governo não pode corrigir um problema nos ensinos fundamentais e médios através de fácil acesso ao ensino superior)
3 – Liberar doação de entidades privadas à Universidade.
4 – Maior aproximação Universidade/Empresa. Hoje os donos da Universidade são esses professores corporativistas que se julgam os donos da verdade.
Resumindo: Deveria ser uma sociedade mista público/privada.
Obs: Já formei em universidade federal pública no Brasil(UnB) sei como a roda gira!
Exatamente. E usando a mesma desculpa que usaram há anos com a Vale do Rio Doce e as Teles: a “ineficiência”. Deixaram a situação chegar a esse ponto por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e por incompetência, e agora querem dar um remédio que vai matar o paciente…
E é tão errado assim, terminar com o privilégio de quem vem das classes que mais podem pagar?
Esse discurso de que somente a classe A estuda em universidades públicas é fruto ou de uma tremenda ignorância da realidade ou de pura má-fé mesmo… Miram os cursos de Medicina, Odonto e Direito e esquecem que as universidades públicas oferecem vários outros cursos que não são oferecidos pelas universidades privadas porque não dão lucro. E esquecem, além disso, que as universidades públicas são responsáveis pela pesquisa no Brasil (coisa que tampouco dá dinheiro e, por consequência, não é muito apreciada pelas universidades privadas).
Querido , aprende uma coisa : desde que o mundo é mundo e enquanto ele continuar a existir ” quem pode mais chora menos “.
Pelamordedeus gente, educação pública, PÚBLICA, deve ser gratuita, GRATUITA, para ser universal e autônoma. Fico me perguntando quando que as pessoas passaram a ser tão egocentradas a ponto de esquecerem desses princípios básicos…
Princípios? Que princípios são esses?
São cláusula pétrea de algum livro sagrado?
Se chama Constituição da República Federativa do Brasil. Beijo.
A USP não é privatizável, pela simples razão de que ninguém vai querer comprá-la. As coisas que são consideradas ativos na USP (laboratórios, museus, bibliotecas, centros de pesquisa) são consideradas passivos para as instituições privadas, que estão voltadas exclusivamente para o ensino e não para pesquisa e extensão. Colocar à mesa o fantasma da privatização é querer fugir do debate usando a tática do terrorismo. Até porque, se uma uniesquina comprasse a USP, metade dos estudantes deixaria a universidade porque a qualidade iria cair (já que é pra pagar, vou pro Insper ou pra ESPM, por exemplo, pensariam as pessoas). E a outra metade ficaria eternamente em manifestações dentro do campus. Se tem uma coisa que não existe é risco de privatização. Pode ter fechamento da universidade, privatização não haverá.
Prezada Sabine,
Na gestão do último reitor, João Grandino Rodas, a universidade passou por mudanças que não entraram na equação orçamentária. Peço que verifique quanto custaram essas obras antes de defender o argumento da atual reitoria :
1. Substituição de todo asfalto nos campi (capital e interior).
2. Substituição de toda iluminação externa (são milhares de postes novos led espalhados a cada dezena de metros)
3. Compra de milhares de computadores servidores para o serviço “nuvem” (cloud USP). Gasto : 200 milhões de Reais somente em equipamentos, sem contar a infra-estrutura para instalação de rede intranet super rápida.
4. Compra de terrenos (para instalação dos data centers e construção prédios administrativos)
5. Compra de 2 navios, sendo que nenhum deles está em operação.
6. “Convênios” com universidades estrangeiras para utilização de serviços computacionais remotos (passamos a alugar serviços que antes eram executados no Brasil).
7. Contratos com empresas de ônibus para o transporte entre o metrô Butantã e a USP. Anteriormente a USP tinha os próprios ônibus.
8. Contrato com empresa de cartões de benefícios (sodexo). Anteriormente todos utilizavam os restaurantes da USP.
9. Instalação e manutenção de escritórios no exterior.
10. Troca da frota de veículos.
Tudo isto ocorreu nos últimos 4 anos. Claro que a carreira dos professores e funcionários também contribuiu no orçamento, mas há muitos gastos que não foram ventilados na imprensa.
Tudo isso que você citou contribui para que a USP continue sendo uma universidade de ponta. O que não contribui é o aumento demagógico e populista dos salários iniciais dos técnicos-administrativos, que ganham muito acima do que se pratica no mercado. É que na cabecinha corporativista dos funcionários a razão de existência da USP não é produzir conhecimento, mas pagar os salários dos burocratas.
É fácil resolver a crise. O governo do estado cria um imposto novo. O icms-usp. 5% de tudo, produtos e serviços vendidos no estado de Sao Paulo..
Daqui a 10 anos, o dinheiro terá sido consumido só com funcionarios. Aí se cria o icms-usp 2.
É assim que se resolve crises financeira do Estado.
Transferindo para o público a ineficiencia do governo.
A articulista diz que o antigo Reitor seria o culpado pela crise, mas que o mesmo alega que deixou 1bi em caixa. Porque não apurou quem está com a razão, em vez de apenas levantar poeira? Qual a utilidade de um artigo assim?
Sério…chega dessas “ilhas de fantasia” com dinheiro de todos. Acabou a festa. Põe a USP pra concorrer com as outras com o pagamento dos estudantes…
Se a USP pertencesse à esfera federal, será que a posição da jornalista (da Folha) seria a mesma?
Quando as manifestações, greve,s etc. envolvem os governos do PT, a mídia imediatamente se coloca ao lado dos manifestantes, mas se o governo é tucano, a culpa é dos professores ou outra categoria. A coisa é tão evidente que já causa desinteresse no público.
Já trabalhei na USP e antes de mais nada os funcionários e docentes deveriam se perguntar se fazem por merecer o seu salário. O que mais vi lá dentro foram funcionários fazendo “esquemas” para transformar as 40horas de trabalho semanais em 20 (no máximo), ou muito pior. Também vi funcionários pessimamente qualificados, de dar vergonha mesmo, acreditem em mim, que não deveriam estar em uma Universidade que se diz referência, nem ganhar o quanto ganham, muito menos ter qualquer tipo de aumento.
O que a USP deveria fazer é um choque de gestão, e após anos trabalhando lá como técnico de nível superior, garanto a vocês que se o número de funcionários fosse cortado ao meio, a USP continuaria funcionando muito bem, obrigada.
Sem falar nos docentes contratados em regime de dedicaçao integral que dedicam no maximo 40% de seu tempo semanal à Universidade. Isso é tao verdadeiro que os docentes que trabalham mais vivem se queixando aos diretores das suas unidades para tentar enquadrar seus colegas preguiçosos.
Não estou dizendo que o Rodas nao errou, nem o governo, nem que o modelo de financiamento das universidades estaduais paulistas é adequado.
Acredito, porém, que ninguém parou para se perguntar: a USP precisa de um quadro de funcionários tao amplo? O que esses funcionários tem feito? Eles têm cumprido sua carga horária? Quem fiscaliza isso? Qual a efetiva qualidade do serviço prestado por eles?
Os arranjos internos dos funcionários uspianos para trabalhar sempre menos e sugar mais a USP (mentalidade do funcionalismo público mais jurássico) são uma verdadeira caixa preta cujo conteúdo seria revelador.
Boa noite!
Esta informação eu desconhecia, apesar de imaginar… Se até a USP está falida, o que dizer de outras instituições científicas de ponta?!
A má gestão é um tumor no universo público brasileiro. O cidadão paga imposto e está cansado de não ter nada em troca. Para funcionários e docentes, parece simples imputar a responsabilidade ao reitor e ao governo. Quais suas metas globais, de departamento e individuais ? Nenhuma empresa sobrevive gastando mais do que o orçamento só para pagar salários, lembrando que, os cidadãos da iniciativa privada, raramente, tem mais do que a reposição da inflação. O que os faz tão diferentes dos outros ?
O Brasil todo está em ruínas!!!
O problema da USP é a soberba, a arrogância,a prepotência,o autismo de uma instituição vaidosa demais para admitir quaisquer problemas. Tipo nobre ou rico falido, psiquicamente não consegue ter um mínimo de humildade de admitir que tem problemas. Tenho uma visão de longa data sobre a USP: deveria se mudar para o centro de sp, até para estar convivendo mais próximo da realidade – a faculdade de direito está lá desde o século 19, mas também vive no seu próprio mundo apartado da realidade que a cerca, principalmente na atualidade, com o centro de sp totalmente degradado. Para começar a resolver seus problemas, a USP deveria parar de “se achar”,depois tirar de seu currículo psíquico a soberba/orgulho.Já seria um grande passo…
No meu ponto de vista, para a usp sair da torre de marfim em que vive nas nuvens,o ideal era ter mais 2 universidades públicas:
uma que poderia ser criada pela prefeitura de sp capital, a outra a expansão da unifesp(governo federal), com a adoção de cursos de humanas e exatas. Assim, além do aumento da “concorrência” e de alternativas para os estudantes, a arrogante usp,até por necessidade, teria que adotar uma governança administrativa pragmática e dinâmica, onde problemas poderiam ser tratados de forma mais ágil e sairia das palavras estéreis de reitoria,prórreitores, diretores entre outros e das ruidosas e zécelsianas manifestações de uma minoria.
A propósito:
Não defendo a privatização da Usp.
Só que, no meu ponto de vista,passou mais do que da hora de a entidade ter uma brisa de renovação, tipo talvez um reitor ou reitora estilo papa francisco
Caso a blogueira não aceitar meus comentários, resumirei qual o maior problema da usp:
EGOCÊNTRISMO!
E uma música para a Usp?
“Meu mundo e nada mais” de guilherme arantes.
“… a USP está falida. Só a folha de pagamentos da universidade consome 105% do seu orçamento. Não há dinheiro para mais nada.”…”A universidade já recebe 5% do ICMS paulista que, neste ano, deve bater em R$ 6 bilhões. Precisa mesmo pedir mais?”
Se o folha de pagamentos consome 105% do orçamento da universidade, precisa pedir mais sim. Ou diminuir o tamanho da instituição.
O engraçado é que tais despesas são vistas como “custos” e não como “investimento”. Com esse tipo de mentalidade, a educação de qualidade se depara com uma encruzilhada: todo mundo quer, mas ninguém está disposto a pagar por ela.
“Mas transferir a responsabilidade da crise atual na USP exclusivamente para a gestão e para o governo pode ser uma carta branca para que a comunidade uspiana não participe da solução do problema?”
Esta pergunta é uma brincadeira, né? Qual a solução que a comunidade uspiana pode propor/participar, se não a redução do seu tamanho ou a cobrança por seus serviços (dos alunos e funcionários)? A própria estrutura da universidade impede a geração de recursos, como os advindos de parcerias e prestação de serviços (um mal que atinge todo setor público: parcerias e prestação de serviços para o setor privado pode gerar sanções para os servidores). E servidores públicos tem de seguir a lei. Um problema gerado fora da USP tem de ser resolvido pela própria universidade? Só se a lei for mudada.
A USP não faliu. Foi falida. E a culpa cabe aos funcionários, professores e estudantes (vistos como “burguesinhos”)? Ai fica difícil…
A gestão da USP é arcaica e centralizadora. Burocrática e distante de sua comunidade.
Idéias e sugestões existem de monte, dentro das faculdades, pra levantar recursos. Basta andar por corredores e salas de aula (principalmente da FEA-RP). Mas, além de não existir um canal para expor tais idéias, a burocracia impede qualquer implementação.
Resultado: a gestão da USP se isola, se torna alvo fácil de crítica e o problema cresce.
Sugestão então: ouça os alunos e docentes engajados! Desburocratize!
Era só o que me faltava: agora a culpa é da comunidade. Pessoas como você me fazem descrer completamente no jornalismo.
Se metade do que muitos funcionários da USP fazem: recebem do Estado, usam a máquina para ganhar dinheiro prestando serviços para a própria USP com abertura de empresas, etc. Ganhando dinheiro das fundações, talvez isso tudo não estivesse assim. Ou se as pessoas que podem denunciar e os orgãos que podem investigar o fizessem muito dinheiro seria poupado, assim como a IMORALIDADE DE MUITOS FUNCIONÁRIOS seria descoberta.
Penso que não é só a imprensa que deve se mobilizar IRACEMA, mas quem está in loco, ou até fora e vê o problema poderia reunir-se, planejar e buscar soluções, agora colocar as coisas no colo do governo do braço da imprensa é demais, UM PAÍS DEMOCRÁTICO É FEITO DE CIDADÃOS, e onde estão eles? Olhando para os seus problemas? Eu não tenho nada com a USP e nem estudei lá, é uma excelente universidade, mas as pessoas precisa se mexer. Outra coisa: há plano de carreiras e algumas voltas que as mãozinhas dão que acabam por prejudicar o erário, e sobre funcionários que usam a máquina e fazem trabalho para fora e tb para dentro da USP é só pesquisar, usam computador, internet, em fim toda a estrutura e ao final recebem por isso, é um crime é MUITAS PESSOAS SABEM E NADA FAZEM, INCLUSIVE ALGUNS SUPERIORES. Brasil ou as pessoas mudam de atitude ou melhor mudar de país.
Se nao estao satisfeitos com o emprego que tem, por qualquer motivo, inclusive salarial, basta rpocurar um novo emprego!
Falta de profissinalismo..
Ah mas você acredita que os famintos pelo din din público deixarão de mamar na teta governamental? Ledo engano…
Não queremos mamar, somos CONCURSADOS!!! E você deve ser um recalcado que nunca passou em um concurso público. A luta é por reajuste salarial, o dissídio anual, é isso…
Pede uns cubo cards pro Capilé, vocês não gostam da ideologia dele?
Mesmo voce sendo CONCURSADA isso nao quer dizer que seu empregador tem que te pagar o quanto voce quer!
Ele paga o quanto quer e quanto pode.
Se voce nao gosta, procura outro emprego.
Ou voce nao sabe fazer mais nada?
So’ mesmo um masoquista ficaria em um emprego mal pago. Nao consigo entender o porque de alguem insistir emuma porcaria de emprego.
Quem disse que nosso salário não é bom ou justo? A greve é por reajuste salarial, o dissídio que é pago pelas empresas anualmente. Entendeu? Não é para aumentar nossos salários é para reajustá-lo de acordo com a inflação.
Mudar de emprego não é o caso, seria uma solução simplista,não tá bom muda. Não é esta a gestão, todo funcionário tem direito à greve.
e outra coisa: a maior parte dos funcionários da USP são qualificados e com alto grau de estudo e portanto sabemos fazer outras coisas sim.
Se você for setor privado seu salário deve ser reajuste todo ano certo? é só isso que queremos.
Maria,
Realmente nao entendo. O empregador nao quer dar aumento para cobrir a inflacao. Paciencia. Se nao gosta sai.
Porque se apegar a algo que nao gosta?
falta de profissionalismo? Insatisfação com emprego? ah meu.. vai ser gente… você dispender anos de sua vida pra estudar e se tornar um profissional de gabarito e aí se insurgir contra uma decisão de não ter reposição salarial (não aumento) é falta de profissionalismo? Ah cara. infelizmente com pessoas que nem você e essa sabine (especialista???? em que mesmo?) este país não vai melhorar nunca. A falta de cultura e consciência social e politica é fatal para um país que deseja ser conhecido como um país do futuro. A não ser que o desejo real do governo seja privatizar a usp e usem estes canais para colocar a população favorável a essa ideia.
Paulo das 9:09 sua resposta foi ótima , impressionante a folha estar dando emprego há jornalistas ruins e mal informados com visão distorcida da realidade e acredito eu politicamente atrasados! Precisamos de gente que tenha argumentos válidos e que nos acrescentem uma nova opinião.Se prepare melhor Sabine , pensar diferente requer mais trabalho nos argumentos!
E onde se encontraria TANTAS mamatas? Já sei a resposta: no Congresso Nacional!
Mamatas, Edson? Para você poder se candidatar a ser professor na USP você tem que ter passado de 25 a 30 anos da sua vida estudando (primeiro e segundo graus, faculdade, mestrado e doutorado). Depois de aprovado, você só sobe na carreira se continuar a produzir (promoção, por exemplo, se dá por meio de concurso que exige, além da prova, a redação de uma tese). Está claro que a vida acadêmica não é para qualquer um. Mas definitivamente não é a moleza que pessoas como você pensam que é. Por favor, menos preconceito.
Exatamente! Não só os docentes, mas os técnicos administrativos da Universidade quase todos no mínimo são graduados, especialmente os mais novos.
Uma jornalista, ex-bolsista, reclamando da reivindicação dos professores e funcionários. Se não há dinheiro para REAJUSTE, imagine pra bolsas. Aí a senhora poderia escrever que os bolsistas são insensíveis com a atual situação da USP e que o governo e a reitoria não são os únicos culpados e que a responsabilidade é da insensibilidade das vítimas da má gestão.
Que texto ruim, fraco, sem conteúdo. A velha frase “pessoal da USP”…você, com certeza, não estudou na USP. Estude mais, e beijo no ombro do seu recalque. Falou e não disse nada. Não se posicionou contra o governo, jogando a culpa no mais baixo escalão: professores, funcionários e alunos. Como se a culpa fosse de uma dessas 3 instâncias…a voz deles só está sendo ouvida agora! Cobre dos seus governantes SIM! Reitor, Governador e quem mais do alto escalão estiver envolvido! Isso é jogo político…você deveria prestar fuvest para estudar na USP, assim poderá, talvez, entender melhor as coisas….
Sabine, bom dia!
A história não é bem essa quanto ao repasse do ICMS feito pelo governo de SP… ele está em débito de R$ 2 bilhões com as três universidades…
Além disso, houve a criação de novos campus, faculdades, cursos e ampliação de vagas sendo que os recursos continuaram os mesmos. Ou seja, só trouxeram mais gente para comer do mesmo bolo…
Os dirigentes são os Professores, que se acham superiores e por isso nunca ouvem nenhuma opinião de funcionários, ou seja, a situação da USP hoje foi unica e exclusivamente por culpa deles. Os professores acham que são os mais inteligentes se acham Deus então que o Monte Olimpo agora resolva o problema.
Sinto muito, mas os “professores” aumentaram o gasto com salários através de aumentos maiores para os técnico-administrativos. Ainda acha que os professores ė que são culpados?
Professores são estratégicos, desempenham atividades-fim, devem ter, portanto, remuneração agressiva. Técnicos-administrativos são operacionais, facilmente substituíveis, têm de ganhar a mediana de mercado e olhe lá. E quem não estiver satisfeito que vá trabalhar no McDonald´s.
estrategicos aonde? muitos nao sabem nem mandar um email ou ver se o computador esta ligado na tomada
A USP depende dos técnicos administrativos tanto quanto dos docentes. Você está sendo ingrato e menosprezando os funcionários que prestam apoio aos docentes e alunos.
Não é ingratidão, não é menosprezar, é racionalidade administrativa. Por mais que o funcionário que tranca e destranca as classes antes de as aulas começarem seja um gênio, ele é de fácil reposição. Se não quiser permanecer porque tem uma proposta de trabalho melhor no Carrefour, amanhã tem 10 caras com a mesma qualificação que ele se oferecendo para a vaga. Já um professor-doutor, um professor-titular, não. Se a Mayana Zatz, a Maria Hermínia Tavares de Almeida e outros do mesmo quilate resolvem ir para outra instituição, babau. Mão-de-obra qualificada assim é extremamente rara. Para essas pessoas, a remuneração e as condições de trabalho têm de ser extremamente agressivas, para que nem cogitem em deixar a USP. Fundamentalmente, as nossas diferenças são: eu tenho uma lógica de remuneração da iniciativa privada. A base tem de ganhar a mediana, os estratégicos têm de ganhar no terceiro quartil, muito. Você tem a lógica da esfera pública. Somos todos humanos, todos iguais, todos devemos ganhar bem (de preferência, salários iguais). Só que, como os recursos são escassos, pagar bem à base significa pagar menos do que deveria aos estratégicos. Aí a esfera pública fica só com auxiliares de escritório e as pessoas com conhecimentos que agregam mais valor migram para a iniciativa privada. É preciso não desconsiderar, embora o que eu vá falar seja considerado extremamente baixo-astral da Rua Alvarenga pra dentro, que o Brasil é um país capitalista, guiado pela lógica de mercado.
Ricardo, não se faz na esfera pública aquilo que você faz na privada. A lógica mesquinha do mercado não deve ser bem vinda nas universidades públicas, que estão interessadas na construção de conhecimento e não na produção de mercadorias.
Exploração inumana de mais-valia não deve ter lugar na universidade.
Além disso, docentes e funcionários estão lutando contra PERDA salarial. Isto é um direito de qualquer trabalhador.
Finalmente: a diferenciação entre atividade-fim e atividade-meio só serve à lógica privatista e exploradora dos mercados, não à produção de conhecimento. A USP deveria ser um modelo de combate à precarização do trabalho na universidade.
E a jornalista deste panfleto pró-tucanos insiste em difamar os servidores (docentes e funcionários) da universidade alegando que eles não estão preocupados com a crise financeira. Demonstração cabal de mau jornalismo: a comunidade uspiana (com exceção de seus dirigentes) entende claramente a origem da crise e está lutando para atingir a raiz do problema (a falta de democracia nas decisões). Não haverá solução para a crise financeira enquanto o reitor continuar a ser indicado por meia-dúzia de professores titulares (afastados do cotidiano universitário) e nomeado pelos tucanos.
http://www.estadao.com.br/noticias/vida,analise-orcamento-da-usp-exige-transparencia-e-mais-democracia,1165827,0.htm
Não, Gabriel, o problema da USP é administrativo, não é político, embora a escolha do Rodas tenha sido equivocada. A questão é: se o Chico de Oliveira tivesse sido eleito diretamente o reitor da USP para o período 2010-2014, por toda a comunidade USP, todos com igual peso eleitoral. e tivesse implantado a política maternal de remuneração que o Rodas implantou para os técnico-administrativos, a USP teria quebrado do mesmo jeito. Discutir a forma de escolha do reitor é importante, é fundamental. Mas não foi a forma de escolha do reitor que tornou a USP insolvente. Foi a gestão administrativa do Rodas, populista e demagógica, que aumentou expressivamente os gastos salariais para não enfrentar greves em seu mandato. As únicas que enfrentou foram de estudantes da FFLCH, por causa da PM no campus. Não foi a construção da Brasilianas que quebrou a USP, foi a gestão de RH. É este nó que precisa ser desatado. Sem trazer a remuneração dos técnico-administrativos para a realidade de mercado e sem acabar com a aposentadoria integral dos professores, não há solução. Ou melhor, a solução existente (aumentar os repasses de ICMS) penalizará os pobres, porque os recursos sairão da educação básica e da saúde pública.
Mas se acha mesmo que docentes nao estao ganhando o que deveriam devido o salario dos tecnicos administrativos vá para a iniciativa privada e ache quem julgue justo pagar o que deseja ou entao estude mais e acumule mais titulos, mas de nada vale se não é colocado em prática, iniciativa privada paga bem pra quem sabe fazer, teorias apenas nao bastam por lá!
já pensou agora com a crise no abastecimento de águas do estado de SP e isto vindo a afetar o ICMS (algo possível, já que tem empresas que usam muita água em seu funcionamento, já tendo de reduzir a produtividade) se a USP não mudar sua forma de sustento, tornará-se insustentável de vez.
O reitor da USP é indicado pessoalmente pelo governador do Estado. A situação´de falência é de responsabilidade tanto do reitor como do governador Geraldo Alckmin.
O PSDB quer a privatização da USP a qualquer custo. A má gestão é proposital.
Todos sempre querem aumento, inclusive você, senhora Sabine! O que funcionários e professores da USP querem é, primeiramente, não ter redução salarial, pois
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inflação anual beirando os 7% + 0% = redução de salário de 7% !!!
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ficou compreensível pra você ou preciso desenhar?
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Os técnico-administrativos precisam ter redução salarial, porque seus salários iniciais são muito superiores ao que se pratica no mercado. Como reduzir salários não é possível, as saídas são demissões e congelamentos salariais por uns 10 anos, até que a remuneração chegue a um nível sensato. Já os professores tinham de receber uma remuneração mais agressiva, desde que parassem de receber aposentadoria integral.
Ricardo, os salários são correspondentes aos requisitos para se trabalhar na USP! Não culpe a comunidade uspiana se vc ganha menos!
Não são, Lucas, quem determina se o salário é razoável para determinados cargos e funções, numa sociedade capitalista (sim, vivemos em uma sociedade capitalista), é o mercado. Não importa se o auxiliar de escritório é formado em Harvard, fez pós-doutorado, é uma potência intelectual, é expert em Kant ou Althusser. Ele foi contratado para carimbar, para colocar a ficha verde na primeira gaveta e a azul na segunda. Seu salário ficará, obrigatoriamente, dentro de uma faixa salarial, igualzinho como funciona no Bradesco, no McDonald´s, na Casas Bahia. O salário na USP, para os técnico-administrativos, não é mais alto porque a USP exige competências mais sofisticadas dos funcionários da Seção de Alunos, por exemplo. É assim porque o sindicato é forte e porque quem gerencia a universidade são as partes interessadas. A USP funciona assim: “Aqui dentro a gente manda, viva a autonomia, não pode haver interferência externa, nós vamos definir os nossos salários!” Aí, quando o orçamento explode, como agora, vão choramingar para os agentes externos (a sociedade e o governo do Estado) para aumentar o repasse do ICMS. Isso não vai acontecer, pode anotar aí que os percentuais não vão aumentar. E se o Sintusp e a Adusp não criarem juízo, em alguns meses os aposentados da USP vão parar de receber os benefícios, porque não vai haver grana.
Uma boa seria contratar todos por regime CLT ai acaba a farra dos “Doutores” tambem
Ricardo, o salário dos técnicos das universidades federais sempre maior, agora estamos equiparado. Agora eu te pergunto: o trabalho também deveria ser reduzido né? Fazemos valer nosso salários, muitos trabalhos bastante.
Mari, apenas os salários dos professores têm de ser equiparados (diria até superiores) aos das federais, para tornar a USP mais atraente para os cérebros que interessam. Eles fazem parte das atividades-fim da universidade. Tudo que é de apoio é operacional. Por mais brilhante que seja a secretária ou o auxiliar de escritório, é um profissional de fácil reposição. Se quiser ir embora, paciência, no dia seguinte tem dez caras com a mesma qualificação se oferecendo para a vaga aberta. Os salários dos técnicos nas federais também é inflacionado, por isso a comparação não é válida. Quem é operacional tem de ganhar a mediana de mercado. A USP sofre do mesmo problema que a esfera pública de forma geral. Os salários da base são mais altos do que deveriam e os do topo são mais baixos. A esfera pública é o olimpo dos auxiliares de escritório, só que os profissionais que realmente contam vão para a iniciativa privada. Os concursos para nível médio na USP atraem pessoal que está fazendo mestrado. Por que atraem? Porque o salário de partida, de R$ 3.400, é alto para a função. Isso não tem a menor racionalidade administrativa.
Este ´um dos textos mais ordinários que eu já li. Quando esta blogueira cita “Não vejo alunos funcionários e docentes se esforçando para encontrar soluções para a saúde financeira da universidade.”, dá impressão que ela nunca viveu num ambiente de universidade. Até onde se sabe, alunos estão numa universidade para aprender; professores estão para ensinar; e funcionários estão para manter uma boa estrutura na medida do possível. Agora todos esses elementos se esforçarem para encontrar soluções financeiras, é como todos fossem economistas. Isso é função de quem dirige e geram recursos para a universidade, e não função para seus elementos.
Cesar, mais ou menos. Tenho acompanhado várias ações do movimento estudantil com diversos objetivos ao longo dos últimos anos. Mas nenhuma delas foi voltada ao acompanhamento da gestão financeira da universidade. Abraços, Sabine
Por isso mesmo que não se deve envolver essas partes nessa discussão. Uma universidade é feita para ensinar, e deve ser dirigida por quem tiver competência para isso. Universidade não é empresa para dar lucros
Sabiene
Vc foi a campo levantar as informações que vc está afirmando nessa matéria ou está praticando o jornalismo declaratório tão ao gosto deste jornal?
Qual é sua crítica em relação ao texto?
A minha crítica está implícita no comentário. A matéria é confiável?
Solange, não entendi. Qual sua dúvida sobre a matéria?
Os professores da USP têm salários que são competitivos com seus pares em muitos países europeus “periféricos” como Espanha, Portugal e Itália, se não forem mais altos. Nos EUA, Alemanha, Suíça e, possivelmente na Inglaterra, ganha-se mais, mas o custo de vida é mais elevado.
Em termos gerais, levando-se em consideração também a produtividade dos docentes brasileiros versus seus pares no exterior, não acho justificativas razoáveis para os professores da USP entrarem em greve e, menos ainda, para os funcionários não docentes, que ganham muito mais que a média no setor privado brasileiro para funções com nível igual de qualificação.
É por isso que argumentos “economistas” não explicam as situações: passa-se ao largo do cerne das grandes questões, a política.
Sabine, bom dia!
É por isso também que eu NÃO respeito esse jornal.
Antes de dizer BESTEIRAS, informe-se.
Gostaria muito de saber quem é sua fonte de informações…!
Carlos, tenho várias fontes e cito várias delas ao longo do post. Qual parte o senhor discorda e por quê? atenciosamente, Sabine
Título tendencioso e argumentos superficiais devido ao desconhecimento do assunto levam pessoas a escrever qualquer coisa para não perder o bonde do momento. A USP virou um belo bode expiatório da mídia, que a meu ver não sabe fazer outra coisa em época de eleições além de plantar notícias distorcidas e sem sentido para confundir a sociedade. Tiram do povo o foco principal que é a política e enaltecem o futebol.
Esse é o Brasil, povo marcado, povo feliz…
105% do orçamento de R$ 6 bi gastos só com a folha de pagamento? Das duas uma: ou a USP tem os docentes e funcionários mais bem pagos do planeta, ganhando mais que ministro do STF (média acima dos R$ 22 mil mensais, com base nº de docentes/funcionários publicados no site da universidade), ou esta informação é a mais descabida, deslavada e descarada mentira.
Antonio: uma porcentagem alta dessa “folha de pagamento” são inativos, que são pagos pela USP, e não pelo previdência.
Sabine,
Como funcionária USP a única coisa que tenho a dizer é: Vc, que se diz especialista com a esta descrição baixa, com o seu “achismo”, quer opinar e discursar com tanta firmeza suas convicções sobre a USP se nem ao menos estudar aqui e sem viver o dia a dia como nós! Limite os seus pensamentos pequenos a outras coisas que receberá, talvez, menos críticas!
Sabine,
Em momento algum não vejo você comentar a respeito dos mais de dois bilhões que o governador deixou de repassar ( esta devendo), referente ao ICMS para USP, onde foi parar esse dinheiro???
Bom dia Sabine Righetti!
Eu acho que discutir a USP, UNICAMP, UNESP e outras instituições é tão complicado como as questões da mobilidade urbana (nossa que chique!), carga tributária, logística, violência, saúde, educação etc., etc. Mas vamos nos ater tão somente à USP.
Há mais de dez anos eu comentava e cobrava aos pesquisadores “uspanos e unicampeanos” o quê eles devolviam para a sociedade civil em troca dos bilhões de dólares em investimentos em máquinas e equipamentos que tinham à disposição; se efetuássemos uma auditoria “séria” apenas para valorar e atualizar os equipamentos instalados naquelas instituições chegaríamos a valores astronômicos. Aqui, renovo a minha cobrança: quantos bilhões de dólares resultaram para a sociedade pagadora dos impostos e é lógico, extra aos docentes, pesquisadores e discentes que também pagam, em novos produtos que a “desindústria” brasileira produz e exporta, gerando trabalhos, mais tributos e outros benefícios inerentes?
Andando nos bolsões de estacionamentos dos diversos institutos da USP pode-se verificar que os veículos mais velhos não superam dois ou três anos e isto, até não é muito importante afinal, a presidente vive estimulando a inadimplência dos brasileiros, mas algo muito sutil pode ser verificado nas placas de muitos dos veículos: são de diversos Estados brasileiros. Então sou contra os estudantes de outros Estados? Não! Mas, se, beneficiam do melhor ensino no Brasil, seria, no mínimo, esperar que os Estados contribuíssem mesmo que simbolicamente com valores anualizados. Retornando aos bolsões de estacionamentos, como uma grande parcela senão a maioria pode se dar ao luxo do transporte individual é certo que também possam pagar mensalidade pela educação que recebem. Gostaria que você e outros colegas das imprensas efetuassem pesquisas nas melhores instituições dos países tidos como desenvolvidos que oferecem ensino superior gratuito. Aqui vale lembrar que as instituições cobiçadas para pós-graduações, mestrados e doutorados no exterior, são entidades privadas e tem altos custos para o interessado.
Até hoje nunca tive a oportunidade de ler sobre um profissional graduado nestas escolas brasileiras e, que bem sucedido, tenha feito uma doação pela riqueza que conseguira amealhar como consequência dos estudos, algo que parece ser muito comum entre os americanos.
Gostaria de mencionar um exemplo que vivi: há mais de dez anos, fui procurado por uma indústria multinacional que desejava nacionalizar as partes plásticas contendo ícones funcionais de veículos motorizados. Evidentemente procurei pelos institutos de Química e Física da USP e da UNICAMP, que resultaram em ZERO interesse.
“A USP está falida, mas funcionários e docentes querem aumento”. Na semana passada o Blatter da FIFA fez uma declaração, que muitos brasileiros podem não ter gostado: trabalhem mais!
Teoricamente os 5% do orçamento do estado destinados a USP seriam retornados em benefício da sociedade com a formação de profissionais de alta capacidade, que possam com seus conhecimentos ajudar a mudar os conceitos dos atuais governantes em relação aos gastos públicos. Ocorre na realidade o oposto. A USP dá um grande mau exemplo com gastos irresponsáveis, desconsiderando os preceitos básicos que devem nortear os gastos publicos.
Educação é prioridade sim. Com direitos e obrigações de conduta condizentes com uma universidade que deve servir de parametro para seus alunos. Que bom exemplo levarão de seus mestres. Gastar, gastar. Alguém acha que 5% do orçamento de SP é pouco.
Sabine,
Nos últimos anos, foram incorporados a folha de pagamento da USP a faculdade de Lorena, foi aberto o campos da zona leste, foi aberto o campos de Santos, foram contratados 50 professores enquanto somente 10 se aposentaram, tudo isso com a promessa do senhor governador de aumentar o repasse quanto a essas e outras que iriam fazer a folha de pagamento da USP aumentar, até agora só promessas, e ataques com informações distorcidas pela mídia….
A Culpa não é do Governo, A culpa não é de gestão, mas a culpa de tudo isso é dos funcionários e professores. Eita imprensinha chapa branca, só rindo dessas fanfarronices.
Sabine nada inocente…
Não é transferir a responsabilidade da gestão passada. Tentar desvincular o governo pela má gestão é tentar induzir que não era o mesmo partido que governava à época. Quer isentar o governo estadual à troco de que (ou quanto)?
Cara Sabine,
Vociferar contra instituições públicas é senso comum. Vamos além?
Estamos tão acostumados a ideia de que ensino bom é ensino pago que a USP é vista como um ET, um tipo de aberração.
Como alguém já citou, na folha de pagamento da USP constam também todos os docentes aposentados, transferindo para a universidade uma responsabilidade que é do Governo para todo o setor privado. Contraditório não?
Além disso, de fato boa parte do quadro de professores está próximo da aposentadoria, o que virá a agravar ainda mais o problema.
E por fim, fico bastante decepcionada com os colegas que aqui escrevem sobre os altos salários que os professores ganhariam por lá.
Um garoto que deixou a graduação há 04 anos e trabalha em uma agência de propaganda ganhando 10 mil reais é sinal de que ele teve sucesso. Um professor com livre docência, que dedicou sua vida toda a pesquisa e ao ensino não deve buscar salários melhores.
É uma triste mentalidade que enxerga na docência algo parecido com o sacerdócio, onde seria pecado “dar aula por dinheiro”.
E por isso estamos onde estamos. Professores descontentes – e virando artigo raro, pois não são poucos os cursos de pedagogia fechando por falta de alunos – e uma educação básica de péssima qualidade, que desagua alunos com baixo conhecimento e desenvolvimento em universidades privadas, onde a quantidade muito mais vale que a qualidade.
Concordo que a USP deve ser revista. Concordo que o ensino por lá não é em todos os casos o melhor do planeta. E nem poderia sem oferecermos condições.
Enquanto olharmos para ela com preconceito, achando que é a casa da elite, nada mudará. Haverá um esforço coletivo para destrui-la. Inversão de valores: não seria mais sensato nos orgulharmos de um ensino de qualidade e fazer um grande esforço para que isso sim seja uma verdade e consenso?
Mas falta a educação inicial. Falta o orgulho da escola, do saber e do conhecimento.
Uma pena. Se texto foi preconceituoso e seu lide em nada contribui para a discussão do problema. Um pena.
Sabine,
Quando você fala da USP cobrar estacionamento, e por cursos, fique sabendo que a leis que não permite que a Universidade os faça, se inteire disso primeiro antes de insistir nesse assunto…
As leis são mutáveis. Todas as privatizações, quebra do monopólio estatal do petróleo, reforma previdenciária, etc., eram proibidas por leis, que foram mudadas para que fossem feitas. A vida não é estática.
Sabine, o que mais os estudantes têm cobrado desde o início do ano é por transparência nas contas da Universidade. É só ler informes e panfletos do DCE, que eu não apoio, e dos outros grupos organizados do movimentos estudantil, pra saber disso, de modo que toda sua argumentação é baseada em um pressuposto fictício. Você não fala que o movimento estudantil tem questionado, por exemplo, os gastos com obras no Centro e os supersalários apontados pelo TCE. É a única solução que vi você propor é demagógica e não pode ser executada nem a médio prazo, que é cobrar pelas aulas.
Tratar reposição salarial como aumento ou é despreparo, ou é mau-caratismo.
Sabine, sou funcionário da USP e concordo com cada virgula que você escreve a respeito dela.
Saudações
A USP não tem graduação em economia?
A FEA é vista como um tumor neoliberal incrustado no paraíso socialista que é a USP. Da rua Alvarenga pra fora, eles são os intelectuais mais ouvidos da USP. Da rua Alvarenga pra dentro, até o vendedor de Chicabon que fica na Praça do Relógio tem mais prestígio que eles.
Um acinte este texto. Durante os últimos quatro anos a Universidade viveu em pé de guerra por causa da administração irresponsável da reitoria (comandada por um interventor, como lembrado no texto), e agora se tem que ouvir que “ninguém está nem aí” para a situação. Um texto puramente ideológico, vazio, que desconsidera os fatos do último quinquênio. Vamos deixar de conversa mole: o reitor sabia muito bem que estava quebrando o orçamento, para agora ser justificável o arrocho salarial e a cobrança de mensalidade no ensino público superior. Uma estratégia imoral e criminosa de privatização. E isso para termos que nos defrontar agora com textos absurdos desse tipo.
Qual é a colocação da USP no ranking da TOP Universities? Está na rabeira..rs
As universidades públicas brasileiras, sem exceção, são um feudo de politicagem de professores e servidores, que só querem cargos e salários e bolsas para produzir quase sempre pesquisas inuteis. Os estudantes são cúmplices disso, porque não cobram. O modelo de universidade pública está falido desde os anos 80.
Não sou nem fui aluno da USP, mas dizer que a solução deve vir da do corpo docente e dos alunos é tolice. Também acredito que foi infeliz no título, problemas financeiros não podem justificar falta de reajuste legítimo. Deve-se existir a discussão, mas a solução deve vir da gestão da universidade e do Estado. Pra mim, o modelo da Universidade é que é o problema. É muito grande, concentrada num único local necessitando de muitos funcionários para administração. Existem cerca de 80.000 alunos e 30.000 funcionários, MENOS DE 3 ALUNOS POR FUNCIONÁRIO. Porque você não da a solução para o problema então? Seria melhor que esse texto superficial.
“problemas financeiros não podem justificar falta de reajuste legítimo”
Como é???? E como se propõe que se pague o “reajuste legítimo”? Com cheque sem fundo?
O que que a especialista quer nós funcionários da USP façamos? Uma quermesse vendendo pamonha para arrecadar dinheiro para a USP? Bingo? A Folha está querendo dar a entender q
ue os funcionários da USP são marajás. Média de R$8000,00? Da onde tiraram isso? Pq não vão atrás das contratações de professores feitas pq os atuais docentes reclamam de carga didática de 4 horas semanais? Pq não vão atrás dos equipamentos novos comprados com verba dada pelo Sr. reitor atual que estão parados na universidade?
O problema da USP é de gestão de Recursos Humanos. O quadro de técnicos-administrativos está inchado, eles ganham salários iniciais muito acima da mediana de mercado e não têm o desempenho controlado por produtividade. Prova disso é que, no ano passado, já com déficit, receberam PLR. Além do mais, é preciso lembrar que os técnico-administrativos são operacionais, não desempenham atividades-fim na universidade, muitos deles poderiam, inclusive, ser terceirizados. Um exemplo da distorção: os salários iniciais desses profissionais são R$ 6.500 (cargos de nível superior), R$ 3.400 (nível médio) e R$ 1.800 (ensino fundamental). Mesmo que não tenham experiência profissional alguma. Muito acima do praticado no mercado. Já os professores, que desempenham funções estratégicas e poderiam ter uma remuneração mais agressiva, inclusive para atrair pesquisadores internacionais de países que contam, no mundo acadêmico, agarram-se a uma distorção que faria corar até o maior defensor do estado de bem-estar social finlandês: a aposentadoria integral. Estes são os problemas a ser atacados. Mas Adusp e Sintusp já sinalizaram que vão seguir pelo caminho mais fácil: reivindicar maiores repasses de ICMS. Não é nem preciso explicar que se o pedido for atendido o dinheiro será transferido de políticas públicas que atendem aos pobres, como saúde e educação básica. O Brasil vive uma distorção. Em vez de a burocracia servir a sociedade, exige-se que a sociedade sirva a burocracia. Aliás, somos todos reféns da burocracia.
Quem você acha que opera os equipamentos e faz processos e experimentos para produzir resultados científicos? Os professores? Os técnicos giram a roda na Universidade…Não conhece a Universidade, melhor não falar. Muitos funcionários de nível superior tem até doutorado ou fazem pós-doutorado. São altamente especializados. Muitas vezes mais do que alguns professores…
Conheço profundamente a universidade, porque faço parte da comunidade USP. E o que mais vejo é dez caras dentro de cada Seção de Alunos, sendo que três trabalham e sete batem papo. Não importa se tem doutorado, o que importa é que os salários iniciais são altos. Um auxiliar de escritório júnior, mesmo que seja formado em Harvard, se não tiver experiência nenhuma, nunca poderia ter um salário de partida de R$ 3.400 (cargo de nível médio). Um educador de museu também não poderia ter salário de partida de R$ 6.500 (nível superior), mesmo que tivesse a capacidade intelectual do Antonio Cândido. São números totalmente fora da realidade de mercado. Estrutura de remuneração é desenhada para garantir eficiência, não para fazer justiça social. Ah, tá, eu sei, na Disneylândia mental em que vocês vivem o jardineiro tinha de ganhar o mesmo salário do reitor, é verdade…
É parece que vc está dentro da USP, mas não presta muita atenção…Os jardineiros já são todos terceirizados. Assim como o pessoal da limpeza, o circular, alguns bandejões, etc.
O jardineiro foi força de expressão, acho que você entendeu, porque, se não entendeu, isso reforça o valor absurdo dos salários iniciais dos técnico-administrativos sobre o qual venho martelando em meus comentários. Vou reformular a frase. Tão absurdo quanto seria o jardineiro ganhar o mesmo salário do reitor, é o educador do museu, o auxiliar administrativo da Seção de Alunos, o pessoal da zeladoria que tranca e destranca as salas ganhar os salários iniciais que ganham. Um profissional que desempenhe função de nível superior poderia ganhar, perfeitamente, 10 mil, se já tivesse uns bons anos de casa, se tivesse passado por promoções (mensuradas por produtividade, entenda-se bem), etc. O absurdo é ter um salário de partida de R$ 6.500, mesmo que este seja o seu primeiro emprego na vida, sem ter experiência profissional nenhuma. Reitero: gestão de RH não é pra fazer justiça social, é pra garantir a eficiência da máquina.
Pois é, enquanto o salário de partida é alto perante o mercado, o depois não é verdade. Aliás, se você realmente é de São Paulo, sabe que 6500 para um analista/engenheiro/administrador é um salário bom pra recém-formado ou até 2 anos de experiência. A partir de 5 anos de experiência já dá pra tirar bem mais que isso no mercado… Se existem funcionários que pouco fazem para tal salário, daí é outra questão, de eficiência pública, que não é combatida com rebaixamento de salário de todos, inclusive dos que trabalham certo. E a carreira é uma piada, mais da metade dos servidores estão no nível 1A (e tenho vários exemplos de pessoas que subiram na carreira e pouco fazem).
Remuneração é como investimentos. Se você escolher caderneta de poupança, a segurança será de 100%, mas a rentabilidade será baixa. Se escolher ações, os ganhos poderão ser altíssimos, mas você poderá perder tudo, também. A esfera pública é a caderneta de poupança. Tenha ou não bom desempenho, o emprego do funcionário está garantido para sempre. E por isso mesmo, como o desempenho não é controlado a ponto de gerar uma demissão, a remuneração é mais modesta. Parte-se do princípio de que como a produtividade não é controlada, os funcionários serão menos esforçados, então merecerão ganhar menos. A iniciativa privada é o mercado de ações. Como, ali, se você não deu resultado vai pro olho da rua, não importando se tem 5 filhos, se mora em Perus, se a mãe tem beri-beri, você é pressionado sempre a ter alto desempenho. A recompensa por isso é uma remuneração mais agressiva, especialmente nos postos estratégicos e de maior responsabilidade. No fundo, o que determina a agressividade da remuneração é o risco.
Sabine, bom dia!
Li seu comentario acima, e não enxergo desta maneira. Todos nós já estavámos alerta de que tudo o que aconteceu na USP foi para não prejudicar a copa do mundo no Brasil. Foi estabelecido uma nova carreira, que não contemplou a todos e fora os gastos com obras faraonicas dentro da USP sem explicações.
E mais, este argumento de que nunca tem dinheiro eu ouço desde que entrei na USP.
Ao ler sua matéria, se eu não trabasse na USP, diria que a USP, por ser um lugar de ensino e pesquisa forma péssimos adminstradores que depois jogam a responsabilidade nos docentes e funcionários.
Abraços
Temos em mãos um problemão. O atual reitor, professor Zago, deveria convocar os professores da FEA e os matemáticos do IME para solucionarem essa matemática financeira uspiana. Pesquisa em economia, administração e matemática eles sabem, agora resolver problemas…
Nunca li tanto chorume, tanto no texto como nos comentários.
A própria Folha, tendenciosa, só divulga o que interessa e da forma que interessa, afinal, se o salário médio dos técnicos for próximo de 8 mil, então a procura devia ser ligeiramente maior (uns 1000%) nos concursos que abriam até a gestão anterior.
Este novo reitor, que posa de solução dos problemas, pode ser sensacional pra vocês da imprensa, mas torna um pouco difícil o trabalho:
– em caso de demissão, transferência ou aposentadoria compulsória (70 anos) o funcionário não é reposto no setor de origem. Assim, se você tem 5 funcionários que dão conta do trabalho e perde 2 deles, o mesmo trabalho será feito por 3, com as mesmas cobranças e o mesmo prazo, e a certeza de que não haverá auxílio.
– ninguém pede aumento, mas sim reajuste. Em 2013 houve apenas o reajuste baseado na inflação, que foi um tanto menos que 6%. Este ano a proposta é ZERO, ou seja, não acompanharemos nem a inflação. Ainda, a manobra ridícula do CRUESP, transferindo a data base, que sempre foi em maio, pra fim de setembro. Convém lembrar da motivação política desta manobra (possíveis greves em época de eleição) e também a impossibilidade de manejo de orçamento durante período eleitoral (como o estudo de uma nova porcentagem do ICMS).
Vale lembrar, também, o que disse Rodas em sua defesa, outro dia mesmo: a tal “reserva” mantida pela universidade era aplicada em investimentos a fim de não se perder com a inflação. O que é um péssimo negócio, afinal, quem mantém mais de 3 bilhões parados? Foram feitos investimentos errados? Foram. Mas esse dinheiro serve sim pra enfrentar crises econômicas e manter a universidade pelo tempo que for necessário visando uma reestruturação.
Por fim, que fique claro: toda a comunidade uspiana sabe da situação, mas ninguém está pedindo um milagre. Pede-se apenas não perder rendimentos e ter alguma condição de trabalho, apesar de tudo. Gosta de encher a boca pra falar que temos a melhor universidade da américa latina? Então entenda que isso só é possível pois tem muita gente que leva a sério e luta por uma USP melhor.
gostei do texto e dos comentários.
2 comentaristas tocaram em pontos importantes, os demais gastos da universidade e a falta de transparência das contas. não sabemos quanto é gasto com o custeio dos serviços.
a mobilização para que ocorra essa transparência deve vir não só da comunidade usp, como da população toda, afinal todos pagamos a conta. a usp cresceu nos ultimos anos (funcionarios, alunos e cursos). o repasse também ?
Me parece mesmo que não só a USP, mas muitas instituições não estão indo muito bem no Brasil.
Triste ver comentários generalizando os alunos da USP, sem saber realmente as pessoas que estudam lá.
Sou filho de um metalúrgico, e estudo lá, e estou longe da elite.
Estou conquistando um patamar de vida melhor agora, quando estou quase me formando.
Sobre as pessoas que tem dinheiro e estudam lá: que façam o melhor que puderem para sempre tentar melhorar a universidade.
Sobre os que criticam os que não trabalham: esse comentário de vocês só demonstra o quanto é medíocre o pensamento de vocês quanto a o assunto educação. O certo de quem faz uma graduação de nível USP, é não trabalhar e apenas se dedicar aos estudos.
Pior que a situação da universidade, é a mentalidade do povo deste país, que adoro olhar seu próprio umbigo, e fica com inveja da conquista do outro, ou com raiva da sua condição social.
Os professores e funcionários da USP não podem ter arrocho salarial em função de uma administração equivocada. Que tal não pagar os juros bancários das dívidas? Afinal, os bancos também deve dar uma “forcinha” para dar uma solução para o problema financeiro da USP
Você jura que acredita nesta solução? A Argentina, depois do default, não consegue arrumar empréstimos nem com agiotas de esquina, aqueles que vestem casaco de couro preto e têm um palito de dentes no canto da boca. Chutar as dívidas é para quem gasta menos que arrecada. Quem gasta mais do que arrecada, como o perdulário Estado brasileiro, sempre precisa pegar empréstimos, seja contraindo-os com os FMIs da vida, seja emitindo títulos públicos, que vão lastrear os fundos de renda fixa nos quais a classe média aplica as suas reservas financeiras. Ou seja, se o Estado gasta mais que arrecada, precisa de financiamentos pra fechar seus rombos. Se chutar as dívidas, deixará de receber empréstimos e aí, como fez a Argentina, no auge da crise, terá de reduzir benefícios da Previdência Social e outros programas sociais porque não haverá grana para financiá-los.
É este pessoal da direita,que já faliu o Brasil lá atrás,está falindo São Paulo, que quer administrar novamente a república,via netinhos?
Faltou dizer que o orçamento da USP é fechado. Ou seja, ninguém tem acesso a ele ales do Reitor e seus asseclas. O próprio Reitor não deu nenhuma prova de que de fato existe uma crise orçamentária. É preciso abrir o orçamento da USP e fazer uma auditoria nas contas da universidade. Acho uma pena que os jornalistas tenham perdido o hábito de investigar sobre o que escrevem. Até porque se trata de dinheiro público que pode muito bem estar sendo usado para fins indevidos. É preciso exigir transparência por parte dos gestores, está é inclusive uma medida preventiva contra prováveis crimes de corrupção. Que tal fazer um pouco de jornalismo de verdade?
Crie + 1/3 de vagas para candidatos que queiram estudar pagando mensalidade, cobrem estacionamento, cobrem pelos licenciamentos das patentes produzidas pela USP, vai sobrar dinheiro …
Qualquer salário no Brasil hoje é pouco porque é preciso trocar o carro por um zero, fazer viagens, usar grifes, restaurantes caros, etc, mesmo sem qualificação.O importante são os direitos, os deveres ninguém defende.
Bom, moro no RJ e fiquei perplexa com um texto que li hoje, de uma aluna da USP no “Tv Afiada”, que diz assim (ainda está lá):
“Não quero falar meu nome
A USP não é para brancos nem para ricos, a USP como qualquer universidade mundialmente conhecida é para quem tem capacidade e uma boa educação. Uma boa educação exige um investimento de muito dinheiro, por isso os que estão lá muita das vezes são ricos.
Você não pode culpar o governo ou o mundo por você não ter tido oportunidades.
Esses “filhinhos de papai” como vocês costumam dizer muita das vezes tem um estudo de qualidade porque os ancestrais deles deram o duro para trabalhar e dar a ele o que ele tem hoje. As famílias que são ricas hoje foram pobres no passado.
Concordo com o sistema da USP porque o que faz ela ser a melhor do Brasil é esse sistema de seleção.
Não entendi até agora porque eles sempre envolvem negros nessas historias como se os negros precisassem de um “empurrãozinho” para entrar nas FACULDADES por não ter capacidade intelectual (e na MINHA opinião não tem)”.
Hora pois, se lá, são formadas pessoas com este tipo de caráter, arrogantes, prepotentes, racistas, (isso tudo analisado diante do texto acima exposto), o que vocês, ou melhor dizendo, o que nós pobres coitados diante do que temos, diante do que podemos ter, com este governo sem nome também, podemos esperar? NADA. E PIOR: NEM ESPERANÇA EU TENHO. Que triste…que triste saber que minha filha estuda em um colégio público com um ensino ridículo, onde os livros me lembram os cadernos de desenho de minha infância, que nem a história do Brasil contam direito. Muito triste. A quem recorrer? este assunto que vocês estão abordando neste site, é o menor dos meus problemas, quando se tem uma filha de 13 anos em plena formação de caráter, sem esperanças por um amanhã melhor. Mas quando eu li o texto da pessoa sem nome acima, uma coisa melhor do que os ricos que estudam na USP eu tenho: Uma pessoa com 13 anos que já é sabedora do texto tão criminoso de uma aluna dá tão sonhada USP.
Olá Sirlene,
Peço desculpa por essa aluna da USP, mas lhe garanto que a maioria que conheço aqui, jamais diria isso.
Meus pais são pobres, vieram do nordeste. Meu pai é servente de pedreiro e minha é faxineira.
Não tive dinheiro para pagar cursinho, mas foi a minha base familiar que me ajudou a chegar aqui.
Tive muita vergonha de dizer para meus amigos de turma sobre minha base familiar, afinal a maioria é rico.
Então, sempre escondi isso, mas percebi que as pessoas iam amadurecendo e mudando. A USP transforma. É incrível ver esta transformação.
De repente, meus amigos estavam na minha casa. Passando a noite no meio da preferia.
É assim a USP.
Tenho orgulho deste ambiente, desejo uma USP para os pobres, mas também desejo para os ricos. Todos necessitamos de uma.
A USP é tão difícil de ser entendida, como Brasil tbm é.
Bjos,
P.
Pra mim, esta USP já foi perdida a muitos e muitos anos, quando filhos de pobres não podiam e não podem entrar lá ( se entra, é pra fazer ciências ocultas da natureza). Universidade cercada de maconheiros, único lugar do Estado de SP, que a polícia militar não impera…e ainda por cima…como é típico de funcionário público, vive em greve, por que querem “aumentinho” …grande BOSTA! pra mim, de verdade, a sociedade só perderia meeesmo, com a crise de um hospital…não com essa droga ( que se faz como a melhor e inacessível universidade e blá blá blá), deveriam demolir essa MERDA e fazer no terreno algo de mais útil a grande maioria da população.. faleeeeeeiii e disseeee!!
Boa noite!
Cara Sabine Righetti,
Muito me admira que uma dita jornalista premiada (como é dado em sua apresentação) sequer se dá ao trabalho de ir às fontes para a escrita de seu artigo. Aliás, muito mal redigido, diga-se de passagem, para uma doutoranda de universidade pública estadual. Até onde me lembro, uma das premissas do jornalismo é a checagem de dados e isso é falado desde as aulas iniciais.
Um artigo sem checagem, sem justificativas plausíveis, sem indicação de fontes ou mesmo sem qualquer dado, de uma escrita vaga e superficial (como é o caso do artigo “USP está falida, mas funcionários e docentes querem aumento”), não merece nenhum crédito, nenhum respeito.
Peço desculpas cara jornalista Sabine Righetti, mas faça um favor aos leitores: antes de escrever, decida se vai agir como jornalista ou se escreverá apenas um desabafo, pois a mim parece que seu artigo está mais para essa categoria do que para um trabalho profissional de jornalista.
Mille, não entendi. Quais são suas críticas? Por que o texto está mal redigido? E por que está superficial? Gostaria de saber qual é, na sua opinião, a informação faltante. Você critica, mas não embasa seus argumentos. Abs, Sabine
Infelizmente no Brasil temos um ranço cultural que vem desde Dom João VI, que instituiu a visão de que o povo precisa pagar pelo conforto das elites, sejam elas quais forem. E dentre as elites que se criaram no Brasil, temos parte significativa do sistema de educação superior. Inicialmente pensado para educar apenas os filhos daqueles pertencentes às elites, essa concepção se ampliou um pouco, mas não muito.
Hoje essas universidades, que lecionam Economia, mal sabem empregar conceitos básicos de Economia para manter uma gestão autossustentável. Tornam-se empresas como a falida Varig, que entregando a gestão na mão de membros interessados e não à uma gestão técnica e independente, vão levando a instituição à bancarrota, reféns que ficam das partes interessadas. Nunca cortarão na própria carne para fazer a instituição sobreviver. É o povo que através do pagamento de mais impostos é que será chamado a fazê-lo.
Brasil, uma grande Vergonha, agora também no ensino superior.